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TUBO DE IMAGEM E TUBO DE CÂMERA

Resumo

Universidade Pedagógica de Maputo


Maputo
2022

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1. INTRODUÇÃO

A exibição das imagens via televisão tem sofrido diversas alterações desde os tempos passados até os
dias de hoje, a visualização das imagens nos televisores antigos foi possível graças a um grande e
importante componente que e responsável por emitir um feixe de luz que ao colidir com uma tela
fosforescente produz luminescência, o tubo de raios catódicos foi soberano tanto em monitores como em
receptores de TV.

O tubo de raios catódicos ou CRT é um tubo de vácuo especializado em que as imagens são produzidas
quando um feixe de eletrões atinge uma superfície fosforescente.

O presente trabalho fala de forma detalhada sobre os tubos de imagem usados em televisores e de
cameras usadas em CFTV , destacando as suas partes constituintes, princípio de funcionamento e
aplicações.

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2. OBJECTIVOS

2.1.Objectivo Geral

O objectivo geral desta pesquisa e compreender o funcionamento dos tubos de imagem de e de câmera.

2.2. Objectivos específicos

 Mencionar as partes constituintes dos tubos de imagem e de câmera;


 Descrever o princípio de funcionamento dos tubos de imagem e de câmera;
 Enumerar as aplicações dos tubos de imagem de câmera.

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3. HISTORIAL DA EVOLUÇÃO DO TUBO DE IMAGEM OU TUBO
DE RAIOS CATÓDICOS.
Em 1855 o alemão Heinrich Geissler, inventa o tubo de Geissler, criado usando sua bomba de mercúrio, este foi o
primeiro tubo de vácuo evacuado( de ar), posteriormente modificado por William Crookes

Fig.1.Tubo de Vácuo.
Fonte [1].

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HISTORIAL DA EVOLUÇÃO DO TUBO DE IMAGEM OU TUBO
DE RAIOS CATÓDICOS (CONT…).

Em 1878 O inglês, William Crookes, foi a primeira pessoa a confirmar a existência dos raios catódicos,

exibindo-os, com sua invenção do tubo de Crookes, um protótipo rudimentar para todos os futuros tubos de

raios catódicos. A ampola de Crookes foi o principal instrumento usado no experimento de Thomson para a

formação do modelo atómico.

Fig.2. Tubo de Crookes


Fig.2. Tubo de Crookes
Fonte[1]

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HISTORIAL DA EVOLUÇÃO DO TUBO DE IMAGEM OU
TUBO DE RAIOS CATÓDICOS (CONT…)

EM 1907, o cientista russo Boris Rosing usou um tubo de raios catódicos na extremidade
receptora de um sinal experimental de vídeo para formar uma imagem. Ele conduziu o
experimento para mostrar formas geométricas simples na tela. Foi a primeira vez em que a
tecnologia de tubo de raios catódicos foi usada para o que agora conhecemos como televisão.

O primeiro televisor comercializado com tubo de raios catódicos foi fabricado pela
Telefunken, na Alemanha, em 1934.

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Tubo

Definição no contexto da telecomunicação


É o principal componente do monitor. Ele é quem
produz as imagens em sua tela.

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3. TUBO DE RAIOS CATÓDICOS (TRC)
Definição

Tubos de imagens ou cinescópios são tubos de raios catódicos(CRT) destinados à reprodução de imagens em aparelhos de Televisão.

O Processo de varredura

A imagem de Tv não é transmitida toda de uma vez, e sim em sequência, isto é, a saída de cada uma das fotocélulas do conjunto

é ligada em sequência(uma de cada vez), e a informação em cada célula de resolução ou elemento é transmitida em cadeia

sendo um processo repetido continuamente.

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3.1. CONSTITUIÇÃO
Observando a figura acima o tubo é formado
basicamente por:
 1. Canhões de electrões
 2. Bobinas defletoras (deflexão
eletromagnética) ;
 3. Ânodo de alta tensão ;
 4. Máscara de sombra ;
 5. Detalhe da matriz de pontos coloridos
RGB (vermelho, verde, azul). Fig.3.Diagrama em corte de um tubo de raios catódicos de deflexão
eletromagnética
Fonte: [1]

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3.2. DESCRIÇÃO DAS PARTES CONSTITUENTES
3.2.1. Canhão 3.2.2. Constituição do canhão
Dentro do canhão electrónico do tubo tem-
se várias grades para controlar os feixes no
caminho para a tela:

Grade de controle (G1);

Grade “screen” (G2);

Grade de foco (G3);

Ânodo acelerador.
Fig.4. Canhão
Fonte[2]

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DESCRIÇÃO DAS PARTES CONSTITUENTES
O canhão eletrônico possui internamente três catodos (tubinhos metálicos) aquecidos por um
filamento.
Cada catodo emite um feixe de elétrons.
Cada feixe acende os pontos de fósforos de uma das cores (vermelho –R, verde – G e azul –
B).
Dentro do canhão eletrônico do tubo temos várias grades para controlar os feixes no caminho
para a tela:
- Grade de controle (G1) – controla a passagem dos elétrons e desta forma o brilho da tela;
- Grade “screen” (G2) – acelera os elétrons e também pode controlar o brilho da imagem na
tela;
- Grade de foco (G3) – concentra os elétrons para produzirem imagens nítidas (focalizadas);
- Anodo acelerador – esta grade vai ligada no conector da chupeta de MAT para atrair o feixe
para a tela

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3.2. DESCRIÇÃO DAS PARTES CONSTITUENTES( CONT…).

Fig.4. flayback
Fonte

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3.2. DESCRIÇÃO DAS PARTES CONSTITUENTES (CONT…).
O canhão do tubo possui 10 pinos a serem encaixados no soquete que está numa placa de circuito impresso,
chamada de placa do tubo.

Pino 1 grade de foco (G3);


Pino 4 - terra do centelhador ;
Pino 5 - grade de controle (G1) ;
Pino 6 - cátodo do verde (GK)
Pino 7 - grade “screen” (G2);
Pino 8 - cátodo do vermelho (RK)
Pino 10 - alimentação do filamento; Fig.5.pinagem no soquete do tubo
Pino 11 cátodo azul Fonte[2]

Pino 12 - terra.
-

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DESCRIÇÃO DAS PARTES CONSTITUINTES (CONT…).

Fonte [1]
Fig.6 Soquete visto por cima Fig. 7 soquete no lado
das solda

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3.2.DESCRICAO DAS PARTES CONSTITURNTES
CONT(CONT…).
Par de bobinas bobinas defletoras (yoke)
Geram um campo magnético tanto na horizontal quanto na vertical. Ao passar pelas
bobinas os feixes de electrões sofrem deflexão horizontal e vertical em razão da força
exercida pelo campo magnético.

Fig. 8 Bobinas de deflexão vertical e horizontal


Fonte[1]

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3.2.DESCRICAO DAS PARTES CONSTITURNTES CONT(CONT…).
2.3. Bobina Deflectora (Yoke)

Figura 7: Bobina Deflectora (Yoke)

A função do Yoke é desviar os


feixes do canhão do tubo da
esquerda para a direita na tela
(varredura horizontal) e de cima
para baixo (varredura vertical).

Fonte: [3]

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3.2. DESCRIÇÃO DAS PARTES CONSTITUENTES (CONT…).
O YOKE vai ligado nos circuitos horizontal e vertical do monitor através de um
conector, como visto abaixo. Os fios do YOKE são encaixados através de um conector
de 5 ou 6 furos. Alguns monitores possuem dois conectores para o YOKE.

Fig.10.Conexão do yoke
Fonte[1]

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DESCRIÇÃO DAS PARTES CONSTITUENTES (CONT)
Tela florescente
A tela é onde são formadas as imagens ela é coberta por um material florescente e é atingida
pelo feixe de eletrões após serem defletidos pelos campos magnéticos.

Fig. 9. Tela florescente


Fonte[1]

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3.3. PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
O canhão electrónico possui internamente três cátodos (tubos metálicos) aquecidos por um
filamento. Cada cátodo emite um feixe de electrões. Os feixes são atraídos para tela com
força através da alta tensão de cerca 25 KV gerada pelo “fly-back” (transformador de saída
horizontal) e aplicada no tubo através de um cabo com chupeta (ultor).

Cada feixe acende os pontos de fósforos de uma das cores (vermelho - R, verde - G e azul -
B). Para acender toda a tela os feixes são desviados no sentido horizontal e vertical pelo
campo magnético produzido pelas bobinas defletoras BDV e BDH.

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3.3. PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO (CONT…).
Ao atingir a tela, os electrões produzem uma mancha luminosa em cada ponto que eles
atingem.

Os campos magnéticos das bobinas, os quais deflectem os electrões, mudam


periodicamente de sentido de forma a fazer com que os electrões percorram, em alta
velocidade, toda a tela, da esquerda para a direita e de cima para baixo.

Se a TV não estiver sintonizada em nenhum canal a varredura acontece de forma


contínua, dando origem a um brilho uniforme na tela da TV.

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Algumas Vantagens e desvantagens

Algumas Vantagens
• Emissão da luz na própria tela de fósforos
• Alto brilho e contraste
• Baixo custo actual
• Excelente ângulo de visão

Algumas Desvantagens
 Emissão electromagnética
 Maior profundidade do aparelho portanto, mas pesado,
 Maior índice de desgaste nas fontes para excitar as células.
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A trama

As fotocélulas são exploradas da esquerda para a


direita, linha por linha, até ser completada a
exploração dos 25 elementos, e então o processo se
repete continuamente.
Nos processos de varredura usados em Tv, as linhas
são exploradas uniformemente da esquerda para a
direita. O feixe explora as linhas horizontalmente, ele
é deslocado verticalmente, de modo mais lento, do
topo para o fundo da área explorada. Ao atingir a
parte inferior, o feixe retorna rapidamente para o
Figura: O processo de varredura – a trama.
topo, à esquerda, para reiniciar o processo. A àrea
varrida é a trama. Fonte: [5]

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Entrelaçamento

Na varredura entrelaçada, a varredura


vertical é feita em duas etapas: Primeiro
são varridas as linhas ímpares (1, 3, 5, 7,
etc), em seguida o feixe retorna
verticalmente e ocorre a varredura das
linhas pares (2, 4, 6, 8, etc).Essas
varreduras verticais são realizadas na
frequências de 60Hz, mas o período total
de varredura é agora de apenas 1/30
segundo (1/60 segundo para as linhas
ímpares e 1/60 segundo para as linhas
pares). [5]

Figura : O processo de varredura


entrelaçada. Fonte: [5] 23
Deflexão de feixe

Usa-se um feixe eletrônico para efectuar a


exploração, isto é, um fluxo de electrões
focalizado com precisão é defletido horizontal e
verticalmente para produzir uma trama de
varredura. Com a deflexão de um feixe eletrônico,
o objectivo seria que o feixe se deslocasse suave e
uniformemente de um lado da tela para o outro
(horizontal ou verticalmente). Para tal, deve-se
fazer o campo magnético crescer uniformemente
de um valor inicial a um certo valor máximo, para
deslocar o feixe até o outro extremo da tela, e
então, rapidamente, fazê-lo retornar para repetir Figura: O processo de varredura –

toda a operação. [5] Deflexão do feixe. Fonte: [5]


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Frequências de Varredura
• A duração da varredura vertical de um quadro é 1/30 segundo (1/60
segundo por campo) e tem-se 525 linhas. Assim, a frequência de
varredura horizontal pode ser calculada do seguinte modo:

• 𝐹𝑟𝑒𝑞. 𝑑𝑒 𝑣𝑎𝑟𝑟𝑒𝑑𝑢𝑟𝑎 ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙 =


𝑛. º𝑑𝑒 𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎𝑠 ∗ 𝑓𝑟𝑒𝑞. 𝑑𝑒 𝑞𝑢𝑎𝑑𝑟𝑜 = 525 ∗ 30 = 15750 𝐻𝑧

• Desde modo, o sincronismo horizontal ocorre a uma razão de 15750 Hz,


ou seja, a duração de uma linha horizontal é 1/15750 segundo ou 63,5
microssegundos.[5]

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Tubos de câmara

Tubos de câmara
O tubo de câmara de Tv tem a função de converter a imagem óptica focalizada sobre o
fotocátodo em uma série de sinais eléctricos correspondentes ao brilho da imagem em
cada elemento de resolução.
As primeiras câmaras de TV usaram um tubo de câmara chamado iconoscópio, agora
obsoleto. Atualmente, existem fundamentalmente dois tipos de tubos de câmara de
TV: o orticon de imagem ou ortinoscópio e o vidicon. A simplicidade , as pequenas
dimensões e o preço baixo da câmara vidicon tornaram este tipo o mais popular na TV
preto e branco e colorida. 26
Tubos de câmara

A relação entre o número de eléctrons secundários e o de eléctrons é chamada razão de


emissão secundária e normalmente se situa entre 2 e aproximadamente 10. Quando
esses eléctrons secundários são acelerados em um campo electrostático e focalizados
sobre outra superfície emissora secundária, há um ganho de corrente. Várias dessas
superfícies dispostas adequadamente podem proporcionar ganhos de até 108 vezes.
Esses dispositivos empregados no interior do tubo de imagem são chamados
multiplicadores de eléctrons.

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Tubos de câmara

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Tubos de câmara

2.5.1.O orticon
O tubo de orticon é sensível e usado em trabalho de estúdio de alta qualidade, mas é claro,
volumoso e de funcionamento mais complicado. A cena a ser transmitida é focalizada sobre
um fotocátodo, assim, forma-se uma imagem electrônica que apresenta em cada elemento
uma densidade electrônica proporcional ao número de fótons incidentes sobre a superfície.
Um feixe electrônico, produzido pelo canhão electrônico, é defletido pelas bobinas de
deflexão para varrer o objectivo e formar o sinal.

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Tubos de câmara

2.5.2. O vidicon
O tubo de câmara vidicon é simples, robusto e barato. É usado actualmente em câmaras de
TV a cores, aplicações de TV portáteis e CCTV.
O funcionamento do vidicon baseia-se na fotocondutividade. Uma delgada camada
transparente e condutora (o eléctrodo de sinal) é aplicada à superfície interna de uma placa
de vidro.

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Tubos de câmara

(Cont.)

O feixe de eléctrons é desacelerado e dirigido perpendicularmente ao objectivo durante a


varredura, onde há áreas positivas na superfície fotocondutiva, o feixe de eléctrons deixa
eléctrons. Um resistor em série com placa de sinal contém a informação de vídeo.

O material objectivo fotocondutivo é crítico na determinação do desempenho do vidicon. O


material mais popular para uso em TV é o óxido de chumbo. Normalmente, os vidicons para
TV têm cerca de 3cm de diâmetro e 10-18cm de comprimento

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Tubos de câmara

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CONCLUSÃO

De acordo os resultados da pesquisa , foi possível perceber que:

Os tubos de imagem que também chamados tubos de raios catódicos são basicamente constituídos
de um canhão, bobinas deflectoras e grades, esse elemento e de extrema importância, graças a sua
existência foi possível produzir imagens em televisores antigos quando um feixe de eletrões atingia
uma superfície fosforescente.
Para além dos aparelhos de televisão, os tubos de raios catódicos são usados em monitores de
computador, caixas automáticos, máquinas de videogame, câmeras de vídeo, osciloscópios e
displays de radar, mostrando o grande avanço tecnológico que este revolucionou.

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CONCLUSÃO CONT
Os tubos de câmera são dispositivos também muito importantes, são usados nos circuitos
fechados de televisão para efeitos de monitoramento em residências, lojas, consultórios e
escritórios, existindo actualmente diversos tipos de câmeras que são projectadas para
diversas aplicações de acordo com o tipo de monitoramento desejado.

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BIBLIOGRAFIA
1. PITTA, Simon Cardoso, Graduado em Engenharia Elétrica, PUCRS, Engenheiro Eletricista, Pós-
Graduação em andamento, Engenharia de Redes de Computadores, SENAI-RS, Engenheiro de Sistemas
de Televisão no Grupo RBS.
2. Bralarmseg equipamentos eletrônicos Ltda., apostila sistema de televisão CCTV Manual da Rádio.
3. CARVALHO Luís, Mundo da Rádio encontrado via online em http://www.mundodaradio.com aos 10 de
outubro de 2022.
4. FERREIRA, Sergio da Costa; Sistema de Informação em Segurança; S/ed; editora e Distribuidora
Educacional S.A; Londrina 2017.
5. COMO FUNCIONA O SISTEMA CCTV, pdf; Disponível em http://www.freneticos.pt. acessado no dia
09 de outubro de 2022 pelas 21:30.

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OBRIGADO PELA ATENÇÃO DISPENSADA

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