Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Eletronica Basica Vol 02 PDF
Eletronica Basica Vol 02 PDF
Eletronica Basica Vol 02 PDF
br
E EIRONICA
81\SICA
POR VAN VALKENBURGB. NOOGER & NEVILLE. lHe.
EM SEIS VOLUMES
9.3 EDIÇÃO
eletr&nica
básica
POR VAN VALKIN.U ••H,
NOOGIR
i'
Litec !:!~~~- I
Livraria Editora Técnica ltda·l____ VOL 2
.R.dosTimbiras.257-teI.22~.8983l:tS't
CAIXA POSTAL 30 869-01000 - SÃO PAULO.!
L IV RA R IA F R E I TAS B A S TOS S. A.
ELETRõNICA BÁSICA
Volume 2
© Copyright 1976 by
Van Valkenburgh, Nooger & Neville, Ine.
15 Maiden Lane, New York, 10038. U.S.A.
1..
de VVN&N
Oopyrig.ht
Copyrigh
Copyright
Copyri~ht
edição na
Copyrtght de VVN&N
América
de yvN&N©
©do Norte
© ---- 1955
1959
1960
1958
1963
1962
1967
APRESENTAÇAO
lU
Digitalização de Marco Dondi - PY2TR
www.813am.qsl.br
6 Volumes
Este é o Volume 2
ELETRICIDADE BÁSICA
5 Volumes
RADAR BÁSICO
1.0 Volume
~'ICHA CATALOGRAFICA
(reproduçiio reduzida da ficha de 75x125mm)
6 v. i1ust. 23 em
1. Eletrônica. I. Título.
o CDD 621.31
SUMARIO
Seção Pá,ina
1 Introdução aos Amplificadores . 2-1
2 O Triodo ,., . 2-11
3 Ampificador a Triodo . 2-24
4 O Tétrodo e o Pêntodo . 2-42
5 Amplificador de um Estágio . 2-55
AMPLIFICADORES DE AUDIO
Fatos
2-1
l~
2-2
2-3
Digitalização de Marco Dondi - PY2TR
www.813am.qsl.br
EU POSSO FAZER
TUDO ISTO
2-4
Digitalização de Marco Dondi - PY2TR
www.813am.qsl.br
No início do seu estudo da válvula eletrônica, você' aprendeu que são duas as
suas funções principais.
+ +
-
ov
- - -
OV
RETIFICAÇÃO
+ +
-
ov
~aída - Alta
-
OV
Tensão Alternada
AMPLIFICAÇÃO
2-5
Digitalização de Marco Dondi - PY2TR
www.813am.qsl.br
Suas designações revelam quantos elementos (cátodo, grade e placa) são encon-
trados na válvula. Um diodo (di=doisl tem 2 elementos: cátodo e placa. Um
tríodo (tri=três) possui 3 elementos: cátodo, placa e uma grade. Um tétrodo
(tetra=quatro) compreende 4 elementos: cátodo, placa e duas grades. Um pên-
todo (penta=cinco) tem 5 elementos: cátodo, placa e três grades.
DESENVOLVIMENTO DAS
V ÁL VULAS ELETRÔNICAS ...
PLACA GRADES.
CATODO
FILAMENTO
2-8
Digitalização de Marco Dondi - PY2TR
www.813am.qsl.br
e Amplificadores
_ plificadores são projetados para amplificar somente as freqüências re-
eridas pelo equipamento a que pertencem. e. de acordo com a faixa de fre-
qüências dos sinais que devem amplificar. são classificados em três grupos gerais:
• RADAJ( • SONAR
• RECEPTORES DE RÁDIO • TELEVISÃO
• ALARMAS CONTRA
• RADAR INCÊNDIOS
• INTERCOMUNICADORES
• 1lEÇEPTORES DE RÁDIO
• SONAR • SONAR
ALARMAS CONTRA • TRANSMISSORES
• INCÊNDIOS
2-10
2 - O TRíODO
As Válvulas Eletrônicas e a Amplificação
Uma das mais importantes aplicações das válvulas eletronicas é a sua utilização
para transformar uma pequena tensão de entrada em uma tensão maior de
saida. Este processo de aumento de tensão chama-se amplificação.
Por exemplo, em um receptor de rádio comum as válvulas recebem da antena
um sinal de poucos milionésimos de volt e o transformam em um sinal potente
capaz de fazer funcionar o alto-falante. Isto requer muita amplificação.
+ +
-
OV
Alta Saída
-
o V
de C A
Você constatará que as válvulas eletrônicas são usadas para produzir amplifica-
ção nos receptores, transmissores, sonar, radar e loran, e concluirá que, com
o aparecimento de novos equipamentos eletrônicos a válvula., algumas delas serão
usadas para amplificação.
o tríodo é uma das válvulas capazes de proporcionar amplificação.
2-11
Digitalização de Marco Dondi - PY2TR
www.813am.qsl.br
Um Tríodo Típíco
Calefator
(Filamento)
A'nodo ou Placa
Ligações
ao Suporte
Cátodo
Calefator
2-12
Funcionamento do Triodo
, Red~za
a salda
fechando
o registro
2-13
Digitalização de Marco Dondi - PY2TR
www.813am.qsl.br
A Grade de Controle
Corte ~!
Carga Espacial Grade
o
Placa
~
- --
equilibram é chamado corte. Quando a ~
grade fica mais negativa, a válvula fun-
ciona além do ponto de corte e não há +
corrente.
o
o
Polarização Menor do que o Corte
o
Quando o potencial negativo da grade o
é reduzido, alguns eléctrons da carga
espacial conseguem dirigir-se para a
placa.
- +
~ -
o
Polarização Muito Menor do que o Corte
Quando o potencial da grade é reduzido
ainda mais, ou se torna igual a zero, há
mais corrente da região da carga espa-
cial para a placa.
- .' i"
III1II1111 +
Saturação o
Quando a grade é positiva em relação
ao cátodo, há ainda mais corrente. Atin-
gir-se-á um ponto em que a grade será
tão positiva que os eléctrons fluirão do
cátodo tão rapidamente quanto este
~+
0/----
possa emiti-Ios. Este será o ponto de
saturação, e um aumento posterior do
potencial de grade (mais positiva) não
ocasionará aumento na intensidade da _
corrente.
2-15
Digitalização de Marco Dondi - PY2TR
www.813am.qsl.br
Semelhança entre o Tríodo e o Díodo
Como a única diferença entre os dois tipos de válvulas é a grade, você verificará
que elas são semelhantes sob vários aspectos.
O cátodo e o filamento do tríodo não são diferentes dos que constituem o díodo;
portanto, tudo que se disse sobre o díodo, com referência à emissão eletrônica,
também é válido para o tríodo. Em ambas as válvulas, a emissão (e portanto a
saturação) depende da tensão de filamento. Tanto numa como na outra, o dano
mais freqüente é a "queima" I (ruptura) do filamento, e, em ambas, a emissão
catódica diminui com o uso da válvula.
oíooo • ••
.'IIIIIIIIIIIIIIIIIIII~I
- 1----. ~ - .- -
2-17
Digitalização de Marco Dondi - PY2TR
www.813am.qsl.br
• GRADE LIGEIRAMENTE
NEGATIVA
• GRANDE CORRENTE DE PLACA
• QUEDA DE TENSÃO MUITO
GRANDE NO RESISTOR DE
CARGA DE PLACA
Com o uso deste circuito com certos tipos de válvulas, a variação da tensão de
placa pode ser mais de 200 vezes maior do que a variação da tensão de grade -
um ganho de tensão, ou amplificação, superior a 200.
2-18
Digitalização de Marco Dondi - PY2TR
www.813am.qsl.br
Funcionamento dos Amplificadores (continuação)
SAíDA
I
placa. Portanto, enquanto há cor- 10 kn
rente. a tensão de placa é inferior
ào potencial do B + em um valor --,-
igual à queda na carga.-
Uma pequena
de grade produzvariação' na tensão
uma grande varia-
ção na corrente de placa. e isto ';'"
causa uma variação corresponden-
- 'li'
-...
I
Eis um exemplo do que ocorre nu- •
ma válvula real: com uma tensão _
de grade de -10 volts. um resisto r -
250 volts, a corrente de placa é de
5 mA. Esta corrent.e produz uma
de carga
queda de de 10 knnae carga
tensão um B+igual
de
a E = IR = 0.0'05 X 10.000 = 50 ';'"
volts. Em conseqüência. a tensão
de placa é de 200 volts (250 -50).
2-19
Digitalização de Marco Dondi - PY2TR
www.813am.qsl.br
· Características da Válvula - Fator de Amplificação
Como a tensão de grade e a tensão de placa podem ser usadas para controlar a
corrente de placa, é importante saber qual delas faz o melhor trabalho. Se você
observar os' resultados dos testes, verificará que uma pequena variação na tensão
de grade pode produzir uma grande variação na corrente de placa enquanto
que é necessária uma variação muito maior na tensão de placa para provocar a
mesma variação da corrente de placa.
A relação que mostra a eficiência da grade e da placa no controle da corrente
de placa é chamada Mu e é representada pela letra grega J1..
40
2= 20
2-20
Digitalização de Marco Dondi - PY2TR
www.813am.qsl.br
Ganho
rTl + RL
DETERMINAÇÃO DA
RESISTÊNCIA DE pLACA
DE UM TRíODO
2-21
Transcondutância Ig )
111
rp
: TRANSCONDUTANCIA
(
DEUMTRÍODO
2-22
4
Curva 2: Com uma tensão de grade de
-8 V, vê-se que a corrente de placa é
afetada pelas variações da tensão de 3
placa. Mas, uma variação de 10V em
placa causa apenas uma variação muit.o
pequena na corrente de placa. Compa- 2
rando os resultados observados nas
curvas 1 e 2, você pode concluir que a
grade exerce maior controle sobre a cor-
rente de placa do que a própria placa.
Tensão de Grade
2-23
Digitalização de Marco Dondi - PY2TR
www.813am.qsl.br
3 - AMPLIFICADOR A TRíODO
Tensão de Polarização de Grade
Você precisa saber como se comporta a corrente de placa de um triodo sob dife-
rentes condições de funcionamento. Se você observar a curva 1 da página ante-
rIor, verificará que, quando a grade está positiva em relação ao cátodo, a corrente
de placa atinge valores elevados. Quando a grade se torna suficientemente
negativa com referência ao cátodo, a corrente de placa cai a zero. Estas são as
condições extremas observadas no funcionamento do tríodo.
Estamos nos ocupando de t'ríodos usados como amplificadores, e, para esta fina-
lidade, eles trabalham normalmente com a grade negativada, a fim de evitar
a distorção do sinal. Isto. restringe seu funcionamento à parte esquerda da curva
Eg -I p (curva 1). A tensão que mantém a grade negativa•
é chamada tensão de
polarização de grade. Polarizar a grade consiste em torná-Ia negativa em rela-
ção ao cátodo. ~
Quando se usa uma válvula como amplificadora, aplicam-se duas tensões em
série entre grade e cátodo:
1- A tensão contínua de polarização que fixa o ponto de operação na curva
E~ - I.I' Esta tensão de polarização pode ser obtida de uma bateria de
pilhas ou de qualquer outra fonte de tensão contínua. Adiante serão exami-
nados· os diversos tipos de fontes, para polarização
o sinal de C.A. que, no momento, consideraremos compreendido na faixa
de audiofreqüênc!a.
_-as páginas seguintes, você verificará como a tensão (sinal> de C.A. é adicionada
e btraída da tensão contínua de polarização, a fim de produzir variações cor-
:-e:,-pondentes na corrente de placa.
r--
I
Tipo 6C5
mA
deSinal
C.A. f\V_
I
• Circuito de
I Grade de um
I Amplificador
Folarização
de C.C. +
I
I
-,-----
---
Digitalização de Marco Dondi - PY2TR
www.813am.qsl.br
Tensão de Polarização de Grade (continuação)
Quando se aplica um sinal de C.A. à grade, a corrente no circuito de placa varia
de modo semelhante ao sinal. O semiciclo positivo do sinal aplicado está em opo-
sição à tensão de polarização, e, portanto, subtrai-se da mesma. O semiciclo
negativo do sinal está em série e auxiliando a tensão de polarização, de modo
que as tensões se somam. Conseqüentemente, a tensão alternada (sinal) faz com
que a tensão entre grade e cátodo seja alternadamente menos negativa e ma.ls
negativa. Esta tensão variável entre grade e cátodo faz com que a intensidaçle
da corrente no interior da válvula varie para mais e para menos, de modo que
as variações da corrente de placa são a réplica do sinal aplicado.
,
ISTO ---~---.".
o + ISTO
••
-2
-4 ------------------
,
Q
'G11
a
~ -6
~o
-8 -----------------
.oS "•} •
-6'Il
EI::
-4
-=1
-4
-6
o
o
2-25
Digitalização de Marco Dondi - PY2TR
www.813am.qsl.br
en.são de Polarização de Grade (contin uação)
Examinemos o seguinte exémplo que ilustrará o que acabamos de exPtlr. Supo-
nha que um tríodo 6C5 está instalado em um circuito com V de tensão de -4
polarização de grade e +200 V de tensão de placa. Sem aplicação de sinal, a
corrente de placa terá um valor constante de 11mA. Isto poderá ser constatado
por meio da curva E - I , abaixo.
J; IJ
OPERAÇAO NA
PARTE LINEAR
DA CURV A E~ - 11'
IpmA
18
Máximo
- 16- --I l'
= 16
14
Sem
12 _ Sinal
10 I
l'
11 =
8
6-- -1Minimo
=6
4 r
2
O
-16-14-12-\0-8 -6 -4 -2 O
I 'GIIII
Eg volts I I
~I~"""
"'~I
• I.
q l:::;aI
I I I. I
2-26
Digitalização de Marco Dondi - PY2TR
www.813am.qsl.br
Sinal - --------,I
, I
I I
I
-+
I
...1
I RI
80000
88V
I
I
I
+~ -l
Na página seguinte você verá como a tensão nu carga e a tensão de placa variam,
quando se aplica um sinal à grade.
2-27
+16
+12
+48
2-28
IpmA
18 . Distorcão
16 Distorção quandó a
causada grade se
14 pela parte torna
não linear positiva
, 12
10
8
da curva
E-I
p
6
4
2
Distorção
causada
pela tensão
de corte
I I
:--- Polarizacão-+l I
2-29
Achatamento
observado quando
há corrente de
grade
B C
Há corrente
durante todo
o ciclo
Não há Há corrente
corrente
de placa ~~ durante a
metadedo
ciclo
~~ Corrente
rante du-de
menos
~ . meio ciclo
Grade
positiva
2-30
Digitalização de Marco Dondi - PY2TR
www.813am.qsl.br
CLASSE C
2-31
Digitalização de Marco Dondi - PY2TR
www.813am.qsl.br
Bateria "C" -
+ B+
2-32
Digitalização de Marco Dondi - PY2TR
www.813am.qsl.br
Polarização com Fontes de Alimentação .
As fontes de alimentação com retificadores substituem as baterias "B" no
circuito de placá' e também são usadas em substituição às baterias "C". Nos
equipamentos maiores, como em alguns transmissores, usa-se uma fonte inde-
pendente para polarização, constituída por um gerador, um retificador de meia
onda ou um retificador de onda completa. O terminal positivo da fonte de
alimentação, a exemplo do que ocorre com a bateria "C", é ligado ao cátodo, e
o terminal negativo é ligado à grade da válvula. No esquema abaixo, o terminal
positivo' do resistor de drenagem está ligado à massa. e o terminal negativo,
através de R" ,-está ligado à grade. Como o cátodo está ligado à massa, a grade,
é negativa em relação ao cátodo.
B+
-
~. Resistor de
Drenagem
B+
-.
2-33
Digitalização de Marco Dondi - PY2TR
www.813am.qsl.br
Polarização Obtida do B .L
POLARIZAÇÃO NEGATIVA
E POTENCIAL DE PLACA POSITIVO
OBTIDOS DA MESMA
FONTE DE ALIMENTAÇÃO
2-34
Digitalização de Marco Dondi - PY2TR
www.813am.qsl.br
Polarização de Citodo'
Observe a gravura abaixo. Note que o resistor RI; foi ligado no circuito de cátodo
da válvula, entre o cátodo e a massa. Toda a corrente que passa através da
válvula provém do B- e passa através do resisto. de cátodo. Isto produz uma
queda IR no resistor de cátodo, tornando o cátodo positivo em relação à massa.
Como a grade está ligada à massa através de R~, e a massa é negativa em rela-
ção ao cátodo, a grade também é negativa com referência ao oátodo.
2-35
Digitalização de Marco Dondi - PY2TR
www.813am.qsl.br
Resistor de Cátodo
2-36
Digitalização de Marco Dondi - PY2TR
www.813am.qsl.br
Resistor de Cátodo (continuação)
Em um tríodo, a corrente emitida pelo cátodo da válvula é a própria corrente
de placa. O mesmo não acontece com o tétrodo .ou o pêntodo, pois estas válvulas
têm uma grade auxiliar (ou de blindagem) com um potencial positivo e que
atrai eléctrons do cátodo. Como toda a corrente que passa através do tétrodo e
do pêntcdo tem sua origem no cátodo, temos que
CORRENTE DE PLACA + CORRENTE DE GRADE AUXILIAR =
= CORRENTE DE CÁTODO
Se, por exemplo, um pêntodo tivesse uma corrente de placa lI) de 6 mA, e IJ
Sinal
--
Ip = 6 mA
Isg = 2 mA
r----
I
I
4V
I
I
I
L
.-- Fonte + !Isg+Ip=amA
4/0,008 = 500 fl
2-37
Digitalização de Marco Dondi - PY2TR
www.813am.qsl.br
-
..
-
2-38
Digitalização de Marco Dondi - PY2TR
www.813am.qsl.br
Capacitor de Cátodo (continuação)
A ilustração abaixo mostra um sinal de C.A. com 6 V de pico, aplicado à grade
de um tríodo. Sem sinal aplicado, a válvula tem uma tensão de polarização de
cátodo de -8 V. Se esta tensão de polarização permanecesse constante, o sinal,
durante o seu semiciclo negativo, seria adicionado à ela: 8 + 6 = 14 V negativos;
durante o semiciclo positivo, o sinal seria subtraído da tensão de polarização:
8 - 6 = 2 V negativos. Com a variação da tensão grade-cátodo entre -14 V e
-2 V, a corrente de placa será mínima com -14 V e máxima com -2 V. Neste
caso, suponha que a variação da corrente de placa provoca uma variação de
tensão de 2 V no resistor de cátodo. Obserse que a tensão no resistor de cátodo
aumenta quando aumenta a corrente de placa, e, portanto, a tensão de polariza-
ção de cátodo aumenta quando o sinal está tentando reduzí-Ia. A variação de
tensão no resistor de cátodo está defasada de 180 graus em relação ao sinal de
entrada, de modo que as duas tensões (sinal e variação da tensão de cátodo) se
subtraem, dando lugar a uma variação efetiva de tensão de 6 - 2 = 4 Ventre
grade e cátodo.
~ : EFEITO DA VARIAÇllO DO
O ,fi POTENCIAL DO CATODO
-2 I Sinal.,. I
Máxima
, ;om -2V
-4
-6
---e-;7f
!" -- ----I
/
I
\.
'.
I
I
6V
Aplicado
Variação do
Sem
sinal
Ip
-8
I \. / .•••.
- ••.•
,~ I./' Potencial
Cátodo = do
2V
O
Ip
Mínima
com -14V
2-39
Digitalização de Marco Dondi - PY2TR
www.813am.qsl.br
itor de Cátodo (contin uação)
Em outras palavras: as variações do potencial do cátodo anulam os 2 V do sinal.
Este efeito é chamado degeneração. Para eliminá-Io, liga-se um capacitar de
desacoplamento em paralelo com o resistor de cátodo. Quando é selecionada uma
capacitância adequada, sua reatância capacitiva é aproximadamente uma décima
parte do valor do resistor - calculada com a fórmula que você estudou em
ELETRICIDADE BASICA: X = 1/27rfC.Como um capacitor permite o estabele-
cimento de uma corrente que está sempre variando (C.A.l, a componente con-
tínua (corrente quiescente, ou sem sinal) passa através do resistor e a compo-
nente variável (C.A.) existe no ramo do capacitar de desacoplamento. Quando
ocorrem variações de corrente, o resistor permanece virtualmente em curto-
circuito, dada a baixa reatância do capacitor. A corrente através do resistor é
constante. Portanto, a tens,ão no resistor permanece constante quando um sinal
é aplicado à grade e não há cancelamento do sinal.
Eis um exemplo de como se determina o valor do capacitar de cátodo. Considere-
mos o circuito abaixo: .
.•.
Rk = 40000
Xc =
4000
Como não existem capacitores com este valor, usa-se um capacitar de 10 IJ-F.
2-40
POLARIZAÇ' ÃO OBTIDA DO B + -
Usa-se uma única fonte de alimenta-
ção para prop:)rcionar um poten-
cial positivo (B+) e um potencial
negativo destinado à polarização de
grade.
ENTRADA SAíDA
FUNCIONAMENTO DO TRtODO
COMO AMPLIFICADOR - A variação
da tensão de saída (tensão de placa)
de um tríodo usado como amplifi-
cador pode ser dez ou mais vezes
maior do que a variação da tensão
de grade (sinal de C.A.).
2-41
Digitalização de Marco Dondi - PY2TR
www.813am.qsl.br
A Grade Auxiliar
TÉTRODO
Dois Capacitores em
Série; Capacitância Total
Menor do que a de
Cada Capacitor
2-43
Digitalização de Marco Dondi - PY2TR
www.813am.qsl.br
Emissão Secundária no Tétrodo
2-44
Digitalização de Marco Dondi - PY2TR
www.813am.qsl.br
8+
I -
- -
... .•.
x X
Tensão Fixa
de Grade
Auxiliar
-.•.
não há
variação de corrente de placa quando se aumenta a tensão de placa. Isto ocorre,
porque a grade auxiliar blinda a placa da carga espacial do cátodo, fazendo com
que a referida grade exerça maior controle sobre a corrente de placa do que a
própria placa.
Perto de 100 volts, um aumento da tensão de placa dá lugar a uma
diminuição na corrente de placa, porque mais eléctrons são desalojados da
placa por emissão secundária. Enquanto a tensão de placa for mantida inferior
à tensão de grade auxiliar, quase todos os eléctrons secundários dirigir-se-ão
para a grade auxiliar.
Tensão de
Grade Auxiliar
~ ...,
o•..s:: 10
~o'
20
C)
~ 5
e<l
'O
e<l
§
< ~ 15
O
Tensão - 5V
Tensão de Placa
2-45
Digitalização de Marco Dondi - PY2TR
www.813am.qsl.br
Saída
x x
Entrada
de C.A.
-
•. --... ... 8+
Quando se aplica uma tensão alternada à grade de controle da válvula, a tensão
de placa varia em virtude da queda no resistor de carga, do mesmo modo que
no tríodo. Quando se usa o tétrodo para obter' muita amplificação, a tensão de
placa varia dentro de ampla margem e, se se torna inferior à tensão de grade
auxiliar, os efeitos da emissão secundária provocam distorção na saída.
Para evitar este inconveniente, a tensão de placa teria de ser muito elevada a
fim de manter a placa sob maior potencial que a grade auxiliar, apesar do
valor das variações da tensão de placa.
2-46
Digitalização de Marco Dondi - PY2TR
www.813am.qsl.br
2-47
Funcionamento do Pêntodo
4. A tensão de
1. Quando a ten- 2. A tensão de I
p a c a diminui.
mas a corrente
são de grade di- placa diminui e a
minui, a corrente ·corrente tende a não di m i n u i
aumenta diminuir grandemente
3. Quando a ten-
são de grade di-
minui, a corrente
aumenta
TRÍODO PÊNTODO
MENOR AMPLIFICAÇAO MAIOR AMPLIFICAÇAO
2-48
Digitalização de Marco Dondi - PY2TR
www.813am.qsl.br
Um Pêntodo Típico
Anodo ou PIaca
Grade Supressora
Grade Supressora
Ligações' ao
Suporte Grade Auxiliar
Grade de Controle
Cátodo
Calefator
2-49
Digitalização de Marco Dondi - PY2TR
www.813am.qsl.br
Válvula Amplificadora de Potência de Feixe Dirigido
Quando você estudou o pêntodo, aprendeu que a grade supressora reduz os efei-
tos da emissão secundária. Em lugar de usar a grade supressora para controlar
a emissão secundária de placa, obtém-se o mesmo efeito dispondo-se os elemen-
tos da válvula de tal modo que se produza uma carga negativa perto da placa.
O objetivo desta carga espacial é fazer retornar à placa qualquer eléctron
secundário, numa ação semelhante à da supressora no pêntodo.
A figura abaixo mostra a estrutura interna de uma válvula tipica de feixe ele-
trônico dirigido (concentrado) tal como a 6L6, a 50L6, a 6V6 e outras. Você
verifica que esta válvula consta de cátodo, grade de controle, grade auxiliar e
dois elementos novos: as placas que formam o feixe e que estão ligadas ao
cátodo. Cada placa formadora do feixe abrange aproximadamente a quarta parte
da distância em redor das grades da válvula, impedindo que qualquer eléctron
possa alcançar a placa, a não ser através das aberturas entre as placas forma-
doras do feixe. Esta disposição concentra a corrente eletrônica numa reduzida
superfície e assim forma o feixe eletrônico concentrado.
AB espiras das grades estão espaçadas de tal maneira que os eléctrons passam
através das mesmas em forma de camadas ou lâminas. Depois de atravessar a
grade auxiliar, estes eléctrons se combinam para constituir, perto da placa, uma
concentração eletrônica ou carga espacial, que desempenha a mesma função da
supressora no pêntodo.
A válvula amplificadora de potência de feixe dirigido é mais vantajosa que o
pêntodo, porque proporciona maior potência de saida para uma determinada
emissão catódica.
Placas Formadoras
do Feixe
Cátodo
Grade de
Controle
Grade
Auxiliar
Placa
2-50
Digitalização de Marco Dondi - PY2TR
www.813am.qsl.br
da válvula.
MADOR
TRANSFOR Y-2
ENTRADA
5
-. 1+
TRANSFORMADORES
INTERESTAGIOS
2-67
Digitalização de Marco Dondi - PY2TR
www.813am.qsl.br
Na freqüência média de 1.000 Hz, terá uma reatância indutiva de: •..
Xl. = 2 71' f L = 6,28 X 1.000 X 10 = 62.800 !!
E a 10.000 Hz terá:
30
25
Amplificação
20
.,I
15
Acoplamento por
Transformador
10
5
O 100 1.000 10.000
Freqüência em Hertz
2-68
Digitalização de Marco Dondi - PY2TR
www.813am.qsl.br
Características do Amplificador com Acoplamento por Transformador
AMPLIFICADOR COM
ACOPLAMENTO POR
TRANSFORMADOR
Suponha que seja aplicado um sinal de C.A. de 0,01 volt à grade de V-L
Observando o esquema, você poderá notar que a tensão de saída da 6C5 aparece
no enrolamento primário do transformador e é amplificada Jl vézes (20 X 0,01 =
= 0,2 V). O transformador eleva a tensão do primárío 3 vezes mais, pelo que a
tensão no secundário é 3 X 0,2 = 0,6 V.
Estabeleceu-se que o ganho deste estágio é igual a JlN, ísto é; 60. Vejamos a
comprovação. O sinal de grade é 0,01 V. Multiplicando esta. tensão de grade
pelo ganho deveríamos obter a tensão no secundário do transformador, isto é,
0,6 V. Multiplique 60 por 0,01 (= 0,6 V) e comprove a exatidão do enunciado.
AMPLIFICAÇAO DE TENSAO EM UM
AMPLIFICADOR COM ACOPLAMENTO
POR TRANSFORMADOR'
12V
O,2V
O,6V
O,OlV
+
-. 8+ B+ .
-.
A tensão entre os extremos do secundário do transformador <0,6 V) é aplicada,
agora, à grade de V-2. Se considerarmos que V-2 tem também Jl = 20, V-2 am-
plificará este sinal 20 vezes. Portanto, a tensão de saida na placa de V-2 será
20 X 0,6 = 12 V.
O ganho total é determinado pela multiplicação'dos ganhos dos diversos estágios.
O ganho de V-I e o transformador é 60, e o ganho de V-2 é 20. O ganho total
é 60 X 20 = 1200.
Verificando este resultado, a entrada de V-I multiplicada pelo ganho total deveria
dar-nos a tensão de saída de V-2 10,01 X 1200 = 12 V), o que é exato.
2-70
2-71
Digitalização de Marco Dondi - PY2TR
www.813am.qsl.br
ÁUDIO AMPLIFICADOR
. DE POT€NCIA .
···
:ENTRADAS
··
·
·....
: 1 Mu
I'.
A Energia
Sinal é
Consumida
•.•...........
···
do
8+ ~
!
B+
2-72
Digitalização de Marco Dondi - PY2TR
www.813am.qsl.br
Características dos Áudio Amplificadores de Potência .(continuação)
A corrente através do circuito de placa do amplificador de potência é consti-
tuída por:
1- uma componente constante ou de C.C.
2- uma componente variável ou de C.A.
A parte útil da corrente de placa é a componente variável, pois só as variações
da corrente de placa é que produzem· wm no alto-falante. A componente de
C.A.da corrente de placa passa através do primário do transformador de saída,
juntamente com a componente de C.C. Esta última nada produz além de um
campo magnético constante em torno do enrolamento primário, não induzindo
qualquer tensão no secundário. A componente de C.A. aproveita a ação de trans-
formador e induz tensão no enrolamento secundário, a qual é aplicada à bobina
móvel do alto-falante. Esta tensão converte-se em wm graças ao alto-falante.
Você pode verificar que a corrente constante de placa não contribui direta-
mente para a produção de som pelo circuito amplificador de potência. Esta
parte da corrente de placa ocasiona uma perda de energia no circuito de placa,
causando o aquecimento da válvula amplificador a de potência e do transfor-
mador de saída.
do Sinal
Êntrada no-- I
Componente
- de C.A.
--~ Componente
de C.C. -. -. B+
2-73
Digitalização de Marco Dondi - PY2TR
www.813am.qsl.br
9 - O TRANSFORMADOR DE SAíDA
:Fn _~o do Transformador de Saida
_-~:'~ê1idade do transformador de salda é transferir, da placa da válvula arr:;J:2-
::~ . !"a de potência para a bobina móvel do alto-falante, a energia de áudio
c..:nn '"cada. Nas páginas seguintes, você estudará as caracteristicas dos tram-
:o:madores de saída, para poder entender a importância do casamento de impe-
dâncias. O casamento de impedâncias é necessário porque o amplificador de
00 ência deve ter uma carga de placa de impedância relativamente alta, enquan-
.o que a impedância da bobina móvel é baixa. O transformador de saída casa
a baixa impedância da bobina móvel com a alta impedância do circuito de
placa.
As válvulas amplificadoras de potência devem funcionar com um determinado
valor de impedância de carga de placa, a fim de proporcionar o máximo de
potência de saída com o mínimo de distorção. O valor adequado da impedância
de placa para uma determinada válvula é obtído das especificações fornecidas
pelo fabricante.
Em um circuito amplificador de potência, usa-se o primário do transformador
de saída como impedância de carga de placa e é a esta impedância que estam os
nos referindo. Determina-se a impedância do primário pelo valor da carga no
secundário e pela relação entre as espiras do primário e do secundário. A relação
entre espiras e o valor da impedância de carga do secundário devem ser esco-
lhidas de modo que a impedância resultante no primário corresponda ao valor
requerido para impedância de carga da válvula amplificador a de potência.
::::::::::::::::::;:::;:::::::::::::;:::~:~:
oTRANSFORMADOR DE SAÍDA
NO CIRCUITO AMPLIFICADOR
1]11 ao
Impedância
de Carga
de Placa
Impedância
Carga do
Secundário:
Bobina Móvel
8+
2-74
Digitalização de Marco Dondi - PY2TR
www.813am.qsl.br
Função do Transformador de Saída (continuação)
Em um transformador há duas correntes: corrente no primarIo e corrente no
secundário. A intensidade da corrente no primário depende da irÍtensidade da
corrente no secundário. Quando a corrente no secundário aumenta, a corrente
no primário também aumenta. Isto se explica pela Lei de Lenz, que estabelece
que o campo magnético provocado por uma corrente induzida sempre :;;e opõe
ao campo magnético que produziu a referida corrente induzida. Em outras pala-
vras: o campo magnético produzido pela corrente no secundário de um trans-
formador se opõe e anula parte do campo magnético produzido pela corrente
no primário. Agora, você pode compreender que, quando se diminui a impe-
dânçia da carga no secundário, a corrente e o campo magnético no secundário
aumentam, anulando a maior parte do campo produzido pelo primário. Nestas
condições, a reatância indutiva e, portanto, a impedância do primário, diminui.
Selecionando o valor adequado da impedância do secundário, podemos obter a
desej~da impedância do primário para a válvula amplificadora de potência.
Quando uão se pode variar a impedância de carga do secundário - a bobina
móvel de \1m alto-falante, por exemplo - a relação espiras do primário/espiras
do secundário pode ser variada para se obter a adequada impedância do primá-
rio. Com esta finalidade, emprega-se um transformador de saída provido de
derivações no secundário.
Corrente
---
no Primário
Corrente no
Secundário
CAMPO DO CAMPO DO
PRIMÁRIO ECUNDÁRIO
2-75
Digitalização de Marco Dondi - PY2TR
www.813am.qsl.br
Casamento de Impedâncias
E:a~:cs. o ra n'z. alguns assuntos que voce ]a estudou. Você sabe que, para
ob er a máxima potência de saida com um mínimo de distorção, a válvula am-
. lificadora de potência deve funcionar com um determinado valor de impe-
dância de carga. Você sabe também que esta impedância de carga é realmente
a impedância do primário do transformador de saída, que é determinada pela
carga no secundário. .
Geralmente, a carga do secundário é o alto-falante que desejamos alimentar
com a energia de áudio amplificada. Você pode estar pensando que seria mais
simples ligar o alto-falante diretamente à placa da válvula amplificadora de
potência, mas isto não é possivel. Lembre-se que o valor da carga da válvula
amplificadora não pode ser outro senão o especificado. Em geral, esta carga é
da ordem áe alguns milhares de ohms, enquanto que a impedância das bobinas
móveis dos alto-falantes é da ordem de 1 a 16 \1. Se a impedância da bobina
móvel fosse utilizada como carga de placa, seria muito pequena a potência
obtida do amplificador, para não falar da distorção que se originaria.
Portanto, devemos usar um dispositivo casador de impedâncias - o transfor-
mador de saida - capaz de nos permitir fazer a válvula funcionar com alta
impedância no primário e proporcionar potência de áudio à bobina móvel de
baixa impedância do alto-falante.
2-76
Digitalização de Marco Dondi - PY2TR
www.813am.qsl.br
Casamento de Impedâncias (continuação,
As impedâncias dos alto-falantes e as impedâncias de carga de placa das diver-
sas válvulas variam amplamente. Como a impedância do primário é determinada
pelo tipo de válvula usado, e a carga do secundário é determinada pela impe-
dância da bobina móvel, deve haver algum meio capaz de ajustar a relação entre
as impedâncias do primário e do secundário, para que se consiga o casamento
correto.
2-77
Digitalização de Marco Dondi - PY2TR
www.813am.qsl.br
_-esta secão, você verificará que é possível obter um excelente tipo de amplifi-
cador de' potência com um sistema em contrafase (simétrico), Pode-se fazer
um amplificador de potência com uma válvula apenas, mas, quando se deseja
duplicar a potência, é mais conveniente e usual empregar duas válvulas ampli-
ficadoras de poténcia em lugar de uma só. O meio mais evidente de usar duas
válvulas seria interligar as duas grades e fazer o mesmo com as duas placas
(ligação em paralelo), duplicando, assim, a potência de saída. Todavia, há um
método melhor: ligar as válvulas em contrafase. Em um amplificanor em con-
trafase, as tensões aplicadas às grades estão defasadas 180 graus. Quase sempre
se consegue e~:ta defasagem aplicando-se o sinal ao primário de um transfor-
mador cujo secundário dispõe de uma derivação central (ponto médio); as duas
grades são ligadas aos extremos opostos do secundário e o ponto médio à massa
ou à fonte qm' proporciona a tensão de polarização de grade.
2-78
Digitalização de Marco Dondi - PY2TR
www.813am.qsl.br
TENSÃO
ENTRE GRADE
0-1------'-------.L..
E CÁTODO
(EI)
CORRENTE
DE PLACA
FORMAS D'E ONDAS lll)
NORMAIS DE UM
AMPLIFICADOR
EM CONTRAFASE
II II I II
o rJ\1\J
I I
. I
Este fato é considerado uma grande vantagem, porque as válvulas podem ser
sobrecarregadas intencionalmente para produzirem uma saída maior, pratica-.
mente sem distorção.
C2
Cs
CI 1&
3
13
12
":'
2-81 C3
Nota· --
R4
. R5
475
= --
25
=-191.
20 V
2-82
Digitalização de Marco Dondi - PY2TR
www.813am.qsl.br
Outro Tipo de Inversor de Fase
O inversor de fase que você irá apreciar agora tem metade da resistência de
carga no circuito de cátodo (R,) e metade no circuito de placa (R). A mesma
corrente passa através destes resistores e, como têm valores iguais, aparecem
tensões iguais nos dois. Estas tensões estão defasadas 180 graus. Em R3 não
aparece sinal, porque está em paralelo com um capacitor de grande capacitância.
o
V1\1
ENTRADA ~AíDA
R-2
illllllllllll"IIII;IIII;I,I;II[II'II;I'1
50~ IV SAíDA - ... ATUA ASSIM
kí!
~II
2 - Obtém-se uma potência de saida mais de duas vezes maior do que a que
poderia ser obtida com uma única válvula.
Outros transformadores de saida são do tipo "universal". Este tipo tem um secun-
dário dotado de várias derivações. Por meio de uma seleção adequada, você pode
casar devidamente uma variedade de impedâncias de carga com o transformador,
obtendo o máximo de transferência de energia do amplificador para a carga.
CIRCUITO EM CONTRAFASE
- Usa duas válvulas e um
transformador para duplicar a
potência de saída do circuito.
As tensões de grade das válvu-
las estão defasadas 180 graus.
I
I
i
I
I
:
:
'
!
;;
••••
•• ".'1. ! j ! !
! ! I I
: : : :
'"
INVERSOR DE FASE - Produz
duas tensões de sinal defasadas
18'0 graus, sem usar transfor-
mador. Um inversor de fase
pode utilizar uma ou duas vál- "
vulas.
'"
AMPLIFICADOR DE POTÊN-
CIA EM CONTRAFASE - Cons- "'u!
ta de um amplificador de ten-
são, um divisor de fase (inver-
sor), duas válvulas amplifica-
doras de potência e um trans-
formador de saída.
if~
Amarelo
Quando se deseja que haja uma corrente elétrica de um ponto para outro, utili-
za-se condutores que permitam a passagem dos eléctrons. Quando se transmite
o som diretamente de um ponto para outro, são as partículas do ar que atuam
como meio condutor. Em outras palavras, para a transmissão da eletricidade ou
do som deve existir um meio condutor entre os pontos de transmissão; no caso
da eletricidade, os condutores, e, no caso do som, o ar.
Na realidade, o som é o movimento de ondas de pressão do ar. Portanto, qual-
qUl'r dispositivo produtor de som, como por exemplo as cordas vocais do homem,
é um dispositivo que faz variar a pressão do ar que o cerca. Todos os instru-
mentos musicais ao entrarem em vibração, empregam este princípio produtor
de diferentes ondas de pressão no ar. No piano, ao toque de uma tecla, põe-se
em vibração uma corda esticada. A corda vibra para ambos os lados de sua
posição de repouso, comprimindo e expandindo o ar que a rodeia. Quando a
corda (figura abaixo) se move de sua posição de repouso para a direita, o ar
que está à direita da corda é comprimido (aumenta sua pressão). Quando a
corda se move para a esquerda, o ar à sua direita se expande (diminui sua
pressão). Se um dispositivo sensível ao som, tal como o ouvido humano, estiver
próximo à corda vibrante, as ondas de pressão variável chocar-se-ão contra o
tímpano, produzindo a sensação de som.
O número de vibrações completas da corda, por segundo, determina a freqüên-
cia ou tom da onda sonora resultante. A intensidade ou amplitude da fonte
sonora é determinada pela grandeza do deslocamento da corda.
O som produzido pela voz humana varia de intensidade na razão de 10.000para
l' e abrange uma faixa de 60 a 10.000Hz. Na música, as variações de intensidade
podem ser de até 100.000para 1, e a faixa de freqüências se estende de 40 a
15.000Hz.
111111111111111111111111111111111111111111\11111111111111111\11111111
P",,,ãodeNormal
(Posição Repouso) I i!!1
~
da Corda
2-88
Digitalização de Marco Dondi - PY2TR
www.813am.qsl.br
Microfone de Carvão
Diafragma Corrente
Cápsula de
Latão ou
de Carvão
Grânulos Ao
de Carvão
Elétrodo
Amp. 1~
't:l
3 Al"::~~
2CVfI_-
Corrente
~
.....
Contínua
Tempo-
2-89
Digitalização de Marco Dondi - PY2TR
www.813am.qsl.br
~licrofone de Cristal
Um dos inconvenientes do microfone de carvão é que ele requer, para funcionar,
uma fonte externa de tensão continua. Em certas aplicações, não é fácil conse-
guir a fonte em apreço. Além disso, os grânulos de carvão podem ser unidos
pelos arcos elétricos que são produzidos entre eles, o que, eventualmente, reduz
a sensibilidade do microfone. Quando se movimenta o microfone, os grânulos
são agitados, e isto produz débeis arcos entre os mesmos, que podem provocar
ruídos desagradâveis na saída.
O microfone de cristal elimina todos os inconvenientes encontrados no micro-
fone de carvão, porque funciona sob_ princípio diferente, dispensando fonte
externa de tensão.
Algumas substâncias cristalinas, tais como o quartzo e os sais de Rochelle, geram
tensão quando são submetidas a uma pressão. Você se lembra de "Cargas Elé-
tricas Produzidas por Pressão" do Volume 1 de ELETRICIDADE BÁSICA? Êste
fenômeno é conhecido como efeito piezoelétrico e é o princípio usado nos micro-
fones de crístal.
Abaixo, você pode apreciar a construção de um microfone de crista!. O cristal
plano de sal de Rochelle (usado em lugar do quartzo por ser mais sensível)
está montado entre duas placas metálicas providas de ligações externas. Um dia-
fragma muito delgado está ligado mecanicamente ao cristal, através de um
orifício na placa frontal. Quando as ondas sonoras incidem sobre o diafragma,
exerce-se sobre o cristal uma pressão variável por meio do pino de ligação, pro-
duzindo uma tensão variável entre as placas. Como as ondas sonoras exercem
pressão sobre o cristal, a forma de onda da tensão de saída será uma repro-
dução exata do som original.
O microfone de cristal é de alta impedância e é ligado diretamente à grade da
válvula amplificadora, sem transformador.
MICROFONE DE CRISTAL
2-90
Digitalização de Marco Dondi - PY2TR
www.813am.qsl.br
Microfone Dinâmico
t--
2-91
Digitalização de Marco Dondi - PY2TR
www.813am.qsl.br
____:lJ~1: ::1: Yelocidade ou de Fita
MICROFONE DE FITA
2-92
Ímã em
Forma
de "U"
Elemento
Excitador
do Cristal
Cordão
do Fone
FONE
2-93
Digitalização de Marco Dondi - PY2TR
www.813am.qsl.br
2-94
Digitalização de Marco Dondi - PY2TR
www.813am.qsl.br
Revisão de Microfones, Fones e Alto-falantes
E'
Am]}.
MICROFONES - Transformam as
ondas sonoras em pulsos elétricos. Os
microfones podem ser de carvão, de
cristal, dinâmicos e de fita. Os pulsos
elétricos ex<;itam a grade de um am-
plificador, diretamente ou através de
um transformador elevador.
2-96
Digitalização de Marco Dondi - PY2TR
www.813am.qsl.br
I
polarização, resisto r de carga, filtro 1 MO
de desacoplamento
citor para acoplamento
e resisto r e capa-
a outro es- "
ka
tágio.
..,. ..,. ,. ..,.
r
COM ACOPLAMENTO RC - Circui-
to constituído de dois estágios de am-
plificação. A entrada à grade da
segunda válvula amplificadora é a
saída do primeiro
cador.
estágio amplifi-
..,. I. "!' '!" 8+
T "!'
I
ção entre a tensão de saída do está-
gio final e a tensão de entrada· do
primeiro estágiooé denominada ganho
do amplificador.
I.
\ T1
.,. .,. 1+ .,.
2-97
Digitalização de Marco Dondi - PY2TR
www.813am.qsl.br
AMPLIFICADOR DE POTÊNCIA EM
CONTRAFASE - Circuito constituído
de um amplificador de tensão, um
inversor de fase, duas válvulas am- ,
M,~
.'.
plificadoras de potência e um trans- ,.,
I.
-l
0,01.1"
,.,
..
TRANSFORMADOR DE SAíDA -
Transformador usado para acoplar o
amplificador de potência à carga.
Casa a baixa impedância da carga à
II~
alta impedância requerida pelo am-
plificador.
B+
2-98
Digitalização de Marco Dondi - PY2TR
www.813am.qsl.br
12 - O DECIBEL (dB)
Se os conhecimentos de Matemática do
leitor não forem suficientes para a com-
preensão desta Seção, isto não lhe trara
qualquer dificuldade ao estudar os as-
suntos dós outros vohimes desta série.
Esta Seção foi incluída nesta edição
como um suplemento, e não afeta a
seqüência normal do curso.
o decibel é muito usado em eletrônica na determinação de ganhos ou perdas.
Antes de qualquer outra coisa, vejamos como determinaríamos ganhos ou perdas
sem o emprego do decibel.
Suponha que tivéssemos um amplificador de quatro estágios e que o ganho de
cada estágio fosse 2. Se fizéssemos um gráfico do aumento do ganho em
função do número de estágios, ele teria o aspecto abaixo:
Número de
Estágios 2
2 4 8 10 12 14 16
GANHO
Número de
Estágios
3 4
LOG. DO GANHO (Ib) (1000) (10000)
•
2-99
Digitalização de Marco Dondi - PY2TR
www.813am.qsl.br
o Ioga ritmo (1og) da razão entre dois níveis de potência quaisquer é expresso
em uma unidade chamada BEL, e o ganho de potência, ou a perda de potência,
é dado em "mais ou menos tantos béis". Contudo, o bel é uma unidade muito
grande para muitos cálculos, de modo que, normalmente,' trabalha-se com o
DECIBEL, que corresponde a um décimo do bel.
Suponha agora que o amplificador, com a meSlIla e ada de 1 m"W, porém ope-
rando a uma freqüência de apenas 80 Hz, dá uma ;;a'da reduzida de 0,1 W. O
~anho de potência é agora:
10 log 0,1/0,001 = 10 log 100 = 20 dB ®
Assim, se você quiser comparar as saídas a LOGO Rz e 80 Rz, você poderá expri-
mir a diferença cqmo
10 log 1/0.1 = 10 log 10 = 10 dB
e concluirá que poderia ter obtido esta resposta com muito maior facilidade
simplesmente subtramdo a resposta da equação 2 da resposta da equação 1.
Para exprimir esta diferença, dizemos que o ganho a 1.000 Hz é de "+ 10 dB"
em relação ao ganho de 80 Hz, ou que o ganho a 80 Hz é de "- 10 dB" em rela-
ção ao ganho a 1.000 Hz.
2-100
Digitalização de Marco Dondi - PY2TR
www.813am.qsl.br
o Decibel (continuação)
Ao estudar a página 2-65, você aprendeu que a resposta de freqüência de um
amplificador de áudio pode ser representada por um gráfico chamado curva
de resposta de freqüência. Observemos novamente uma curva de resposta típica.
'- +1
.c: t.:l
o
eu
s::
"Cl
-5
CQ
-10
+5
O
----- I, ---------------------------~
. ~-------------_._---------_.-----,--.I
,,
.
. I,
I
I
I,
,
:,
,
,,
-15 :,
t I i I i
200 300 400 9000 1000O 11000 12000
Freqüência (Hz)
Note que a curva cai em cada extremo da' parte plana. Isto significa que os
ganhos de potência nessas freqüências não são tão altos quanto o ganho de
potência nas freqüências médias. Em um alto-falante, o ouvido pode perceber
essas reduções de ganho quando elas são maiores do que cerca de 1 dB abaixo
do nível a 1.000 Hz. A partir da curva, você pode concluir que as respostas a
80 Hz e a 12000Hz são de - 5 dB.
Como você deve lembrar dos seus estudos anteriores sobre respostas de freqüên-
cia, uma das razões para o ganho reduzido no extremo inferior da faixa é o
fato de que o capacitar de acoplamento e o resisto r de escape de grade formam
um divisor de tensão. A reatância do capacitor de acoplamento aumenta nas
freqüências baixas, e a tensão no resisto r diminui. Outro fator é a reatância
indutiva do enrolamento primário do transformador de saída, que diminui com
as freqüências mais baixas. .
No extremo superior, a perda de ganho é causada principalmente por dois fatores.
Ambos são efeitos de capacitância em paralelo o primeiro é o da capacitâ.ncia
que existe entre os enrolamentos no transformador de saída, e, o segundo, o d!:'.s
capacitâncias parasitas das válvulas amplificadoras.
Nas freqüências médias nenhum dos efeitos se faz .~entir, e o ganho não sofre
variações apreciáveis. •
2-101 Digitalização de Marco Dondi - PY2TR
www.813am.qsl.br
NOTA: No final do volume 6 você encontrará o índice geral rara os se:-, volumes desta série