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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARIA

CENTRO TECNOLÓGICO DE JOINVILLE


CURSO DE ENGENHARIA NAVAL

RAPHAELA MANZATO CHIJO

PROJETO DA SAC

Joinville
2022
RAPHAELA MANZATO CHIJO

PROJETO DA SAC

Tarefa 4 apresentada como requisito


parcial de avaliação na disciplina de
Arquitetura Naval, no curso de Graduação
em Engenharia Naval do Centro
Tecnológico de Joinville da Universidade
Federal de Santa Catarina.

Docente: Prof.º Vitor Takashi Endo

Joinville
2021
RESUMO

A tarefa 4 tem como objetivo de encontrar o centro de empuxo (LCB) e a construção


de uma possível Curva de Áreas Seccionais (SAC) para a embarcação escolhida e
utilizada nas tarefas anteriores. A SAC será obtida através da implementação de
cálculos e análises de distâncias, usando de métodos apresentados em aulas e
tabelas disponibilizadas pelo docente.

Palavras-chave: LCB. Curva de SAC.


SUMÁRIO

1. DADOS ........................................................................................................... 8
2. ÁREAS .......................................................................................................... 10
3. CONCLUSÃO ............................................................................................... 12
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 13
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1. DADOS

O navio IVS SPARROWHALK IMO: 9712656 (graneleiro) é um Bulk Carrier,


que foi construído pela ESTALEIRO SHIN KURUSHIMA ONISHI em IMABARI,
JAPÃO no ano de 2014, sua capacidade de carga de 33421 t DWT, com um calado
atual de 5,9 metros e calado de projeto igual a 10 metros, comprimento total (LOA) de
179,99 metros e Lpp de 178 metros, largura de 28,2 metros.
O coeficiente de seção mestra (CM), foi retirado partir de uma tabela de
coeficientes de forma.
Tabela 1 – Tabela de coeficientes de forma.

Fonte: Papanikolaou (2014).


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A área imersa SM foi obtida através da multiplicação do coeficiente da seção


mestra (CM) pelo valor de calado e boca moldada da embarcação. O valor do
coeficiente da seção mestra foi extraído da tabela, sendo 0,994 o valor utilizado.
AM = CM * B * H
AM = 0,994 * 28,2 * 10
AM = 279,18 m2

AM = Área Imersa
CM = Coeficiente de seção mestra
B = Boca moldada/máx.
H = Calado projetado

Para obter o LCB, foi utilizado o gráfico abaixo. O primeiro passo foi uma
análise da Tabela 1, para obtenção do Fn do IVS SPARROWHALK. O valor de Fn
obtido foi 0,135, traçando uma linha horizontal até o eixo das ordenadas, que
representa o valor de porcentagem em relação ao comprimento (% x LBP), obtemos
o valor de 2,5%.
Gráfico 1 – Posição do LCB relativo

Fonte: Barrass (2004)


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Através das fórmulas da tabela no Excel, foi possível calcular o valor do volume
calculado e do LCB calculado, sendo eles 38122,93 m3 e 92,55m,respectivamente.
Para o cálculo das áreas imersas, foram utilizadas como base as 10 áreas
fornecidas na planilha. Para a primeira aproximação seguimos o raciocínio de escolher
o maior valor fornecido, 326, e dividir todos os outros valores por ele, os valores
encontrados foram multiplicados pela área imersa, 279,18m2.
Tabela 2 – Técnica usada para obter a 1ª aproximação da curva de SAC
Áreas /326 * Área imersa
50 0,153374233 42,8190184
91 0,279141104 77,9306135
140 0,429447853 119,8932515
190 0,582822086 162,7122699
233 0,714723926 199,5366258
294 0,901840491 251,7758282
322 0,987730061 275,7544785
326 1 279,18
326 1 279,18
326 1 279,18
300 0,920245399 256,9141104
265 0,812883436 226,9407975
203 0,622699387 173,8452147
123 0,377300613 105,3347853
5 0,015337423 4,28190184

Fonte: Autor (2022)

Os valores da primeira coluna correspondem aos fornecidos na planilha, na


segunda coluna, em preto, temos as novas proporções, já na terceira coluna temos
os resultados obtidos com o método descrito anteriormente, sendo esses os utilizados
como primeira aproximação.

2. ÁREAS
Para primeira aproximação das áreas das balizas foram utilizados os valores
em vermelho da tabela acima. Havia um percentual de erro entre o volume projetado
e LCB projetado quando comparado com o volume e LCB calculados. Para que o erro
diminuísse os valores de área foram sendo razoavelmente alterados, até que se
obtivesse o menor percentual.
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Tabela 3 – Resultados e erro percentual (%).

Fonte: Autor (2022).

Gráfico 2 – Curva de áreas seccionais (SAC)

Fonte: Autor (2022).


Após a alteração dos valores, o erro relativo em relação aos volumes foi de
0,55% e em relação aos LCB foi de 0,00%. Sendo esses os melhores valores
encontrados de forma que a curva de SAC não ficasse comprometida.
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3. CONCLUSÃO

Analisando o gráfico da SAC podemos perceber que se o erro percentual


fosse 0% a curva estaria mais próxima do correto, mas como nosso erro é pequeno,
podemos concluir que através dos métodos apresentados durante a disciplina , para
os cálculos de coeficiente, áreas imersas e volumes, conseguimos estimar de forma
satisfatória as informações mais difíceis de obter sobre o navio, como seu
deslocamento ou a curva de SAC. Além disso, podemos notar que o porte da
embarcação (DWT), que representa a soma de todos os pesos que o navio é capaz
de embarcar com segurança, é de extrema importância para que todos os outros
valores sejam obtidos.
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REFERÊNCIAS

Arquitectura Naval. Disponível em:


<https://cnavblog.files.wordpress.com/2016/08/arquitecturanaval-lisboa.pdf>. Acesso
em: 7 março 2022.
BARRASS, Dr C. B. Ship Design na Performance for Masters and Mates. 1 ed.
2014

PAPANIKOLAOU, Apostolos, Ship Design: Methdologies of Preliminary Design.


1 ed. 2014

NKK. Sociedade classificadora. Disponível em:


<https://www.classnk.or.jp/register/regships/regships.aspx>. Acesso em: 03 de
dezembro 2022.

TUPPER, E.C. Introduction to Naval Architecture.4.ed Disponível


em:https://www.scribd.com/book/282548043/Introduction-to-Naval-
Architecture?utm_medium=cpc&utm_source=google_search&utm_campaign=3Q_G
oogle_DSA_NB_RoW&utm_device=c&gclid=CjwKCAiAl-
6PBhBCEiwAc2GOVLzz6VU9cv1El9sd1soAcag_-6Gx0kMd8D2eO3SZqfHu9Rp-4-
3JPhoC_G8QAvD_BwE>.Acesso em: 02 fevereiro 2022

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