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Catenária Básica

25 KV – 50 HZ
INTRODUÇÃO

 A circulação ferroviária e as instalações fixas de tracção


eléctrica em tensão, constituem factores de risco para a
realização de trabalhos ferroviários.

 Estes factores de risco obrigam a integração de medidas


de prevenção no planeamento, organização e realização
desses trabalhos.
Redes Electricificadas

 Portugal, sendo inicialmente um seguidor do sistema de


corrente contínua, passou a utilizá-lo em algumas das
empresas de transportes, designadamente na :
 CP - Comboios de Portugal (1500 V CC ) na Linha de Cascais
 Carris - Carris de Ferro de Lisboa (500 V CC )
 Metropolitano de Lisboa (750 V CC Terceiro carril)
 Metro do Porto (750 V CC )
 Metro Sul do Tejo (750 V CC )
CATENÁRIA

 Descrição Geral
 A catenária consiste numa implantação eléctrica aérea
fixa, montada sobre a via férrea e alimentada a 25KV –
50HZ corrente alternada e 1 500V, corrente contínua
(Linha de Cascais).

 Destina-se a transportar a energia eléctrica para a


alimentação dos veículos motores de tracção eléctrica,
permitindo o contacto deslizante dos pantógrafos para a
captação de energia.
Estado Funcional da Catenária

Consoante a situação a catenária pode estar:


 Em tensão
 Não está a ser percorrida por nenhum veículo com pantógrafos elevados
 Em carga
 Está a ser percorrida por um ou mais veículos com pantógrafos elevados
 Desligada
 Sem alimentação eléctrica mas não ligada à terra
 À terra
 Quando electricamente desligada e ligada à terra por ligações francas e
visíveis
CLASSIFICAÇÃO DA CATENÁRIA

 A catenária pode ser classificada como:


 Principal
Quando se torna necessário a intervenção do PCT, para
cortar ou restabelecer a tensão.

 Secundária
Desde que a tensão possa ser ligada ou desligada no local
sem a intervenção do PCT, sendo a manobra do aparelho
de corte feita sob a responsabilidade de um agente.

São geralmente as catenárias das Linhas de Resguardo e de Cais


das Estações, Depósitos, Oficinas ou Ramais Particulares)
Componentes Fundamentais

 A catenária é constituída por três componentes fundamentais:

 Cabo de suporte – <CS>;


 Fio de contacto – <FC>;
 Pêndulos - <P>
Pêndulos

 Os pêndulos <P> têm a função de suspender o fio de


contacto <FC> no cabo de suporte <CS>.
Ligação Equipotencial

 Dado que as características eléctricas dos pêndulos <P>,


assim como a sua fixação ao cabo de suporte <CS> e ao fio de
contacto <FC> não garantem uma boa ligação eléctrica, estes
dois componentes, encontram-se ligados electricamente por
ligações equipotenciais.
Numeração dos Postes

 Cada poste é identificado por um número constituído por


dois grupos de algarismos.
Numeração dos Postes

 O primeiro grupo (grupo de cima) é o número do


quilómetro da linha (Km 104).
 O segundo grupo (grupo de baixo) é o número de
ordem do poste dentro do respectivo quilómetro
(03=terceiro poste).
 Este número de ordem tem sempre início no princípio de
cada quilómetro.

 Estes números são pintados em caracteres pretos na aba


voltada para a via.
Em via dupla, o número de ordem nos postes é ímpar no lado da Via
Ascendente e par do lado da Via Descendente.
Suspensões

As suspensões existentes são designadas por:

 Consola

 Pórtico
Suspensões

Consola
 A suspensão em consola suspende uma só catenária.
 Este equipamento torna a catenária mecanicamente independente
de outras catenárias existentes.
Suspensões

 Pórtico
 A suspensão em pórtico suspende várias catenárias, utilizando apenas
dois postes.
 Este tipo de suspensão, apresenta o grande inconveniente da falta de
independência mecânica entre várias catenárias.
Outros Elementos da Catenária

 FEEDER
 Designa-se por <FEEDER>, o cabo alimentado a 25KV, suspenso nos
postes através de isoladores e electricamente independente da
catenária.
Outros Elementos da Catenária

 Cabo de Terra Aéreo


 Os cabos de terra aéreos ligam os postes entre si para uma melhor
protecção contra falhas de isolamento entre estes e as partes em tensão.
Altura do Fio de Contacto

 O fio de contacto <FC> encontra-se a 5,50 metros acima do plano


de rolamento (carris).

Por imposição de obras de arte, este valor poderá baixar ao mínimo de 4,82 metros.
Desalinhamento do Fio de Contacto

 O desalinhamento do fio de contacto <FC>, consiste no desvio lateral em


relação ao eixo dos pantógrafos junto a cada poste, para que o desgaste
das suas escovas, seja uniforme dentro dos limites pré estabelecidos.

 O desalinhamento do fio de contacto <FC> tem como finalidade garantir:


 Maior duração das escovas dos pantógrafos;
 Melhor operacionalidade na combinação do sistema pantógrafo/fio de
contacto
Desalinhamento do Fio de Contacto

 Em linha recta, o fio de contacto <FC> é desalinhado 20cm alternadamente.

 Em curva o fio de contacto <FC> é desalinhado para o lado exterior da curva


até ao máximo de 25cm, ficando com o aspecto de uma linha poligonal.
Pantógrafo

A captação de energia obtém-se pelo contacto das escovas


de carvão situadas no patim com a linha de contacto.

ESCOVA DE CARVÃO 800 mm

-270 +270

-400 -200 0 +200 +400

A – Zona normalmente varrida


em recta

B – Zona normalmente varrida em curvas


de pequeno raio
C* C*
DIVISÃO ELÉCTRICA E SECCIONAMENTO DA CATENÁRIA

A catenária é seccionada em troços de extensão variável, que podem ser


isolados electricamente a fim de permitir a sua reparação ou conservação,
reduzindo assim a extensão da catenária sem tensão.

Assim temos:
 Secção Elementar
 É o mais pequeno troço de catenária que pode ser isolado
electricamente.
 Subsector
 É o conjunto de várias secções elementares
 Sector
 É o conjunto de vários subsectores
DIVISÃO ELÉCTRICA E SECCIONAMENTO DA CATENÁRIA

 Postos de Catenária
 Destinam-se a realizar operações de seccionamento longitudinal e
transversal, além de dar indicações ao PCT de funcionamento de
diversas aparelhagens.
DIVISÃO ELÉCTRICA E SECCIONAMENTO DA CATENÁRIA

Isoladores de Secção
 Um isolador de secção <IS>, consiste num dispositivo isolador que
fracciona electricamente a catenária e permite a passagem dos
pantógrafos em contacto permanente e uniforme com o fio de contacto.

Os isoladores de secção mais usuais dividem-se em:

 Simétricos

 Assimétricos
DIVISÃO ELÉCTRICA E SECCIONAMENTO DA CATENÁRIA

Isolador de Secção <IS> “Simétrico”


 O isolador do tipo simétrico é usado para alta velocidade e consiste numa
estrutura simétrica em cobre, isolada por um elemento isolante em fibra
sintética.
DIVISÃO ELÉCTRICA E SECCIONAMENTO DA CATENÁRIA

 Isolador Assimétrico
 Clássico;
 Velocidade máxima de 60 Km/h no sentido do vértice para a cauda;
 Velocidade máxima de 30 Km/h no sentido da cauda para o vértice.

 Alta velocidade-
 Velocidade máxima de 160 Km/h no sentido do vértice para a cauda;
 Velocidade máxima de 100 Km/h no sentido da cauda para o vértice.
Cabo de suporte

Cauda do I. S.
Vértice do I. S.

Fio de contacto Fio de contacto


Isolador de 2t
DIVISÃO ELÉCTRICA E SECCIONAMENTO DA CATENÁRIA

Lâmina de Ar
 Uma lâmina de ar, consiste na separação eléctrica através do ar
existente entre dois troços de catenária consecutivos <1> e <2>,
numa determinada extensão de paralelismo dos dois troços.
E

 
DIVISÃO ELÉCTRICA E SECCIONAMENTO DA CATENÁRIA

Lâmina de Ar
E


 
Poste Limite

Poste Limite
 Em cada extremo de um seccionador de lâmina de ar
<SLA>, existe um poste limite.
SLA

A1 A2
Poste Limite

Os postes limite são identificados com uma faixa vermelha.

Faixa vermelha

15cm POSTE LIMITE DE LÂMINA DE AR OU


POSTE LIMITE DE ZONA NEUTRA

 2,0m
Postes com seccionador
Os postes com um ou mais seccionadores são identificados
com uma faixa branca.

POSTE COM UM OU
MAIS SECCIONADORES
Poste Limite C/ Seccionador

Poste Limite com Seccionador


 Nestes casos os postes limite com um ou mais seccionador,
são identificados por uma faixa branca e uma faixa
vermelha.

Faixa branca

Faixa vermelha

15cm

 2,0m
SINAIS ESPECIAIS PARA TRACÇÃO ELÉCTRICA

 Nas linhas electrificadas usam-se sinais de figura, destinados a dar


aos Responsáveis de Condução das unidades de tracção eléctrica,
indicações impostas pelas condições da instalação da catenária.
Indica ao Responsável de Condução que se
aproxima de um outro sinal que determina uma
ordem a cumprir (cortar a corrente ou baixar os
pantógrafos).

Este sinal encontra-se a cerca de 150 metros a


Pré - Aviso montante daqueles sinais.

Indica ao Responsável de Condução que deve


desligar o disjuntor principal da unidade motora
antes de o ultrapassar, e mantê-lo desligado até
indicação contrária do sinal seguinte ou em
condições excepcionais indicadas telefonicamente
pelo PCT.

Cortar Corrente Este sinal encontra-se a cerca de 5 metros a


montante das zonas neutras.
SINAIS ESPECIAIS PARA TRACÇÃO ELÉCTRICA
Indica ao Responsável de Condução o fim do
percurso a percorrer pelo último pantógrafo com o
disjuntor principal desligado.

Este sinal encontra-se a 5 metros a jusante das


zonas neutras, sendo a indicação de ligar o disjuntor
principal dada pela passagem por uma das placas:
1 LOC; 2 LOC; 1 UTE; 1 UQE; 1 PEN;

Restabelecer a Corrente
2 UTE; 2 UQE; 3 UTE; 2 PEN, existentes a
jusante do sinal, que correspondem
respectivamente a locomotivas ou automotoras
eléctricas simples, duplas, triplas, quadruplas e
pendulares.

Indica ao Responsável de Condução paragem


obrigatória, não podendo ser ultrapassado com
pantógrafos levantados para não danificar a
catenária e os próprios pantógrafos.
 Para marcar o fim da catenária (regra geral em
linhas de resguardo parcialmente electrificadas).
Neste caso o sinal é fixo e encontra-se montado
Paragem para unidades
entre o fio de contacto e o cabo de suporte ou
nos postes da catenária.
motoras eléctricas

 Para proibir o acesso às linhas não electrificadas.

Neste caso o sinal é móvel encontrando-se


montado numa haste vertical conjugada
SINAIS ESPECIAIS PARA TRACÇÃO ELÉCTRICA
Determina ao Responsável de Condução que devem
baixar os pantógrafos, indicando simultaneamente o
ponto em que devem comandar essa manobra.

Este sinal é sempre precedido de um sinal de aviso


em condições idênticas às do sinal de cortar a
Baixar Pantógrafos corrente, para informar os Responsável de
Início de Manobra
Condução com certa antecedência.

Indica ao Responsável de Condução o ponto em que


a manobra de descida deve estar terminada e que o
percurso até ao sinal seguinte deve ser feito com os
pantógrafos baixados.

Após uma eventual paragem antes do sinal


seguinte, a subida dos pantógrafos só poderá ser

Baixar Pantógrafos
efectuada com o acordo do respectivo PCT, que
Manobra Terminada neste caso, adoptará medidas especiais.

A distância entre este sinal e o sinal a montante, é


variável em função do tempo de descida dos
pantógrafos e da velocidade máxima a respeitar.
SINAIS ESPECIAIS PARA TRACÇÃO ELÉCTRICA

Indica ao Responsável de Condução o fim do percurso a percorrer


com os pantógrafos baixados.
A indicação de comandar a subida dos pantógrafos é dada pela
passagem das placas:

1 LOC; 2 LOC; 1 UTE; 1 UQE; 2 UTE;


Elevar Pantógrafo 2 PEN; 2 UQE; 3 UTE; 2 PEN existentes a jusante do sinal, que
correspondem respectivamente a locomotivas ou automotoras
eléctricas simples duplas, triplas, quadruplas e pendulares, de
forma semelhante à de restabelecer a corrente.

Protege troços de catenária transitoriamente sem tensão.


Indica ao Responsável de Condução que, na via ou nas vias
transitoriamente sem tensão, este ponto não pode ser
Faixa de Poste Limite
ultrapassado com pantógrafos levantados
SINAIS ESPECIAIS PARA TRACÇÃO ELÉCTRICA

Protege troços de catenária transitoriamente sem


tensão. Indica ao Responsável de Condução que, na
via ou nas vias transitoriamente sem tensão, este
ponto não pode ser ultrapassado com os
pantógrafos levantados.

Este sinal é apenas usado como alternativa à faixa


Ponto Quilométrico
Limite
de poste limite e é colocado no solo no lado
esquerdo do sentido normal da circulação da via a
que diz respeito.
ZONA NEUTRA

Uma Zona Neutra compreende uma pequena extensão de


catenária electricamente neutra, isto é; normalmente sem
tensão <3> para separação de dois troços <1> e <2> com tensão.

  
ZONA NEUTRA

 As zonas neutras são utilizadas para separar as subestações


entre si ou as fases vindas da mesma subestação.
 Estas zonas, encontram-se situadas em frente das subestações
que alimentam a catenária, com fases diferentes entre si
(desfasadas) e também a meio da distância entre subestações
consecutivas.
ZONA NEUTRA

Na rede electrificada existem três tipos de Zonas Neutras <ZN>:

 <ZN> Convencional
 <ZN> Com Isolamento de Secção
 <ZN> Seccionada

A extensão de zonas neutras está compreendida entre o valor máximo


de 36 metros e um valor mínimo de 18 metros.
ZONA NEUTRA

Zona Neutra Convencional


 É constituída por uma lâmina de ar em cada extremo, que a
separa electricamente dos troços <1> e <2> com tensão.

<1> 25Kv ZONA NEUTRA


<2> 25Kv

As lâminas de ar neste tipo de Zonas Neutras são de reduzida


extensão, uma vez que o comprimento total do troço sem
tensão, não pode exceder 36 metros.
ZONA NEUTRA

Zona Neutra com Isolamento de Secção

 A Zona Neutra de isoladores de secção é constituída por um isolador


de secção de alta velocidade em cada extremo, que a separa dos
troços em tensão <1> e <2>
ZONA NEUTRA
<1> 25Kv <2> 25Kv

<IS> <IS>
ZONA NEUTRA

Zona Neutra seccionada


 A Zona Neutra Seccionada é constituída por dois troços de catenária
isolados, descentrados e aproximadamente paralelos.

Legenda:
AB e CD – Zona Comum
B e C – Zona Neutra propriamente dita
SUBESTAÇÃO DE TRACÇÃO <SST>

Definição
 Entende-se por subestação de tracção <SST>, a instalação eléctrica
junto à via férrea, alimentada por subestações da <EDP>, destinadas a
transformar a tensão que lhe é fornecida e alimentar a 25KV 50HZ todo
o sistema de Catenária

As Subestações são telecomandadas a partir do Posto Regional de Telecomando –PRT.


SUBESTAÇÃO DE TRACÇÃO <SST>

Produção Transporte Distribuição

REN (400/220/150 KV) EDP (60/10 KV)

REDE DE TRACÇÃO ELÉCTRICA – REFER

Comboio Catenária Subestação de Tracção

Circuito de Retorno
ALIMENTAÇÃO DA CATENÁRIA

Sistema de 1500 V dc

1500V DC
ALIMENTAÇÃO DA CATENÁRIA
Sistema de 1X25 KV / 50 Hz

25 Kv
ALIMENTAÇÃO DA CATENÁRIA
Sistema de 2X25 KV / 50 Hz

50 Kv

25 Kv
SUBESTAÇÃO DE TRACÇÃO <SST>

Actualmente, as subestações estão equipadas com um sistema informático


que, para além de substituir o comando dos aparelhos, permite ao PRT,
visualizar as condições de operacionalidade das instalações e a leitura das
ocorrências que ficam registadas graficamente.
SUBESTAÇÃO DE TRACÇÃO <SST>

 Tipos de Subestações

Os diferentes tipos de subestações de tracção eléctrica definem-se pelos


respectivos transformadores de potência e sistemas de ligação às redes
primária e secundária da REN e catenária respectivamente.

Na rede electrificada a 25KV 50HZ, existem três tipos de Subestações:

 Subestação monofásica
 Subestação Scott
 Subestação <V>
NOTA:
Actualmente já não existem a funcionar as subestação do tipo SCOTT
devido ao problemas que provocavam de desequilíbrio da rede da EDP e
aos problemas de instabilidade na s catenárias que alimentavam.
SUBESTAÇÃO DE TRACÇÃO <SST>

 EQUIPAMENTOS FUNDAMENTAIS
As subestações são constituídas por um conjunto de equipamentos
fundamentais:

 Transformador de potência;
 Transformadores de serviços auxiliares;
 Aparelhos de corte e protecção;
 Aparelhos de medida e contagem de energia;
 Baterias de condensadores.
Distribuição de Corrente - Posto de Catenária -

Postos de Catenária
 Destinam-se a realizar operações de
seccionamento longitudinal e
transversal, além de dar indicações ao
PRT de funcionamento da diversa
aparelhagem.
Distribuição de Corrente - Posto de Catenária -

Há a considerar os seguintes Postos:

 Postos De Seccionamento E Paralelo (S.P.)


 Estão ligados a Zonas Neutras situadas entre duas subestações.
 Postos de Sub Seccionamento e Paralelo (SSP)
 Estão ligados electricamente a um seccionamento de lâmina de ar
 Postos de Sub Seccionamento (SS)
 Estão ligados electricamente a um seccionamento de lâmina de ar, e
garantem a continuidade longitudinal da catenária.
 Posto de Barramento (B)
 Postos de catenária onde várias secções elementares são ligadas a um
barramento através de interruptores.
 Postos de Ramal (R)
 Permitem a realização da continuidade de linhas desviadas.
Aparelhagem de Corte e Protecção
 Para realizar cortes ou restabelecimento de tensão entre os vários
circuitos que constituem a catenária, existem aparelhos próprios,
que são designados por aparelhagem de corte de tensão.

Na nossa rede existem três tipos:


 Disjuntor
 Permite o corte em carga (sem prévio corte de corrente) e desliga
automaticamente em caso de sobrecarga ou curto-circuito na catenária.
Estes aparelhos são referenciados pela letra D.
 Interruptor
 Permite o corte em carga (sem prévio corte de corrente) mas não desliga
automaticamente em caso de sobrecarga ou curto-circuito na catenária.
Estes aparelhos são referenciados pela letra I.
 Seccionadores
Aparelhagem de Corte e Protecção
 Seccionadores
 São aparelhos de corte destinados a interromper ou a restabelecer a
continuidade eléctrica do circuito.
 Estes aparelhos são referenciados pela letra S.
Estes aparelhos podem realizar uma das seguintes operações:
 Continuidade longitudinal de troços reduzidos de
catenárias principais.
 Continuidade das catenárias secundárias.
 Continuidade de linhas desviadas
 Paralelo transversal.

Este aparelho Não permite o corte em carga, portanto só pode ser


manobrado depois de desligada a corrente
Posto regional de Telecomando (PRT)

 O Posto Regional de Telecomando (PRT) é o órgão que controla a


exploração eléctrica duma área geográfica de catenária e que
supervisiona, permanentemente, o seu estado de funcionamento
 É neste órgão que estão localizados os meios de telecomando dos
aparelhos de corte/restabelecimento da corrente.
 A Rede de catenária da REFER é gerida por dois PCT’s, um situado em
Campanhã, e outro em Lisboa
CIRCUITO DE CORRENTE DE TRACÇÃO

 O circuito geral da corrente da tracção <IT>, é constituído por


quatro instalações distintas:
 Subestação;
 Catenária;
 Unidade motora;
 Via
CIRCUITO DE CORRENTE DE TRACÇÃO

 A “SUBESTAÇÃO”:
 Sendo alimentada pela <REN ou pela EDP>, constitui a fonte de energia
principal do sistema.
 A “CATENÁRIA”:
 Assegura o transporte da energia desde a subestação até aos veículos
motores.
 A “UNIDADE MOTORA”:
 É tradicionalmente o receptor mas pode também ser uma das fontes do
sistema durante os processos de frenagem dinâmicas
 A “VIA”:
 Constitui o circuito de retorno da corrente de tracção <IT> desde o
receptor até à subestação.
CIRCUITO DE CORRENTE DE TRACÇÃO

 Representação Esquemática do Circuito da Corrente <IT>

  

 

 - Subestação

 - Catenária T1
 - Pantógrafo
 - Disjuntor
 - Primário do transformador
 - Rodados REN
 - Circuito de retorno
CIRCUITO DE CORRENTE DE TRACÇÃO

Escova de Terra
Este dispositivo tem por finalidade:
 Estabelecer uma perfeita continuidade eléctrica entre o primário do
transformador e o rodado;
 Evitar que a corrente de tracção <IT> passe pelos rolamentos.
CIRCUITO DE CORRENTE DE TRACÇÃO

Circuito de Retorno
Catenária 25 KV 50 Hz

Via

T1

REN
CIRCUITO DE CORRENTE DE TRACÇÃO

 Pela Figura anterior conclui-se, que o circuito de retorno da


corrente é constituído pelos carris e pela terra.
 Assim Nas linhas electrificadas, as juntas mecânicas estão equipadas com
fiador soldado a ambas as fracções de carril, para garantir a continuidade
eléctrica do circuito de retorno.
 Todavia a existência da sinalização eléctrica automática, obriga à existência
de juntas isolantes nos carris que, ao contrário da junta mecânica não
possui fiador e é constituída por barretas e um topo em material isolante
Isolante

Junta Isolante
Junta Mecânica
Barreta metálica Fiador Barreta isolante
CIRCUITO DE VIA A UMA FILA ISOLADA

Is
~

Is

It It It

It Is It

Cantão ou circuito de via

Carril de retorno (It)

Carril isolado (Is)

Junta isolante

Relé de via

Gerador de corrente Is
~
CIRCUITO DE VIA A DUAS FILAS ISOLADAS

~ ~

C1 C2 C1 C2
It It

Is Is Is

It It Is It It

Sentido de
circulação

It It Is It It

Cantão ou circuito de via

Carril de retorno (It)

Carril isolado (Is)

Junta isolante

Relé de via

~ Gerador de corrente Is
CONSEQUÊNCIAS DA INTERRUPÇÃO NO CIRCUITO DE
RETORNO

Devido à zona neutra existente entre as subestações <A> e <B>, o veículo motor é
alimentado pela subestação <B>, cujo circuito de retorno normal se encontra interrompido.
Esta anomalia, vai forçar a corrente de tracção <IT> no sentido indicado pelas setas até ao
circuito de terra da subestação <A> e deste através da terra da subestação <B>, retornando
assim à subestação de onde partiu.
Z. N. It

It
Carril

Interrupção do circuito de retorno

Circuito pela terra

Subestação A Subestação B
CONSEQUÊNCIAS DA INTERRUPÇÃO NO CIRCUITO DE
RETORNO

 Atenção Perigo

 O aumento da dificuldade oferecida à passagem da corrente de


tracção <IT> neste circuito, traz como consequências:
 Ao nível da alimentação,
 Provoca baixo rendimento ou paragem dos veículos motores;
 Ao nível da Segurança,
 Provoca o aparecimento de elevadas diferenças de potencial
eléctrico entre fracções dos carris e entre estes e a terra.
NORMAS DE SEGURANÇA CONTRA O ELECTRO-
ACIDENTE EM LINHAS ELECTRIFICADAS A 25KV – 50HZ

ELECTRO-ACIDENTE
Instalação eléctrica Potencial = 25KV

25 KV

Potencial = 0
NORMAS DE SEGURANÇA EM LINHAS ELECTRIFICADAS
25KV – 50HZ

 Os trabalhos realizados na via-férrea e nas zonas contíguas comportam


riscos adicionais resultantes da circulação dos comboios e da existência
de instalações em tensão eléctrica.

 Os riscos associados às IFTE são a electrização/electrocussão que podem


ocorrer por contacto directo ou indirecto com estas instalações ou com
instalações com tensão eléctrica resultante da sua proximidade.

 Se forem cumpridas todas as medidas de segurança previstas, as


instalações tornam-se seguras para a realização dos trabalhos.
EFEITOS FISIOLÓGICOS DA CORRENTE ELÉCTRICA

CORRENTE (mA) EFEITOS FISIOLÓGICOS


1 a 10 Imperceptível
10 a 20 Formigueiro
20 a 30 Percepção forte
30 a 40 Descontrolo muscular
40 a 50 Alterações cardiovasculares

50 a 60 Asfixia
60 a 70 Alterações cerebrais
70 a 80 Paragem cardíaca
90 a 100 Electrólise das células
NORMAS DE SEGURANÇA

 Atenção Perigo
 DISTÂNCIA MÍNIMA DE APROXIMAÇÃO À CATENÁRIA EM TENSÃO

Ninguém se pode aproximar a menos de dois metros da


catenária em tensão
O valor da distância mínima de aproximação pode ser reduzido só nos casos:
 Inferior a 0,5 metros para os electricistas de catenária, desde que
devidamente informados e acompanhados por um chefe.
 Maquinistas na substituição da lâmpada do farol dos veículos, não
ultrapassando o nível do tejadilho com qualquer parte do corpo ou
objecto.
NORMAS DE SEGURANÇA

• Partes em tensão da catenária


NORMAS DE SEGURANÇA

 SEGURANÇA PESSOAL
Atenção Perigo
Deve sempre partir-se do princípio que as instalações de tracção
eléctrica – EQUIPAMENTO AÉREO – estão em tensão, mesmo quando
caídas, enquanto não houver a certeza absoluta do corte de tensão, e
da respectiva ligação à terra.

A distância de aproximação a uma catenária deve ser sempre


considerada entre a parte do corpo mais próxima (aproximação directa)
ou entre a extremidade de ferramenta ou materiais (aproximação
indirecta).
NORMAS DE SEGURANÇA

 CATENÁRIA SEM TENSÃO


Atenção Perigo

 A catenária mesmo desligada continua com corrente de


influencia e indução.
 Essa corrente pode ser maior ou menor consoante a
extensão da catenária abrangida.
NORMAS DE SEGURANÇA

 SEGURANÇA PESSOAL
Atenção Perigo
Deve sempre partir-se do princípio que as instalações de tracção
eléctrica – EQUIPAMENTO AÉREO – estão em tensão, mesmo quando
caídas, enquanto não houver a certeza absoluta do corte de tensão, e
da respectiva ligação à terra.

A distância de aproximação a uma catenária deve ser sempre


considerada entre a parte do corpo mais próxima (aproximação directa)
ou entre a extremidade de ferramenta ou materiais (aproximação
indirecta).
NORMAS DE SEGURANÇA

 CORTE DE TENSÃO
 Um corte de tensão propositado na catenária, é da iniciativa do Posto
Regional de Telecomando <PRT>, que executa ou coordena a pedido de
quem pretende utilizá-lo e que se torna responsável por esse pedido.

 O pedido do corte de Tensão é feito prévia, directa e telefonicamente,


devendo contemplar os seguintes elementos:
 Identificação do responsável do pedido
 Identificação da catenária a desligar (linha, via e limite da extensão
pretendida)
 Causa do pedido de corte de tensão
NORMAS DE SEGURANÇA

 LIGAÇÃO DA CATENÁRIA À TERRA


 Ligar a catenária à terra, consiste em ligá-la aos carris do circuito de
retorno de corrente de tracção, através de ligações francas, específicas e
visíveis.
NORMAS DE SEGURANÇA

 IMPLANTAÇÃO DAS VARAS DE TERRA


Requisitos Varas de Terra
Sistema 25kV AC /
Peça Norma Requisitos
Sistema 1500V DC
Capacidade de aperto (secção circular) 6 mm a 40 mm
Ligação de terminais para cabos com secção ≥ 50 mm2
Cabeça CEI EN 61230
Fixação do cabo Aperto mecânico, parafuso M12
Peso ≤ 1,6 kg
Tensão de Isolamento ver Tabela 2
Comprimento total (2 elementos) 5,00 m±0,20 m
CEI EN 60855
Corpo CEI EN 61235
Nº de elementos 2
Diâmetro do tubo ≤ 40 mm
Peso total (2 elementos) ≤ 10 kg
Secção do cabo ≥ 35mm2
1x (9,00 a 10,50m) +
Comprimento (variável)
CEI EN 61230 (terminais) 1x (2,40m a 2,60m)
Cabo CEI EN 61138 (condutor) Por cravação hexagonal, adequados ao
Terminais
cabo, cabeça e grampos
Olhais dos terminais P/ parafuso M12
De modo a não sobrepor o gabarit de
Dimensões
circulação quando montado.
Aperto em barra 0 a 25 mm
Fixação ao carril Com adaptação ao perfil do carril
Grampo CEI EN 61230
Ligação de terminais para cabos com secção ≥ 50mm2
Fixação dos cabos Aperto mecânico
Nº de cabos a ligar 2
Fixação cabo Parafuso M12
NORMAS DE SEGURANÇA
Requisitos Ligadores Complementares – Tipo I

Sistema 25kV AC /
Peça Norma Requisitos
Sistema 1500V DC

Idênticos aos requisitos do


Grampo CEI EN 61230 -
grampo da VT (Tabela 4)

Idênticos aos requisitos do


CEI EN 61230 -
Cabo cabo da VT (Tabela 4)
CEI EN 61138
Comprimento (variável) 5,00 m a 6,00 m
NORMAS DE SEGURANÇA
Requisitos Ligadores Complementares – Tipo II

Sistema 25kV AC /
Peça Norma Requisitos Sistema 1500V DC

Idênticos aos requisitos da


Cabeça CEI EN 61230 -
cabeça da VT (Tabela 4)
Idênticos aos requisitos do
-
CEI EN 60855 corpo da VT (Tabela 4)
Corpo
CEI EN 61235 Comprimento 1,25 m±0,25 m
Peso ≤ 4 kg
Idênticos aos requisitos do
-
CEI EN 61230 cabo da VT
Cabo
CEI EN 61138
Comprimento (variável) 1,50 m a 2,50 m
NORMAS DE SEGURANÇA
Procedimento de montagem
da Vara de Terra
NORMAS DE SEGURANÇA
Procedimento de
montagem da Vara de Terra
Procedimento de
montagem de Ligador
Complementar
NORMAS DE SEGURANÇA
Procedimento de montagem de Ligador Complementar
NORMAS DE SEGURANÇA
Procedimento de desmontagem da Vara de Terra

 O processo de desmontagem de cada VT tem que ser


efectuado pelo trabalhador que efectuou a sua
montagem.
 Na sua impossibilidade, a desmontagem será realizada
pelo Responsável pelos Trabalhos ou um trabalhador por
este designado;
Procedimento de
desmontagem da Vara
de Terra
Procedimento de
desmontagem do Ligador
Complementar
NORMAS DE SEGURANÇA
Procedimento de montagem da Vara de Terra

Atenção Perigo

 Medidas complementares
Cumulativamente devem ser implementadas as medidas de
segurança adequadas para eliminar/minimizar os riscos de
atropelamento ferroviário e colisão com equipamentos,
ferramentas ou materiais.
NORMAS DE SEGURANÇA
INSPECÇÃO DAS VARAS DE TERRA

1. INÍCIO
 Desligar e separar todas as peças e
fixações do EPC, incluindo os terminais da
cabeças ou dos grampos, e os diferentes
elementos do corpo, se existirem.
 Retirar as etiquetas de inspecção antigas
(VT e LC Tipo II).
NORMAS DE SEGURANÇA
INSPECÇÃO DAS VARAS DE TERRA
2. CABO
Verificar:
 A data de entrada ao serviço.
 A integridade do cabo.
 A existência de cortes ou outros danos no revestimento do cabo.
 A existência de fios partidos no cabo.
 O estado dos terminais.
 Ter em especial atenção ao estado do cabo e da manga de
revestimento junto aos terminais.
Limpar:
 Os terminais de todos os depósitos e sujidades.
 O revestimento do cabo se a sujidade dificultar a verificação do
estado do condutor.
Substituir:
 O cabo na sua totalidade se este apresentar algum dano no
revestimento, nos terminais ou fios partidos.
 Se a manga apresentar algum dano ou não for transparente,
substituir por uma nova, transparente.
 Se o equipamento estiver fora da validade.
NORMAS DE SEGURANÇA
INSPECÇÃO DAS VARAS DE TERRA
3. GRAMPOS (VT e LC Tipo I)
Verificar:
 A integridade dos grampos.
 O estado das partes roscadas.
 Testar o funcionamento do mecanismo de aperto ao longo de todo
o seu curso.
Limpar:
 Todos os depósitos e sujidades. Ter em especial atenção a conexão
ao terminal e a zona de contacto com os equipamentos.
Substituir:
 O grampo se este se encontrar partido, fissurado ou deformado.
 O grampos se o sistema de aperto apresentar alguma deficiência.
 As peças de fixação dos terminais se apresentarem alguma
deficiência. Se não for possível, substituir todo o grampo.
INSPECÇÃO DAS VARAS DE TERRA

4. CABEÇA (VT e LC Tipo II)


Verificar:
 O estado geral da cabeça.
 O estado das partes roscadas.
 O estado da conexão ao corpo.
 Testar o funcionamento do mecanismo de aperto ao longo de todo o
seu curso.
Limpar:
 Todos os depósitos e sujidades. Ter em especial atenção a ligação ao
terminal e zona de contacto com os equipamentos.
Substituir:
 A cabeça se esta se encontrar partida, fissurada ou deformada.
 A cabeça se o sistema de aperto apresentar alguma deficiência.
 A cabeça se a conexão ao corpo apresentar alguma deficiência.
 As peças de fixação dos terminais se apresentarem alguma deficiência.
Se não for possível, substituir toda a cabeça.
INSPECÇÃO DAS VARAS DE TERRA

5. CORPO (VT e LC Tipo II)


Verificar:
 A data de entrada ao serviço.
 A integridade dos elementos do corpo, incluindo adaptador corpo-
cabeça se existir.
 Cuidadosamente o(s) tubo(s).
 O estado das conexões entre os elementos do corpo e entre o corpo e
a cabeça.
Limpar:
 As conexões de todos os depósitos e sujidades.
Substituir:
 As peças que estejam fissuradas, partidas, deformadas ou com
qualquer outro dano visível.
 Substituir as peças cujas conexões apresentarem alguma deficiência.
 Se o equipamento estiver fora da validade.
INSPECÇÃO DAS VARAS DE TERRA

6. PROCESSO DE MONTAGEM
Varas de Terra a utilizar nas IFTE (à Verificar (VT e LC Tipo I):
excepção das SST):
 A fixação dos terminais do cabo nos grampos: montar os cabos
nos grampos e apertar firmemente as peças de fixação.
Verificar (VT e LC Tipo II):
 A fixação dos terminais do cabo na cabeça: montar os cabos na
cabeça e apertar firmemente as peças de fixação.
Ligadores Completares Tipo I e
 O funcionamento das conexões do corpo: montar o corpo.
Tipo II:
 O funcionamento das conexões da cabeça e do corpo: montar
a cabeça no corpo.
Nota: as conexões devem permitir uma fácil união e separação.
 O mecanismo de aperto da cabeça: testar o funcionamento ao
longo de todo o seu curso, através da movimentação do corpo.
Substituir:
 Se for detectada alguma anomalia, substituir as peças
necessárias e repetir a verificação.
INSPECÇÃO DAS VARAS DE TERRA e LIGADORES COMPLEMENTARES

7. CONTINUIDADE ELÉCTRICA
Verificar:
 A continuidade eléctrica entre o(s) grampo(s) e a cabeça
(VT), entre os grampos (LC Tipo I) ou entre as cabeças (LC
Tipo II);

 Se não existir continuidade eléctrica:


o Desligar todas as ligações eléctricas.
o Limpar cuidadosamente as zonas de contacto.
o Ligar os terminais dos cabos às várias peças, conforme
o esquema de montagem respectivo, apertando
firmemente as fixações.
o Voltar a verificar a continuidade eléctrica.
NORMAS DE SEGURANÇA
MANOBRA DE SECCIONADORES

 Manobra manual de aparelhos de corte


 É obrigatória a utilização de luvas isolantes (30 kV) na manobra manual
de aparelhos de corte, sempre que não exista uma plataforma de
manobra electricamente ligada à estrutura que suporta o manípulo do
aparelho.
Quando existe plataforma de manobra, durante a operação
de abertura ou fecho, é proibido ao trabalhador:
 Ter um ou os dois pés fora da plataforma de manobra;
 Encontrar-se em contacto com outras superfícies
(objectos ou pessoas) para além do manipulo e da
plataforma.
NORMAS DE SEGURANÇA
MANOBRA DE SECCIONADORES
NORMAS DE SEGURANÇA
MANOBRA DE SECCIONADORES

 Na figura ao lado está representado um seccionador de ramal


• As facas do seccionador estão rigidamente ligadas aos
isoladores sendo um deles fixo e outro móvel.

• Em certos casos (linhas de resguardo electrificadas, por ex.),


quando o conjunto faca – isolador abre, vai descansar em
contacto com uma mandíbula fixa ligada electricamente à terra
(referencia m na figura).

De notar a existência das “Antenas” do seccionador


cuja finalidade é estabelecer o circuito para o escoamento
de qualquer arco eléctrico, que se forme na manobra do seccionador,
evitando a possibilidade de esse arco saltar entre as
facas do seccionador, o que iria deteriorar os contactos.
NORMAS DE SEGURANÇA
MANOBRA DE SECCIONADORES

 A manobra do seccionador, quando manual, efectua-se ao pé do poste por


meio de uma vara comandada por uma alavanca. Um dispositivo de
imobilização por cadeado ou por chave (quadrada ou triangular) permite a
aferrolhar a alavanca de comando em posição de aberto ou fechado.

 Por uma medida de segurança a posição da alavanca ao alto corresponde a


posição de seccionador fechado.

 Certos seccionadores podem ser comandados além de manualmente, por


motores eléctricos telecomandados ou não.

 Podemos ainda ver junto à base do poste um pequeno estrado montado


sobre quatro isoladores denominado ESTRADO ISOLANTE, que permite,
durante a manobra manual do seccionador, isolar o operador do solo.
NORMAS DE SEGURANÇA
EMERGÊNCIA
Nos trabalhos realizados nas IFTE devem existir, por cada frente de trabalhos,
pelo menos dois trabalhadores com formação em primeiros socorros, de forma a
poderem prestar auxílio à(s) vítima(s) em caso de acidente resultante de choques
eléctricos e/ou queimaduras.
Em caso de acidente devem ser tomadas, de imediato, as seguintes medidas:
 Interromper os trabalhos;
 Comunicar ao órgão responsável pela exploração para que possa activar o
plano de emergência da REFER;
 Se necessário pedir ou alargar o corte de tensão e colocar os EPC de forma a
tornar o perímetro de segurança seguro.

O socorro à vítima é a acção prioritária a realizar após o acidente


e só pode ser efectuado quando estiverem reunidas todas as
condições de segurança.

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