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A maior caverna do estado de Mato Grosso, e umas das dez maiores cavernas do país é
encontrada no Município de Curvelândia, denominada Caverna do Jabuti, sua extensão
aproxima aos 4 km de plano horizontal, com amplos salões acessíveis, espeleotemas
constituídos de estalactites, estalagmites, cortinas, represas de travertinos 1, flores de aragonita2
e outros. Uma diversidade de formações rica em calcário em seu interior, por depósitos de
origem química. Apresenta grande potencial para o turismo de contemplação, uma
extraordinária beleza cênica. Sua geologia é extremamente interessante, rodeada por
biodiversidade de flora e fauna muito rica em seu entorno. A caverna ainda não foi explorada
turistificamente até momento, apenas pesquisada e observada pelas entidades responsáveis
pela conservação ambiental.
Diante desta riqueza ecológica, aparece as necessidades de apropriação do homem
com a natureza para se beneficiar economicamente. Podemos observar que nas ultimas
décadas a urbanização tem aumentado no Brasil abrangendo todos os pontos do país, tantos
como turísticos, cultiváveis, potencial em recursos minerais, estratégicos e etc. As
perspectivas econômicas mudaram, acionadas pela nova ordem mundial com a terceira
revolução industrial, através dos avanços tecnológicos, da globalização, da informatização, do
crescente desenvolvimento da população. As cidades se modernizaram, surgiram novas
cidades, e novos biomas foram habitados pela humanidade, descobriram inúmeros ambientes
diferenciados em todo território brasileiro, e conseqüente aumento da possibilidade de
transformação da natureza pelo homem, submetendo o meio ambiente a uma agressão que
está provocando o declínio cada vez mais acelerado de sua qualidade, e de sua capacidade
para sustentar a vida, ocasionando o grande desequilíbrio ambiental. A evolução tecnológica
produziu mudanças nos hábitos humanos, criando uma nova cultura, um novo individuo com
novos desejos, a cada vez mais inserido no capitalismo, preciso de atividades extras para sair
da rotina diária e em outros casos novas fontes para a geração de renda. No entanto, turismo
faz parte das atividades praticadas que provocam impacto ambiental, com larga exploração
1
rocha calcária, dura, compacta, densa, ger. de estrutura concêntrica ou fibrosa, formada por rápida precipitação química
de carbonato de cálcio, apresentando freq. marcas de ramos e folhas; tufo calcário (Dicionário Houaiss)
2
mineral muito comum, carbonato de cálcio ortorrômbico, polimorfo da calcita, mais duro e mais denso que esta,
encontrado também. nas conchas, pérolas e corais (Dicionário Houaiss)
em ambientes de uma vida geológica prolongada para sua formação, como no caso das
cavernas.
Tendo em vista os impactos ambientais ocorridos em diversas áreas ecológicas com a
prática do turismo. E considerando a importância de preservar a Caverna do Jabuti dos
impactos negativos, e ainda o intuito de conscientizar e sensibilizar a comunidade escolar e
munícipes de Curvelândia a fim de manifestarem com cuidados especiais necessários com o
meio natural, que surgiu a necessidade do desenvolvimento desta pesquisa com resultado em
um trabalho monográfico que possa atingir o público, para sensibilizar e propor idéias
inovadoras aos projetos já desenvolvidos por parte da prefeitura e das escolas que por sua vez,
tem objetivos de turistificar este ambiente. Também relacionar as conseqüências que na
ocasião poderão acontecer com a prática do turismo sustentável e as transformações ao meio,
onde está localizada a Caverna do Jabuti.
TURISMO
ECOTURISMO
3
Animais que não são nativos da região
as cavernas são formadas ao longo de milhares de anos, através de ações corrosivas no
interior dos espaços rochosos.
A prática do espeleoturismo exige cuidados específicos em razão à manutenção das
inúmeras ornamentações que são os espeleotemas existentes no interior das cavernas, no qual,
nada pode ser adulterado, quebrado, pintado ou arranhado de forma alguma. Deve se ter todo
cuidado ao se deslocar nas galerias e salões ricamente ornamentados. A respeito deste caso,
temos um lema internacional da espeleologia que diz: “De uma nada se tira além de
fotografias, nada se mata além do tempo e nada se deixa além das pegadas.”, no entanto, não
se recomenda o uso excessivo de câmeras de fotográfico por causa da ação do flash que
podem danificar alguns espeleotemas muito sensíveis a luz.
A pratica do turismo em cavernas exige uma preparação no ambiente, sendo
necessário à realização de alterações e mudanças nas características dessas áreas para
satisfazer as necessidades dos turistas. É um tipo de turismo que só funciona com a soma de
serviços e relações, pois a base de funcionamento desta atividade está diretamente ligada a
infra-estrutura básica e aos equipamentos e serviços turísticos, para facilite a estadia dos
visitantes no local.
CURVELÂNDIA
A CAVERNA DO JABUTI
7
O Pólo do Guaporé é formado por 20 municípios da região da fronteira, com limite interestadual com Rondônia e
internacional com a República da Bolívia, abrange uma superfície territorial de 95.526 km 2 ,com população de cerca de
276.000 habitantes.
estalagmite8 com 3 metros de altitude e 1,50 de diâmetro. Dentre as formações existentes,
outra destacada é um vão de grande profundidade, que não foi ainda explorado pelo IBAMA,
possui aspectos de um abismo com fundo visível. Grande quantidade de flores de aragonita
junto de pequenas estalactites9 são encontradas no seu interior, denominada de “salão de
cocada”.
Há pouca água na caverna, mas na época da cheia o fluxo aumenta, gerando pequenos
córregos nas laterais e dando mais brilho às paredes e ao teto. Do lado de fora, a trilha até a
caverna impressiona pela mata Amazônica ainda preservada. A caverna já possui um guia
nativo (amador) que participou de todo o trabalho de reconhecimento do IBAMA, ótimo
conhecedor dos labirintos internos do atrativo.
Nas imediações da caverna do Jabuti distantes 8 km, há um ninho de gavião-real. A
presença da maior águia do mundo, cuja avistagem é cobiçada por todos os ecoturistas e por
fotógrafos de todos os níveis em um local de fácil acesso é uma raridade no Brasil. Trata-se
de um animal extremamente ameaçado no Brasil e no mundo, cuja avistagem tem sido cada
vez mais rara.
Imagina-se que a milhões de anos atrás haveria um possível rio subterrâneo no local
da caverna. E após ter secado por motivo de abaixamento do nível do lençol freático, ou seja,
do nível do mar, tanto que há cientistas que acreditam e afirmam que na região do vale do
Jauru, incluindo Cáceres a Porto Esperidião no passado poderiam ser cobertos por água.
Diante desta afirmação podemos observar que o local onde se situa a Caverna do Jabuti,
existe várias montanhas em seu entorno, e ainda no local da entrada da caverna, há uma
prancha rochosa muito grande que continua sob a caverna por longa extensão. Servindo como
testemunho de grandes sedimentações e remanejamentos do subsolo nesta área. As águas que
cobriam está região poderia ter procurado por facilidade para ser desaguadas, e encontrando
um solo mais frágil, ou por ser um relevo constituído de carste, por haver algumas faturas
percorriam água em meio as fressuras, abrindo canais. E com isso, formou-se um rio
subterrâneo, que possivelmente podiam ser interligado em outro rio, e por motivo de
rebaixamento do teto pode ter demolido o que dificulta a passagem em alguns lugares dentro
da caverna. [avulso sem referência]
8
Forma colunar que se eleva do chão, proveniente de pingos-d'água que caem do teto de uma cavidade ou caverna
carregados de bicarbonato de cálcio
9
Forma colunar pendente do teto das cavernas ou subterrâneos, resultante da precipitação de bicarbonato de cálcio, trazido
em dissolução na água
PESQUISA
CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA
BENI, Mário Carlos – Análise estrutural do turismo – 10ª ed. Atual. – São Paulo : Editora
Senac São Paulo, 2004
CAMPOS, Luiz Cláudio de A. Menescal. Introdução a Turismo e Hotelaria. 10ª Ed. - Rio de
Janeiro : Ed. Senac Nacional, 2005.