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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO


ENGENHARIA CIVIL

DANIEL SILVANO DOS SANTOS


FRANCISCO RONALDO RODRIGUES DE OLIVEIRA
FRANCISCO TEMILSON GONCALVES RODRIGUES
RAFAELA GONZAGA SILVA DE AMORIM

BATERIA DE CELULAR

Aracati – CE
2018
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DANIEL SILVANO DOS SANTOS


FRANCISCO RONALDO RODRIGUES DE OLIVEIRA
FRANCISCO TEMILSON GONCALVES RODRIGUES
RAFAELA GONZAGA SILVA DE AMORIM

BATERIA DE CELULAR

Trabalho de Produção Textual Interdisciplinar em Grupo


apresentado à Universidade Pitágoras Unopar, como
requisito parcial para a obtenção de média bimestral na
disciplina de Seminário Interdisciplinar II.

Orientadores
Profa. Camila Fogaça de Oliveira.
Profa. Mariana da Silva Nogueira Ribeiro.
Prof. José Adir Lima Machado
Profa. Mariany Layne de Souza.
Profa. Bruna Gonçalves de Souza.
Prof. Charles William Polizelli Pereira.

Aracati – CE
2018
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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 6

2 DESENVOLVIMENTO ......................................................................................... 7
2.1 HISTÓRIA DAS BATERIAS ................................................................................. 7
2.2 CLASSIFICAÇÃO DAS BATERIAS ..................................................................... 9
2.3 BATERIAS RECARREGÁVEIS DA ATUALIDADE .............................................. 9
2.4 DESCARTE DE PILHAS E BATERIAS E A PREESERVAÇÃO DO MEIO
AMBIENTE ................................................................................................................ 13
2.5 ESTUDO DE CASO ........................................................................................... 14

3 CONCLUSÃO .................................................................................................... 19

4 REFERÊNCIAS ................................................................................................. 20
6

1 INTRODUÇÃO

Os estudos que buscam o desenvolvimento de novas tecnologias


tem proporcionado à diversos setores a oportunização de aplicar os modernos
conceitos nos mais variados segmentos. Como exemplo desta evolução, destaca-se
as empresas do ramo de aparelhos celulares, computadores portáteis, veículos
elétricos e demais artefatos, que necessitam para o seu eficiente funcionamento
dispositivos capazes de armazenar ou gerar corrente elétrica.
Nesta cadeia, a bateria se tem sinalizado o invento motriz que ao
longo do tempo se acumulam técnicas aptas a proporcionar a utilização de
equipamentos elétricos, por um determinado tempo, sem que estejam plugados à
pontos elétricos.
No mercado existem dois grupos, os das baterias não recarregáveis
e os das baterias recarregáveis. O primeiro grupo é precursor do segundo, porém,
este tipo é formado por pilhas descartáveis e de baixo apelo social e ambiental. O
grupo das recarregáveis, há algumas décadas, após o surgimento de novas
pesquisas, tem se posicionado numa solução viável de comercialização, tendo em
vista que este modelo permite a reutilização por várias vezes e dessa forma
favorecendo um tempo para descarte muito superior, além de ser produzidas em
diversos formatos e tamanhos.
Com o crescimento do mercado consumidor de eletrônicos que
utilizam baterias recarregáveis, observa-se o impulsionamento na demanda aos
fabricantes de baterias, assim como, o aumento na lista de novos fornecedores de
matérias-primas.
Neste cenário, a TKW Baterias, empresa que fabrica baterias para
aparelhos celulares a partir de matérias-primas fornecida por empresas de qualidade
e com apelo sustentável, solicitou uma análise das baterias recarregáveis montadas
com as substâncias destes fornecedores.
Para isso, foi disponibilizado uma amostra para que pudesse ser
estabelecido, através de estudos, uma tomada de decisão à frente dos novos
fornecedores.
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2 DESENVOLVIMENTO

2.1 HISTÓRIA DAS BATERIAS

As baterias passaram por modificações ao longo da história até


chegar a sua atual condição. Segundo Michelini (2017), a primeira bateria foi
construída há 2.000 anos e encontrada em 1936 na construção da ferrovia em
Bagdá. “Trata-se de uma jarra de barro, que provavelmente era preenchida com uma
solução de vinagre, onde se colocava uma haste de ferro dentro de um cilindro de
cobre” (MICHELINI, 2017,p.21).
No século XVII, o físico italiano Luigi Galvani realizou experimentos
onde utilizou uma rã. Neste experimento diferentes metais, como um gancho de
bronze e um bisturi de ferro, foram introduzidos no corpo da rã. Esse experimento,
aos olhos de Galvani, verificou que os músculos da rã se contraiam e que o animal
produzia uma corrente elétrica que é o fluxo de cargas em movimento. Em 1756 o
cientista Alessandro Volta, na época, discordou do trabalho de Galvani, chegando a
conclusão que o motivo da geração eletricidade não era dos músculos da rã, mas
sim a interação dos metais diferentes, e o animal apenas reagia a essa eletricidade.
Quando Galvani utilizava o mesmo metal, os músculos da rã não se contraíam.
Em 1800 o físico Alessandro Volta deu uma grande contribuição à
ciência que ficou conhecia como pilha de Volta, este episódio foi considerado como
o surgimento da bateria elétrica. O cientista percebeu que “quando duas sondas de
metais diferentes são colocadas em certas soluções químicas, ocorre a produção de
eletricidade” (MICHELINI, 2017,p.22). Esses estudos forneceram ao cientista a
homenagem coma unidade de medida de tensão elétrica o Volt.
A bateria de Alessandro foi aprimorada pelo químico escocês Willian
Cruickshank que inventou a bateria de calha em 1802. Esta foi a primeira para
produção em massa e diferenciava das anteriores, pois placas foram dispostas
horizontalmente em uma calha, ao invés de verticalmente em uma coluna.
A bateria de Volta e a bateria de calha, foram o marco inicial das
invenções de baterias. Porém, assim como todas as invenções na História, em 1838,
o químico Jonh F. Daniell inventou uma pilha mais estável que as anteriores e por
isso, afirma Michelini (2017,p.24), que foi considerada “uma das baterias antigas
mais bem sucedidas, sendo usada para alimentar dispositivos de comunicação”.
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Em 1865 surgiu a pilha seca ou bateria de carvão-zinco que foi


inventada pelo francês George Leclanché. Ela consiste em dois polos: o positivo
(cátodo) e o negativo (ânodo), cada um tem um potencial diferente do outro.
Foi no século XIX que a primeira bateria recarregável a base de
chumbo e ácidos foi inventada pelo físico Gaston Planté. Ela é composta de dois
eletrodos, um de chumbo e o outro de dióxido de chumbo, ambos mergulhados em
uma solução de ácido sulfúrico. Michelini (2017) relata que o modelo produz 2 volts e
tensões de maiores com 12 volts, como por exemplo, baterias de carros.
As baterias de chumbo, com o passar do tempo, foi substituída pela
baterias de chumbo selada - VRLA (valve-regulated lead acid – bateria de chumbo-
ácido regulada por válvula) ou também chamada de bateria em gel.
O sueco Waldmar Jungner, em 1899, deixou sua contribuição na
história com a bateria recarregável de níquel-cádmio (NiCd) que usava níquel como
eletrodo positivo (catodo) e cádmio como negativo (anodo). Porém seu custo era
elevado o que levou o declínio da bateria. Diante dessa limitação da níquel-cádmio,
o americano Thomas Edison inventou a bateria de níquel-ferro (NiFe), mas essa
não foi muito satisfatória pois apresentava baixa energia e mau desempenho.
Como opção a bateria de NiCd foi aprimorada e utilizada por alguns
anos. A problemática dessa bateria é a agressão ao meio ambiente devido ao seu
indevido destino final. Dessa forma, “os ambientalistas na Europa começaram a
trabalhar para que o uso dessa bateria fosse bastante limitado. Hoje a
comercialização dessas baterias é restrita em vários países por questões
ambientais” (MICHELINI, 2017,p.26). Para essa minimização, como uma alternativa,
surgiu a bateria de níquel-hidreto metálico – NiMh, como sendo uma bateria que
degrada menos ao meio ambiente e que tem um bom desempenho como a NiCd.
Em 1977, o químico Manley Stanley Whitingham criou as baterias
formadas íons de lítio.

Sua placa positiva consiste em óxidos de cobalto e lítio depositados sobre


uma lâmina de alumínio. A negativa, por carbeto de lítio depositado sobre
uma lâmina de cobre, separados então por uma folha de material plástico
poroso e embebido com uma solução orgânica de sais de lítio, enroladas
em forma cilíndrica ou prismática. Apesar do custo um pouco mais alto, é a
melhor e a mais utilizada bateria atualmente, em dispositivos portáteis,
telefones e notebooks.

(texto disponível em: https://www.bringit.com.br/blog/curiosidades/a-


evolucao-das-baterias. Acesso em 20/10/2018).
9

Em 1996, um novo padrão de bateria, de polímero de íon lítio


(lithium ion polymer) foi lançado. Essa trouxe “um maior potencial energético e o fato
de você poder recarregar as baterias a qualquer momento, já que elas não ficam
“viciadas”. Hoje em dia, esse é o tipo mais comum de bateria encontrado em
dispositivos portáteis”1. Esta foi uma inovação para o mercado, pois detém a
energia em forma de polímero sólido, substituindo o líquido. Outro fato interessante é
que a bateria pode ser envolvida por material flexível, possibilitando ser fabricada de
diferentes formas e ter melhor encaixe em dispositivos específicos.
Elas também têm uma maior densidade de energia do que baterias
de íon de lítio normais. Estas vantagens tornaram uma bateria de escolha para
eletrônicos portáteis, como telefones celulares e tablets, uma vez que permitem
projetos mais flexíveis e compactos.

2.2 CLASSIFICAÇÃO DAS BATERIAS

Chaga (2007) classifica as baterias em duas categorias: primárias e


secundárias. Onde as primárias são baterias que não podem ser recarregadas.
“Produzem a sua energia a partir de uma reação eletroquímica, geralmente
irreversível, o que as inutiliza. As combinações mais utilizadas nas baterias primárias
são: alcalina, carbonozinco ou cloro-zinco, lítio, óxido de prata, zinco-ar ou mercúrio”
(CHAGAS, 2007, p.09).
As baterias secundárias, são as que permitem cargas e descargas
repetidas, através de uma fonte externa. Esse processo acontece porque há
transformações químicas no interior da bateria que podem ser revertidas e aplicar-se
sobre seus terminais determinadas tensões e correntes elétricas.

2.3 BATERIAS RECARREGÁVEIS DA ATUALIDADE

A tecnologia vem crescendo em um ritmo assustador, em vários


setores como na indústria, nos meios de transportes, aeronaves e eletro eletrônicos
(notebooks, tablets, máquinas fotográficas e celulares, entre outros), destaque para
os celulares, com inúmeros modelos e tecnologia empregados, funções diversas que

1(texto disponível em: <http://bbaterias.com.br/bateria-notebook/artigos-bateria/historia-das-baterias-


de-ions-de-litio acessado>> em 14/10/2018)
10

servem para melhorar nosso cotidiano, um bom exemplo disse são as baterias de
celulares recarregáveis, ou baterias secundárias, como são chamadas, ao longo dos
anos foram criadas varias baterias entre elas estão:
a) NiCd (níquel-cádmio): nos dispositivos modernos não são mais
utilizados, esse tipo de bateria de NiCd, foi a primeira que
permitia recarga de energia, era extremamente limitada, mas
assim mesmo tinha um bom desempenho.

b) Ni-MH (hidreto metálico de níquel): esse tipo de bateria também


não é mais vendida no mercado, é a base de hidreto metálico de
níquel, ela além de armazenava mais energia que suas
concorrentes também duravam mais e com menos peso.

c) Lítio Polímero (Li-Po): mais usadas nos aparelhos da Apple


( iPhone (iOS) e ipad), ela possui o mesmo metal da íon-lítio (Li-
Íon), as baterias de lítio polímero tem mais carga e energia
(maior densidade), se compararmos com a íon-lítio, são
maleável, leve e fina, vêm em uma bolsa flexível, com peso
reduzido em 20%, a desvantagens desse tipo de bateria é o alto
custo de produção, elevando os preços dos celulares
(smartphones) que utilizam essa tecnologia.

d) Íon-Lítio (Li-lon): são as mais encontradas nos celulares, leva


esse nome porque o agente responsável tanto pela redução
(ganho de elétrons) quanto pela oxidação (perde de elétrons) é o
íon lítio (Li+), também é leve assim como a de lítio polímero, a
vantagem dessa bateria é que é feita de uma célula simples, ou
seja, deixando o projeto mais simples consequentemente os
equipamentos.

Atualmente no mercado encontram-se as baterias de lítio polímero, e


de íon-lítio, como podem ver ambas usam o material lítio em sua composição, é um
elemento leve com pouca densidade.
A composição de uma célula de íon lítio (Li-Íon) é de quatro partes
principais; o cátodo, o ânodo, o eletrólito e o separador poroso, ressaltando que
ambas as baterias mencionadas são essencialmente a mesma, no que diz respeito à
11

segurança, pois são necessários circuitos de proteção e ambos usam materiais de


cátodo e ânodo idênticos.
As figuras 1 e 2 apresentam um esquema de carregamento e
descarregamento de uma bateria de celular. No descarregamento, os íons de lítio se
movem do ânodo para o cátodo passando pelo eletrólito, isso descarrega elétrons
no lado do ânodo, alimentando a carga. Já no carregamento, este processo é
invertido e os íons de lítio passam de volta do cátodo para o ânodo.

Figura 1 - Baterias de Li-Ion - descarga

Fonte: Sta Eletrônica2

Figura 2 - Baterias de Li-Ion - carga

Fonte: Sta Eletônica²

2 Disponível em: <http://www.sta-eletronica.com.br/artigos/baterias-recarregaveis/baterias-de-


litio/vantagens-e-limitacoes-das-baterias-de-litio-ion>. Acesso em: 23 out. 2018.
12

É importante observar que o cátodo varia entre diferentes tipos de


células, mas há sempre um composto de lítio misturado com outros materiais. Já o
ânodo são outros elementos (grafite por exemplo). O eletrólito é geralmente um
composto orgânico contendo sais de lítio para transferir íons de lítio. O separador é
poroso, permitindo que íons de lítio passem através dele separando o ânodo e
cátodo dentro da célula.
Na bateria de íons lítio temos um ânodo com a formação de lítio e
carbono (grafite), enquanto que no cátodo a formação de lítio e cobalto.
Quando há oxidação do carbono, a bateria não gera corrente
elétrica, mas, ao fornecer energia elétrica do meio externo, há inversão e assim
restabelecendo os dois eletrodos.
O símbolo do lítio e o Li, número atômico Z: 3 e massa atômica u 7,
raio atômico de 1,55A, eletronegatividade 1,0 e energia de ionização 520 kj/mol, sua
estrutura são de três prótons e três elétrons, é da família 1A, sua distribuição
eletrônica é Li3- 1s² 2s¹ (1 elétron na camada de valência, subnivel S e camada L),
este elemento é um metal alcalino e esta disperso em algumas rochas, podendo ser
encontrado também em sais minerais, águas salgadas e águas minerais, a técnica
de extração mais utilizada é a evaporação da água, o cloreto de lítio é convertido
para hidróxido ou sal de carbonato e depois passa por um estágio de evaporação.
Há pesquisas em desenvolvimento para o uso dos nanofios feitos de
ouro, pode ser no futuro outro material usando nas baterias, podendo substituir as
de lítio, os pesquisadores vêm encontrando muitos problemas, principalmente
ligados a corrosão, esse tipo de bateria usa gel em substituição ao líquido que é
usado nas de lítio, há também presente um material utilizado como protetor, para
cobrir os fios de ouro, evitando assim a corrosão e garantindo assim, uma sobrevida
maior ao componente, com o uso da bateria de nanofios de ouro, a mesma pode ter
ate 400 vezes maior sobrevida do que uma de lítio, a pesquisa passa agora a
compreender os processos que garantem a alta performance, a desvantagem de se
usar os nanofios de ouro é que o elemento é muito caro e que eleva o preço dos
celulares.
Ouro é um elemento químico de símbolo Au, número atômico Z: 79,
grupo a qual pertencente 11 (1 B) na tabela periódica, massa atômica u: 196,9665,
raio atômico de 1,44, eletronegatividade 1,4, energia de ionização 890 kj/mol e sua
distribuição eletrônica é 1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p6, 4s2, 3d10, 4p6, 5s2, 4d10, 5p6, 6s2, 4f14,
13

5d9, (2 elétron na camada de valência, subnivel S e camada P), este elemento é um


metal de transição, quanto a extração, o ouro é muitas vezes encontrado sozinho ou
junto com o mercúrio ou prata, o minério é encontrado tanto em locais abertos como
em minas subterrâneas, ele é lavado e filtrado dentro da mina, depois é que levado
para a fábrica. Lá é o ouro passa por dois tipos de trituração, onde o último processo
de trituração é na máquina de moinho de bolas, para melhor pulverização.

2.4 DESCARTE DE PILHAS E BATERIAS E A PREESERVAÇÃO DO MEIO


AMBIENTE

No Brasil, o século XXI veio acompanhado do consumo dos


celulares. Em 2014, a Associação Brasileira da Indústrica Elétrica e Eletrônica
(ABINEE) projetou que foram comercializados cerca de 64,9 milhões de telefones
celulares, sendo 46,8 milhões de smartphones e 18 milhões de aparelhos de
telefone tradicionais. Acompanhando essa produção, há o aumento significativo da
geração de resíduos de equipamentos elétricos e eletrônicos (REEE) (Giaretta apud
Schwarzer e col., 2005).
Esse grande crescimento de novos aparelhos gera um
questionamento: e os aparelhos antigos para onde foram? E suas baterias onde
foram descartadas? Por falta de esclarecimento e de educação à sociedade acaba
lançando as baterias no lixo doméstico.
Esse lançamento incorreto preocupam as autoridades porque
possuem substâncias como, cádmo, mercúrio, zinco-manganês, chumbo e alcalino-
manganês, que podem ser prejudiciais à saúde e ao meio ambiente.
“Há estudos que mostram que algumas substâncias podem levar à
anemia, a problemas neurológicos e ao desenvolvimento de câncer. No meio
ambiente, o descarte das pilhas e baterias pode atingir os lençóis freáticos, o solo e
a alimentação”3.
A Resolução CONAMA n.º 257 de 1999 diz que:

As pilhas e baterias que contenham em suas composições chumbo, cádmio,


mercúrio e seus compostos, necessárias ao funcionamento de quaisquer
tipos de aparelhos, veículos ou sistemas, móveis ou fixos, bem como os
produtos eletro-eletrônicos que as contenham integradas em sua estrutura

3 Fonte: http://www.brasil.gov.br/noticias/meio-ambiente/2012/09/uso-e-descarte-de-pilhas-e-baterias-
tem-novas-regras.
14

de forma não substituível, após seu esgotamento energético, serão


entregues pelos usuários aos estabelecimentos que as comercializam ou à
rede de assistência técnica autorizada pelas respectivas indústrias, para
repasse aos fabricantes ou importadores, para que estes adotem,
diretamente ou por meio de terceiros, os procedimentos de reutilização,
reciclagem, tratamento ou disposição final ambientalmente adequada.

(Resolução do CONAMA Nº 257, de 30 de junho de 1999.)

Diante dessa resolução, em 02 de agosto de 2010, foi aprovada a lei


nº 12.305 que instiuiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS, onde esta
estabelece a responsabilidade compartilhada entre o poder público, empresa e
consumidores. Neste plano consta a implantação dos sistemas de logística reversa
para embalagens de agrotóxicos, pilhas, baterias, pneus e todos os eletroeletrônicos
(PNRS, 2010).
A logística reversa permite que o consumidor descarte suas
embalagens pós-consumo em pontos de coleta disponíveis pela instituição
responsável. Neste contexto Stock (STOCK, 1998, p.20, apud LEITE, 2003, p. 15)
define logística reversa “em uma perspectiva de logística de negócios, o termo
refere-se ao papel da logística no retorno de produtos, redução na fonte, reciclagem,
substituição de materiais, reuso de materiais, disposição de resíduos, reforma,
reparação e manufatura...”.
Os importadores, fabricantes nacionais, empresas recicladoras ou
destinadoras de pilhas e baterias devem realizar o Cadastro Técnico Federal por
executarem atividades potencialmente poluidoras e/ou utilizadoras de recursos
ambientais jundo ao Institubo Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (IBAMA), de acordo com a Tabela de Atividades e os Artigos 2º e 10-B
da IN nº 06/2013, e em atendimento a Resolução Conama n° 401, de 4 de novembro
de 2008, a Instrução Normativa do Ibama n° 8, de 3 de setembro de 2012 e na
Política Nacional de Resíduos Sólidos.

2.5 ESTUDO DE CASO

Para o conhecimento da eficiência da bateria produzida a partir das


matérias-primas dos novos fornecedores da TKW Baterias, foi realizado um estudo
estatístico onde se buscou analisar a porcentagem da capacidade total que a bateria
alcança de acordo com o tempo.
Diante disso, considerou-se uma amostra da bateria do tipo LiPO
15

(Polímero de lítio) de 4000mAh (Foto 1) aplicada no aparelho celular da marca


Lenovo modelo Vibe K6 Plus (Foto 2), alimentada, através de um cabo USB
(Universal Serial Bus) (Foto 3), por uma fonte de carregamento convencional modelo
S11D38LNA da Lenovo com os dados de entrada: tensão de 110 – 220V, frequência
de 50/60Hz e corrente elétrica de 450mA; e, dados de saída: tensão de 5,0V e
corrente elétrica de 2,0A (Foto 3). Utilzou-se ainda, um marcador digital de pulso da
marca Polar modelo FT2 para registrar o tempo, prancheta, tabela com as variáveis:
tempo (min) e carga observada (%) impressa em papel sulfite A4, borracha e lápis
para a anotação das observações.

Figura 1 - Bateria Figura 2 - Celular Figura 3 – Carregador e Cabo

Fonte: Mercado livre4 Fonte: Mercado livre5 Fonte: Mercado livre6

Com a bateria totalmente descarregada e o celular desligado, às


04h:51min da manhã do dia 14/10/2018 iniciou-se o carregamento e a cada ciclo de
15min foi realizada a anotação do percentual de carga constatado, onde se
estendeu até às 07h:41min do mesmo dia, quando verificado o percentual de 100%
da carga da bateria, totalizando 12 (doze) observações, sendo 11 (onze)
observações de 15min e 01(uma) observação de 05min (Tabela 1).

4Disponível em: <https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-992898036-bateria-lenovo-vibe-plus-k6-bl-


270-original-frete-gratis-_JM>. Acesso em: 21 out. 18 às 13h:20min

5 Disponível em: <https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1003799103-celular-lenovo-vibe-k6-dual-


chip-4g-tela-5-original-_JM>. Acesso em: 19 out. 18 às 05h:05min

6 Disponível em: <https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1070345054-kit-carregador-fonte-2-usb-


lenovo-vibe-c2-branco-original-_JM>. Acesso em: 19 out. 18 às 04h:50min
16

Tabela 1 – Percentual de carga da bateria do celular em função do tempo


QUANT. OBSERV. HORA INICIAL HORA FINAL TEMPO (min) CARGA OBSERVADA (%)
1 04:51 05:06 15 18,00
2 05:06 05:21 30 31,00
3 05:21 05:36 45 43,00
4 05:36 05:51 60 56,00
5 05:51 06:06 75 68,00
6 06:06 06:21 90 78,00
7 06:21 06:36 105 86,00
8 06:36 06:51 120 92,00
9 06:51 07:06 135 95,00
10 07:06 07:21 150 97,00
11 07:21 07:36 165 99,00
12 07:36 07:41 170 100,00
Fonte: Autores

De posse dos dados primários, no editor de planilhas Microsoft


Office Excel, foi lançada, em colunas distintas, as variáveis do levantamento (tempo
e porcentagem de carga observada) e as variáveis calculadas (porcentagem de
carga calculada, erro relativo e frequências absolutas: observada e calculada)
conforme as observações realizadas (Tabela 2).

Tabela 2 – Estudo estatísticos: Carga calculada (%), erro relativo e frequência


absoluta: observada e calculada
FREQUENCIA FREQUENCIA
CARGA CARGA ERRO
QUANT. TEMPO ABSOLUTA - ABSOLUTA -
OBSERVADA CALCULADA RELATIVO
OBSERV. (min) OBSERVADA CALCULADA
(%) (%) (%)
(%) (%)
1 15 18,00 18,00 9,39 9,39 47,82
2 30 31,00 13,00 35,49 26,09 -14,47
3 45 43,00 12,00 50,75 15,26 -18,03
4 60 56,00 13,00 61,58 10,83 -9,97
5 75 68,00 12,00 69,98 8,40 -2,92
6 90 78,00 10,00 76,85 6,86 1,48
7 105 86,00 8,00 82,65 5,80 3,90
8 120 92,00 6,00 87,68 5,03 4,70
9 135 95,00 3,00 92,11 4,43 3,04
10 150 97,00 2,00 96,08 3,97 0,95
11 165 99,00 2,00 99,67 3,59 -0,67
12 170 100,00 1,00 100,79 1,12 -0,79
Fonte: Autores

Em seguida, a partir da Tabela 2 obteve-se o desenho do diagrama


de dispersão (Gráfico 1), mostrados pelos pontos ciculares resultantes da relação
17

cartesiana XY, onde o eixo horizontal do gráfico representa a variável x (tempo, min)
e o eixo vertical representa a variável y (carga observada, %).

Gráfico 1 – Diagrama de dispersão x Linha de tendência

Fonte: da pesquisa (2018)

Desta forma, o desenho do diagrama revela a existência de relação


entre as variáveis: dependente (y) e independente (x), apesar da ausência não
linear, a associação entre as duas variáveis pode ser validada pelo modelo
matemático escolhido (equação logarítmica) e o coeficiente de determinação
calculado pelo próprio aplicativo no valor de 0,9744, ou seja, isso significa que
97,44% da variação de y pode ser explicada pela relação de x e y. O restante
(2,56% da variação) não é explicado e é em razão de outros fatores ou a erro da
amostra.
Na linha de tendência representada junto ao gráfico de dispersão,
em análise comparativa, nota-se que o percentual da carga calculada, a partir da
segunda observação, cresce de forma desacelerada, enquanto que na dispersão, o
atraso da carga observada (%) fica mais evidente após 75min.
Estes resultados, também pode ser observados nas colunas de
frequências da Tabela 2. E nesta oportunidade podemos identificar que na
observação inicial da frequência absoluta dos dados coletados existe um pico de
18% e nas próximas quatro observações as quantidades são quase constantes
(13%,12%,13%,12%), enquanto que nas seguintes, os valores fluem em escala
descendente.
18

De maneira oposta, temos a frequência dos dados calculados, onde


pontua um valor inicial baixo (9,39%), o auge na segunda observação (26,09%) e
nas demais, quantidades decrescente. Mas é importante ressaltar que os dados
calculados são obtidos a partir da equação proposta pela regressão e apoiado nesta,
podemos determinar quaisquer um dos elementos do par ordenado na forma
bidimensional, ou seja, domínio ou imagem deste.
Pretendendo-se saber, por exemplo, em quanto tempo a carga da
bateria atinge um percentual de cinquenta por cento, inicialmente, identificamos na
equação as variáveis e escrevemos o par ordenado correspondente. Como citado
anteriormente, o eixo horizontal corresponde ao x, denominado abcissa, ou seja,
este representa ao conjunto domínio da relação, e o eixo vertical corresponde ao y,
denominado de ordenada, onde representa o conjunto do contradomínio. Em
seguida, substituímos na equação os valores para encontrar a sua relação, que na
relação exemplificada temos a imagem (y) e desejamentos saber o domínio (x).
Então vejamos:
Equação: y = 37,647 . ln (x) - 92,558

Dados: y = 50

Resolução: 50 = 37,647 . ln (x) - 92,558


ln (x) = (50 + 92,558) / 37,647
ln (x) = 3,7867
x = 44,1106h ou 44min 6,64s
Por fim, a partir das observaveis cumulativas, carga observada e
carga calculada (Tabela 2), tabulou-se o cálculo do erro relativo em valores
percentuais de cada observação e baseando nestes é possível verificar que o erro
relativo na primeira observável é máximo com o valor de 47,82% e se modera ao
longo do tempo das observações.
19

3 CONCLUSÃO

O presente trabalho mostra, através da revisão bibliográfica e


avaliação de medidas experimentais, que as pilhas e baterias em seu processo
histórico apresenta uma série de descobertas a partir de experimentos realizados
com diversos elementos químicos ou compostos formados a partir destes, sendo
alguns insatisfatórios, quer seja por conta da sua capacidade de carga e
desempenho ou ainda pelo baixo apelo social e ambiental sinalizados por
ambientalistas da comunidade nacional e internacional, e, outros brilham com um
verdadeiro sucesso, sendo absorvido por um mercado de empresas do ramo de
dispositivos eletrônicos cada vez mais exigente. A exemplo disso, vemos o êxito
positivo alcançado pela bateria utilizada na exerimentação disponibilizada pela TKW
Baterias. Por fim, nota-se também, que no Brasil a preocupação com a saúde e o
meio ambiente quanto ao descarte de pilhas e baterias esgotadas se encontra com o
processo desenhado nos marcos regulatórios, porém, algumas etapas deste esboço
tem se revelado uma evolução tímida, por exemplo: a logistica reversa.
20

4 REFERÊNCIAS

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