Eletronica Basica Vol 02 PDF

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E EIRONICA
81\SICA
POR VAN VALKENBURGB. NOOGER & NEVILLE. lHe.
EM SEIS VOLUMES

9.3 EDIÇÃO

Este volume apresenta agora


QUESTIONÁRIO
UM CURSO ILUSTRADO e
DISPOSITIVO DE ENSINO
PROGRAMADO
RADICALMENTE NOVO "TRAINER-TESTER"

RECOMENDADO PELO SENAI

LIVRARIA ~- fR[ITAS BASTOS Digitalização de Marco Dondi - PY2TR


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eletr&nica
básica
POR VAN VALKIN.U ••H,
NOOGIR
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Litec !:!~~~- I
Livraria Editora Técnica ltda·l____ VOL 2
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Comandante G. N. DA SILVA MAlA·


Engenheiro Eletricista
Tradução
Comandante J. C. C. Waeny
Engenheiro Eletricista
Comandante D. S. Ferreira
Engenheiro Eletricista

Edição revista por PAULO JOAO MENDES CAVALCANTI

L IV RA R IA F R E I TAS B A S TOS S. A.

Rua 7 de Setembro, 127/129 - 20.000- ZC 21 - Rio de Janeiro - RJ


Rua 15 de Novembro, 62/66 - 01013 - São Paulo - SP

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ELETRõNICA BÁSICA
Volume 2

1:& edição brasileira - 1960

© Copyright 1976 by
Van Valkenburgh, Nooger & Neville, Ine.
15 Maiden Lane, New York, 10038. U.S.A.

Direitos de tradução para o. Brasil reservados


pela Livraria Freitas Bastos S. A.
(venda int.erdita em Portugal)

1..
de VVN&N
Oopyrig.ht
Copyrigh
Copyright
Copyri~ht
edição na
Copyrtght de VVN&N
América
de yvN&N©
©do Norte
© ---- 1955
1959
1960
1958
1963
1962
1967

AlI Rights Reserved in AlI Editioru;

As designações "TRAINER-TESTER" e "COMMON-CORE",


com ou sem símbolo, são marcas depositadas
de
Van Valkenburgh, Nooger & Nevll1e, Inc.
New York, U.S.A.

Rio de Janeiro - BrasU


Printed in Brazll

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APRESENTAÇAO

Esta edição de ELETRONICA BASICA é realmente NOVA!


Além de ampliada e totalmente revista, apresenta-se com o NOVO DISPO-
SITIVO. DE ENSINO PROGRAMADO que permitirá ao estudante autodidata a
imediata avaliação do seu aproveitamento e faeilitarã. o traba.lho dos mestres
nos cursos regulares.
Este curso de eletrônica básica foi elaborado com o objetivo primordial de
fazer o estudante APRENDER PELA. IMAGEM. Cada página dos seus seis
volumes apresenta uma NOÇAO CONCRETA e respectiva ilustração, com a
maior amplitude e clareza possíveis.
Edições sucessivas de ELETRôNICA BASICA nos Estados Unidos, na argen-
tina, na Inglaterra, na Holanda, no México, na França, em Portugal e em
nosso país, e a sua adoção por Forças Armadas, escolas técnicas e outras insti-
tuições de ensino nos países em apreço e em outros são o atestado de que ela
atinge o objétivo visado.
É com imensa satisfação e certeza de estar contribuindo para o desen-
volvimento da técnica em nosso país, que colocamos esta obra ao alcance da
nossa juventude.

LIVRARIA FREIT AS BASTOS S. A.

lU
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6 Volumes

constituem este Curso de


ELETRôNICA BASICA

Este é o Volume 2

Este curso foi precedido por

ELETRICIDADE BÁSICA
5 Volumes

e seguem-se-Ihe os seguintes cursos:

ELETRICIDADE INDUSTRIAL BASICA


2 Volumes

SINCROS E SERVOMECANISMOS BASICOS


:! Volumes

RADAR BÁSICO
1.0 Volume

CIRCUITOS ELETRôNICOS BASICOS


2 Volumes

~'ICHA CATALOGRAFICA
(reproduçiio reduzida da ficha de 75x125mm)

I Van Valkenburgh Nooger & Neville, Inc. New York.


Eletrônica básica. Trad. Comandante J. C. C.
Waeney. 9. ed. Rio de Janeiro, Freitas Bastos, 1976.

6 v. i1ust. 23 em
1. Eletrônica. I. Título.

o CDD 621.31

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SUMARIO

Seção Pá,ina
1 Introdução aos Amplificadores . 2-1
2 O Triodo ,., . 2-11
3 Ampificador a Triodo . 2-24
4 O Tétrodo e o Pêntodo . 2-42
5 Amplificador de um Estágio . 2-55

6 Amplificador de dois Estágios com Acoplamento RC . 2-58


7 Amplificador com Acoplamento por Transformador . 2-67
8 Audio Amplificador de Potência . 2-71
9 O Transformador de Saida . 2-74
10 Amplificador em Contrafase . 2-78

11 Microfones, Fones e Alto-falantes . 2-87

12 O Decibel (dB) . 2-99

índice do Volume 2 . 2-103


Questionário - "TRAINER-TESTER" . 1-105

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AMPLIFICADORES DE AUDIO

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1 - INTRODUÇÃO AOS AMPLIFICADO~ES


Exemplos de Amplificação

Há muitas coisas que podem ser amplificadas: .

Fatos

2-1

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Exemplos de Amplificaçao- Icon tin uação)

l~

2-2

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Exemplos de Amplificação (continuação I

Você gostaria de ouvir um sussurro através de uma parede de concreto e ouvir


o ruido da agua bombeada por um peixe através de suas guelras? A amplifi-
cação possibilita todas estas coisas. Todavia, os amplificadores têm aplicações
mais importantes.
Dos três tipos basicos de circuitos eletrônicos - retificadores, amplificadores e
osciladores - os amplificadores são, sem dúvida, os mais usados. O amplificador
pode receber uma variação de tensão muito pequena - tão pequena que poderia
ser considerada inútil - e amplifica-Ia muitas vezes, de modo que possa operar
um par de fones ou um alto-falante, ser observada numa tela, fazer funcionar
um motor, etc.

2-3
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o Que a Válvula Eletrônica Pode Fazer

EU POSSO FAZER
TUDO ISTO

Operar um Sistema de Radar para Localizar Aviões Inimigos

2-4
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o Que a Válvula Eletrônica .Pode Fazer (continuação)

No início do seu estudo da válvula eletrônica, você' aprendeu que são duas as
suas funções principais.

A primeira consiste em transformar uma


tensão alternada em uma tensão contí-
nua pulsativa. Chama-se retificação.

+ +
-
ov

- - -
OV

Entrada C.A. pulsativa~


=====~

RETIFICAÇÃO

A segunda consiste em transformar uma


pequena tensão alternadá em uma ten-
são alternada mais elevada. É a ampli-
ficação.

+ +
-
ov

~aída - Alta
-
OV

Tensão Alternada

AMPLIFICAÇÃO

Como você já está familiarizado com os circuitos retificadores e fontes de alimen-


tação, já sabe o necessário sobre a retificação e os díodos empregados nesta
tarefa. Agora, você está preparado para estudar a segunda tarefa principal que
a válvula eletrônica é capaz de realizar: a amplificação. Nesta seção, você
estudará as válvulas eletrônicas que transformam pequenas tensões alternadas
em tensões alternadas de valores mais elevados. .

2-5
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Tipos de Válvulas Eletrônicas

Pesquisas realizadas nos Estados Unidos evidenciaram a existência de mais de


1.200 tipos diferentes de válvulas disponiveis. Estas válvulas apresentam-se
numa grande variedade de formas e tamanhos, cem bulbos de vidro ou metá-
licos.

2-6 Digitalização de Marco Dondi - PY2TR


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Tipos de Válvulas Eletrônicas (contin uação)


A maioria destas 1.200 válvulas resume-se em quatro tipos principais. Depois
que você compreendê-Ios, não há dificuldades com os outros tipos. E, sempre
que se encontrar diante de um tipo recente, você será capaz de entender a sua
função e o seu funcionamento, comparando-o com os quatro tipos principais
ji ~onhecidos.

Suas designações revelam quantos elementos (cátodo, grade e placa) são encon-
trados na válvula. Um diodo (di=doisl tem 2 elementos: cátodo e placa. Um
tríodo (tri=três) possui 3 elementos: cátodo, placa e uma grade. Um tétrodo
(tetra=quatro) compreende 4 elementos: cátodo, placa e duas grades. Um pên-
todo (penta=cinco) tem 5 elementos: cátodo, placa e três grades.

2-7 Digitalização de Marco Dondi - PY2TR


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Evolução das Válvulas Eletrônicas

DESENVOLVIMENTO DAS
V ÁL VULAS ELETRÔNICAS ...

PLACA GRADES.

CATODO

FILAMENTO

As válvulas eletrônicas evoluíram segundo uma seqüência lógica ...


1. da válvula de Fleming . formada por dois elementos: filamento
e placa;
2. ao díodo moderno : . em que o filamento foi substituído por
uma combinação de filamento e cátodo
(por razões apontadas adiante), porém
continuando a ser uma válvula de dois
elementos; .
3. ao tríodo ~ . válvula de três elementos, contendo uma
grade;
4. ao tétrodo válvula de quatro elementos com duas
grades; e
5. ao pêntodo válvula de cinco elementos com três
grades.
I!':stesconhecimentos sobre as válvulas não se destinam a capacitá-Io para fazer
reparos nas mesmas em caso de defeito, pois neste caso você deverá apenas
substituí-Ias por outras em bom estado. Estas noções são dadas para colocá-Io
em condições de compreender o comportamento dos circuitos em que elas são
usadas, habilitando-o a reparar 'os defeitos que se apresentam nos equipamentos
eletrônicos.
Você lembrará, graças à sua familiarização com as fontes de al.:..mentação,que a
emissão termiônica· - emissão de eléctrons por um cátodo aquecido - permite
transformar C.A. em C.C. Observe que os tríodos, té os e péntodos tam-
bém contêm um cátodo que emite eléctrons e uma placa que :-ecebe eléctrons.
A medida que você estudar estas válvulas, verá como as gra 'E5 controlam o
fluxo eletrônico, transformando pequenas tensões alternac.a.s e.= :ellSÕeS alter-'
nadas mais elevadas.

2-8
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Evolução das Válvulas Eletrônicas I continuação I


A constituição de cada um destes quatro tipos de válvulas difere grandemente -
nem todos os diodos são construidos de maneira idêntica, têm o mesmo aspecto
e podem desempenhar as 'mesmas funções. Além disso, no mesmo bulbo podem ser
. encontradas combinações de diodo, trÍodo e pêntodo.

o OS QUATRO TIPOS PRINCIPAIS

Cada circuito eletrônico requer certas condições e há uma válvula eletrô-


nica para cada função. Algumas devem lidar com pequenas potencias;
outras, com elevadas potências. Algumas vezes devem trabalhar com correntes de
baixa freqüência; em outras ocasiões, com altas freqüências e, ainda em
alguns casos, com freqüências ultra-elevadas. Em certos casos, precisam ser
suficientemente minúsculas para uso num audifone ou na espoleta de uma bomba
de alta potência. Seus filamentos trabalham com 1 volt, 2 volts, 6 volts, etc. Em·
alguns casos, devido à escassez do espaço disponivel, um dÍodo e um trÍodo são
montados no mesmo bulbo. Outras vezes, são dois dÍodos e um trÍodo ou um
trÍodo e um pêntodo no mesmo bulbo!
2-9

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e Amplificadores
_ plificadores são projetados para amplificar somente as freqüências re-
eridas pelo equipamento a que pertencem. e. de acordo com a faixa de fre-
qüências dos sinais que devem amplificar. são classificados em três grupos gerais:

1- Amplificadores de Audio: amplificam a faixa de freqüências de 15 a 15.000


he·rtz. Esta é a faixa de freqüências a que o ouvido é sensivel - daí a desig-
nação áudio. Tais amplificadores proporcionam quase toda a amplificação
nos receptores de rádio, intercomunicadores, equipamentos de sonar e
muitos outros.

2- Amplificadores de Video: assemelham-se aos amplificadores de áudio, não


só porque abrangem uma ampla faixa de freqüências como também por
seu projeto e comportamento. Todavia, a faixa de freqüências é muito mais
extensa. compreendendo freqüências desde 30 até acima de 6.000.000 hertz.
Os amplificadores de vídeo são empregados principalmente na amplifica-
ção de sinais a serem apresentados nos indicadores de radar e a serem usados
em alarmas r:ontra incêndios e em televisão.

3- Amplificadores de Radiofreqüência: diferenciam-se dos dois tipos anterio-


res porque amplificam uma estreita faixa de freqüências que pode estar
compreendida entre 30.000 e vários bilhões de hertz. São usados em radar,
alarmas contra incêndio, sonar, receptores e transmissores de rádio. Quando
você sintoniza um receptor de rádio, está mudando a estreita faixa de
freqüências que o aparelho amplificará.

AMPLIFICADORES AMPLIFICADORES AMPLIFICADORES


DE AUDIO DE VtDEO _ DE R.F.

• RADAJ( • SONAR
• RECEPTORES DE RÁDIO • TELEVISÃO
• ALARMAS CONTRA
• RADAR INCÊNDIOS
• INTERCOMUNICADORES
• 1lEÇEPTORES DE RÁDIO
• SONAR • SONAR
ALARMAS CONTRA • TRANSMISSORES
• INCÊNDIOS

Nas pagmas seguintes você estudará o comportamento dos amplificadores de


audiofreqüência. Serão tratados em primeiro lugar porque são os mais simples e
o auxiliarão a entender o funcionamento dos demais.

2-10

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2 - O TRíODO
As Válvulas Eletrônicas e a Amplificação
Uma das mais importantes aplicações das válvulas eletronicas é a sua utilização
para transformar uma pequena tensão de entrada em uma tensão maior de
saida. Este processo de aumento de tensão chama-se amplificação.
Por exemplo, em um receptor de rádio comum as válvulas recebem da antena
um sinal de poucos milionésimos de volt e o transformam em um sinal potente
capaz de fazer funcionar o alto-falante. Isto requer muita amplificação.

+ +
-
OV

Alta Saída
-
o V

de C A

Você constatará que as válvulas eletrônicas são usadas para produzir amplifica-
ção nos receptores, transmissores, sonar, radar e loran, e concluirá que, com
o aparecimento de novos equipamentos eletrônicos a válvula., algumas delas serão
usadas para amplificação.
o tríodo é uma das válvulas capazes de proporcionar amplificação.

2-11
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Um Tríodo Típíco

Calefator
(Filamento)

A'nodo ou Placa

Ligações
ao Suporte

Cátodo

Calefator

2-12

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Funcionamento do Triodo

Para facilitar a sua compreensão, comparemos o tríodo com o sistema hidráu-


lico representado abaixo. No sistema hidráulico, você deseja controlar a saída
da água. Para isso, você varia a pressão no sistema ou, em outras palavras.
varia a altura do tanque. ..

Um processo muito mais conveniente é a utilização no sistema de um registro ou


válvula. Assim, você pode controlar a saída da água, simplesmente dando volta
ao registro. Observe que, para modificar a saída, nãG é preciso variar a pressão
da água.

, Red~za
a salda
fechando
o registro

Um triodo controla a corrente de maneira semelhante. Neste tipo de válvula, há


um terceiro elemento que controla a corrente no seu interior, à semelhança do
controle exercido pelo registro sobre a saída da água. Você verificará que uma
pequena variação de tensão neste elemento produz, na válvula, uma variação
de corrente relativamente grande.

2-13
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A Grade de Controle

Este novo elemento encontrado no tríodo chama-se grade, ou melhor, grade de


controle, para distingui-Ia de outras grades encontradas nos tétrodos, pêntodos,
etc. Trata-se de um fio bastante delicado enrolado de forma helicoidal ao redor
do cátodo, de modo a permitir que a corrente da válvula possa passar através
dos espaços entre as espiras.

Normalmente, a placa do tríodo é ligada ao B + de alta tensão. Geralmente, a


grade do tríodo é mantida com um potencial negativo em relação ao cátodo.
Como os eléctrons têm cargas negativas, tendem a ser repelidos pela grade
negativa. Como a grade fica mais próxima do cátodo do que a placa, ela tem
maior controle sobre a corrente da válvula do que a placa positiva. Quando a
grade se torna menos negativa, maior número de eléctrons se dirige para a
placa; quando a grade fica mais negativa, menor quantidade de eléctrons se
dirige para a placa.
2-14 Digitalização de Marco Dondi - PY2TR
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A Grade de Controle (continuação)


Eis o que acontece quando você varia a tensão contínua (chamada tensão de
polarização) aplicada à grade de controle. A placa é muito positiva e atrai os
eléc.trons. A grade' é negativa e repele os eléctrons.

Corte ~!
Carga Espacial Grade

o
Placa
~

Quando a grade é suficientemente nega~


tiva, a repulsão que exerce sobre os o
eléctrons é exatamente igual à atração o
que a placa exerce sobre eles, e não há
corrente. O ponto onde as duas ações se

- --
equilibram é chamado corte. Quando a ~
grade fica mais negativa, a válvula fun-
ciona além do ponto de corte e não há +
corrente.

o
o
Polarização Menor do que o Corte
o
Quando o potencial negativo da grade o
é reduzido, alguns eléctrons da carga
espacial conseguem dirigir-se para a
placa.
- +
~ -
o
Polarização Muito Menor do que o Corte
Quando o potencial da grade é reduzido
ainda mais, ou se torna igual a zero, há
mais corrente da região da carga espa-
cial para a placa.

- .' i"

III1II1111 +
Saturação o
Quando a grade é positiva em relação
ao cátodo, há ainda mais corrente. Atin-
gir-se-á um ponto em que a grade será
tão positiva que os eléctrons fluirão do
cátodo tão rapidamente quanto este
~+
0/----
possa emiti-Ios. Este será o ponto de
saturação, e um aumento posterior do
potencial de grade (mais positiva) não
ocasionará aumento na intensidade da _
corrente.

2-15
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Semelhança entre o Tríodo e o Díodo
Como a única diferença entre os dois tipos de válvulas é a grade, você verificará
que elas são semelhantes sob vários aspectos.
O cátodo e o filamento do tríodo não são diferentes dos que constituem o díodo;
portanto, tudo que se disse sobre o díodo, com referência à emissão eletrônica,
também é válido para o tríodo. Em ambas as válvulas, a emissão (e portanto a
saturação) depende da tensão de filamento. Tanto numa como na outra, o dano
mais freqüente é a "queima" I (ruptura) do filamento, e, em ambas, a emissão
catódica diminui com o uso da válvula.

oíooo • ••

MAIS UMA GRADE


É IGUAL A, "t1I~1

.'IIIIIIIIIIIIIIIIIIII~I

Como no díodo, existe saturação em um tríodo porque há um limite para a


corrente produzida pelo cátodo. A saturação (limite de corrente) em um triodo
pode ser atingida com uma tensão de placa menor, quando se aplica à grade
um potencial positivo; no díodo, naturalmente, ela só depende da tensão de
placa.
Por outro lado, quando se torna a grade suficientemente negativa, não há
corrente. O valor da tensão de grade que reduz a corrente a zero chama-se
tensão de corte. O aumento da tensão de grade acima deste ponto não causa
qualquer efeito, pois a válvula já esta "cortada". O ponto de corte também
depende da tensão de placa do tríodo; com um potencial de placa mais positivo,
será preciso um potencial ãe grade mais negativo para reduzir o corte.
No díOdo, só há corrente quando a placa está positiva. No tríodo, entretanto,
a placa pode estar positiva e não haver corrente, desde que a grade esteja
suficientemente negativa. O ponto de corte de um tríodo depende do tipo da
válvula (sua construção) e do valor da tensão de placa.
2-16
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Funcionamento dos Amplificadores

Você já tem uma idéia da grande importância dos circuitos amplificadores


nos equipamentos eletrônicos. Agora, está preparado para estudar o seu
funcionamento.
Tudo é muito simples; a válvula eletrônica realiza totalmente a sua tarefa, desde
que você lhe proporcione as tensões adequadas de operação e a ligue correta':'
mente. Se você aplicar aos diferentes elementos da válvula as tensões corretas,
uma pequena variação da tensão aplicada à grade determinará uma grande
variação na tensão de placa. A obtenção de uma grande variação de tensão,
partindo de uma pequena variação de tensão, chama-se amplificação.
Vimos que uma boa maneira de visualizar o comportamento da grade na vál-
vula eletrônica consiste em comparar a ação da grade ao desempenho de um
registro numa canalização de água. Quando a grade da válvula está muito
negativa, o "registro" está fechado e há pouco ou nenhum fluxo de eléctrons do
cátodo para a placa. Quando se altera o potencial da grade, tornando-a apenas
ligeiramente negativa, o "registro" fica quase completamente aberto e o fluxo
de eléctrons do cátodo para a placa é grande.

- 1----. ~ - .- -

A Grade mu}to negativa ...


muito pouca corrente de placa.

B Grade menos negativa ...


mais corrente de placa.

C Grade ligeiramente negativa ...


muita corrente de placa

2-17
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F cionamento dos Amplificadores (continuação)


m pequeno fluxo deeléctrons do cátodo para a placa significa que apenas um
pequeno número de eléctrons se dirige da placa para o B + da fonte de alI-
mentação; enquanto que um grande fluxo de eléctrons do cát.odo para a placa
quer dizer que há uma corrente intensa da placa para o terminal B + da fonte
de alimentação.
Uma variação na intensidade da corrente de placa da válvula não tem aplicação
imediata, mas, se com esta variação de corrente pudermos obter uma variação
na tensão de placa, a tensão original aplicada à grade terá sido amplificada.
Para isto, basta inserir um resistor entre a placa e o B +. Você sabe que sempre
que varia a intensidade da corrente através de um resistor, há uma variação
de tensão entre os extremos do mesmo. Esta variação de tensão, no nosso caso,
é muitas vezes maior que a variação de tensão na grade. Como a tensão de
placa, ou tensão de saída, experimenta· a mesma varíação que a tensão no
resisto r, a variação da tensão de grade aparece amplificada na saída.

• GRADE MUITO NEGATIVA


• MUITO POUCA CORRENTE DE
PLACA
• QUEDA DE TENSÃO MUITO
PEQUENA NO RESISTOR DE
CARGA DE PLACA

• GRADE MENOS NEGATIVA


• MAIS CORRENTE DE PLACA
• MAIOR QUEDA DE TENSÃO NO
RESISTOR DE CARGADE PLACA

• GRADE LIGEIRAMENTE
NEGATIVA
• GRANDE CORRENTE DE PLACA
• QUEDA DE TENSÃO MUITO
GRANDE NO RESISTOR DE
CARGA DE PLACA

Com o uso deste circuito com certos tipos de válvulas, a variação da tensão de
placa pode ser mais de 200 vezes maior do que a variação da tensão de grade -
um ganho de tensão, ou amplificação, superior a 200.

2-18
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Funcionamento dos Amplificadores (continuação)
SAíDA

Observemos o circuito do tríodo e


vejamos como efetua a amplifica-
ção. A corrente cátodo-placa passa
através do resisto r de carga que
está em série com a placa, origi- R
nando uma queda na tensão de Carga

I
placa. Portanto, enquanto há cor- 10 kn
rente. a tensão de placa é inferior
ào potencial do B + em um valor --,-
igual à queda na carga.-

Uma pequena
de grade produzvariação' na tensão
uma grande varia-
ção na corrente de placa. e isto ';'"
causa uma variação corresponden-
- 'li'
-...

te na queda de tensão no resisto r


de carga. Quando cresce a queda
de tensão no resistor de carga, a SAtDA
tensão de placa diminui da mesma
quantidade. Esta variação na ten-,
são de placa é a tensão de saída.
Como uma variação na tensão de
grade provoca uma variação muito
maior na, tensão de placa, o trio-
do amplifica.

I
Eis um exemplo do que ocorre nu- •
ma válvula real: com uma tensão _
de grade de -10 volts. um resisto r -
250 volts, a corrente de placa é de
5 mA. Esta corrent.e produz uma
de carga
queda de de 10 knnae carga
tensão um B+igual
de
a E = IR = 0.0'05 X 10.000 = 50 ';'"
volts. Em conseqüência. a tensão
de placa é de 200 volts (250 -50).

Agora, façamos a tensão de grade


variar de -10 volts para -5 v·olts
(menos negativa). A corrente
aumenta para cerca de 12 mA: a
queda na carga é de 120 volts (um
aumento de 70 volts) e a tensão
de placa é agora de apenas 130
volts (uma diminuição de 70 volts).
Observe que a soma destas duas
tensões é igual ao potencial de 250
volts do B+. Assim uma variação
sou uma variação de 70 volts na
tensão de placa - uma amplifi-
cação de 14 vezes.
na grade. de apenas 5 volts, cau- -
1-...

2-19
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· Características da Válvula - Fator de Amplificação
Como a tensão de grade e a tensão de placa podem ser usadas para controlar a
corrente de placa, é importante saber qual delas faz o melhor trabalho. Se você
observar os' resultados dos testes, verificará que uma pequena variação na tensão
de grade pode produzir uma grande variação na corrente de placa enquanto
que é necessária uma variação muito maior na tensão de placa para provocar a
mesma variação da corrente de placa.
A relação que mostra a eficiência da grade e da placa no controle da corrente
de placa é chamada Mu e é representada pela letra grega J1..

Do expostQ, podemos dizer que a grade da válvula é muito mais eficiente do


que a placa no controle da corrente de placa.
Variação da tensão de· placa
I-' = -------------- necessária para produzir a mesma variação
Variação da tensão de grade
na corrente de placa.
Na realidade, o da válvula' é muito mais que uma relação. Mostra em que
J1.

proporção a válvula eletrônica é capaz de amplificar um sinal aplicado à sua


grade. Por exemplo: suponhamos que você constata que com uma variação de
_ 2 a - 4 volts na tensão de grade (variação de 2 volts negativos) a corrente
de placa sofre a mesma variação que experimentaria se a tensão de placa variasse
de 140 volts li. 100 volts (variação de 40 volts),. A relação entre estas duas
variações de tensão é de 20 para 1, isto é, aplicando-se 1 volt C.A. à' grade
da válvula. aparecerão no circuito de placa 20 V, C.A. Portanto, a válvula
amplifica 20 vezes um sinal de C. A. Por este motivo, é que o Mu da válvula
também é conhecido como fator de amplificação.

40
2= 20

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Características da Válvula - Resistência de Placa


Resistência de placa de uma válvula é a oposição interna que ela oferece, entre
o cátodo e a placa, à componente alternada da corrente de placa .. Quando a
válvula funciona com uma tensão alternáda aplicada à grade, a quantidade de
eléctrons que se dirigem para a placa varia, e isto determina a resistência interna
(ou de placa) da válvula.
A resistência de placa é a relação entre a variação da tensão de placa e a
correspondente variação da corrente de placa, mantendo-se constante a tensão
de grade. Por exemplo: a resistência de placa da 6C5 pode ser determinada
com os resultados de uma experiência na qual se varia a tensão de placa e se anotam
os valores da corrente de placa, sempre com um valor constante da tensão de
grade. Suponha que a curva obtida indica que uma variação da tensão de placa
de 100 a 150 volts dá lugar a uma variação da corrente de placa de 5 mA; então,
a resistência de placa é:
r I' = 50/0,005 = 10.000 ohms.

A resistência de placa não é a mesma para t-odas as válvulas eletrônicas.


Nos tríodos, pode variar de 2.000 a 10.000 ohms; os pêntodos apresentam resis-
tências de até 1 megohm.

Efeito da Resistência de Placa sobre a Amplificação


Você pode determinar o ganho real de um amplificador multiplicando o fator
de amplificação (~) pela resistência de carga de placa (RL ) e, então, dividindo o
resultado pela soma da resistência de placa (r);' com a resistência de carga
de placa (RL):

Ganho
rTl + RL

O ganho real de um amplificador é sempre menor do que o fator de amplificação


de sua válvula, e a razão disto é a resistência de placa da válvula.

DETERMINAÇÃO DA
RESISTÊNCIA DE pLACA
DE UM TRíODO

2-21

Digitalização de Marco Dondi - PY2TR


Até O momento estudamos duas características das válvulas eletrônicas: www.813am.qsl.br
o fator
de amplificação 11') e a resistência interna ou de placa Ir " ). Outra característica,
a transcondutância ou condutância mútua, é a relação entre I' e r p . A transcon-
dutância é uma medida da eficiência da grade no controle da corrente de placa
e é dada pela relação entre I' e r p :

Transcondutância Ig )
111

rp

Em outras palavras glll representa o efeito da variação da tensão de grade


sobre a corrente de placa, quando a tensão de placa é mantída constante; é a
relação entre a variação na corrente de placa e a variação na tensão de grade
que a produziu, mantendo-se constante a tensão de placa.
A transcondutância de uma válvula é dada em microssiemens (micromhos), ou
milionésimos de siemens (mhol. O microssiemens é adotado como unidade de
condutância mútua, porque. condutância é o inverso da resistência.

Considerando os valores p. e r p encontrados em páginas anteriores podemos deter-


minar a g," da válvula 6C5:
I' 20
0,002 siemens 2.000 microssiemens
rp 10.000

Para a maioria das válvulas eletrônicas, a transcondutância é geralmente da


ordem de vários milhares de microsslemens. As válvulas de elevado I' e baixa

: TRANSCONDUTANCIA
(

DEUMTRÍODO

2-22

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Revisão das CiuacterÍsticas do TrÍodo

Tensão de Placa 220 V


Curva 1: Você pode observar que a ten-
são de corte para esta válvula é de
-14 V com 220V em placa. Quando a
tensão de grade se torna menos negati-
va, a corrente aumenta ao longo da
curva E - I . Parte desta curva é reta
O" ( P

ou linear. Nesta região linear, as varia-


ções da corrente de placa são direta-
mente proporcionais às variações da
tensão de grade. Nesta porção linear,
uma variação de dois volts na grade
produz cerca de 4 mA de variação na
corrente de placa. O gráfico apresenta-
do ao lado
.
é chamado curva Eh - I P .
E~ = tensão de grade; I ~ = corrente de
2 O 2 4
placa.
+
E Tensão de Grade

5

4
Curva 2: Com uma tensão de grade de
-8 V, vê-se que a corrente de placa é
afetada pelas variações da tensão de 3
placa. Mas, uma variação de 10V em
placa causa apenas uma variação muit.o
pequena na corrente de placa. Compa- 2
rando os resultados observados nas
curvas 1 e 2, você pode concluir que a
grade exerce maior controle sobre a cor-
rente de placa do que a própria placa.

110. 150 190 230 210


Tensão de Placa
Curva 3: Enquanto a válvula está no
corte (-14 V e valores ainda mais ne-
gativos), não há corrente nem há queda
de tensão no resistor de carga de placa.
A tensão de placa é igual à da fonte,
enquanto a válvula se mantém no ponto
de corte. Quando o potencial de grade
se torna menos negativo, há corrente de
placa e se desenvolve uma queda de
tensão no resistor de carga, provocando
uma queda de tensão de placa. Ao longo
da porção linear da curva, uma variação
de 2 V na grade causa cerca de 30V de
variação na placa. Isto representa um
ganho (amplificação) de 15. 100
14 12 10 I 6 4 2 O

Tensão de Grade

2-23
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3 - AMPLIFICADOR A TRíODO
Tensão de Polarização de Grade
Você precisa saber como se comporta a corrente de placa de um triodo sob dife-
rentes condições de funcionamento. Se você observar a curva 1 da página ante-
rIor, verificará que, quando a grade está positiva em relação ao cátodo, a corrente
de placa atinge valores elevados. Quando a grade se torna suficientemente
negativa com referência ao cátodo, a corrente de placa cai a zero. Estas são as
condições extremas observadas no funcionamento do tríodo.
Estamos nos ocupando de t'ríodos usados como amplificadores, e, para esta fina-
lidade, eles trabalham normalmente com a grade negativada, a fim de evitar
a distorção do sinal. Isto. restringe seu funcionamento à parte esquerda da curva
Eg -I p (curva 1). A tensão que mantém a grade negativa•
é chamada tensão de
polarização de grade. Polarizar a grade consiste em torná-Ia negativa em rela-
ção ao cátodo. ~
Quando se usa uma válvula como amplificadora, aplicam-se duas tensões em
série entre grade e cátodo:
1- A tensão contínua de polarização que fixa o ponto de operação na curva
E~ - I.I' Esta tensão de polarização pode ser obtida de uma bateria de
pilhas ou de qualquer outra fonte de tensão contínua. Adiante serão exami-
nados· os diversos tipos de fontes, para polarização
o sinal de C.A. que, no momento, consideraremos compreendido na faixa
de audiofreqüênc!a.
_-as páginas seguintes, você verificará como a tensão (sinal> de C.A. é adicionada
e btraída da tensão contínua de polarização, a fim de produzir variações cor-
:-e:,-pondentes na corrente de placa.

r--
I
Tipo 6C5

mA
deSinal
C.A. f\V_
I

• Circuito de
I Grade de um
I Amplificador
Folarização
de C.C. +
I
I
-,-----

---
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Tensão de Polarização de Grade (continuação)
Quando se aplica um sinal de C.A. à grade, a corrente no circuito de placa varia
de modo semelhante ao sinal. O semiciclo positivo do sinal aplicado está em opo-
sição à tensão de polarização, e, portanto, subtrai-se da mesma. O semiciclo
negativo do sinal está em série e auxiliando a tensão de polarização, de modo
que as tensões se somam. Conseqüentemente, a tensão alternada (sinal) faz com
que a tensão entre grade e cátodo seja alternadamente menos negativa e ma.ls
negativa. Esta tensão variável entre grade e cátodo faz com que a intensidaçle
da corrente no interior da válvula varie para mais e para menos, de modo que
as variações da corrente de placa são a réplica do sinal aplicado.

,
ISTO ---~---.".
o + ISTO
••
-2

-4 ------------------

,
Q
'G11

a
~ -6
~o
-8 -----------------

-10 ------- ------------ -4

.oS "•} •
-6'Il
EI::
-4

-=1
-4
-6
o
o

2-25
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en.são de Polarização de Grade (contin uação)
Examinemos o seguinte exémplo que ilustrará o que acabamos de exPtlr. Supo-
nha que um tríodo 6C5 está instalado em um circuito com V de tensão de -4
polarização de grade e +200 V de tensão de placa. Sem aplicação de sinal, a
corrente de placa terá um valor constante de 11mA. Isto poderá ser constatado
por meio da curva E - I , abaixo.
J; IJ

Quando se aplica à grade um sinal de C.A. de 2 V, o semiciclo positivo subtrai 2 V


da polarização, fazendo a tensão entre grade e cátodo variar entre Ve V. -4 -2
O semiciclo negativo se soma à tensão de polarização, fazendo a tensão entre
grade e cátodo variar entre -4 V e -6 V. Observe que a tensão entre grade e
cátodo varia entre -2 Ve -6
V. em torno dos -4
V de polarização.
A corrente de placa· depende do valor da tensão entre grade e cátodo. Como esta
tensão está variando da mesma maneira que o sinal aplicado, a corrente de placa
também varia de acordo com o sinal aplicado.
Quando a tensão de grade varia de tal modo que a corrente de placa varia
segundo o sinal de C.A. aplicado, o amplificador é designado como de Classe A
e opera na porção linear da curva E;.::- I p . Adiante estudaremos as classes de
operação dos amplificadores.

OPERAÇAO NA
PARTE LINEAR
DA CURV A E~ - 11'

IpmA
18
Máximo
- 16- --I l'
= 16
14
Sem
12 _ Sinal
10 I
l'
11 =
8
6-- -1Minimo
=6
4 r

2
O
-16-14-12-\0-8 -6 -4 -2 O

I 'GIIII
Eg volts I I

~I~"""
"'~I
• I.
q l:::;aI

I I I. I

2-26
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Necessidade de uma Tensão de Polarização Correta


Para obter na placa uma tensão de saída amplificada, devemos nos valer das
variações da corrente de placa. No exemplo da página anterior, uma componente
alternada de 5 mA foi produzida, no circuito de placa, por um sinal alternado de
2 V aplicado à grade.

Analisemos o circuito de placa do tríodo. Utilizando um resistor de carga de


placa de 8.000 li (RI)' a corrente quiescente de placa Isem sinal) é de 11 mA e
produz uma queda de tensão contínua na carga igual a E = I X R =
= 0,011 X 8.000 = 88 V. A tensão contínua de placa é de 200 V e a tensão contínua
total corresponde à soma da tensão na carga com a tensão de placa, isto é, 288 V,

Sinal - --------,I
, I
I I
I

-+
I
...1
I RI
80000
88V
I
I
I
+~ -l

Na página seguinte você verá como a tensão nu carga e a tensão de placa variam,
quando se aplica um sinal à grade.

2-27

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'da de de uma Tensão de 'Polarização Correta (continuação)


'0 um sinal é aplicado à grade, a corrente de placa aumenta para 16mA
a ento de 5 mA) e diminui até 6 mA (diminuição de 5 mAl. Quando circulam
: mA através da carga, a queda de tensão na mesma é E = I X R =
= ,016 X 8.000 = 128V, ou seja, um· aumento de 40 V 028 - 88 = 40 V). Isto
ocasiona uma diminuição de 40V na tensão de placa, pois a tensão total sempre
"e-:-e'gualar a tensão da fonte que é de 288V. Portanto, a tensão de placa diminui
"e 200 para 160V (Observe: 160 + 128 = 288V)'
uando a corrente de placa diminui para 6 mA, a queda de tensão no
resistor é E = I X R = 0,006 X 8.000 = 48 V, isto é, 40 V a menos de seu valor
quiescente de 88 V. Todavia, como a tensão total continua sendo 288 V, a tensão
de placa aumenta de seu valor sem sinal, 200 V, para 240 V (Observe:
240 + 48 = 288 V).

Você poderá verificar na ilustração abaixo que a componente alternada de 5 mA,


da corrente de placa, produz uma variação de 40 V no resistor de carga de placa
e uma variação idêntica, porém de sentido contrário, na tensão de placa. Como
o sinal de 2 V, C.A., aplicado à grade, provocou a variação na corrente de placa,
o sinal de 40 V na placa constitui a réplica amplificada do sinal de grade.
Um simil de 2 V na grade produziu na placa um sinal de 40 V, isto é, o sinal
foi amplificado 20 vezes. Observe que este sinal amplificado, na placa,' está
defasado 180 graus em relação ao sinal de grade.
Você "ferificará na página seguinte que é necessária uma polarização adequada
para que as variações da corrente de placa e, portanto, as variações da tensão
de placa, sejam uma reprodução exata do sinal de grade.

Variação da Tensão de Placa


-Sinal de Saída-
+240

+16

+12

+48

2-28

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Necessidade de uma Ten~ão ·de Polarização Correta (continuação)
Observe que, embora o sinal fosse positivo durante meio ciclo, a grade nunca
foi positiva em relação ao cátodo - tornava-se, apenas, mais ou menos negativa.
Para este amplificador, escolheu-se o ponto de operações de modo a fazê-Io
coincidir com o centro da porção reta ou linear da curva Eg - I p . Quando a
onda de saída deve manter a mesma forma que a onda de entrada, é indispen-
sável a operação na porção linear. Tensões de polarização incorretas causarão
distorções de tipos diversos. Quando se emprega demasiada polarização (tor-
nando a grade excessivamente negativa), o sinal, durante os semiciclos negativos,
atingirá o ponto de corte da válvula, dando lugar a variações de corrente de
placa distorcidas. Quando a polarização é muito pequena, o sinal, durante os
semiciclos positivos, tornará a grade positiva. Isto fará a grade atrair alguns
eléctrons do cátodo, os quais, normalmente, se dirigiriam à placa. Estes casos
estão ilustrados abaixo.
Se o sinal de entrada for demasiadamente intenso, haverá distorção, mesmo
com uma adequada tensão de polarização. Sucessivamente, este sinal levará a
grade à região positiva e à região de corte - ocasionando distorção.
Agora, você pode compreender porque há necessidade de uma polarização correta
toda vez que as variações da corrente de placa devem ser exatamente idênticas às
variações do sinal de grade. Quando a válvula amplificadora se encontra pola-
rizada no centro da porção linear da curva EI; -.: I I' e a válvula não está sobre-
carregada (sinal excessivo), há muito pouca distorção. A polarização incorreta
causa a distorção do sinal de saída.

IpmA
18 . Distorcão
16 Distorção quandó a
causada grade se
14 pela parte torna
não linear positiva

, 12
10
8
da curva
E-I
p

6
4
2

Distorção
causada
pela tensão
de corte
I I
:--- Polarizacão-+l I

2-29

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Classes de Amplificadores
Determina-se a classe de um amplificador pelo seu ponto de operação na curva
r;
- I.p Há três classes principais de amplificadores; Classes A, B e C. Os
amplificadores Classe A são polarizados para funcionar no centro da porção
linear da curva E", - Ip• O amplificador descrito nas páginas anteriores é da
Classe A. Os amplificadores Classe B são polarizadps para funcionar próximo
do ponto de corte; os amplificadores Classe C funcionam em um ponto cuja
tensão de polarização é igual ao dobro da tensão de corte da válvula.
A figura abaixo ·mostra as tensões de polarização para as três diferentes classes
de amplificadores. Para esta válvula em particular, a polarização para Classe A
seria - 2 V. Como a Classe B trabalha no ponto de corte, sua tensão de pola-
rização deveria ser - 4 V. Para o funcionamento em Classe C, a· polarização
deveria ser - 8 V, porque este amplificador trabalha com uma tensão de pola-
rização igual ao dobro da tensão de corte.

Achatamento
observado quando
há corrente de
grade

B C

Há corrente
durante todo
o ciclo
Não há Há corrente
corrente
de placa ~~ durante a
metadedo
ciclo

~~ Corrente
rante du-de
menos

~ . meio ciclo
Grade
positiva

2-30
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Classes de Amplificadores (contin uação)


A figura da página anterior compara as características de funcionamento dos
amplificadores das três classes - A, B e C - para que você as interprete assim:

o sinal é pequeno. Nunca suficientementc grande para tornar a grade positiva


nem levá-Ia além do ponto de corte. Há corrente de placa durante todo o ciclo
do sinal de entrada. A variação da corrente de placa é uma reprodução exata
do sinal de grade.

o sinal é maior do que em Classe A. A grade pode tornar-se positiva. O sinal,


durante aproximadamente a metade do ciclo de entrada, leva a grade além
do ponto de corte. No circuito de placa, aparece apenas o semiciclo positivo de
entrada. A variação total da corrente de placa é. muito maior do que a propor-
cionada pelo funcionamento em Classe A. Há cÔrrente de placa durante apro-
ximadamente a metade do ciclo. Quando não há sinal ll,pUcadoà grade, não há
corrente de placa.

CLASSE C

O sinal aplicado é o maior das três classes. A grade, altelnadamente, é levada


além do ponto de corte e à região de polaridade positiva. A variação da corrente
de placa é superior às das classes anteriores. O pico da onda da corrente apre-
senta um achatamento, porque a grade de controle solicita corrente, reduzindo
assim a corrente de que a placa pode dispor. Há corrente de placa durante
menos de um semiciclo da tensão de entrada. Sem sinal na grade, não há
corrente de placa. Durante cada ciclo, é preciso um sinal de grande amplitude
para tornar a grade positiva. Esta classe de amplificação só é usada em ampli-
ficadores de potência para radiofreqüência. (R. F . )

Usa-se o amplificador Classe A principalmente como amplificador de tensão.


Os amplificadores Classe B e Classe C são usados como amplificadores df:
potência e são projetados para oferecerem correntes muito intensas.
Há amplificadores que combinam as Classes A e B, constituindo os chamados
amplificadores Classe AB 1 e Classe AB 2. Os primeiros são polarizados em um
ponto ligeiramente mais negativo' do que os amplificadores Classe A. Os ampli-
ficadores Classe A B 2 são polarizados em um ponto ligeiramente menos nega-
tivo do que os da Classe B·. Na realidade, estas classes de funcionamento são
termos médios entre as Classes A e B. .

2-31
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Polarização por Bateria

Estudaremos inicialmente a polarização por bateria porque é a mais fácil de


compreender. Na realidade, seu emprego está limitado aos laboratórios e ao
trabalho experimental. A polarização por meio de bateria é segura e eficiente,
mas o tamanho e o peso das baterias dificultam sua adoção na maioria dos
equipamentos.
Sempre que se usam pilhas como fontes de tensão de polarização, é preciso
combiná-Ias em série para se conseguir a tensão requerida. Com esta solução,
torna-se desnecessário o emprego de dispositivos reguladores (tais como poten-
ciômetros). que solicitam corrente e consomem energia da fonte. A maioria das
baterias de pOlarização, ou baterias "C", apresentam tensões que são múltiplos
de 4,5 V: 4,5 V, 9 V. 18 V e maiores. As. baterias dispõem de "tomadas" para
tensões intermediárias. O terminal negativo é ligado à grade através do resistor
R.~ e o terminal positivo é ligado ao. cátodo. Isto torna a grade negativa em
relação ao cátodo.

Bateria "C" -
+ B+

2-32
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Polarização com Fontes de Alimentação .
As fontes de alimentação com retificadores substituem as baterias "B" no
circuito de placá' e também são usadas em substituição às baterias "C". Nos
equipamentos maiores, como em alguns transmissores, usa-se uma fonte inde-
pendente para polarização, constituída por um gerador, um retificador de meia
onda ou um retificador de onda completa. O terminal positivo da fonte de
alimentação, a exemplo do que ocorre com a bateria "C", é ligado ao cátodo, e
o terminal negativo é ligado à grade da válvula. No esquema abaixo, o terminal
positivo' do resistor de drenagem está ligado à massa. e o terminal negativo,
através de R" ,-está ligado à grade. Como o cátodo está ligado à massa, a grade,
é negativa em relação ao cátodo.

B+

-
~. Resistor de
Drenagem

B+

-.
2-33
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Polarização Obtida do B .L

Da mesma fonte de alimentação, pode-se obter um potencial positivo e outro


negativo em relação à massa. Para isso, é preciso ligar dois resistores em série
entre os terminais da fonte de alimentação, ligando à massa o ponto de união
dos resistores. Em lugar destes resistores, também pode ser usado um resistor
de drenagem provido de derivação ("tap"). A resistência entre o, terminal
negativo e a massa é muito menor do que a resistência entre o termi-
nal positivo e a massa. Portanto, a tensão na parte positiva do f"esistor de
drenagem é maior do que na parte negativa. Em outras palavras, este circuito
proporcIOna um elevado potencial positivo em relação à massa, que é usado
como alimentação para as placas, e um pequeno potencial negativo em relação
à massa, que é usado como tensão de polarização de grade. O cátodo da válvula
está ligado à massa; a placa, através de RL, ao terminal positivo do resistor de
drenagem, e a grade, através de R~, ao terminal negativo do resistor de drena-
gem. Portanto, a grade está negativa e a placa positiva, ambas em relação
ao cátodo,

POLARIZAÇÃO NEGATIVA
E POTENCIAL DE PLACA POSITIVO
OBTIDOS DA MESMA
FONTE DE ALIMENTAÇÃO

2-34
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Polarização de Citodo'

A polarização de cátodo é o sistema de polarização de maior aplicação. Consiste


na ligação de um resisto r entre o B-, ou massa, e o cátodo da válvula.
Para você compreender como o sistema funciona, convém recordar três pontos:
1- Quando há corrente em um resistor, produz-se uma queda de tensão igual
a IR.
2- A extremidade do resistor para a qual a corrente se dirige corresponde ao
ponto mais positivo (+).
3- A finalidade da polarização é manter a grade negativa em relação ac
cátodo.

Observe a gravura abaixo. Note que o resistor RI; foi ligado no circuito de cátodo
da válvula, entre o cátodo e a massa. Toda a corrente que passa através da
válvula provém do B- e passa através do resisto. de cátodo. Isto produz uma
queda IR no resistor de cátodo, tornando o cátodo positivo em relação à massa.
Como a grade está ligada à massa através de R~, e a massa é negativa em rela-
ção ao cátodo, a grade também é negativa com referência ao oátodo.

Grade e Massa Cátodo Positivo


Negativas em em Relação à
Relação ao Massa
Cátodo

2-35
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Resistor de Cátodo

A determinação do valor do resistor de cátodo <R) é s:.:n cálculo aritmé-


tico. Suponha que uma válvula requer para funcionar no~_ ente uma pola-
rização de -6 V e que se estabelece uma corrente de _ ~ e 4 mA com esta
do resistor
polarização. A tensão de polarização é produzida pelos ~
de cátodo. Usando a lei de Ohm:

Rk = E/I = 6/0,004 = 1,500 ohm

Para determinar o valor do resistor de cátodo de um tríodo. di :de-se a tensão


de polarização requerida pela corrente de placa.

2-36
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Resistor de Cátodo (continuação)
Em um tríodo, a corrente emitida pelo cátodo da válvula é a própria corrente
de placa. O mesmo não acontece com o tétrodo .ou o pêntodo, pois estas válvulas
têm uma grade auxiliar (ou de blindagem) com um potencial positivo e que
atrai eléctrons do cátodo. Como toda a corrente que passa através do tétrodo e
do pêntcdo tem sua origem no cátodo, temos que
CORRENTE DE PLACA + CORRENTE DE GRADE AUXILIAR =
= CORRENTE DE CÁTODO
Se, por exemplo, um pêntodo tivesse uma corrente de placa lI) de 6 mA, e IJ

uma corrente de grade auxiliar II ) de 2 mA, a corrente de cátodo seria igual a


Sj.:,

8 mA. Se fosse requerida uma polarização de 4 V, o valor de Rk poderia ser


calculado com a lei de Ohm:

Rk = E/I = 4/0,008 = 500 ohms

Mais adiante, você estudará com maiores detalhes a construção, o emprego c


o funcionamento dos tétrodos e pêntodos.

Sinal
--
Ip = 6 mA

Isg = 2 mA

r----
I
I
4V
I
I
I
L
.-- Fonte + !Isg+Ip=amA

4/0,008 = 500 fl

2-37
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-e á um capacitor em paralelo com o resistor de polarização de


""ce capacitor, conhecido como capacitor de desacoplamento, tem por
ter constante a tensão no resistor de cátodo.
In:.ao- emos o funcionamento de um triodo com polarização de cátodo e sem
• ~ • <lfde desacoplamento. Quando se aplica um sinal à grade, a corrente de
aca varia de acordo com ele. Como é a corrente· de placa através do resistor
e cãtodo que proporciona a tensão de polarização, e como a corrente em apreço
e .ariável, a polarização também varia.
Esta polarização variável reduz a tensão aplicada (sinal! entre grade e cátodo.
Na página seguinte, você verá como se processa esta redução do sinal.

-
..

-
2-38
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Capacitor de Cátodo (continuação)
A ilustração abaixo mostra um sinal de C.A. com 6 V de pico, aplicado à grade
de um tríodo. Sem sinal aplicado, a válvula tem uma tensão de polarização de
cátodo de -8 V. Se esta tensão de polarização permanecesse constante, o sinal,
durante o seu semiciclo negativo, seria adicionado à ela: 8 + 6 = 14 V negativos;
durante o semiciclo positivo, o sinal seria subtraído da tensão de polarização:
8 - 6 = 2 V negativos. Com a variação da tensão grade-cátodo entre -14 V e
-2 V, a corrente de placa será mínima com -14 V e máxima com -2 V. Neste
caso, suponha que a variação da corrente de placa provoca uma variação de
tensão de 2 V no resistor de cátodo. Obserse que a tensão no resistor de cátodo
aumenta quando aumenta a corrente de placa, e, portanto, a tensão de polariza-
ção de cátodo aumenta quando o sinal está tentando reduzí-Ia. A variação de
tensão no resistor de cátodo está defasada de 180 graus em relação ao sinal de
entrada, de modo que as duas tensões (sinal e variação da tensão de cátodo) se
subtraem, dando lugar a uma variação efetiva de tensão de 6 - 2 = 4 Ventre
grade e cátodo.

~ : EFEITO DA VARIAÇllO DO
O ,fi POTENCIAL DO CATODO
-2 I Sinal.,. I
Máxima
, ;om -2V
-4

-6
---e-;7f
!" -- ----I
/
I
\.
'.
I

I
6V
Aplicado
Variação do
Sem
sinal
Ip
-8
I \. / .•••.
- ••.•
,~ I./' Potencial
Cátodo = do
2V
O
Ip
Mínima
com -14V

2-39
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itor de Cátodo (contin uação)
Em outras palavras: as variações do potencial do cátodo anulam os 2 V do sinal.
Este efeito é chamado degeneração. Para eliminá-Io, liga-se um capacitar de
desacoplamento em paralelo com o resistor de cátodo. Quando é selecionada uma
capacitância adequada, sua reatância capacitiva é aproximadamente uma décima
parte do valor do resistor - calculada com a fórmula que você estudou em
ELETRICIDADE BASICA: X = 1/27rfC.Como um capacitor permite o estabele-
cimento de uma corrente que está sempre variando (C.A.l, a componente con-
tínua (corrente quiescente, ou sem sinal) passa através do resistor e a compo-
nente variável (C.A.) existe no ramo do capacitar de desacoplamento. Quando
ocorrem variações de corrente, o resistor permanece virtualmente em curto-
circuito, dada a baixa reatância do capacitor. A corrente através do resistor é
constante. Portanto, a tens,ão no resistor permanece constante quando um sinal
é aplicado à grade e não há cancelamento do sinal.
Eis um exemplo de como se determina o valor do capacitar de cátodo. Considere-
mos o circuito abaixo: .

.•.

Rk = 40000
Xc =
4000

Como X = 1/27rfC,a capacitância do capacitar pode ser calculada com a fórmula


C = 1/2~fX , onde f representa a freqüência mais baixa que se pretende ampli-
ficar. Supondo que f seja 60 Hz e X. tenha o valor de 400 ohms, conforme está
indicado acima, então C deverá ser
1
6,6IJ-F
6,28 X 60 X 400

Como não existem capacitores com este valor, usa-se um capacitar de 10 IJ-F.

2-40

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Rt.visáo do Funcionamento do Amplificador a Triodo

POLARIZAÇÃO DE GRADE - O valor


Parte
da tensão de polarização determina
a classe de funcionamento do amplifi-
cador: A, B ou C. Em Classe A, a po- B c
larização é menor do que a tensão de
corte; em Classe B, a polarização
tem o mesmo valor (ou aproximado)
da tensão de corte; em Classe C, a
polarização é muito maior do que a -8 -8
tensão de corte.

POLARIZAÇ' ÃO OBTIDA DO B + -
Usa-se uma única fonte de alimenta-
ção para prop:)rcionar um poten-
cial positivo (B+) e um potencial
negativo destinado à polarização de
grade.

POLARIZAÇÃO DE CÁTODO ----,Um


resisto r de polarização' de cátodo em
paralelo com um capacitor de desa-
coplamento, no circuito de cátodo,
constituem o sistema de polarização
de grade mais usado.

ENTRADA SAíDA
FUNCIONAMENTO DO TRtODO
COMO AMPLIFICADOR - A variação
da tensão de saída (tensão de placa)
de um tríodo usado como amplifi-
cador pode ser dez ou mais vezes
maior do que a variação da tensão
de grade (sinal de C.A.).

2-41
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porque foi Criado 4o T't


- e rodo
O TÉTRODO E O PÉNTODO
Um capacitar
radas por um' ~o~o você sabe
~'u. ,omo ~"I:"ioO "'Ol.~t~)·d;: m~i, é do quo
p:::';'O';"~dO.po.': g~~~~OO ~.paoitO;. :;'~,:::1. ~lot'ôU~~:.',~~~as mo!áli,as
nClas " .-
mtereletró-
dl,as o ,ão'~:OdO;
apenas,u",alguns
oag~~fi1: oarads.
u"o sao
pi confClas polaChamade
;;~~~O,lia "", d.r,~:,do
aso catodo,
capacitâ olomo!"',
. tcapa.CItores:
e um ~rcelro pela

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A Grade Auxiliar

o tétrodo apresenta uma segunda grade entre agradc de controle c a placa.


Assim, entre a grade e a placa há dois pequenos capacito;-es em série, e, eviden-
temente, a capacitância total grade-placa é menor. Esta segunda grade, chama-
da de grade auxiliar (grade de blindagem), tem por objetivo blindar a placa em
relaçâo à primeira grade, permitindo que o tétrodo seja utilizado em freqüências
mais altas do que com o tríodo.
Normalmente, a grade auxiliar tem um alto potencial positivo e atrai eléctrons
da carga espacial, tai como a placa de um tríodo. Todavia, como a grade auxiliar
é feita de fio muito fino enrolado em hélice, quase todos os eléctrons conseguem
passar por ela, dirigindo-se para a placa. A grade auxiliar solicita muito pouca
corrente.

TÉTRODO

Dois Capacitores em
Série; Capacitância Total
Menor do que a de
Cada Capacitor

Em geral, a tensão de placa é superior à da grade auxiliar, e o circuito de placa


não difere muito do usado com tríodos. Contudo, a tensão de placa no tétrodo
tem menor efeito sobre a corrente da válvula do que no tríodo.

2-43
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Emissão Secundária no Tétrodo

Em qualquer válvula - díodo, tríodo ou tétrodo - quando um


contra a placa desaloja alguns eléctrons. Ocorre este efelt-o,
secundária, porque os eléctrons atingem a placa animados de
e este fenômeno é mais pronunciado quando se aumenta a • ~ --
No triodo, a emissão secundária não é importante, porque a
mais positivo da válvula e atrai, portanto, todos os eléctrons
prendem. No tétrodo, entretanto, alguns .desses eléctrons secundá::
da placa por emissão secundária) são atraidos pela grade a
fluxo de eléctrons secundários, da placa para a grade auxilia!"
corrente da grade auxiliar e se subtrai da corrente de placa.

VISTA EM CORTE ... DE UM TÉTRO

O número de eléctrons secundários que não retomam à placa depende da dife-


rença entre a tensão de placa e a de grade auxiliar. Quando a tensão de placa
é muito mais elevada do que a tensão de grade auxiliar, todos os eléctrons secun-
dários retornam a placa e não se registra diminuição da corrente de placa.
Quando a tensão de placa é muito. menor que a tensão de grade auxiliar, "há
menor emissão de eléctrons secundários, mas esses eléctrons, na sua totalidade,
são atraidos pela grade auxiliar.

2-44
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Característica Estática do Tétrodo

Atualmente, o tétrodo é usado raramente, mas você precisa conhecê-Io porque


esta válvula representa o "traço-de-união" entre o triodo e o pêntodo .. Se você
levantar as características estáticas de um tétrodo, variando a tensão de placa,
porém mantendo constantes as tensões de grade auxiliar e de grade de controle
obterá uma curva semelhante à ilustrada abaixo. .,

8+

I -

- -
... .•.
x X

Tensão Fixa
de Grade
Auxiliar

-.•.

Observe que, com elevadas tensões de placa - acima de 300 volts


-
...

não há
variação de corrente de placa quando se aumenta a tensão de placa. Isto ocorre,
porque a grade auxiliar blinda a placa da carga espacial do cátodo, fazendo com
que a referida grade exerça maior controle sobre a corrente de placa do que a
própria placa.
Perto de 100 volts, um aumento da tensão de placa dá lugar a uma
diminuição na corrente de placa, porque mais eléctrons são desalojados da
placa por emissão secundária. Enquanto a tensão de placa for mantida inferior
à tensão de grade auxiliar, quase todos os eléctrons secundários dirigir-se-ão
para a grade auxiliar.
Tensão de
Grade Auxiliar
~ ...,
o•..s:: 10
~o'
20
C)
~ 5
e<l
'O
e<l

§
< ~ 15
O

Tensão - 5V

100 300 400 500 &00

Tensão de Placa

2-45
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Funcionamento Normal do Tétrodo


No tétrodo, a polarização de cátodo é obtida de modo idên 'co ao trÍodo. Apenas,
como já sabemos, a corrente no resistor de cátodo é a soma das correntes de
grade auxiliar e de placa.
A tensão da grade de controle varia de acordo com o sinal de entrada, causando
variações semelhantes na corrente de placa. Conseqüen ement~ as correntes de
placa e de grade auxiliar variam segundo a tensão da grade de controle. Evita-se
a variação da tensão de grade auxiliar, ligando um capaci:or entre a grade
auxiliar e a massa. Deste modo, mantém-se a grade a .. com um potencial
constante de C.C., e a corrente da válvula só varia Q'~ o ana a tensão da
grade de controle.

Saída

x x
Entrada
de C.A.

-
•. --... ... 8+
Quando se aplica uma tensão alternada à grade de controle da válvula, a tensão
de placa varia em virtude da queda no resistor de carga, do mesmo modo que
no tríodo. Quando se usa o tétrodo para obter' muita amplificação, a tensão de
placa varia dentro de ampla margem e, se se torna inferior à tensão de grade
auxiliar, os efeitos da emissão secundária provocam distorção na saída.
Para evitar este inconveniente, a tensão de placa teria de ser muito elevada a
fim de manter a placa sob maior potencial que a grade auxiliar, apesar do
valor das variações da tensão de placa.

Esta necessidade de um B + excessiva-


mente elevado constitui o principal in-
conveniente do uso do tétrodo. Você
verá como o pêntodo supera esta des-
vantagem.

2-46
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Eliminação dos Efeitos da Emi~são Secundária

Você viu que a desvantagem principal do tétrodo é a necessidade de uma alta


tensão de placa, a fim de evitar a distorção na saída, provocada pelo efeito da
emissão secundária.
o pêntodo surgiu para superar esta característica indesejável do tétrodo, elimi-
nando o fluxo dos eléctrons secundários entre a placa e a grade auxiliar. Isto foi
conseguido com a inclusão de uma terceira grade - a grade supressora - entre
a placa e a grade auxiliar.

VISTA EM CORTE ... DE UM PÊNTODO

Normalmente, a grade supressora é ma~tida no potencial de cátodo, de modo


que é sempre muito negativa em relação à placa. Em conseqüência, qualquer
eléctron que estiver na região entre a supressora e a placa (eléctron secundário)
será atraído novamente para a placa, sendo impedido de atingir a grade auxi-
liar através da supressora. Como resultado deste arranjo, a emissão secundária
não afeta o funcionamento do pêntodo.

2-47

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Funcionamento do Pêntodo

Você deve estar lembrado de que no triodo a din:_ _


de grade origina um aumento de corrente e uma d.in:.:::o.~ -
A variação da tensão de placa era maior que a varia ª-- -
relação entre a variação da tensão de placa e a var'2. ~- =--
chamada de amplificação.
Você também deve lembrar que, no triodo, a tensão '<,-
corrente. A diminuicão da tensão de placa tem a tende::
rente, A grade está com a tendência de àumentar a correr::"
a diminuição da tensão de placa produz um efeito OPO o ê. ,d-=-I:=~:;;l
de grade.
Para conseguir o máxImo de amplificação da válvula, par~
da tensão de grade. o efeito da variação da tensão de placa _
placa deve ser reduzido. Isto se consegue aumentando ,,_
modo que seja muito maior do que qualquer resistor de ca::-,,:'
amplificador.
Se isto for feito, a fórmula do ganho de um amplificador
,uR 1.
Ganho .,. passa a ser Ganho bu g m R
r-+-R r
p' ~ p

{porém. somente, quando r p for muito maior do que R I.


Mas, em condições normais, as variações da corrente de placa ão pequena~
comparadas com as variações na tensão de placa. Em outras palavra. r ? é alta
- o que você deseja para boa amplificação.

4. A tensão de
1. Quando a ten- 2. A tensão de I
p a c a diminui.
mas a corrente
são de grade di- placa diminui e a
minui, a corrente ·corrente tende a não di m i n u i
aumenta diminuir grandemente

3. Quando a ten-
são de grade di-
minui, a corrente
aumenta

TRÍODO PÊNTODO
MENOR AMPLIFICAÇAO MAIOR AMPLIFICAÇAO

No pêntodo, a tensão de placa pode variar consideravelmente quase sem influir


na corrente, e, por 'conseguinte, sem suprimir o controle da grade sobre a cor-
rente de placa. Em conseqüência, a amplificação do pêntodo é muitas vezes maior
do que a do triodo.

2-48
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Um Pêntodo Típico

Anodo ou PIaca

Grade Supressora

Grade Supressora

Ligações' ao
Suporte Grade Auxiliar

Grade de Controle

Cátodo

Calefator

2-49
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Válvula Amplificadora de Potência de Feixe Dirigido
Quando você estudou o pêntodo, aprendeu que a grade supressora reduz os efei-
tos da emissão secundária. Em lugar de usar a grade supressora para controlar
a emissão secundária de placa, obtém-se o mesmo efeito dispondo-se os elemen-
tos da válvula de tal modo que se produza uma carga negativa perto da placa.
O objetivo desta carga espacial é fazer retornar à placa qualquer eléctron
secundário, numa ação semelhante à da supressora no pêntodo.
A figura abaixo mostra a estrutura interna de uma válvula tipica de feixe ele-
trônico dirigido (concentrado) tal como a 6L6, a 50L6, a 6V6 e outras. Você
verifica que esta válvula consta de cátodo, grade de controle, grade auxiliar e
dois elementos novos: as placas que formam o feixe e que estão ligadas ao
cátodo. Cada placa formadora do feixe abrange aproximadamente a quarta parte
da distância em redor das grades da válvula, impedindo que qualquer eléctron
possa alcançar a placa, a não ser através das aberturas entre as placas forma-
doras do feixe. Esta disposição concentra a corrente eletrônica numa reduzida
superfície e assim forma o feixe eletrônico concentrado.
AB espiras das grades estão espaçadas de tal maneira que os eléctrons passam
através das mesmas em forma de camadas ou lâminas. Depois de atravessar a
grade auxiliar, estes eléctrons se combinam para constituir, perto da placa, uma
concentração eletrônica ou carga espacial, que desempenha a mesma função da
supressora no pêntodo.
A válvula amplificadora de potência de feixe dirigido é mais vantajosa que o
pêntodo, porque proporciona maior potência de saida para uma determinada
emissão catódica.

Placas Formadoras
do Feixe

Cátodo
Grade de
Controle
Grade
Auxiliar

Placa

2-50
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7 _ AMPLIFICADOR COM ACOPLAMENTO POR TRANSFORMADOR

Acoplamento por Transformador


Amplificador acoplado por transformador é aquele Que usa um transformador
para ligar um estágio ao estágio seguinte, em lugar de fazê-Io com uma com-
binação RC (resistor-capacitor).
Este é o mé.todo usado com maior freqüência para acoplar um amplificador à
sua carga, porém também é usado para acoplar estágios. Uma das vantagens
do uso de um transformador é o fato de que o e"nrolamentQ secundário pode
ter mais espiras do que o enrolamento primário, proporcionando assim uma
elevação de tensão.
Além disso, não provoca queda apreciável da tensão de pla~a no estágio da
válvula amplificadora - o que ocorre quando se emprega reslstor de carga de
placa _ e também não há necessidade. de ca~acitor de acoplamento. No_acopla-
mento por transformador, o ganho maximo e X N, sendo N a relaçao entre
f.l.

os números de espiras do primário e do secundário e o fator de amplificação


f.l.

da válvula.

MADOR
TRANSFOR Y-2

ENTRADA
5

-. 1+

o acoplamento por transformador não tem uma aplicação maior porque, em


geral, tem resposta de freqüência mais pobre do que a do acoplamento por
resistor-capacitor. As válvulas modernas de alto ganho anulam as vantagens do
transformador na amplificação de tensão. Apesar dos aperfeiçoamentos intro-
duziu na construção dos transformadores interestágios, a tendência é usar
válvulas de alto ganho e acoplamento RC, em lugar do acoplamento por trans-
formador entre os estágios do amplificador.
Há inúmeras aplicações onde o acoplamento. por transformador apresenta van-
tagens apreciáveis. Eis algumas: obtenção de saida elevada com fontes de alimen-
tação de tensão limitada; casamento de impedâncias entre linhas de baixa e
alta impedância e aplicação nos circuitos em contrafase.
Nos amplificadores em contrafase, o transformador se adapta melhor do que o
acoplamento por resistor e capacito r, e, ao contrário do acoplamento RC, intro-
duz pouca resistência à C.C. no circuito de grade do amplificador seguinte,
sob condições em que é essencial pouca resistência à C"C "
.::,:.::." ;':::"
.... ::; ; ;.

TRANSFORMADORES
INTERESTAGIOS

2-67
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Acoplamento por Transformador (continuação)


O inconveniente principal do acoplamento por transformador é que as impe-
dâncias dos enrolamentos primário e secundário não são constantes, e variam
quando varia a freqüência do sinal. Quando aumenta a freqüência, aumenta a
impedância: quando diminui a freqüência, diminui a impedância.
Observe o transformador no esquema da página anterior. Suponha que o enrola-
mento primário tem uma indutância de 10 henrys. Para uma baixa freqüência
de 100 Hz, o valor de sua reatância in<;lutiva será:

XL = 2 71' f L = 6,28 X 100 X 10 = 6.280 I!

Na freqüência média de 1.000 Hz, terá uma reatância indutiva de: •..
Xl. = 2 71' f L = 6,28 X 1.000 X 10 = 62.800 !!
E a 10.000 Hz terá:

XL = 2 71' f L = 6,28 X 10.000 X 10 = 628.000 I!


Como a reatância indutiva do primário funciona como impedância de carga de
placa do triodo amplificador, a desigualdade de reatância aos sinais de C.A.
de freqüências diferentes produzirá uma amplificação desupiforme na faixa das
audiofreqüências. Abaixo, vê-se um gráfico de amplificação de um amplificador
acoplado por transformador. Compare este gráfico com o do amplificador com
acoplamento RC. Observe que, neste último, a amplificação é muito mais
uniforme.

30

25

Amplificação
20
.,I
15
Acoplamento por
Transformador
10

5
O 100 1.000 10.000
Freqüência em Hertz

2-68
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Características do Amplificador com Acoplamento por Transformador

A figura abaixo mostra um exemplo típico de amplificador com acoplamento


por transformador. Consta de dois estágios acoplados por um transformador
interestágio de audiofreqüência com uma relação elevadora de 1 para 3. O estágio
de entrada usa um tríodo 6C5 (válvula V-IJ. A tensão de saída amplificada
desta válvula é elevada três vezes pelo transformador e logo aplicada à grade
de outro tríodo 6C5 (válvula V-2). O segundo tríodo amplifica ainda mais o
sinal e sua tensão amplificada de saída aparece no resistor de carga de placa
de 100 k/l. O capacito r de acoplamento de O,OI/lF bloqueia a C. C., mas apre-
senta baixa reatância à componente de C. A. na placa de V-2. Portanto, só a
componente de C. A. da tensão de placa de V-2 aparece no resisto r de 47'0 kll.
Normalménte, o resisto r de 470 k\2 seria o resisto r de grade do estágio seguinte,
de modo que o sinal entre os ferminais do resisto r poderia ser novamente
amplificado.

AMPLIFICADOR COM
ACOPLAMENTO POR
TRANSFORMADOR

Na pagma seguinte, você seguirá o sinal no amplificador acoplado por trans-


formador, e verá como tem lugar a amplificação reste circuito.

2-69 Digitalização de Marco Dondi - PY2TR


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Características do Amplificador com Acoplamento por Transformador (continuação)


A. amplificação que se pode esperar de um amplificador com acoplamento por
transformador é aproximadamente igual ao fator de amplificação (JlI da vál-
vula multiplicado pela relação de transformação (N) do transformador: ampli-
ficação = JlN. Neste caso, usa-se a válvula 6C5, que tem um fator de amplifi-
cação igual a 20. O transformador apresenta uma relação de transformação
de 1 para 3. Portanto, podemos esperar uma amplificação ou ganho de
JlN = 20 X 3 = 60.

Suponha que seja aplicado um sinal de C.A. de 0,01 volt à grade de V-L
Observando o esquema, você poderá notar que a tensão de saída da 6C5 aparece
no enrolamento primário do transformador e é amplificada Jl vézes (20 X 0,01 =
= 0,2 V). O transformador eleva a tensão do primárío 3 vezes mais, pelo que a
tensão no secundário é 3 X 0,2 = 0,6 V.
Estabeleceu-se que o ganho deste estágio é igual a JlN, ísto é; 60. Vejamos a
comprovação. O sinal de grade é 0,01 V. Multiplicando esta. tensão de grade
pelo ganho deveríamos obter a tensão no secundário do transformador, isto é,
0,6 V. Multiplique 60 por 0,01 (= 0,6 V) e comprove a exatidão do enunciado.

AMPLIFICAÇAO DE TENSAO EM UM
AMPLIFICADOR COM ACOPLAMENTO
POR TRANSFORMADOR'

12V
O,2V
O,6V

O,OlV
+

-. 8+ B+ .
-.
A tensão entre os extremos do secundário do transformador <0,6 V) é aplicada,
agora, à grade de V-2. Se considerarmos que V-2 tem também Jl = 20, V-2 am-
plificará este sinal 20 vezes. Portanto, a tensão de saida na placa de V-2 será
20 X 0,6 = 12 V.
O ganho total é determinado pela multiplicação'dos ganhos dos diversos estágios.
O ganho de V-I e o transformador é 60, e o ganho de V-2 é 20. O ganho total
é 60 X 20 = 1200.

Verificando este resultado, a entrada de V-I multiplicada pelo ganho total deveria
dar-nos a tensão de saída de V-2 10,01 X 1200 = 12 V), o que é exato.

2-70

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8 - AUDIO AMPLIFICADOR DE POTÊNCIA


Características dos Áudio Amplificadores de Potência
Até agora, você esteve estudando áudio amplificadores projetados principal-
mente para amplificar a tensão do sinal até o seu valor se tornar muitas vezes
superior ao valor primitivo. Agora, você estudará os amplificadores de potência.
Em um amplificador de tensão. a corrente variável de saída no circuito de placa
só é usada para a obtenção de uma tensão a ser aplicada à grade do estágio
seguinte. A corrente de placa, em geral, é relativamente pequena.
Por outro lado, um amplificador de potência deve proporcionar intensa corrente
de sinal a uma impedãncia de carga cujo valor, geralmente, está compreendido
entre 2.000 e 20.000 ohms. Os amplificadores de potência são usados para excitar
circuitos ou dispositivos que requerem potência. tais como alto-falantes, certas
partes de transmissores e grandes estágios amplificadores, cujas grades requerem
potência dos estágios anteriores.
Uma das finalidades dos áudio amplificadores de potência é, naturalmente,
produzir um potente sinal de áudio. Aqueles que se dedicam à radiotécnica en-
contram tais amplificadores nos circuitos dos receptores de rádio como estágios
de saída, e também nos equipamentos que aplicam aos transmissores os sinais
correspondentes à voz. Aqueles que lidam com o som encontram este circuito
em quase todas as partes de seus equipamentos sonoros. Os técnicos de sonar
encontram os áudio amplificadores de potência usados não só para produção do
sinal que excita o alto-falante como também o elemento submarino de som,
chamado transdutor. Os áudio amplificadores de potência são usados ainda nos
equipamentos que orientam as antenas do radar e nos canhões instalados nos
navios.

2-71
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Caractensticas dos Audio .\mplificadores de Potência (continuação)


'oce já sabe que a função principal dos circuitos amplificadores de tensão é
produzir um grande aumento na tensão do sinal. Agora, a saida amplifirada
do amplificador de tensão será aplicada à grade de um estágio amplificador de
potência.

Nos circuitos amplificadores de tensão, a saida de um estágio amplificador de


tensão é ligada à grade do estágio seguinte. Não há corr.ente neste circuito de
grade, e, portanto, não há consumo de energia. Se houvesse corrente no circuito
de grade, a perda de potência no circuito teria de ser suprida pelo estágio ante-
rior. No caso de um amplificador que alimenta um alto-falante, este último
requer para seu funcionamento correntes alternadas (sinais) de grandes inten-
sidades. Quando há corrente em um circuito, sempre há consumo de energia. O
estágio amplificador de potência deve prover a energia consumida no circuito
do alto-falante.

As válvulas usadas nos circuitos am~ificadores de tensão funcionam geralmente


em Classe A, enquanto que as válvulas aplicadas nos circuitos amplificadores
de potência podem funcionar em Classe A. Classe B ou Classe AB.

Os tríodos, os pêntodos e as válvulas de feixe dirigido podem ser usadas como


amplificadores de potência. Estas válvu as podem operar em montagem simples,
em paralelo ou em contrafase. O sistema de funcionamento depende da potência
requerida do amplificador.

Em geral, os amplificadores de tensão funcionam com alto valor de resist.ência


ou impedância de carga de placa, para que se obtenha o máximo de tensao de
saída. As válvulas amplificadoras de potência operam com valores baíxos de
impedâl).cia de carga, para que haja grande variação de corrente e maior potên-
cia de saída. Em um amplificador de potênCia, o valor dà ensão de saida não
é o essencial, pois a potência de saida é que se constituí no fator principal.
Para que o amplificador proporcione grande potência, ele deve poder lidar com
correntes intensas - muito mais intensas do que as de um amplificador de
tensão.

ÁUDIO AMPLIFICADOR
. DE POT€NCIA .

···
:ENTRADAS

··
·
·....
: 1 Mu
I'.
A Energia
Sinal é
Consumida
•.•...........
···
do

8+ ~
!
B+

2-72
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Características dos Áudio Amplificadores de Potência .(continuação)
A corrente através do circuito de placa do amplificador de potência é consti-
tuída por:
1- uma componente constante ou de C.C.
2- uma componente variável ou de C.A.
A parte útil da corrente de placa é a componente variável, pois só as variações
da corrente de placa é que produzem· wm no alto-falante. A componente de
C.A.da corrente de placa passa através do primário do transformador de saída,
juntamente com a componente de C.C. Esta última nada produz além de um
campo magnético constante em torno do enrolamento primário, não induzindo
qualquer tensão no secundário. A componente de C.A. aproveita a ação de trans-
formador e induz tensão no enrolamento secundário, a qual é aplicada à bobina
móvel do alto-falante. Esta tensão converte-se em wm graças ao alto-falante.
Você pode verificar que a corrente constante de placa não contribui direta-
mente para a produção de som pelo circuito amplificador de potência. Esta
parte da corrente de placa ocasiona uma perda de energia no circuito de placa,
causando o aquecimento da válvula amplificador a de potência e do transfor-
mador de saída.

COMPONENTES DE C.C. E DE C.A.


EM UM AMPLIFICADOR DE POTÊNCIA

do Sinal
Êntrada no-- I

Componente
- de C.A.

--~ Componente
de C.C. -. -. B+

2-73
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9 - O TRANSFORMADOR DE SAíDA
:Fn _~o do Transformador de Saida
_-~:'~ê1idade do transformador de salda é transferir, da placa da válvula arr:;J:2-
::~ . !"a de potência para a bobina móvel do alto-falante, a energia de áudio
c..:nn '"cada. Nas páginas seguintes, você estudará as caracteristicas dos tram-
:o:madores de saída, para poder entender a importância do casamento de impe-
dâncias. O casamento de impedâncias é necessário porque o amplificador de
00 ência deve ter uma carga de placa de impedância relativamente alta, enquan-
.o que a impedância da bobina móvel é baixa. O transformador de saída casa
a baixa impedância da bobina móvel com a alta impedância do circuito de
placa.
As válvulas amplificadoras de potência devem funcionar com um determinado
valor de impedância de carga de placa, a fim de proporcionar o máximo de
potência de saída com o mínimo de distorção. O valor adequado da impedância
de placa para uma determinada válvula é obtído das especificações fornecidas
pelo fabricante.
Em um circuito amplificador de potência, usa-se o primário do transformador
de saída como impedância de carga de placa e é a esta impedância que estam os
nos referindo. Determina-se a impedância do primário pelo valor da carga no
secundário e pela relação entre as espiras do primário e do secundário. A relação
entre espiras e o valor da impedância de carga do secundário devem ser esco-
lhidas de modo que a impedância resultante no primário corresponda ao valor
requerido para impedância de carga da válvula amplificador a de potência.

::::::::::::::::::;:::;:::::::::::::;:::~:~:

oTRANSFORMADOR DE SAÍDA
NO CIRCUITO AMPLIFICADOR

1]11 ao

Impedância
de Carga
de Placa

Impedância
Carga do
Secundário:
Bobina Móvel
8+

2-74
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Função do Transformador de Saída (continuação)
Em um transformador há duas correntes: corrente no primarIo e corrente no
secundário. A intensidade da corrente no primário depende da irÍtensidade da
corrente no secundário. Quando a corrente no secundário aumenta, a corrente
no primário também aumenta. Isto se explica pela Lei de Lenz, que estabelece
que o campo magnético provocado por uma corrente induzida sempre :;;e opõe
ao campo magnético que produziu a referida corrente induzida. Em outras pala-
vras: o campo magnético produzido pela corrente no secundário de um trans-
formador se opõe e anula parte do campo magnético produzido pela corrente
no primário. Agora, você pode compreender que, quando se diminui a impe-
dânçia da carga no secundário, a corrente e o campo magnético no secundário
aumentam, anulando a maior parte do campo produzido pelo primário. Nestas
condições, a reatância indutiva e, portanto, a impedância do primário, diminui.
Selecionando o valor adequado da impedância do secundário, podemos obter a
desej~da impedância do primário para a válvula amplificadora de potência.
Quando uão se pode variar a impedância de carga do secundário - a bobina
móvel de \1m alto-falante, por exemplo - a relação espiras do primário/espiras
do secundário pode ser variada para se obter a adequada impedância do primá-
rio. Com esta finalidade, emprega-se um transformador de saída provido de
derivações no secundário.

Corrente
---
no Primário
Corrente no
Secundário

CAMPO DO CAMPO DO
PRIMÁRIO ECUNDÁRIO

o CAMPO DO SECUNDÁRIO ANULA


PARTE DO CAMPO DO PRIMÁRIO

2-75
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Casamento de Impedâncias

E:a~:cs. o ra n'z. alguns assuntos que voce ]a estudou. Você sabe que, para
ob er a máxima potência de saida com um mínimo de distorção, a válvula am-
. lificadora de potência deve funcionar com um determinado valor de impe-
dância de carga. Você sabe também que esta impedância de carga é realmente
a impedância do primário do transformador de saída, que é determinada pela
carga no secundário. .
Geralmente, a carga do secundário é o alto-falante que desejamos alimentar
com a energia de áudio amplificada. Você pode estar pensando que seria mais
simples ligar o alto-falante diretamente à placa da válvula amplificadora de
potência, mas isto não é possivel. Lembre-se que o valor da carga da válvula
amplificadora não pode ser outro senão o especificado. Em geral, esta carga é
da ordem áe alguns milhares de ohms, enquanto que a impedância das bobinas
móveis dos alto-falantes é da ordem de 1 a 16 \1. Se a impedância da bobina
móvel fosse utilizada como carga de placa, seria muito pequena a potência
obtida do amplificador, para não falar da distorção que se originaria.
Portanto, devemos usar um dispositivo casador de impedâncias - o transfor-
mador de saida - capaz de nos permitir fazer a válvula funcionar com alta
impedância no primário e proporcionar potência de áudio à bobina móvel de
baixa impedância do alto-falante.

2-76
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Casamento de Impedâncias (continuação,
As impedâncias dos alto-falantes e as impedâncias de carga de placa das diver-
sas válvulas variam amplamente. Como a impedância do primário é determinada
pelo tipo de válvula usado, e a carga do secundário é determinada pela impe-
dância da bobina móvel, deve haver algum meio capaz de ajustar a relação entre
as impedâncias do primário e do secundário, para que se consiga o casamento
correto.

o transformador de saida representado abaixo possui um secundário com deri-


vacões, de modo que se pode selecionar quantidades variáveis de espiras no
seéundário. Como o númer.o de espiras do primário é fixo, quando se varia o
número de espiras do secundário também se varia a relação de transformação.
A impedância do primário (Z,,) se relaciona com a lmpedância de carga
do secundário (Z,) pela seguinte fórmula:

N representa a relação de transformação (N,/N), sendo N, o número de espiras


do primário e N" o número de espiras do secundário. Você pode verificar que,
se o valor de Z for fixado pela impedância da bobina móvel, qualquer valor
de Z" poderá ser obtido variando-se a relação de transformação.

2-77
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10 - AMPLIFICADOR EM CONTRAF ASE

Funciona o Amplificador em Contrafase

_-esta secão, você verificará que é possível obter um excelente tipo de amplifi-
cador de' potência com um sistema em contrafase (simétrico), Pode-se fazer
um amplificador de potência com uma válvula apenas, mas, quando se deseja
duplicar a potência, é mais conveniente e usual empregar duas válvulas ampli-
ficadoras de poténcia em lugar de uma só. O meio mais evidente de usar duas
válvulas seria interligar as duas grades e fazer o mesmo com as duas placas
(ligação em paralelo), duplicando, assim, a potência de saída. Todavia, há um
método melhor: ligar as válvulas em contrafase. Em um amplificanor em con-
trafase, as tensões aplicadas às grades estão defasadas 180 graus. Quase sempre
se consegue e~:ta defasagem aplicando-se o sinal ao primário de um transfor-
mador cujo secundário dispõe de uma derivação central (ponto médio); as duas
grades são ligadas aos extremos opostos do secundário e o ponto médio à massa
ou à fonte qm' proporciona a tensão de polarização de grade.

CIRCUITO TípICO EM CONTRAF ASE

As placas são ligadas aos extremos opostos do primário de um transformador de


saida, e sua derivação central é ligada ao B +. A tensão de saida resultante apa-
rece entre os extremos do secundário do transformador de saída, que são liga-
dos à carga.

2-78
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Como Funciona o Amplificador em Contrafa~e (continuação J

Em um amplificador em contrafaso tipico, as grades recebem potenciais alter-


nados de extremos opostos do secundário de um transformador. O secundário
do transformador dispõe de derivação central ligada à massa. As tensões alter-
nadas aplicadas às grades estão defasadas 180 graus. Quando uma das grades
se torna menos negativa, a outra grade se torna mais negativa pelo mesmo valor.
A soma das correntes das válvulas não varia, e continua C.C. pura, pois, quando
uma corrente aumenta, a outra diminui do mesmo valor. Como a soma das duas
correntes é C.C. pura, torna-se desnecessário o capacitor de desacoplamento em
paralelo com o resisto r de polarização de cátodo.
No transformador de saída, o sinal de saída é a diferença entre as duas corren-
tes. Quanto maior é o sinal de entrada, maior é esta diferença e maior a saída.

Abaixo, vemos um conjunto de formas de ondas típicas de um amplificador em


contra fase em funcionamento normal.

TENSÃO
ENTRE GRADE
0-1------'-------.L..
E CÁTODO
(EI)

CORRENTE
DE PLACA
FORMAS D'E ONDAS lll)
NORMAIS DE UM
AMPLIFICADOR
EM CONTRAFASE

2-79 Digitalização de Marco Dondi - PY2TR


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Como Funciona o Amplificador em Contrafase (continuação)


Até agora, citamos como única vantagem do amplificador em contra fase o fato
de não ser necessário capacito r de desacoplamento de cátodo, porque as varia-
ções de tensão produzidas no resisto r de cátodo pelas correntes de placa defa-
sadas se anulam. Se esta fosse a única vantagem deste circuito sobre o emprego
de duas válvulas ligadas em paralelo, a aplicação da combinação em paralelo
seria mais comum. Existem, efetivamente, algumas vantagens muito importan-
tes que justificam a preferência pelo circuito em contrafase.
Considere o que ocorre quando as duas válvulas em paralelo são levadas ao corte
por um intenso sinal de entrada. As duas válvulas entram em corte simultanea-
mente, causando distorção na saída. Quando as duas válvulas são ligadas em
contrafase, uma válvula entra em corte em um dos semiciclos e a àutra no
semiciclo seguinte. A distorção na saida é reduzida, conforme você pode veri-
ficar observando as formas de ondas abaixo.

DISTORÇÃO DAS FORMAS DE ONDAS


CAUSADAS PELO CORTE

II II I II

o rJ\1\J
I I
. I

Este fato é considerado uma grande vantagem, porque as válvulas podem ser
sobrecarregadas intencionalmente para produzirem uma saída maior, pratica-.
mente sem distorção.

2-80 Digitalização de Marco Dondi - PY2TR


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Inversor de Fase

Em alguns circuitos em contrafase, o emprego de transformadores pOderá sofrer


restrições devido às suas dimensões, peso e custo. Às vezes, é preferível obter
duas tensões de sinal defasadas 180 graus, sem o uso de transformador. O cir-
cuito que realiza esta operação é chamado inversor de fase.
Você deve se lembrar de que as duas válvulas do sistema em contra fase devem
receber duas tensões de sinal de mesma amplitude, porém defasadas 180 graus.
No esquema abaixo, o sinal para a grade da válvula superior (V 21 do sistema
em contrafase provém do tríodo ,(V 1), enquanto que o outro tríodo I V 3) cons-
titui o inversor de fase que excita a outra válvula (V4) do sistema em contra-
fase.
Aplica-se o sinal de entrada à grade de controle de V 1 por meio do capacito r
C,. A saída de V 1 aparece no resisto r de carga de placa (R) e é aplicada por
meio do capacitar c" à grade da amplificadora de potência superior IV 2). A
saída total de V 1 aparece entre a grade de' V 2 e a massa - no conjunto for-
mado por R4 e R5 em série. Os resistores R4 e R 5 co"nstituem
, um divisar de tensão
que proporciona o sinal à grade da válvula inversora de fase (V 31. Os valores
de R~ e Rs são escolhidos de modo que o valor do sinal aplicado a V 3 seja
exatamente igual ao do sinal de entrada de VI.

Agora, é importante não esquecer que numa válvula amplificadora sempre


existe uma defasagem de 180 graus entre o sinal de placa e o sinal de grade.
Portanto, o sinal obtido da grade de V2, no ponto de união de R 4 e R ~, será
desafasado 180 graus, quando for amplificado por V 3. A saída de V 3 é aplicada
por meio do capacitar C" à grade da válvula ampllficadora inferior I V 4) do
sistema em contrafase. Como os sinais nas grades dos tríodos V 1 e V 3 são
iguais em amplitude e estão defasados 180 graus, suas saidas também serão
iguais em ampitude e estarão defasadas 180 graus. Observe que estes sil1ais de
saída são aplicados às graqes do amplificador em contrafase, satisfazendo,
assim, os requisítos necessários para o funcionamento do sistema.

C2
Cs
CI 1&
3
13
12

":'
2-81 C3

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Como Funciona o Inversor de Fase

Suponha que vamos aplicar um sinal ao inversor de fase e acompanhá-Io em


seu percurso através de todo o amplificador em contrafase. Se aplicarmos um
sinal de 1 volt à grade de V 1 e considerarmos que o ganho de V 1 é 20, haverá
um sinal de 20 volts na placa. Este sinal aparecerá entre a grade e a massa de
V 2 - no conjunto RI e H·o em série. Como R4 é dezenove vezes maior que R,,'
aparecerão 19 vol~s em R 4 e 1 volt em R~,' O sinal de 1 volt em R" será aplicado
à grade de V 3, a partir da junção de R4 e R~,' Como o ganho de V 3 é idêntico
ao de V 1 (20). a tensão de saída de V 3 será de 20 volts e defasada 180 graus.
Este sínal de saída será aplicado entre a grade e a massa de V 4.
Observe que proporcionamos às válvulas amplificadoras em contrafase dois sinais
iguais em amplitude (20 volts) e defasados 180 graus, de modo a permitir o fun-
cionamento correto do sistema em contrafase.

Nota· --
R4
. R5
475
= --
25
=-191.
20 V

2-82
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Outro Tipo de Inversor de Fase
O inversor de fase que você irá apreciar agora tem metade da resistência de
carga no circuito de cátodo (R,) e metade no circuito de placa (R). A mesma
corrente passa através destes resistores e, como têm valores iguais, aparecem
tensões iguais nos dois. Estas tensões estão defasadas 180 graus. Em R3 não
aparece sinal, porque está em paralelo com um capacitor de grande capacitância.

A tensão de entrada é aplicada entre a grade e a massa, e somente parte desse


sinal aparece entre a grade e o cátodo. A corrente da válvula depende da
tensão entre grade e catodo e esta corrente passa através de RI e R", provocando
o aparecimento de tensões de sinal nestes resistores.
A tensão em RI (e também em R) é sempre menor que a tensão de entrada,
pois a tensão entre grade e cátodo é igual à diferença entre a tensão de entrada
e a tensão em R,. Portanto, o ganho deste tipo de inversor de fase (ou divisor
de fase) é menor que a unidade.

As duas saidas são ligadas às grades de controle do estágio seguinte em corrtra-


fase. Estas saídas estão defasadas 180 graus, porque uma provém da placa e a
outra do cátodo. Assim, quando a corrente de placa aumenta, o extremo superior
de R.) se torna menos positivo e o extremo superior de R, se torna mais positivo.
O inversor de fase toma um sinal alternado de entrada e produz dois sinais de
saída de amplitudes iguais porém em oposição de fase.
Compare este circuito com o do transformador apresentado abaixo.

o INVERSOR DE FASE DE UMA VÁLVULA


:-:-:.:.:.:.:.:.:.:.:-:.:.:-:-:.:.:.:.:.:.:.:.:.:-:-:.:.:-:.:.:-:.:.:.:.:.:.:.:.:.:.rrrrrrrrrm

o
V1\1
ENTRADA ~AíDA

R-2

illllllllllll"IIII;IIII;I,I;II[II'II;I'1
50~ IV SAíDA - ... ATUA ASSIM
kí!

~II

2-83 Digitalização de Marco Dondi - PY2TR


"Cl
.l'\.lUC:;tlt::lU :::s p,;' ~,o ., Q.
.,
.•.
...•
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Vantagens do Amplificador em Contrafase

1 - O núcleo do transformador de sai da não é saturado pela C.C. que passa no


seu primário, porque as duas metades do referido enrolamento se magne-
tizam em sentidos contrários. Isto anula o fluxo magnético.

2 - Obtém-se uma potência de saida mais de duas vezes maior do que a que
poderia ser obtida com uma única válvula.

3 - Há eliminação de qualquer tensão de zumbido proveniente da fonte de ali-


mentação.

4 - Nenhum sinal das placas das válvulas amplificadoras de potência é trans-


ferido ao restante do circuito, através do B+, porque os sinais de placa
se anulam no B +. Isto dispensa o mo de capacitor de desacoplamento em
paralelo com o resisto r comum de cátodo, pois as duas tensões de sinal
desenvolvidas se anulam.

Para o maXlmo de transferência de energia, a saida do amplificador em con-


trafase deverá ser usada com a carga com que irá funcionar. Os transformado-
res de saida são especificados para as impedâncias do primário e do secundá-
rio; a impedância do primário terá o valor especificado somente quando o
secundário estiver ligado a uma impedância cujo valor coincida com o da impe-
dância especificada para o transformador. Só se consegue a potência de saida
máxima quando há casamento de impedãncias.

Alguns transformadores de saida têm impedâncias determinadas, às quais devem


se adaptar o primário e o secundário. Quando o secundário está ligado a uma
carga cuja impedância é mais baixa que o valor especificado, a impedância
refletida no primário é menor que o seu valor especificado, o que implica em
perda na potência de saida. Quando o secundário está ligado a uma carga cuja
impedância é mais alta que o seu valor nominal' a impedância refletida no pri-
mário é mais alta do que o seu valor nominal, provocando também perd,a na
potência de saida.

Outros transformadores de saida são do tipo "universal". Este tipo tem um secun-
dário dotado de várias derivações. Por meio de uma seleção adequada, você pode
casar devidamente uma variedade de impedâncias de carga com o transformador,
obtendo o máximo de transferência de energia do amplificador para a carga.

2-85 Digitalização de Marco Dondi - PY2TR


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Revisão do Amplificador em Contrafase

CIRCUITO EM CONTRAFASE
- Usa duas válvulas e um
transformador para duplicar a
potência de saída do circuito.
As tensões de grade das válvu-
las estão defasadas 180 graus.

FORMAS DE ONDAS DISTOR-


CIDAS - Causadas pela super- owJ\(\J
excitação das válvulas, não afe- 1 I ! !
tam apreciavelmente a forma l ! ! !
de onda da corrente no trans-
formador de saída de um am-
plificador em contrafase.,
• •• I'··
o
lLi11LL:
:

I
I
i
I
I
:

:
'
!
;;

••••
•• ".'1. ! j ! !
! ! I I
: : : :

I '. I'· • I'. ! ! ! i


I .•.

'"
INVERSOR DE FASE - Produz
duas tensões de sinal defasadas
18'0 graus, sem usar transfor-
mador. Um inversor de fase
pode utilizar uma ou duas vál- "
vulas.

'"

AMPLIFICADOR DE POTÊN-
CIA EM CONTRAFASE - Cons- "'u!
ta de um amplificador de ten-
são, um divisor de fase (inver-
sor), duas válvulas amplifica-
doras de potência e um trans-
formador de saída.
if~
Amarelo

2-86 Digitalização de Marco Dondi - PY2TR


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11 - MICROFONES, FONES E ALTO-FALANTES


Fundamentos de Acústica

Quando se deseja que haja uma corrente elétrica de um ponto para outro, utili-
za-se condutores que permitam a passagem dos eléctrons. Quando se transmite
o som diretamente de um ponto para outro, são as partículas do ar que atuam
como meio condutor. Em outras palavras, para a transmissão da eletricidade ou
do som deve existir um meio condutor entre os pontos de transmissão; no caso
da eletricidade, os condutores, e, no caso do som, o ar.
Na realidade, o som é o movimento de ondas de pressão do ar. Portanto, qual-
qUl'r dispositivo produtor de som, como por exemplo as cordas vocais do homem,
é um dispositivo que faz variar a pressão do ar que o cerca. Todos os instru-
mentos musicais ao entrarem em vibração, empregam este princípio produtor
de diferentes ondas de pressão no ar. No piano, ao toque de uma tecla, põe-se
em vibração uma corda esticada. A corda vibra para ambos os lados de sua
posição de repouso, comprimindo e expandindo o ar que a rodeia. Quando a
corda (figura abaixo) se move de sua posição de repouso para a direita, o ar
que está à direita da corda é comprimido (aumenta sua pressão). Quando a
corda se move para a esquerda, o ar à sua direita se expande (diminui sua
pressão). Se um dispositivo sensível ao som, tal como o ouvido humano, estiver
próximo à corda vibrante, as ondas de pressão variável chocar-se-ão contra o
tímpano, produzindo a sensação de som.
O número de vibrações completas da corda, por segundo, determina a freqüên-
cia ou tom da onda sonora resultante. A intensidade ou amplitude da fonte
sonora é determinada pela grandeza do deslocamento da corda.
O som produzido pela voz humana varia de intensidade na razão de 10.000para
l' e abrange uma faixa de 60 a 10.000Hz. Na música, as variações de intensidade
podem ser de até 100.000para 1, e a faixa de freqüências se estende de 40 a
15.000Hz.

111111111111111111111111111111111111111111\11111111111111111\11111111

ONDAS SONORAS PRODUZIDAS PELA VmRAçAO


DE UMA CORDA

P",,,ãodeNormal
(Posição Repouso) I i!!1
~
da Corda

2-87 Digitalização de Marco Dondi - PY2TR


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Características dos Microfones
As ondas sonoras que você produz ao falar ou cantar podem ser convertidas,
pelo mecanismo do microfone, em impulsos elétricos equivalentes. Um diafragma
no interior do microfone é movimentado pelas variações da pressão do ar cau-
sadas pelas ondas sonoras, fazendo com que o microfone produza uma tensão
alternada da mesma freqüência que o som original. A amplitude des;a tensão
'alternada é proporcional à intensidade do som.
A relação entre a saída elétri~a (tensão) e a intensidade do som de entrada é a
sensibilidade do microfone. A sensibilidade varia amplamente segundo os dife-
rentes tipos de microfones. A saída elétrica de um microfone depende do tipo de
microfone e da distância entre o microfone e a fonte sonora. A saída diminui
à medida que aumenta a distância.
A resposta d~ freqüência de um microfone é a medida de sua capacidade para
converter diferentes freqüências sonoras em corrente alternada. Com uma deter-
minada intensidade de som, a saída elétrica poderá variar amplamente ao variar
a freqüência do som. Para perfeita reprodução da palavra, não se necessita mais
que uma limitada faixa de freqüências abrangendo de 200 a 4.000 Hz.
Quando o microfone apresenta apenas pequenas variações de ampli de entre
seus limites superior e inferior de freqüência, d.i2-se que tem uma resposta
de freqüência plana.

TRANSFORMAÇÃO DAS ONDAS SO ORAS


EM PULSOS ELÉTRICOS

o SOM ADQUIRE ESTA FORMA

2-88
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Microfone de Carvão

o tipo mais comum de microfone é o microfone de carvão. Contudo, sua aplica-


ção é grandemente limitada aos sistemas de comunicações para a transmissão
da voz. É o tipo de microfone mais robusto, e é o que proporciona maior saída
a partir de uma determinada entrada de som.
A gravura abaixo reproduz as partes principais de um microfone de carvão de
um botão. Este microfone funciona usando as ondas de pressão variável, prodlJ-
zidas pelo som, para variar a resistência entre grânulos de carvão. Estes grânu-
los são encerrados em um recipiente de latão hermeticamente fechado e com
um' elétrodo ligado mecanicamente a un1 delgado diafragma. O elétrodo atua
como um êmbolo, comprimindo os grânulos de carvão do recipiente, comumente
chamado "botão de carvão". O botão de carvão é ligado em série com uma
fonte de C.C. e com o primário de um transformador para microfone.

Diafragma Corrente
Cápsula de
Latão ou
de Carvão
Grânulos Ao
de Carvão
Elétrodo
Amp. 1~
't:l
3 Al"::~~
2CVfI_-
Corrente
~
.....
Contínua

Tempo-

Quando as ondas sonoras não incidem sobre o diafragi11a, os grânulos de carvão


permanecem em repouso. Nesta situação, a resistência do botão de carvão,
entre o recipiente e o elétrodo, é constante; a corrente do circuito também é
constante. Isto está ilustrado na região de 1 a 2 do gráfico acima, Quando as
ondas de pressão do som se chocam com o diafragma, este e o elétrodo solidário
se movem para dentro e para fora, fazendo variar a pressão sobre os grânulos
de carvão, Um aumento na pressão do ar move o diafragma para dentro, com-
primindo os grânulos de carvão e diminuindo sua resistência. Isto aumenta a
corrente, conforme mostra a região entre 2 e 3 da figura. Uma diminuição na
pressão do ar faz o diafragma se mover para fora, reduzindo a pressão entre
os grânulos, elevando sua resistência e diminuindo a corrente no circuito. Isto
pode ser apreciado na região entre 3 e 4 do gráfico.
Deste modo, as ondas sonoras fazem variar a corrente no circuito de acordo com
as variações de pressão provocadas pelo som. Estas variações de corrente atra-
vés do primário do transformador induzem uma tensão maior no secundário, a
qual é aplicada à grade de uma válvula amplificadora. A saída do amplificador
pode ser ligada a um alto-falante ou usada para modular a saída de um trans-
missor de rádio.

2-89
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~licrofone de Cristal
Um dos inconvenientes do microfone de carvão é que ele requer, para funcionar,
uma fonte externa de tensão continua. Em certas aplicações, não é fácil conse-
guir a fonte em apreço. Além disso, os grânulos de carvão podem ser unidos
pelos arcos elétricos que são produzidos entre eles, o que, eventualmente, reduz
a sensibilidade do microfone. Quando se movimenta o microfone, os grânulos
são agitados, e isto produz débeis arcos entre os mesmos, que podem provocar
ruídos desagradâveis na saída.
O microfone de cristal elimina todos os inconvenientes encontrados no micro-
fone de carvão, porque funciona sob_ princípio diferente, dispensando fonte
externa de tensão.
Algumas substâncias cristalinas, tais como o quartzo e os sais de Rochelle, geram
tensão quando são submetidas a uma pressão. Você se lembra de "Cargas Elé-
tricas Produzidas por Pressão" do Volume 1 de ELETRICIDADE BÁSICA? Êste
fenômeno é conhecido como efeito piezoelétrico e é o princípio usado nos micro-
fones de crístal.
Abaixo, você pode apreciar a construção de um microfone de crista!. O cristal
plano de sal de Rochelle (usado em lugar do quartzo por ser mais sensível)
está montado entre duas placas metálicas providas de ligações externas. Um dia-
fragma muito delgado está ligado mecanicamente ao cristal, através de um
orifício na placa frontal. Quando as ondas sonoras incidem sobre o diafragma,
exerce-se sobre o cristal uma pressão variável por meio do pino de ligação, pro-
duzindo uma tensão variável entre as placas. Como as ondas sonoras exercem
pressão sobre o cristal, a forma de onda da tensão de saída será uma repro-
dução exata do som original.
O microfone de cristal é de alta impedância e é ligado diretamente à grade da
válvula amplificadora, sem transformador.

MICROFONE DE CRISTAL

2-90
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Microfone Dinâmico

No microfone dinâmico, ou de bobina móvel, uma bobina de fio, rigidamente


presa a um diafragma, fica suspensa em um entreferro onde existe um campo
magnético muito intenso. Este campo magnético é produzido por um ímã per-
manent'e. Quando as ondas sonoras incidem sobre o diafragma, este se move
para trás e para a frente juntamente com a bobina. Como a bobina está em um
campo magnético, uma tensão alternada é induzida na mesma. Esta tensão tem
a mesma forma de onda que as ondas sonoras incidentes sobre o diafragma.
A freqüência desta tensão alternada é igual à freqüência das ondas sonoras, e
a amplitude da tensão é proporcional à pressão do ar da onda sonora, isto é, à
sua intensidade.
A saída do .microfone dinâmico é aplicada a um transformador que eleva a ten-
são e proporciona uma alta impedância de saída, de modo que ele pode atuar
diretamente sobre a grade de uma válvula amplificadora.
o microfone dinâmíco pode ser transportado e utilizado durante o seu funcio-
namento sem produzir ruídos indesejáveis na saída. É seguro, não requer fonte
de C. C. e apresenta excelente resposta de freqüência entre 20 e 9.000 Hz.

t--

Ímã de "Alnico" D=[:==J II

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____:lJ~1: ::1: Yelocidade ou de Fita

~-:~ ::::....:"0:':_.<" ~o:.s:ste áe uma fita corrugada de liga de aÍumínio, suspensa


::~ ::::e::5'J ca!T.PDmagnético. de modo que pode ser movida pelas ondas sono-
:-2..: ",:.ra::óo a ondas sonoras movem a referida fita para trás e para a frente,
ê_é. C':~é. as ;:nhas de força entre os polos dos ímãs e há indução de uma tensão
:-:a :'i:a. Esta tensão é muito pequena, mas, com um transformador geralmente
enc€'!Tado no interior do microfone, poderá ser aumentada. Além disso, este
:,ansiormador aumenta a impedância de saída do microfone, para que o mes-
:no possa ser ligado à grade de uma válvula amplificacWra por meio de um cabo
b:~ndado.
Os microfones descritos anteriormente funcionavam sob pressão e seus dia-
fragmas se moviam porque as ondas sonoras aumentavam a pressão do ar na
iace anterior do diafragma com relação ao ar existente atrás do mesmo. O mi-
crofone de fita não tem diafragma e as faces anterior e posterior da fita estão
expostas às ondas sonoras. A fita se move graças aos pequenos espaços entre
ela e os polos magnéticos. O ar que circula através destes espaços ocasiona uma
diferença de fase e de pressão em ambos os lados da fita. A tensão induzida na
fita não é determinada pela pressão do ar, mas pela velocidade das partículas
de ar que passam entre a fita e os pólos magnéticos.

MICROFONE DE FITA

2-92

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Fones
o microfone tem a finalidade de converter as ondas sonoras em tensões· alter-
nadas correspondentes. A finalidade de qualquer dispositivo reprodutor
de som, tal como um fone ou um alto-falante, é converter novamente estas
tensões alternadas em ondas sonoras. Para isw, o reprodutor de som déve ser
projetado de modo que possa variar a pressão do ar em torno dele, de acordo
com o sinal de C. A. aplicado.
Os fones são usados com maior freqüência em sistemas de comunicações, em
que devem ser recebidas informações, mas não há ,necessidade de alta qualidade
sonora. Alguns fones usam elementos de cristal. Estes fones usam o efeito pie-
zoelétrico e funcionam de modo oposto ao microfone. As tensões do sinal alternado
amplificado são aplicadas às placas metálicas do elemento de cristal de sal de
Rochelle e estas variações de tensão fazem com que o cristal varie de forma e
produza variações de pressão no ar que o circunda, reproduzindo assim o som.
Os fones de cristal são leves e têm excelente resposta de freqüência.
A maioria dos fones funciona segundo princípios magnéticos; na figura abaixo
está representado um fone magnético típico. Os polos de um ímã permanente
em forma de "U" têm bobinas de fio muito fino. Geralmente, estas bobinas
estão ligadas em série e est.ão providas de lides externos. À distância de 1,5 mm
dos pólos magnéticos encontra-se firmemente sujeito um diafragma de ferro
doce.
Sem sinal aplicado às bobinas, o ímã permanente exerce uma atração constante
sobre o diafragma. Quando a corrente de audiofreqüência (C.A'> passa
através das bobinas, elas atuam como eletroímãs. Os campos magnéticos produ-
zidos por estas bobinas mudam constantemente de sentido, de acordo com o
sinal de áudio. Em algum instante, o campo eletromagnéticos se adicionará ao
camp.o do ímã permanente e o diafragma será atraído com mais força, reduzindo
a pressão do ar na face exterior. Logo após. o campo eletromagnético anulará
parte do campo do ímã permanente e o diafragma se moverá até além de sua
posição normal, comprimindo o ar em frente dele. Deste modo, o sinal de áudio
será convertido em variações de pressão do ar' que, incidindo sobre o tímpano,
causam a sensação do som.

Ímã em
Forma
de "U"

Elemento
Excitador
do Cristal

Cordão
do Fone
FONE

2-93
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.\.Itú- ialan te Dinâmico


o alto-falantedinâmico é de construção muito parecida com a do microfone dinâ-
mico. Com efeito, freqüentemente usa-se o alto-falante dinâmico de ímã perma-
nente nos sistemas de intercomunicação como alto-falante propriamente dito
e como microfone.
Abaixo, você pode apreciar em corte o alto-falante dinâmico de ímã permanente
e o alto-falante dinâmico com eletroímã (eletrodinâmicoL A construção de
ambos é exatamente idêntica, exceto no método de obter o campo magnético. O
tipo eletrodinâmico usa um cnrolamento de campo sobre um núcleo de ferro
doce. Quando passa uma corrente contínua pela bobina de campo, um intenso
campo magnético é produzido no entreferro. No tipo de ímã permanente, um
potente ímã permanente de alnico (liga de alumínio, níquel e cobalto) substitui
a bobina de campo. No entreferro, está suspensa uma bobina com relativamente
poucas espiras, ligada a um cone de papel ou ~ibra. A borda do cone e a sus-
pensão da bobina móvel são corrugadas e presas à armadura do alto-falante. As
corrugações do cone permitem que o mesmo possa se mover livremente para
dentro e para fora.
O amplificador é ligado à bobina móvel por meio de um transformador de saída
que serve como díspositivo casado r de impedâncias. A corrente de sinal de áudio
(C.A.) na bobina móvel gera um campo .magnético cuja polaridade varia conti-
nuamente. Quando a polaridade do campo da bobina móvel tem tal polaridade
que se soma ao campo no' entreferro, a bobina móvel e o cone se movem para
dentro, diminuindo a pressão do ar diante do cone. Quando o campo da bobina
móvel se opõe ao campo no entreferro, a bobina móvel e o cone são jogados
para fora, comprimindo o· ar diante do cone. Deste modo, a corrente de sinal de
áudio produz ondas de pressão que reproduzem o som.

TIPO COM tMA


PERMANENTE

O Cone se Move O Cone se Move


para Dentro para Fora

2-94
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Revisão de Microfones, Fones e Alto-falantes

ONDAS SONORAS - Variações na


pressão do ar produzidas pela vibração
de um corpo sólido. A velocidade da
vibração determina a tonalidade do
som; a amplitude da vibração deter-
mina a intensidade do som.

E'
Am]}.
MICROFONES - Transformam as
ondas sonoras em pulsos elétricos. Os
microfones podem ser de carvão, de
cristal, dinâmicos e de fita. Os pulsos
elétricos ex<;itam a grade de um am-
plificador, diretamente ou através de
um transformador elevador.

FONES - Funcionam de modo inverso


aos microfones, produzindo ondas so-
noras correspondentes a pulsos elé-
tricos. Empregam-se tanto os tipos
de cristal como os magnéticos, sendo
estes os mais usuais.

ALTO-FALANTES - Usados quando


se requer alta qualidade na reprodu-
ção do som. O alto-falante dinâmico
funciona de modo inverso ao de um
microfone dinâIl.lico, podendo ser do
tipo a ímã permanente ou eletrodi-
nâmico.

2-95 Digitalização de Marco Dondi - PY2TR


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::5 A:-;:;plificadores de Audio

___~=-:FICAÇÃO - Processo de trans-


: ::::ação de uma débil entrada de C.A.
€"rr.uma intensa saída de C.A.. O dispo-
51tivO que realiza a amplificação recebe
. nome de amplificador.

TRÍODO - Válvula eletrônica seme-


lhante ao díodo, porém com. uma grade
entre o cátodo e a pl~ca, a fim de con-
trólar a corrente de placa.

Tensão de Placa = 200 V

CURV A CARACTERÍSTICA DO TRÍODO


- Representação gráfica da variação da
corrente de placa, quando varia a tensão
de grade; exprime a capacidade de am-
plificação do tríodo.

POLARIZACãO DE GRADE - O valor


da tensão d-e polarização de grade deter-
mina a classe de funcionament{) do
amplificador. Em Classe A, a polariza-
ção é menor do que o corte; em Classe
B, a polarização atinge o corte. ou se ~ Grade
aproxima do mesmo; em Classe C, a positiva

polarização é muito maior do que o


corte.

AMPLIFICADOR A TRÍODO - Circuito


simples que emprega um único trÍodo
com os componentes necessários à pola-
rização de grade.
B+

2-96
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Revisão Geral dos Amplificadores de Áudio (continuação)

PÊNTODO - Válvula eletrônit:a que


usa uma grade supressora é uma
grade auxiliar entre· a grade de con-
trole e a placa. Proporciona maior
amplificação do que o tríodo.

AMPLIFICADOR DE UM ESTÁGIO- 0,01 pF Saida


Circuito constituído de uma válvula
27' kf!
amplificadora, componentes para a

I
polarização, resisto r de carga, filtro 1 MO
de desacoplamento
citor para acoplamento
e resisto r e capa-
a outro es- "
ka
tágio.
..,. ..,. ,. ..,.

AMPLIFICADOR DE DOIS ESTAGIOS

r
COM ACOPLAMENTO RC - Circui-
to constituído de dois estágios de am-
plificação. A entrada à grade da
segunda válvula amplificadora é a
saída do primeiro
cador.
estágio amplifi-
..,. I. "!' '!" 8+
T "!'

AMPLIFICADOR COM ACOPLAMEN-


TO POR TRANSFORMADOR - Am-
plificador de dois estágios idêntico
ao amplificador de dois estágios com
acoplamento. RC, exceto que usa um
transformador para acoplar o primei-
ro ao segundo estágio.
.,.

GANHO DE TENSÃO - A amplifica- 2V


ção total de um amplificador de dois
(DU mais) estágios é o produto das
amplificações de cada estágio. A rela-

I
ção entre a tensão de saída do está-
gio final e a tensão de entrada· do
primeiro estágiooé denominada ganho
do amplificador.
I.
\ T1
.,. .,. 1+ .,.
2-97
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Revisão Geral dos Amplificadores de Áudio (continuação)

ÁUDIO AMPLIFICADOR DE POTÊN-


CIA - Amplificador projetado para
"C41
proporcionar potência a uma carga.
Sua entrada é a saída de um estágio
amplificador de tensão. Sua saída
alimenta uma carga por meio de um
transformador de saída.
1+

INVERSOR DE FÀSE - Circuito que


usa uma ou duas válvulas para pro-
duzir duas tensões de sinal defasadas
de 180 graus. Também é chamado
divisar de fase, e substitui o trans-
formador em um circuito em contra-
fase.

AMPLIFICADOR DE POTÊNCIA EM
CONTRAFASE - Circuito constituído
de um amplificador de tensão, um
inversor de fase, duas válvulas am- ,
M,~

.'.
plificadoras de potência e um trans- ,.,

formador de saída. C·2


.,
~k"

I.

-l
0,01.1"
,.,
..

TRANSFORMADOR DE SAíDA -
Transformador usado para acoplar o
amplificador de potência à carga.
Casa a baixa impedância da carga à
II~
alta impedância requerida pelo am-
plificador.

B+

MICROFONES, FONES e ALTO-FA-


LANTES - Os microfones de carvão,
de cristal, dinâmicos e de fita são
usados para transformar as ondas
sonoras em pulsos elétricos. Os fones
e os alto-falantes transformam os
pulsos elétricos em ondas sonoras.

2-98
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12 - O DECIBEL (dB)

Se os conhecimentos de Matemática do
leitor não forem suficientes para a com-
preensão desta Seção, isto não lhe trara
qualquer dificuldade ao estudar os as-
suntos dós outros vohimes desta série.
Esta Seção foi incluída nesta edição
como um suplemento, e não afeta a
seqüência normal do curso.
o decibel é muito usado em eletrônica na determinação de ganhos ou perdas.
Antes de qualquer outra coisa, vejamos como determinaríamos ganhos ou perdas
sem o emprego do decibel.
Suponha que tivéssemos um amplificador de quatro estágios e que o ganho de
cada estágio fosse 2. Se fizéssemos um gráfico do aumento do ganho em
função do número de estágios, ele teria o aspecto abaixo:

Número de
Estágios 2

2 4 8 10 12 14 16
GANHO

Na prática, contudo, um ganho de 2 é bem iJaixo, e se tivéssemos um ganho


normal de 50 para cada estágio, por exemplo, o eixo horizontal teria que ser
prolongado até 125.000 para um amplificador de quatro estágios, e não se esten-
df'r apenas até 16. como se vê na figura.
Para eliminar esta dificuldade, a solução mais simples é fazer o eixo horizontal
corresponder ao logaritmo dos diversos ganhos e não a03 ganho;; propriamente
ditos.

O gráfico. então, passa a ter o seguinte aspecto:


3 ------- --------- - - - ---- - - -. ------- --------------- --.

Número de
Estágios

3 4
LOG. DO GANHO (Ib) (1000) (10000)

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~==-. :::: :':2.C"-O

~:...u-u "e ootê cia de um amplificador é a razão POTÊNCIA DE SAÍDA. PO-


DE" E~TRADA. Assim, também
_ ;- -c:...-\ podemos dizer que
Potência de Saída
:"ogaritmo do Ganho de Potência - Logaritmo
Potência de Entrada

o Ioga ritmo (1og) da razão entre dois níveis de potência quaisquer é expresso
em uma unidade chamada BEL, e o ganho de potência, ou a perda de potência,
é dado em "mais ou menos tantos béis". Contudo, o bel é uma unidade muito
grande para muitos cálculos, de modo que, normalmente,' trabalha-se com o
DECIBEL, que corresponde a um décimo do bel.

b g.anho de potência de um amplificador passa a ser calculado, então, com a


fórmula
Potência de Saída
Ganho de Potência em dB 10 Log
Potêricia de Entrada

Considere um amplificador com uma potência de entrada de mW e uma po-


tência de saída de 1 W a 1.000 Hz. Seu ganho de potência é:
10 log 1/0,001 = 10 log 1.00D = 30 dB

Suponha agora que o amplificador, com a meSlIla e ada de 1 m"W, porém ope-
rando a uma freqüência de apenas 80 Hz, dá uma ;;a'da reduzida de 0,1 W. O
~anho de potência é agora:
10 log 0,1/0,001 = 10 log 100 = 20 dB ®
Assim, se você quiser comparar as saídas a LOGO Rz e 80 Rz, você poderá expri-
mir a diferença cqmo
10 log 1/0.1 = 10 log 10 = 10 dB

e concluirá que poderia ter obtido esta resposta com muito maior facilidade
simplesmente subtramdo a resposta da equação 2 da resposta da equação 1.

Para exprimir esta diferença, dizemos que o ganho a 1.000 Hz é de "+ 10 dB"
em relação ao ganho de 80 Hz, ou que o ganho a 80 Hz é de "- 10 dB" em rela-
ção ao ganho a 1.000 Hz.

2-100
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o Decibel (continuação)
Ao estudar a página 2-65, você aprendeu que a resposta de freqüência de um
amplificador de áudio pode ser representada por um gráfico chamado curva
de resposta de freqüência. Observemos novamente uma curva de resposta típica.

'- +1
.c: t.:l
o
eu
s::
"Cl
-5
CQ
-10

+5
O

----- I, ---------------------------~
. ~-------------_._---------_.-----,--.I
,,
.
. I,
I
I
I,
,
:,
,
,,
-15 :,
t I i I i
200 300 400 9000 1000O 11000 12000
Freqüência (Hz)

Note que a curva cai em cada extremo da' parte plana. Isto significa que os
ganhos de potência nessas freqüências não são tão altos quanto o ganho de
potência nas freqüências médias. Em um alto-falante, o ouvido pode perceber
essas reduções de ganho quando elas são maiores do que cerca de 1 dB abaixo
do nível a 1.000 Hz. A partir da curva, você pode concluir que as respostas a
80 Hz e a 12000Hz são de - 5 dB.
Como você deve lembrar dos seus estudos anteriores sobre respostas de freqüên-
cia, uma das razões para o ganho reduzido no extremo inferior da faixa é o
fato de que o capacitar de acoplamento e o resisto r de escape de grade formam
um divisor de tensão. A reatância do capacitor de acoplamento aumenta nas
freqüências baixas, e a tensão no resisto r diminui. Outro fator é a reatância
indutiva do enrolamento primário do transformador de saída, que diminui com
as freqüências mais baixas. .
No extremo superior, a perda de ganho é causada principalmente por dois fatores.
Ambos são efeitos de capacitância em paralelo o primeiro é o da capacitâ.ncia
que existe entre os enrolamentos no transformador de saída, e, o segundo, o d!:'.s
capacitâncias parasitas das válvulas amplificadoras.
Nas freqüências médias nenhum dos efeitos se faz .~entir, e o ganho não sofre
variações apreciáveis. •
2-101 Digitalização de Marco Dondi - PY2TR
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INDICE DO VOLUME 2 www.813am.qsl.br

NOTA: No final do volume 6 você encontrará o índice geral rara os se:-, volumes desta série

Acoplamento de estágios amplificadores, 2-59 Pêntodo, 2-47 a 2-49, 2-52, 2-53


por transformádor, 2-67 a 2-70 construção típica do, 2-49
Acústica, noções de, 2-87 funcionamento do, 2-48
Alto-falante dinâmico, 2-94 resumo do funcionamento do, 2-52,
Amplificação, exemplos de, 2-1 a 2-3 2-53
Amplificadores, introdução aos, 2-1 a 2-10 Polarização de grade, tensào de, 2-24 a 2-26
características do amplificador com aco- por cátodo, 2-35
plamento por transformador, 2-69, 2-70 por bateria, 2-32
características do amplificador de dois ror fonte de alimentação, 2-33
estágios, 2-60, 3-61 pelo B +, 2-34
características dos áudio amplificadores Resistor de cátodo, 2-36, 2-37
de potência 2-71 a 2-73
classes de, 2-30, 2-31 Resposta de freqüência, 2-62 a 2-64
curva da, 2-65
com acoplamento por transformador,
2-67 a 2-70 RevÍ'Jão geral. Amplificadores de áudio, 2-96
a 2-98
de dois estágios, com acoplamento RC,
2-58 a 2-66 Amplificadores de dois estágios com
a tríodo, 2-24 a 2-41 acoplamento RC, 2-66
a tríodo, necessidade de uma tensão de Amplificadores a tríodo, 2-41
polarização correta, 2-27 a 2-29 Amplificadores em contrafase, 2-86
de um estágio, 2-55 a 2-57 Microfones, fones e alto-falantes, 2-95
estágio típico 2-55 Tétrodos e Pêntodos, 2-54
funcionamento dos, 2-17 a 2-19 Tríodo, 2·23
em contrafase, esquema típico de, 2-78
em contrafase funcionamento dos, 2-78 a Té:trodo, 2-42 a 2-46
2-80 característica estática do, 2-45
em contrafase, vantagens dos, 2-85 eliminação dos efeitos da emissão se·
cundária no, 2-47
Capacitor de desacoplamento de cátodo, 2-38
a 2-40 emissão secundária no, 2-44
Características dos tríodos, 2-20 a 2-23 funcionamento normal do, 2·46
fator de amplificação, 2-20 grade auxiliar no, 2-43
resistência de placa, 2-21 razão do aparecimento do, 2-42
transcondutância, 2-22 Transformador de saída, 2-74 a 2-77
Casame~to de impedâncias, 2-76, 2-77 função do, 2-74, 2-75
Filtro de desacoplamento, 2-56 a 2-57 Tríodo, 2-1 1 a 2-23
Fones, 2-93 características dos, 2-20 a 2-22
Ganho, como aumentar o, 2-58 construção típica de um, 2-12
Inversores de fase, 2-81 a 2-83 grade de controle, 2-14, 2-15
funcionamento dos, 2-82 funcionamento dos, 2-13
outro tipo de, 2-83 semelhança com o díodo, 2-16
Microfones, 2-88 a 2-92 Válvulas eletrônicas, 2-4 a 2-9
características dos, 2-88 amplificação das, 2-1 I
de carvão, 2-89 evolução das, 2-8, 2-9
de Cristal, 2-90 o que podem fazer as, 2-4, 2-5
de fita, 2-92 Válvulas de feixe dirigido, 2-50, 2·51
dinâmicos, 2-9l construção típica de uma, 2-51

2-103 Digitalização de Marco Dondi - PY2TR


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ELETRÔNICA BÁSICA é a segun a parte de um

Com os livros do CUBSO E TREINAMENTO TÉCNICO


o estudante APREJ'ilL>E PEI...A ;- e::n cada página é apresentado
apenas um conceito bá.s:i ;eti amente. Além do exposto, o
estudante é orientado par", a. :.:"'xec~e:a~dE :'nÚIDeras experiências relacio-
nadas com os assuntos eu "c.e. "'c' C. e linguagem simples e direta

Edições sucessivas dest~ ...:-:-"= ::...: E.s-!2.dosUnidos, na Argentina, na


Inglaterra, na Holanda, no YE!D;CO. a Tallândia, na França, em Portugal
e em nosso país, e a sua ad - e Ias ticnicas e outras instituições
de ensino civis e militares, os países em apreço e em outros, são o atestado
de que eles atingem o obje . o visado.

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