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newtoncbraga.com.br/index.php/testando-compontentes/1137-ins025.html
Os capacitores são formados por eletrodos metálicos ou placas que devem ser
separadas por um isolante. Em outras palavras, não deve haver contacto elétrico
entre elas.
No entanto, por motivos diversos, este isolante pode perder suas propriedades
deixando passar a corrente entre as placas. Quando isso ocorre, a resistência entre
as placas, que deve ser muito alta, cai para valores baixíssimos representando um
curto-circuito. Dizemos, nestas condições, que o capacitor entrou em curto.
O que acontece quando um capacitor entra em curto e de que forma ele afeta
outros componentes de um circuito é o que veremos a seguir.
Quando isso acontece toda a corrente que passa pelo resistor e que deveria ser
entregue ao circuito externo é desviada para a terra através do capacitor,
conforme mostra a figura 3.
Se um capacitor que está nesta função entrar em curto, sua influência será na
polarização do transistor que então mudará seu comportamento elétrico. Ele
passará a funcionar num outro ponto de sua curva característica pois a tensão de
emissor será modificada.
Para sinais de altas frequências teremos não só a modificação do ganho com uma
eventual introdução de deformações que geram frequências harmônicas.
Dependendo do circuito será notado um aquecimento anormal do transistor.
A medida das tensões nos terminais do transistor com um multimetro pode levar a
descoberta do problema. Veja que uma tensão alterada nos terminais de um
transistor nem sempre indica que é o transistor que está com problemas! Devemos
sempre pensar nos componentes associados, como os capacitores e os resistores,
como neste caso.
Num circuito como este uma fuga do capacitor ou entrada em curto pode ter sérias
consequências para o funcionamento do transistor.
Uma corrente maior de base como indicada na figura, causa uma corrente muito
maior de coletor, praticamente levando o transistor a saturação.
Mais que isso, esta corrente anormalmente elevada vai se refletir no secundário do
transformador que então também passará a se aquecer de forma anormal.
O teste descrito pode ser aplicado a capacitores acima de 470 nF tanto eletroíticos
como de outros tipos.
Se a agulha saltar para as baixas resistências e ali se manter, indo próxima de zero,
é sinal de que o capacitor em teste está em curto.
Se a agulha voltar para as altas resistências, mas parar em valores não muito altos,
conforme mostra a figura 8, é sinal que o capacitor se encontra com fugas.
Finalmente, se ao testar um
capacitor, a agulha não se
movimentar ou se
movimentar muito pouco
permanecendo perto de
infinito, é sinal que o capacitor se encontra "aberto" ou "sem capacitância".
Conclusão
Os capacitores eletrolíticos têm uma vida útil limitada de modo que, ao adquirir
seus capacitores para reposição certifique-se de que eles não tenham sido obtidos
de lotes muito antigos. Também não tente aproveitar estes componentes de
equipamentos muito antigos, desmontando-os.