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Membros do Júri
………………………………………………………
Guedes de Argentina Armando
(Director Pedagógico)
……………………………………………………………..
António Pedro Rungo
(Coordenador do curso)
………………………………………………………….
Henrique Nazareth das Neves Saúde
(docente)
…………………………………………………………….
Pedro Amone Júnior
(docente)
Agradeço a Deus por tornar minha jornada na terra muito agradável, mesmo com obstáculos em
meu caminho, fornece pessoas necessárias para me auxiliar a superá-los, aos meus pais, aos
professores, amigos e colegas.
Junho de 2022
Curso: Eletrónica e Telecomunicações
Resumo: O trabalho descreve o estudo completo das fontes de alimentação chaveada ATX
destinado para aplicações com potências de 120-600W, podendo ser utilizado como fonte de
alimentação de computadores.
Índice
Índice de figuras ............................................................................................................................................ 8
Índice de tabelas ........................................................................................................................................... 9
1 Objectivos ........................................................................................................................................... 12
1.1 Objectivo Geral: .......................................................................................................................... 12
1.2 Objectivos Específicos: ................................................................................................................ 12
2 Introdução........................................................................................................................................... 13
3 Fonte de Alimentação ......................................................................................................................... 14
3.1 Transformador ............................................................................................................................ 15
3.2 Retificação................................................................................................................................... 17
3.3 Filtro ............................................................................................................................................ 18
3.4 Circuito Regulador ...................................................................................................................... 19
4 Classificação das fontes de alimentação............................................................................................. 20
4.1 Fonte Chaveada .......................................................................................................................... 21
4.2 Tendências de evolução das fontes chaveadas .......................................................................... 24
5 Padrões de fontes de alimentação chaveadas.................................................................................... 25
5.1 Razões para troca do padrão AT para ATX.................................................................................. 26
5.2 Tensões das fontes de alimentação ............................................................................................ 27
5.3 Potência das fontes de alimentação ........................................................................................... 27
5.4 Teste em fontes ATX ................................................................................................................... 29
6 Conectores das fontes de alimentação ATX ....................................................................................... 30
6.1 ATX-P4 ou ATX 12V ..................................................................................................................... 30
6.2 EPS 12V ....................................................................................................................................... 31
6.3 Molex ou IDE ............................................................................................................................... 31
6.4 SATA ............................................................................................................................................ 32
PCI Express para placa de vídeo .............................................................................................................. 32
7 Princípio de funcionamento e disposição dos componentes na fonte ATX ....................................... 34
7.1 Etapa 1 – Filtro de Transiente ..................................................................................................... 35
7.2 Etapa 2 – Retificação Primária .................................................................................................... 36
7.3 Etapa 3 – Dobrador de Tensão.................................................................................................... 36
7.4 Etapa 4 – Chaveadores de potência............................................................................................ 37
7.5 Etapa 5 – Transformador de saída .............................................................................................. 37
7.6 Etapa 6 - Retificador Rápido ....................................................................................................... 38
7.7 Etapa 7 – Filtro de Saída.............................................................................................................. 39
7.8 Etapa 8 – Transformador Driver ................................................................................................. 39
7.9 Etapa 9 – Controlador PWM ....................................................................................................... 40
7.10 Etapa 10 – Circuito VSB ............................................................................................................... 41
8 Conclusão ............................................................................................................................................ 42
9 Referências Bibliográficas ................................................................................................................... 43
Índice de figuras
Figura 1: Diagrama em blocos de fonte de alimentação linear .................................................................. 15
Figura 2:Transformador com núcleo de ferro............................................................................................. 16
Figura 3: Retificador de onda completa em ponte. .................................................................................... 17
Figura 4: Filtro capacitivo ............................................................................................................................ 19
Figura 5: Regulador de tensão .................................................................................................................... 20
Figura 6: Fonte ATX ..................................................................................................................................... 21
Figura 7: Rotulo descritivo de uma fonte ATX ............................................................................................ 29
Figura 8: Teste de corrente de fonte ATX ................................................................................................... 30
Figura 9: Cabo ATX 12v ............................................................................................................................... 30
Figura 10: Conector EPS 12v separado ....................................................................................................... 31
Figura 11: Conector EPS 12v integrado....................................................................................................... 31
Figura 12: Conector IDE .............................................................................................................................. 31
Figura 13: Conector SATA ........................................................................................................................... 32
Figura 14: Conector PCI Express ................................................................................................................. 32
Figura 15: Disposição dos pinos dos conectores das fontes ATX................................................................ 33
Figura 16: Diagrama em blocos de fonte ATX ............................................................................................. 34
Figura 17: Filtro Transiente ......................................................................................................................... 35
Figura 18: Retificador primario ................................................................................................................... 36
Figura 19: Dobrador de tensão ................................................................................................................... 36
Figura 20: Chaveadores de potência........................................................................................................... 37
Figura 21: Transformador de saída ............................................................................................................. 38
Figura 22: Retificador rápido ...................................................................................................................... 38
Figura 23: Filtro de saída ............................................................................................................................. 39
Figura 24: Transformador driver ................................................................................................................. 40
Figura 25: Controlador PWM ...................................................................................................................... 40
Figura 26: Circuito VSB ................................................................................................................................ 41
Índice de tabelas
Tabela 1: Comparação fonte linear e chaveada ......................................................................................... 23
Tabela 2: Especificações de uma fonte ATX................................................................................................ 29
Índice de ANEXOS
Os computadores, assim como outros componentes, são alimentados pela energia eléctrica, ou seja,
utilizam a energia eléctrica para funcionar. A fonte de alimentação é que fornece essa energia e é
dessa fonte que o trabalho aborda.
Sua função principal é transformar a tensão alternada em tensão contínua para fornecer a energia
necessária para os equipamentos dentro do gabinete (drive de CD-ROM, HD, drive de disquete e
outros.) e fora dele em algumas fontes, existe uma saída para ligar o monitor, principalmente.
A fonte de alimentação tem o papel de converter a corrente alternada, fornecida pelo fornecedor
de energia eléctrica, em corrente contínua, mais apropriada ao funcionamento de equipamentos
eletrônicos, como o computador. Essa conversão é necessária porque a corrente alternada possui
oscilações em seu curso, além de uma alta voltagem, propriedades que embora permitam o
percurso de longos trajetos das usinas às residências sem grandes perdas, não são indicadas para a
alimentação de equipamentos eletrônicos, mais sensíveis a variações de tensão e curto-circuitos.
As fontes de alimentação em corrente contínua podem ser de dois tipos, fontes não reguladas e
fontes reguladas. As fontes não reguladas são modelos simples onde não há qualquer mecanismo
para controlo dos valores de saída. Essas fontes não se preocupam se a sua saída irá sentir variações
na entrada, ou seja, mudanças bruscas ou mínimas de tensão na entrada serão refletidas na saída
desse tipo de fonte.
Já as fontes reguladas possuem em sua estrutura constituinte o circuito de uma fonte não regulada
em adição com circuito regulador cuja função é manter constante o valor de saída, independente
as variações de suas condições de funcionamento.
(Fonte 3)
3.1 Transformador
Transformadores são dispositivos usados para abaixar ou aumentar a tensão e a corrente elétricas.
Os transformadores consistem em dois enrolamentos de fios, primário e secundário, envolvidos
em um núcleo metálico. A passagem de uma corrente elétrica alternada no enrolamento
primário induz à formação de uma corrente elétrica alternada no enrolamento secundário.
A proporção entre as correntes primária e secundária depende da relação entre o número de
voltas em cada um dos enrolamentos.
(Fonte 3)
Esse campo magnético é então concentrado e amplificado pelo núcleo férreo em direção ao
enrolamento secundário. O campo magnético variável induz ao surgimento de uma corrente
elétrica no secundário. A relação entre os potenciais elétricos entre os enrolamentos primário e
secundário é dada pela fórmula seguinte:
Onde:
Como sabemos, a tensão e a corrente elétricas são inversamente proporcionais, portanto, a relação
para as correntes elétricas dos enrolamentos primário e secundário é invertida:
Onde:
3.2 Retificação
Um retificador consiste num dispositivo conversor de corrente elétrica utilizado em engenharia
elétrica para obter uma corrente contínua (c.c.) a partir de uma corrente alternada (c.a.), fornecida
por uma fonte de alimentação. Este aparelho é de grande utilidade, uma vez que grande parte da
energia elétrica é gerada, transmitida e fornecida sob forma de corrente alternada, enquanto que
muitos dispositivos, desde aparelhos de televisão a motores elétricos, trabalham em corrente
contínua.
Há aparelhos que incluem placas retificadoras, díodos termiónicos ou díodos semicondutores.
Um único díodo produz uma retificação de meia onda, deixando fluir a corrente apenas numa
direção, durante o correspondente semiciclo da corrente alternada. Trata-se de um processo pouco
eficiente pois, durante metade do tempo, o fornecimento de energia não é realizado. No entanto,
uma ponte retificadora, constituída por quatro díodos, efetua uma retificação de onda completa,
uma vez que ambos os semiciclos da corrente alternada (positivo e negativo) produzem, à saída,
uma corrente que flui sempre na mesma direção. Neste caso, os mais usuais são do tipo díodo
semicondutor (cobre-óxido, selénio, germânio, silício).
(Fonte 3)
O retificador de onda completa não necessita de transformador com tomada central e utiliza quatro
díodos. A tensão de entrada (V1) pode ser tanto a tensão da rede como a do secundário de um
transformador. Observando a tensão senoidal aplicada na entrada, pode-se perceber que, durante
o semiciclo positivo da tensão de entrada, os díodos D2 e D4 estão polarizados diretamente e os
díodos D1 e D3 cortados.
As oscilações que aparecem na tensão sobre a carga, denominam-se “ripple”. Este ripple de tensão
pode ser reduzido com a inclusão de um filtro capacitivo, normalmente um capacitor eletrolítico
de alto valor em paralelo com a carga.
Uma das poucas desvantagens do retificador em ponte é a queda de tensão adicional por causa do
uso de mais díodos, pois enquanto o retificador com derivação central perde apenas 0,7 V com
relação à onda de entrada, no retificador em ponte os díodos consomem 1,4 V da tensão inicial.
As vantagens do retificador em ponte são saídas em onda completa, tensão ideal de pico igual à
tensão de pico do secundário e não necessitar do enrolamento secundário com tomada central.
Essas vantagens fizeram do retificador em ponte o projeto mais popular de retificador. Muitos
equipamentos usam o retificador em ponte para converter a tensão CA da linha em uma
tensão CC adequada ao uso dos dispositivos semicondutores.
3.3 Filtro
Um filtro capacitivo é um arranjo de circuito elétrico que tem a finalidade de reduzir variações de
tensão e corrente de altas frequências. Basicamente os filtros capacitivos usados em fontes servem
para eliminar uma tensão alternada pulsativa e transformá-la em uma (tensão continua) que varia
menos. Essa variação é chamada de tensão de ondulação ou ripple.
Usando um filtro capacitivo em um circuito retificador, obtém-se uma tensão de ripple resultante
do descarregamento lento do capacitor em relação à fonte. O dimensionamento do capacitor
utilizado no filtro pode ser feito para gerar uma tensão de ripple controlada para ser posteriormente
eliminada através de regulador zener, regulador linear ou outros tipos de regulagem.
(Fonte 6)
No caso mais simples é utilizada a polarização coletor comum, também conhecido como seguidor
de emissor. Esta configuração é usada com a base do díodo regulador conectado diretamente ao
referencial de voltagem
A tensão de saída do estabilizador é igual à tensão do díodo Zener menos a tensão emissora base
do díodo (UZ – UBE), onde UBE é geralmente cerca de 0,7 V para um díodo de silício,
dependendo da carga da corrente. Se a voltagem da saída cair por qualquer razão externa, a díodo
emissor base do díodo (UBE) aumenta,
Rv fornece uma corrente de polarização tanto para o díodo Zener como para o díodo. A corrente
no díodo é mínima quando a corrente de carga é máxima. O projetista do circuito deve escolher
uma tensão mínima que possa ser tolerada por Rv, tendo em mente que quanto maior for essa
(Fonte 6)
Onde:
Outra maneira de se obter a regulação da tensão de saída de uma fonte de tensão contínua é através
do chaveamento de um dispositivo semicondutor em frequência elevada.
(Fonte 5)
Eficiência Pode chegar a 50%, mas Mesmo nas fontes mais simples é
normalmente é da ordem de 25% superior a 65% e em projectos de
alta qualidade é superior a 95%.
Ondulação da Tensão de Saída É muito baixa, como resultado da O uso de alta frequência introduz
operação do transístor em região uma ondulação adicional. Para
linear. obter-se o mesmo nível de
ondulação da regulação linear, é
necessário um projecto cuidadoso.
Interferência a rede eléctrica Existe somente o ruído normal É necessário filtrar o ruido de
decorrente da operação do chaveamento do interruptor
retificador de entrada. eletrónico.
(Fonte 5)
Verifica-se, portanto, que a principal vantagem da fonte chaveada, em relação a uma fonte de
mesma potência empregando regulação linear, é o peso e o volume. As fontes com regulação
linear, apesar de volumosas e pesadas, possuem ainda uma ampla aplicação, principalmente
quando os requisitos de confiabilidade são fundamentais.
Uma outra questão crucial que emerge do exame do Quadro 1 é o custo de fabricação. Num
primeiro momento as fontes chaveadas só eram interessantes devido ao menor volume e peso,
apresentando custo superior às fontes com regulação linear. Dessa forma, eram empregadas
principalmente quando o uso de uma fonte com regulação linear comprometesse de alguma forma
o espaço ocupado produto final. Esse foi o caso, por exemplo, dos primeiros microcomputadores
pessoais, onde a necessidade de uma fonte com potência da ordem de 200 W faria com que,
optando-se pelo uso de uma fonte de regulação linear, o volume final do computador fosse
provavelmente o dobro e o peso bastante superior. Actualmente, no entanto, o desenvolvimento
de circuitos integrados especiais para fontes chaveadas tem facilitado a tarefa de projeta-las,
diminuído sua complexidade e baixando seus custos. Como consequência, as fontes chaveadas
Esse mesmo tipo de demanda ocorre, no campo das telecomunicações, na telefonia móvel. Os
telefones celulares mais modernos são, em alguns casos, menores e mais leves que a fonte de
alimentação que é necessária para realizar a carga das baterias. Esses exemplos cotidianos mostram
que a tecnologia das fontes chaveadas é ainda um campo fértil para a evolução tecnológica.
Apesar de ser observado que o volume dos componentes de armazenamento diminui com o
aumento da frequência, na verdade a tecnologia encontra uma barreira ao se promover tal
incremento de frequências.
Com essa padronização, uma pessoa saberá que, ao montar um computador, a placa-mãe se
encaixará adequadamente no gabinete da máquina, assim como a fonte de alimentação. Também
haverá certeza de provimento de certos recursos, por exemplo: as fontes ATX são capazes de
fornecer tensão de 3,3 V, característica que não existia no padrão anterior, o AT (Advanced
Tecnology). O padrão ATX, na verdade, é uma evolução deste último, portanto, adiciona
melhorias em pontos deficientes do AT. Isso fica evidente, por exemplo, no conector de
alimentação da placa-mãe: no padrão AT, esse plugue era dividido em dois, podendo facilmente
fazer com que o usuário os invertesse e ocasionasse danos. No padrão ATX, esse conector é uma
peça única e só possível de ser encaixada de uma forma, evitando problemas por conexão incorreta.
- Soft Power Control: usado para ligar ou desligar a fonte por software. É graças a esse recurso
que o sistema operacional consegue desligar o computador sem que o usuário tenha que apertar
um botão para isso;
Por se tratar de um equipamento que gera campo eletromagnético (já que é capaz de trabalhar com
altas frequências), as fontes devem ser blindadas para evitar interferência em outros aparelhos e
no próprio computador.
Antes de ligar seu computador na rede elétrica, é de extrema importância verificar se o seletor de
voltagem da fonte de alimentação corresponde à tensão da tomada (em Moçambique é de 220 V).
Se o seletor estiver na posição errada, a fonte poderá ser danificada, assim como outros
componentes da máquina. Menos comuns, há modelos de fontes que são capazes de fazer a
seleção automaticamente.
Outra razão é que a principal característica de uma fonte ATX é o seu desligamento via software,
ou seja, por meio do comando Desligar do Windows. Outra forma de desligar a fonte ATX é
pressionando o seu botão Power durante alguns segundos, mas essa segunda prática não é muito
segura.
A vantagem de ter uma fonte ATX é que nela é possível conectar mais dispositivos
simultaneamente do que na fonte AT, pois a sua potência é bem maior do que a desta última. Com
o passar do tempo, novos dispositivos surgem e se faz necessária uma fonte cada vez mais potente.
Nos dias actuais, por exemplo, é possível usar em um único computador gravadores de DVD,
CDROM, MP3, MP4, impressora, microfone, caixa de som, câmera digital e outros.
É claro que há dispositivos que exigem voltagens menores. Memórias RAM o tipo DDR3, por
exemplo, podem trabalhar com +1,5 V. Para esses casos, a placa-mãe conta com reguladores que
convertem uma saída de voltagem da fonte de alimentação para a tensão necessária ao componente
em questão.
O principal problema está no fato de que algumas fontes, principalmente as de baixo custo, nem
sempre oferecem toda a potência que é descrita em seu rótulo. Por exemplo, uma fonte de
Para isso, é necessário fazer um cálculo que considera alguns aspectos, sendo o mais importante
deles o conceito de potência combinada. Antes de compreendermos o que isso significa, vamos
entender o seguinte: como você já viu, no que se refere às fontes ATX, temos as seguintes saídas:
+3,3 V, +5 V, +12 V, -5 V e -12 V. Há mais uma chamada de +5 VSB (standby). O fabricante
deve informar, para cada uma dessas saídas, o seu respectivo valor de corrente, que é medido em
amperes (A). A definição da potência de cada saída é então calculada multiplicando o valor em
volts pelo número de amperes. Por exemplo, se a saída de +5 V tem 30 A, basta fazer 5x30, que é
igual a 150. A partir daí, resta fazer esse cálculo para todas as saídas e somar todos os resultados
para conhecer a potência total da fonte. Isso está errado! Esse, aliás, é um dos cálculos duvidosos
que alguns fabricantes usam para “maquiar” a potência de suas fontes.
É aí que entra em cena a potência combinada. As saídas de +3,3 V e +5 V são combinadas, assim
como todas as saídas de +12 V. A potência máxima de cada uma só é possível de ser alcançada
quando a saída “vizinha” não estiver em uso. Ou seja, no exemplo anterior, a potência da saída de
+5 V só seria possível se a tensão de +3,3 V não fosse utilizada. Há ainda outro detalhe: uma outra
medida de potência combinada considera os três tipos de saída mencionados: +3,3 V, +5 V, +12
V. Esse valor é então somado com as potências das saídas de -12 V (note que o sinal negativo
deve ser ignorado no cálculo) e +5 VSB. Daí obtém-se a potência total da fonte.
Para facilitar na compreensão, vamos partir para um exemplo. Vamos considerar uma fonte cujo
rótulo informa o seguinte:
500W
(Fonte 8)
As potências combinadas das tensões +3,3 V, + 5 V e +12 V é de 477,8 W, que é somada com a
potência das saídas de - 12 V e +5 VSB, que é 22,2 W (7,2 + 15). Assim, a fonte tem 500 W de
potência total. Mas aqui vai uma dica: no acto da compra, observe se as saídas de +12 V (sim,
geralmente há mais de uma) fornecem uma potência combinada razoável. Essa é mais importante
porque consiste na tensão que é utilizada pelos dispositivos que mais exigem energia, como o
processador e a placa de vídeo. No nosso exemplo, esse valor é de 384 W.
(Fonte 8)
(Fonte 8)
É válido lembrar que, muitas vezes, as fontes indicam tensão de alimentação correta quando
testadas com um multímetro, porém, não funcionam corretamente quando há uma carga aplicada,
ou seja, quando são conectadas a placa mãe.
(Fonte 8)
Figura 11: Conector EPS 12v integrado Figura 10: Conector EPS 12v separado
(Fonte 8)
6.3 Molex ou IDE
É o mais tradicional, ainda muito presente nos PCs, por vezes conectado diretamente na placa-
mãe. Ele é utilizado para ligar qualquer tipo de disco rígido e unidade (leitor/gravador). Algumas
placas gráficas podem precisar deste conector também. Para aqueles que precisam, é possível
encontrar sem dificuldades conectores/adaptadores MOLEX/SATA. Em segundo plano, podemos
distinguir um ‘sobrevivente’: o conector necessário para um leitor de disquete:
6.4 SATA
Apareceu com o padrão do mesmo nome e tornou-se indispensável, já que está presente em todos
os PCs modernos. Uma fonte de alimentação deve possuir, no mínimo, quatro deles hoje em dia.
Serve, principalmente, para a alimentação dos discos rígidos e gravadores com padrão SATA.
Como podemos ver na figura 13, todos estes conectores são equipados de Poka-Yoke. Nunca
devem ser forçados para encaixá-los. Espere, observe o conector e verifique se é o correto e se está
bem encaixado.
(Fonte 8)
Figura 15: Disposição dos pinos dos conectores das fontes ATX
(Fonte 8)
Nas fontes ATX, existem tensões de saídas distintas, que são: +12v, +5v, +3.3v, -5v, e 5vSB.
Existem algumas variações nesses tipos de fontes, porem no contexto geral, o padrão é esse.
O modo de funcionamento das SMPS são praticamente os mesmos. Eles controlam a tensão de
saída, abrindo e fechando o circuito comutador, de modo a manter pelo tempo de abertura e
fechamento deste circuito, ou seja, a largura dos pulsos e suas frequências, para obterem a tensão
desejada. Existem processos separados para que tudo venha funcionar harmoniosamente. Então
vamos ver o diagrama em blocos para “destrinchar” etapas desses processos, para que possamos
entender passo a passo.
(Fonte 12)
(Fonte 12)
(Fonte 12)
(Fonte 12)
(Fonte 12)
(Fonte 12)
(Fonte 12)
(Fonte 12)
(Fonte 12)
(Fonte 12)
(Fonte 12)
No decorrer do trabalho pude perceber que, a fonte de alimentação tem mais importância para um
computador do que muitos utilizadores imaginam. Por isso, é necessário direcionar maior atenção
a esse item na hora de fazer um upgrade (troca de dispositivo ou peça para uma melhor) ou montar
uma máquina. No comprar de qualquer produto, deve-se fazer uma pesquisa, e devemos dar
preferência por modelos de marcas conceituadas, que fornecem todos os detalhes de seus produtos
e garantia. E mesmo assim, pesquisar na internet pelos modelos que te interessaram, pois mesmo
entre fabricantes reconhecidos há produtos que decepcionam. É claro que na maioria das vezes
não é necessário adquirir uma fonte top de linha, por outro lado, fontes de custo muito baixo,
apelidadas de "genéricas", devem ser evitadas sempre que possível, pois quase sempre são de baixa
qualidade e podem inclusive representar algum risco ao seu computador.