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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO ACADÊMICO DO AGRESTE


NÚCLEO DE TECNOLOGIA
ENGENHARIA DE CIVIL

EMMANUEL SILVA BATISTA


ERIK FERNANDO SILVESTRE GALINDO DE CARVALHO
ÍTALO BRENDSON TORRES DE OLIVEIRA

TOPOGRAFIA 2

Segunda Avaliação: Levantamento Topográfico

CARUARU - PE
2021
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CENTRO ACADÊMICO DO AGRESTE
NÚCLEO DE TECNOLOGIA
ENGENHARIA DE CIVIL

EMMANUEL SILVA BATISTA


ERIK FERNANDO SILVESTRE GALINDO DE CARVALHO
ÍTALO BRENDSON TORRES DE OLIVEIRA

TOPOGRAFIA 2

Segunda Avaliação: Levantamento Topográfico

Trabalho acadêmico requerido no processo de aprovação


na disciplina de Topografia 2, no curso de Engenharia
Civil, na Universidade Federal de Pernambuco, Campus
Acadêmico do Agreste (UFPE-CAA).
.
Orientadora: Prof. Dra. Shirley Minnell Ferreira de Oliveira

CARUARU - PE
2021
Sumário

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 4
2. LEVANTAMENTO TRASNSVERSAL COM O NÍVEL......................................................... 5
3. LEVANTAMENTO LONGITUDINAL COM O NÍVEL ......................................................... 7
4. LEVANTAMENTO DA RAMPA COM A ESTAÇÃO TOTAL............................................ 10
1. INTRODUÇÃO

A topografia é uma ciência que por sua vez tem como principal objetivo descrever as
características naturais e as benfeitorias de uma determinada área, essa analise deve respeitar o
raio de até 30 Km, já que algo com raio superior a isso perderia algumas informações valiosas
na representação, expressando estas em uma planta. Tendo em vista que para fins de obtenção
de dados, se pode dividi-la em dois tipos os levantamentos planimétricos onde são calculadas
as áreas e localizados pontos de interesse, já nos levantamentos altimétricos são levados em
consideração os valores de altitude e com isto é possível representar com boa aproximação as
curvas de nível do terreno, dessa forma, por meio do cálculo de corte e aterro se faz possível
transformar uma área antes declivosa em plana.
A análise dessas informações se torna essencial na realização dos variados tipos de
projetos, entre os quais pode-se mencionar: construção de estradas, pontes, edifícios, oleodutos,
canais de irrigação, cálculo de áreas e volumes.
Ao longo do passar dos anos na topografia desenvolve-se diversos métodos e
equipamentos os quais foram sendo aperfeiçoados cada vez mais nas últimas décadas,
principalmente com a utilização de equipamentos eletrônicos e programas computacionais no
cálculo dos dados levantados a campo. Dessa forma, se faz necessário conhecimento e pratica
no levantamento e manuseio dos dados.
Levando em consideração todos estes fatores anteriormente mencionados, a presente
atividade feita em campo teve como objetivo realizar atividades práticas em áreas ligadas à
topografia, e, além disso, desenvolver e avaliar a capacidade de trabalho em equipe.
2. LEVANTAMENTO TRASNSVERSAL COM O NÍVEL

Para obter-se a seção transversal da pista, foram utilizados os seguintes equipamentos,


nível óptico, baliza, tripé, trena e mira falante. Inicialmente foi determinado o local de fixação
do equipamento, a partir disso, determinou-se a altura que deveria ser colocado o tripé tomando
como base a altura do integrante mais baixo da equipe, então feito isso fixou-se o nível óptico
no tripé e começou-se o procedimento de nivelamento do equipamento, para facilitar esse
procedimento inicial de ajuste do equipamento foram feitas algumas alterações no tripé, feitos
os ajustes grosseiros partiu-se para os ajustes mais finos com o auxílio dos parafusos do nível.

Dessa forma, com o equipamento montado e ajustado, partiu-se para o local desejado
para o levantamento e demarcou-se os pontos a serem captados pelo equipamento, além disso,
determinou-se as distancias horizontais de cada ponto. Assim, logo em seguida foi feita a
captação dos pontos utilizando o nível e a mira falante. Na Figura 1, pode-se observar um
croqui da seção.

Figura 1: Croqui da seção transversal

Fonte: Os autores (2021).


Assim, por meio dos dados coletados foi feita uma planilha no Excel para auxiliar no
traçado da seção transversal da pista, considerou-se o p1 como ponto de referência para
obtenção dos demais valores, o desnível foi calculado da seguinte forma, o valor da visada
menos a altura do instrumento, o ponto p1 foi escolhido como ponto de referência apenas para
facilitar os cálculos, como pode ser visto na Tabela 1.

Tabela 1: Obtenção da seção transversal.

Fonte: Os autores (2021).

Finalmente, traçou-se a seção transversal por meio dos dados coletados e compilados,
como pode ser observado na Figura 2.

Figura 2: Seção transversal.

Fonte: Os autores (2021).


3. LEVANTAMENTO LONGITUDINAL COM O NÍVEL

Para obter-se o perfil longitudinal da pista, foram utilizados os mesmos materiais


citados anteriormente. Além disso, o procedimento para montagem e nivelamento do
equipamento foi semelhante ao do levantamento transversal. Contudo, teve uma diferença entre
os procedimentos, enquanto em um foram feitas todas as medidas com apenas uma estação, no
caso do levantamento transversal, no outro foram utilizadas mais de uma. Dessa forma, partiu-
se para o local desejado para o levantamento e demarcou-se os pontos a serem captados pelo
equipamento e o local de cada estação, além disso, determinou-se as distancias horizontais de
cada ponto. Assim, logo em seguida foi feita a captação dos pontos utilizando o nível e a mira
falante, sempre fazendo a leitura da cota Ré e Vante. Na Figura 3, pode-se observar um croqui
da seção longitudinal.

Figura 3: Croqui da seção longitudinal

Fonte: Os autores (2021).

Assim, por meio dos dados coletados foi feita uma planilha no Excel para auxiliar no
traçado do perfil longitudinal da pista e determinar o erro associado ao nivelamento e
contranivelamento, o erro foi determinado fazendo o somatório dos desníveis correspondentes
ao nivelamento menos os do contranivelamento, o desnível foi calculado da seguinte forma, o
valor da leitura vante menos a leitura ré. Além disso, calculou-se a tolerância utilizando a
equação T(mm)= 12* √ (extensão), como pode ser visto nas Tabelas 2, 3 e 4.
Tabela 2: Obtenção do nivelamento do perfil longitudinal

Fonte: Os autores (2021).

Tabela 3: Obtenção do contranivelamento do perfil longitudinal

Fonte: Os autores (2021).

Tabela 4: Obtenção do erro e da tolerância

Fonte: Os autores (2021).

Finalmente, traçou-se o perfil longitudinal, por meio dos dados coletados e compilados,
como pode ser observado nas Figuras 4 e 5.
Figura 4: Perfil longitudinal nivelamento

Fonte: Os autores (2021).

Figura 5: Perfil longitudinal contranivelamento

Fonte: Os autores (2021).


4. LEVANTAMENTO DA RAMPA COM A ESTAÇÃO TOTAL

No levantamento da rampa com a estação total, nós primeiramente realizamos a


preparação da estação total, foi determinado o local de fixação do equipamento, ajustado o tripé
tomando como referência à altura do integrante mais baixo da equipe e logo após foi colocada
a estação sobre o tripé e feito o nivelamento da mesma, vale salientar que foram feitos alguns
ajustes no tripé para agilizar o processo de nivelamento, em seguida, iniciamos a coleta dos
alguns pontos específicos na rampa de acessibilidade. Para que pudéssemos coletar todos os
pontos necessários para o cálculo da inclinação de toda a rampa de acessibilidade tivemos que
realizar a instalação da estação total em dois pontos, como podemos ver na figura 6, e
nomeamos esses postos de Estação 1 (E1) e Estação 2 (E2).

Após o levantamento e com a posse dos dados de cada ponto coletado iniciamos o
cálculo das distancias entre cada ponto com o auxílio do AutoCAD e das cotas dos pontos em
relação ao nível do ponto P1 com o auxílio do Excel. Todos os resultados obtidos estão na
Figura 6 abaixo.

Figura 6: Croqui do levantamento da rampa

Fonte: Os autores (2021).

Tendo as distancias e as cotas já todas calculadas agora é possível calcular a inclinação


da rampa de acessibilidade. Para facilitar a compreensão optamos por dividir a rampa de
acessibilidade em 4 pequenas rampas (rampa 1, rampa 2, rampa 3 e rampa 4), como mostra a
Figura 7.
Figura 7: Divisão da rampa

Fonte: Os autores (2021).

Em seguida elaboramos os perfis de cada rampa para melhor ilustrar a realidade da


rampa de acessibilidade, como vemos abaixo:

Figura 8: Rampa 1

Fonte: Os autores (2021).

Figura 9: Rampa 2

Fonte: Os autores (2021).


Figura 10: Rampa 3

Fonte: Os autores (2021).

Figura 11: Rampa 4

Fonte: Os autores (2021).

Figura 12: Vista frontal da rampa de acessibilidade

Fonte: Os autores (2021).

Sendo assim, para sabermos se cada rampa está seguindo as normas temos que calcular
as inclinações das mesmas, como mostra a equação abaixo.
𝑪𝒐𝒕𝒂 𝒇𝒊𝒏𝒂𝒍 − 𝑪𝒐𝒕𝒂 𝒊𝒏𝒊𝒄𝒊𝒂𝒍
𝒊 (%) = 𝒙 𝟏𝟎𝟎
𝑪𝒐𝒎𝒑𝒓𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 𝒉𝒐𝒓𝒊𝒛𝒐𝒏𝒕𝒂𝒍

Com o auxílio do Excel obtivemos as inclinações de cada rampa, como mostra a Tabela
5 abaixo:
Tabela 5: Inclinação das rampas

Fonte: Os autores (2021).

Tabela 6: Dimensionamento de rampas

Fonte: https://www.canteirodeengenharia.com.br

Segundo a ABNT NBR 9050:2015, que é a norma que discorre sobre a “Acessibilidade
a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos.” O item 6.6.2.1 da NBR 9050:2015
informa que as rampas devem ter inclinação de acordo com os limites estabelecidos na Tabela
6 e que para uma inclinação entre 6,25 % e 8,33 %, é recomendado criar áreas de descanso nos
patamares, a cada 50 m de percurso.

Tabela 7: Dimensionamento de rampas para situações excepcionais.

Fonte: https://www.canteirodeengenharia.com.br

Já no item 6.6.2.2 informa que em caso de reformas, quando esgotadas as possibilidades


de soluções que atendam integralmente à Tabela 6, podem ser utilizadas inclinações superiores
a 8,33% até 12,5%, conforme Tabela 7.
Apesar das inclinações da rampa 1 (Figura 8) e da rampa 4 (Figura 11) estarem de
acordo com a norma, ou seja, com inclinações inferiores a 8,33%, temos que as inclinações da
rampa 2 (Figura 9) e da rampa 3 (Figura 10) que são 9,337% e 9,049% respectivamente, estão
superiores ao que a norma permite, que é de 8,33%.

A rampa de acessibilidade da UFPE não se enquadra na exceção que trata o item 6.6.2.2
da NBR 9050:2015, tendo em vista que fora executada com a possibilidade de modificações
durante a sua construção, pois havia espaço suficiente para corrigir sua inclinação e deixá-la
inferior a 8,33%. Sendo assim, notamos que a rampa não foi executada de acordo com a NBR
9050:2015.

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