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Ambiental
Gisela Cristina Richter
2018
Copyright © UNIASSELVI 2018
Elaboração:
Gisela Cristina Richter
352.60981
R535g Richter, Gisela Cristina
Gestão e saneamento ambiental / Gisela Cristina Richter.
Indaial: UNIASSELVI, 2018.
218 p. : il.
ISBN 978-85-515-0136-8
1.Saneamento - Brasil.
I. Centro Universitário Leonardo Da Vinci.
Impresso por:
Apresentação
Caro acadêmico,
A gestão ambiental a cada dia torna-se mais atual e necessária para todo
o âmbito da sociedade, de crianças, jovens, adultos e idosos, conhecedores ou
não dos termos mais preocupantes da relação ambiental. É na preocupação
de termos um planeta, país, estado, cidade, bairro ou casa com melhores
condições de saneamento ou com menos degradação dos recursos naturais
que influenciam nosso cotidiano, tanto na esfera de saneamento como em
uma alimentação mais saudável, que instigamos a conhecer mais cada um
desses conhecimentos que fazem a diferença para a humanidade nos dias de
hoje. Nossa interação com esses conhecimentos inicia-se na Unidade 1 onde
serão apresentadas as definições de gestão ambiental, a legislação vigente
em nosso país, seu gerenciamento em benefício, tanto ao meio produtivo
como ao cidadão comum. Para que tenhamos menos impactos financeiros,
o gerenciamento auxilia na utilização correta dos recursos oferecidos pela
natureza, seu manejo, sua melhor utilização como produto, destinos finais e
consequentemente uma diminuição de problemas relacionados à saúde de
todos envolvidos nessa cadeia.
Bons estudos!
III
NOTA
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
UNI
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – GERENCIAMENTO AMBIENTAL............................................................................ 1
VII
4.2 DOENÇAS INFECCIOSAS RELACIONADAS COM EXCRETAS (ESGOTOS)..................... 45
4.3 DOENÇAS INFECCIOSAS RELACIONADAS COM O LIXO ................................................. 45
4.4 DOENÇAS INFECCIOSAS RELACIONADAS COM A HABITAÇÃO................................... 45
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 46
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 47
TÓPICO 5 – LEGISLAÇÃO.................................................................................................................... 57
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................................... 57
2 LEGISLAÇÃO DE SANEAMENTO NO BRASIL........................................................................... 57
3 LICENCIAMENTO AMBIENTAL...................................................................................................... 59
LEITURA COMPLEMENTAR................................................................................................................ 63
RESUMO DO TÓPICO 5........................................................................................................................ 65
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 66
TÓPICO 1 – RECURSOS......................................................................................................................... 69
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................................... 69
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 72
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 73
TÓPICO 2 – HISTÓRICO....................................................................................................................... 75
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................................... 75
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 81
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 82
TÓPICO 3 – CONCEITOS...................................................................................................................... 83
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................................... 83
2 O QUE É A ÁGUA?............................................................................................................................... 83
2.1 A ÁGUA NO PLANETA TERRA................................................................................................... 84
2.2 O CICLO DA ÁGUA........................................................................................................................ 85
2.3 CLASSIFICAÇÕES E USO DA ÁGUA.......................................................................................... 86
2.4 TIPOS DE ÁGUA.............................................................................................................................. 87
2.4.1 Água destilada......................................................................................................................... 87
2.4.2 Água mineral............................................................................................................................ 88
2.5 USOS DA ÁGUA ............................................................................................................................. 88
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 95
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 96
VIII
2 FONTES DE POLUIÇÃO DA ÁGUA................................................................................................ 103
2.1 A POLUIÇÃO CAUSADA PELAS INDÚSTRIAS....................................................................... 104
2.2 A MINERAÇÃO, A EXTRAÇÃO E O TRANSPORTE DE PETRÓLEO................................... 105
2.3 AS ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DA ÁGUA.......................................................................... 106
2.4 PADRÕES PARA OS AGROTÓXICOS.......................................................................................... 109
2.5 TRATAMENTO DE ÁGUA CONVENCIONAL.......................................................................... 114
2.6 FILTRAÇÃO LENTA........................................................................................................................ 115
2.7 FILTRAÇÃO DIRETA...................................................................................................................... 116
2.8 QUANDO NÃO HÁ ESTAÇÃO DE TRATAMENTO................................................................. 117
3 O DESTINO DA ÁGUA UTILIZADA.............................................................................................. 119
3.1 DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO (DBO).................................................................... 121
3.2 DEMANDA QUÍMICA DE OXIGÊNIO (DQO)........................................................................... 122
3.3 CARBONO ORGÂNICO TOTAL (COT)....................................................................................... 122
3.4 OXIGÊNIO DISSOLVIDO (OD)...................................................................................................... 122
3.5 E COMO É O TRATAMENTO DE ESGOTO?.............................................................................. 123
3.6 TRATAMENTO PRIMÁRIO............................................................................................................ 124
3.7 TRATAMENTO BIOLÓGICO OU SECUNDÁRIO...................................................................... 125
3.8 TRATAMENTO TERCIÁRIO.......................................................................................................... 126
3.9 TRATAMENTO DE LODO.............................................................................................................. 127
3.10 LEITOS DE SECAGEM.................................................................................................................. 129
4 MÉTODOS DE TRATAMENTOS AVANÇADOS DA ÁGUA..................................................... 130
4.1 FILTRAÇÃO EM MARGEM .......................................................................................................... 130
4.2 FILTRAÇÃO POR MEMBRANA................................................................................................... 131
4.3 UTILIZAÇÃO DE MEMBRANAS NA CLARIFICAÇÃO E NA DESINFECÇÃO ................ 132
5 LEGISLAÇÃO........................................................................................................................................ 133
LEITURA COMPLEMENTAR................................................................................................................ 135
RESUMO DO TÓPICO 4........................................................................................................................ 137
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 138
IX
4 LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA............................................................................................................... 166
5 RÓTULO DE RISCO............................................................................................................................. 167
6 PAINEL DE SEGURANÇA.................................................................................................................. 169
7 PRÁTICA NAS EMERGÊNCIAS....................................................................................................... 172
8 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL.......................................................................... 173
9 TRANSPORTE E ACONDICIONAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS.................................. 173
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 183
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 185
X
UNIDADE 1
GERENCIAMENTO
AMBIENTAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade, você deverá ser capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em cinco tópicos. No decorrer da unidade você
encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 5 – LEGISLAÇÃO
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Nesta unidade, você irá compreender alguns conceitos sobre gestão
ambiental e uma de suas técnicas, que é o gerenciamento ambiental, além de
desenvolver um paralelo do que é realizado em termos ambientais e o que é
correto para se utilizar em termos empresariais. Que a preocupação ambiental
não precisa ser sempre dispendiosa, que pode vir de ações simples para
minimização dos mais variados tipos de recursos e que nossos antepassados,
para muitas ações, os usavam com maestria, sem causar o impacto ambiental.
Por que se fala cada vez mais na questão de gerenciamento ambiental de forma
sustentável? Essa preocupação não acontecia na década de 1950 e eram poucos
cientistas que falavam sobre os impactos a respeito do meio ambiente e como ele
poderia transformar de forma negativa todas as formas de vida no planeta como
estamos presenciando nos dias de hoje. É sob esta ótica que trataremos o assunto
Gerenciamento Ambiental.
3
UNIDADE 1 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
2.2 A ONU
Em 1972, a ONU convocou a Conferência das Nações Unidas sobre o
Ambiente Humano, em Estocolmo, na Suécia (I CNUMAD). Esse evento em
sua declaração final desenvolveu 26 princípios que representam o manifesto
ambiental para a atualidade e as bases para a nova agenda ambiental do Sistema
das Nações Unidas ao “inspirar e guiar os povos do mundo para a preservação e
a melhoria do ambiente humano” (ONUBR, 2017, s.p.).
4
TÓPICO 1 | REVISÃO HISTÓRICA DO SANEAMENTO AMBIENTAL
UNI
UNI
6
TÓPICO 1 | REVISÃO HISTÓRICA DO SANEAMENTO AMBIENTAL
UNI
7
UNIDADE 1 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
8
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico você estudou que:
9
• Em 2002, aconteceu a Rio+10, em Johanesburgo, na África do Sul. Reuniu a
Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável que tratou dos desafios
de melhorar a vida das pessoas e conservar os recursos naturais no mundo com
população crescente e com necessidades cada vez maiores de alimentos, água,
abrigo, saneamento, energia, serviços de saúde e segurança econômica.
10
AUTOATIVIDADE
11
12
UNIDADE 1
TÓPICO 2
DEFINIÇÕES E CONCEITOS
1 INTRODUÇÃO
Vejamos agora alguns assuntos importantes sobre o gerenciamento
ambiental que nos ajudará ao longo deste curso. O gerenciamento ambiental
faz parte de uma das técnicas da gestão ambiental que, segundo Sanchéz (2013),
são ações responsáveis pela utilização, proteção, controle e conservação do meio
ambiente, bem como avaliar se a ocorrência de uma atividade está de acordo com
a política ambiental.
2 CONCEITOS
A conceituação contemporânea como conhecemos hoje, iniciou-se em
1950 com a palavra poluição, primeiro no meio acadêmico e posteriormente na
impressa, mas não foi um conceito abrangente o suficiente para as inúmeras
situações do meio ambiente, sendo substituída em 1970 por impacto ambiental
(SÁNCHEZ, 2013).
13
UNIDADE 1 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
14
TÓPICO 2 | DEFINIÇÕES E CONCEITOS
15
UNIDADE 1 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
16
TÓPICO 2 | DEFINIÇÕES E CONCEITOS
de
autoativida
DICAS
18
TÓPICO 2 | DEFINIÇÕES E CONCEITOS
2.2 AGENDA 21
Desenvolvida na Conferência Rio-92, a Agenda 21 é um documento que
estabeleceu a cada país o compromisso de refletir, global e localmente, sobre
a forma pela qual governos, empresas, organizações não governamentais e
todos os setores da sociedade pudessem cooperar no estudo de soluções para
19
UNIDADE 1 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
DICAS
20
TÓPICO 2 | DEFINIÇÕES E CONCEITOS
• Participação e cidadania.
• Respeito às comunidades e diferenças culturais.
• Integração.
• Melhoria do padrão de vida das comunidades.
• Diminuição das desigualdades sociais.
• Mudanças de mentalidade.
de
autoativida
21
UNIDADE 1 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
Análise
crítica
Melhoria
contínua
Implementação
e operação
Política
Ambiental
Planejamento
A norma ISO 14001 é a única norma do conjunto da ISO 14000, que certifica
ambientalmente uma organização, embora não exija que ela já tenha atingido o
melhor desempenho ambiental possível. A norma ISO 14004 é um guia para o
estabelecimento e implementação de seu Sistema de Gestão Ambiental – SGA e
não enseja certificação.
22
TÓPICO 2 | DEFINIÇÕES E CONCEITOS
DICAS
23
UNIDADE 1 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
24
TÓPICO 2 | DEFINIÇÕES E CONCEITOS
DICAS
25
UNIDADE 1 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
2.7 LIDERANÇA
Na questão Liderança e Comprometimento, a alta direção terá um papel
fundamental na implementação do SGA para fortalecer a integração da gestão
ambiental (estratégico) e a estratégia de negócios da organização (operacional). O
objetivo é desencadear o ordenamento dos entre os objetivos gerais do negócio,
os objetivos ambientais e de sustentabilidade, agregando valor e melhorando a
eficiência dos processos. Ou seja, a alta direção necessita garantir que as ações
necessárias sejam tomadas para que o sistema de gestão ambiental alcance os
resultados esperados.
26
TÓPICO 2 | DEFINIÇÕES E CONCEITOS
2.8 PLANEJAMENTO
Na questão do planejamento a organização deve projetar quais são os
aspectos do meio ambiente que ela deverá agir, nos requisitos legais e outros
requisitos, ou seja, a organização irá avaliar seus processos e identificar os aspectos
ambientais que ela possa controlar ou influenciar em função da perspectiva
do ciclo de vida, no requisito matéria-prima, desenvolvimentos, produção,
distribuição, uso e destino final.
a. Leis e regulações.
b. Condicionantes de licenças etc.
• Aspectos ambientais.
• Requisitos legais e outros requisitos.
27
UNIDADE 1 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
2.9 OPERAÇÃO
Neste item o planejamento e controle operacional dos processos devem ser
os mais explicados para atender o sistema de gestão ambiental. Com um olhar no
ciclo de vida dos produtos e serviços, com pleno controle também dos processos
terceirizados, especificados pelo sistema de gestão ambiental da organização e
que, conforme Fiesp (2015, p. 12): “prevê a gestão das mudanças planejadas ou
não planejadas, é endereçada no subitem Controle e planejamento operacional,
bem como em outros requisitos da norma, para que a organização possa antecipar
ações de mitigação de possíveis efeitos adversos, se necessário, de forma a não
prejudicar os resultados pretendidos pelo SGA.”
29
UNIDADE 1 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
Respiração
Atmosfera Absorção
animal
Emissão
Fonte
Poluidora
Deposição
Água Solo
30
TÓPICO 2 | DEFINIÇÕES E CONCEITOS
UNI
32
TÓPICO 2 | DEFINIÇÕES E CONCEITOS
• Caracterização do empreendimento
• Diagnóstico Ambiental da AI
33
UNIDADE 1 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
4 O RIMA
O Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), segundo Amorim (s.d.)
o documento que apresenta os resultados dos estudos técnicos e científicos
de AIA. Ele destina-se à comunidade, e deve ser elaborado em linguagem
acessível, ilustrado por mapas, cartas, quadros, gráficos e demais técnicas de
comunicação visual, de modo que as pessoas possam entender, claramente, as
possíveis consequências ambientais do projeto e suas alternativas, comparando
as vantagens e desvantagens de cada uma delas.
34
TÓPICO 2 | DEFINIÇÕES E CONCEITOS
35
UNIDADE 1 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
36
TÓPICO 2 | DEFINIÇÕES E CONCEITOS
37
UNIDADE 1 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
UNI
LEMBRE-SE
Que o Rótulo Ecológico ABNT é um programa de rotulagem ambiental (Ecolabelling),
caracterizando-se por ser uma metodologia voluntária de certificação e rotulagem de
desempenho ambiental de produtos ou serviços que vem sendo praticada ao redor do
mundo, sendo um importante mecanismo de implementação de políticas ambientais
dirigida aos consumidores, auxiliando-os na escolha de produtos com impacto ambiental
reduzido.
38
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico você aprendeu:
• O que é o desenvolvimento sustentável, como se deve trabalhar a preservação
e conservação ambiental e a identificação dos elementos que apoiam o
desenvolvimento sustentável. Compreendemos os conceitos, a estrutura e os
princípios da Agenda 21.
39
AUTOATIVIDADE
1- Impacto ambiental:
2- Recuperação ambiental:
3- Dano ambiental:
4- Qualidade ambiental
5- Auditorias ambientais:
6- Rotulagem ambiental:
40
UNIDADE 1
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Segundo o Manual de Saneamento (BRASIL, 2015), saneamento é o
conjunto de ações socioeconômicas que têm por objetivo alcançar níveis de
salubridade ambiental, por meio de abastecimento de água potável, coleta
e disposição sanitária de resíduos sólidos, líquidos e gasosos, promoção da
disciplina sanitária de uso do solo, drenagem urbana, controle de doenças
transmissíveis e demais serviços e obras especializadas, com a finalidade de
proteger e melhorar as condições de vida urbana e rural. Já a OMS (2002, s.p.)
apud BRASIL (2015) define saneamento como “o controle de todos os fatores do
meio físico do homem, que exercem ou podem exercer efeitos deletérios sobre
seu estado de bem-estar físico, mental ou social”.
2 HISTÓRICO DO SANEAMENTO
A preocupação com o saneamento não é de hoje, a importância do
saneamento e da sua associação com a saúde humana remonta às mais antigas
culturas. O saneamento, segundo BRASIL (2015) desenvolveu-se de acordo coma
evolução das diversas civilizações.
41
UNIDADE 1 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
Idade Média (século V d.C. ao século XV d.C.) A água era o elemento principal
para o desenvolvimento econômico das rodas d’água para moagem, tecelagem,
tinturaria e curtimento.
42
TÓPICO 3 | DOENÇAS DA CARÊNCIA DE SANEAMENTO
3 SANEAMENTO NO BRASIL
No Brasil Colônia, período que vai de 1500 até o início do século XIX, pouca
preocupação existiu quanto ao saneamento. O que se verifica são os aquedutos
rurais de água, necessários para a moagem da cana de açúcar e as plantações
de café para a lavagem dos grãos. As vilas em geral eram construídas próximas
de riachos, nascentes e ribeirões de onde podiam extrair a água. O governo da
época não tinha preocupação com o saneamento, tanto que no Rio de Janeiro,
o primeiro aqueduto que transportava água do rio Carioca até um chafariz no
largo da Carioca só foi construído em 1723. Modelo ampliado e posteriormente
adotado em outras cidades do país.
Em 1808, com a vinda da Família Imperial ao Rio de Janeiro, ocorreram
várias transformações nas cidades da colônia. Algumas delas foram os serviços
de infraestrutura, de abastecimento de água e de esgotamento sanitário. Observa-
se que até então o Brasil não obtinha política sanitária relevante alguma nas
políticas públicas.
43
UNIDADE 1 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
44
TÓPICO 3 | DOENÇAS DA CARÊNCIA DE SANEAMENTO
45
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico você estudou:
• A doenças infecciosas advindas do esgoto por contato direto ou por via indireta,
através da picada de mosquito.
46
AUTOATIVIDADE
47
48
UNIDADE 1
TÓPICO 4
CONDIÇÕES SANITÁRIAS E DE
CONFORTO NOS LOCAIS DE
TRABALHO
1 INTRODUÇÃO
Podemos buscar informações sobre a questão de condições sanitárias e
de conforto nos locais de trabalho através da NR24 (BRASIL, 2017e), que trata
das condições adequadas ao trabalhador para melhores instalações de banheiros,
vestiários, refeitórios, cozinhas e alojamentos. Você deve lembrar que esses
ambientes são áreas onde os trabalhadores (hoje considerados colaboradores)
passam a maior parte de suas vidas, merecendo uma atenção bastante grande
dos órgãos fiscalizadores como o Ministério e Trabalho e Emprego com a criação
cada vez mais das NRs (Normas Regulamentadores) para orientar e promover
uma equalização positiva destes ambientes. Nas próximas linhas em consonância
coma a legislação, você terá um maior conhecimento de como deverá proceder
conforme cada instalação, dentro de uma empresa.
2 INSTALAÇÕES SANITÁRIAS
Todas as instalações sanitárias devem ser separadas por gênero
(masculino e feminino). Todas as áreas destinadas aos sanitários deverão atender
às dimensões mínimas essenciais. A metragem correta para cada sanitário é de 1
metro, por 20 operários em atividade.
3 VESTIÁRIOS
O estabelecimento industrial que exigir troca de roupas ou seja imposto
o uso de uniforme ou guarda-pó, deverá ter local apropriado para vestiário
dotado de armários individuais, observando a separação de gêneros (masculino
e feminino).
A área mínima de um vestiário é dimensionada em função de 1,50 m² para
1 trabalhador.
A iluminação mínima para este ambiente é de 100 lux e deverão ser
instaladas lâmpadas incandescentes de 100 W/ 8,00 m² de área com pé-direito de
3.00 m, ou outro tipo de luminária com o mesmo efeito.
4 REFEITÓRIOS
Em empresas com mais de 300 (trezentos) operários, é obrigatória a
existência de refeitório, não sendo permitido aos trabalhadores fazerem suas
refeições em outro local do estabelecimento que não seja o refeitório.
50
TÓPICO 4 | CONDIÇÕES SANITÁRIAS E DE CONFORTO NOS LOCAIS DE TRABALHO
5 COZINHAS
As cozinhas devem ficar ao lado dos refeitórios e com ligação entre si, por
meio de aberturas por onde serão servidas as refeições. As áreas destinadas para
cozinha e depósito de gêneros alimentícios deverão ter a proporção de 35% (trinta
e cinco por cento) e 20% (vinte por cento) respectivamente, da área do refeitório.
A iluminação deverá ser com lâmpadas incandescentes de 150 W/4,00m²
com pé-direito de 3,0 m máximo, ou semelhantes.
51
UNIDADE 1 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
6 ALOJAMENTOS
Um alojamento é o local destinado ao descanso de operários de
forma adequada deve ter capacidade máxima de 100 (cem) operários e o seu
dimensionamento segue as características gerais do Quadro 1 da NR 24(BRASIL,
2017e), tendo áreas mínimas dimensionadas de acordo com os módulos (camas/
armários) para atender como um alojamento
Área
Tipos de cama e área Área de circulação Área de armário
total
respectiva (m2) lateral à cama (m2) lateral à cama (m2)
(m2)
simples
1 1,45 x 0,6 = 0,87 0,6 x 0,45 = 0,27 2,47
1,9 x 0,7 = 1,33
2 1,9 x 0,7 = 1,33 1,45 x 0,6 = 0,87 0,6 x 0,45 = 0,27 2,47
FONTE: Adaptado de Brasil (2017e)
52
TÓPICO 4 | CONDIÇÕES SANITÁRIAS E DE CONFORTO NOS LOCAIS DE TRABALHO
a) Todo quarto ou instalação deverá ser conservado limpo e todos eles serão
pulverizados de 30 em 30 dias.
b) Os sanitários deverão ser desinfetados diariamente.
c) O lixo deverá ser retirado diariamente e depositado em local adequado.
d) É proibida, nos dormitórios, a instalação para eletrodomésticos e o uso de
fogareiro ou similares.
Em todos os locais de trabalho deverá ser fornecida aos trabalhadores água
potável, em condições higiênicas, sendo proibido o uso de recipientes coletivos.
Onde houver rede de abastecimento de água, deverão existir bebedouros de jato
inclinado e guarda protetora, proibida sua instalação em pias ou lavatórios, e na
proporção de 1 bebedouro para cada 50 empregados.
A destinação e tratamento de todo resíduo, para que se torne inócuos aos
empregados e à coletividade proveniente dos estabelecimentos industriais, é de
responsabilidade da empresa contratante.
53
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, você aprendeu:
54
AUTOATIVIDADE
a) ( ) V – F – F – V – V.
b) ( ) V – F – V – F – V.
c) ( ) F – F – F – V – V.
d) ( ) V – V – F – F – F.
e) ( ) F – V – F – V – F.
55
56
UNIDADE 1
TÓPICO 5
LEGISLAÇÃO
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico vamos entender um pouco da regulamentação do saneamento
básico no Brasil e a legislação sobre o assunto. A Constituição Federal, como
legislação superior, mostra as regras gerais dos estados e distrito federal até onde
cada um pode proporcionar uma melhor condição de vida a todas as pessoas
com a implementação de políticas públicas de saneamento, que são a coleta
de lixo, destinação de esgoto doméstico e de efluentes industriais, a captação e
distribuição de água potável, entre outros (ROCHA, s.d.). E ainda segundo Rocha
(s.d., p. 1), o “ saneamento básico é essencial à sadia qualidade de vida que é
um direito de todo cidadão, pois está intimamente ligado à dignidade humana.
O meio ambiente deve ser observado criteriosamente, haja vista que a falta de
saneamento básico, ou seu mau planejamento, afeta diretamente o ambiente,
podendo causar danos irreparáveis”.
57
UNIDADE 1 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
FIGURA11 – O SISNAMA
DICAS
58
TÓPICO 5 | LEGISLAÇÃO
3 LICENCIAMENTO AMBIENTAL
O licenciamento ambiental federal foi criado pela PNMA (Lei nº
6.938/1981), Artigo 9, inciso IV. E tem como preocupação o licenciamento e a
revisão de atividades efetivas ou potencialmente poluidoras que apresentados
pelo Decreto nº 99274/1990, Capítulo IV, Artigo 17:
59
UNIDADE 1 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
60
TÓPICO 5 | LEGISLAÇÃO
NOTA
61
UNIDADE 1 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
62
TÓPICO 5 | LEGISLAÇÃO
LEITURA COMPLEMENTAR
Água:
83% dos brasileiros são atendidos com abastecimento de água tratada. São
mais de 35 milhões de brasileiros sem o acesso a este serviço básico. A cada 100
litros de água coletados e tratados, em média, apenas 63 litros são consumidos.
Ou seja, 37% da água no Brasil é perdida, seja com vazamentos, roubos e ligações
clandestinas, falta de medição ou medições incorretas no consumo de água,
resultando no prejuízo de R$ 8 bilhões.
Tratamento Esgoto:
42,67% dos esgotos do país são tratados. A média das 100 maiores cidades
brasileiras em tratamento dos esgotos foi de 50,26%. Apenas 10 delas tratam
acima de 80% de seus esgotos.
63
UNIDADE 1 | GERENCIAMENTO AMBIENTAL
Universalização:
64
RESUMO DO TÓPICO 5
Neste tópico, você estudou:
65
AUTOATIVIDADE
1 Responda cada uma das questões que seguem abaixo como uma forma de
resumo para seus estudos:
a) Segundo o licenciamento ambiental o que é considerado como grandes
obras ?
66
UNIDADE 2
RECURSOS HÍDRICOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos. No decorrer do texto, você en-
contrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
TÓPICO 1 – RECURSOS
TÓPICO 2 – HISTÓRICO
TÓPICO 3 – CONCEITOS
67
68
UNIDADE 2
TÓPICO 1
RECURSOS
1 INTRODUÇÃO
Veremos nesta unidade conceitos e técnicas para tratamento de efluentes,
visto que a conservação e/ou tratamento da água, seja ela para utilização em
processo fabril ou para consumo humano, é algo que preocupa as autoridades
de todo mundo, pois tempos virão quando o controle das reservas de água será
motivo para disputas e até guerras entre nações. Essa afirmação é tão verdadeira
que Falco (2016, s.p.) coloca que as Nações Unidas para Agricultura e Alimentação
(FAO) na questão água apresenta dados que:
É possível verificar que com essa afirmação dada pela ONU, a importância
da água na vida de nosso planeta, a começar com o corpo humano, que é composto
por 70% de água e dentro dele cada órgão tem porcentagem diferenciada.
69
UNIDADE 2 | RECURSOS HÍDRICOS
Cérebro - 75%
Músculos - 75%
Pulmões - 86%
Coração - 75%
Fígado - 86%
Rins - 83%
Sangue - 81%
70
TÓPICO 1 | RECURSOS
Amazônia.................................... 45,7%
Uruguai........................................ 21%
Paraná.......................................... 14,3%
Norte e Nordeste........................ 1,6%
Tocantins..................................... 9,5%
São Francisco.............................. 7,5%
Leste............................................. 6,7%
Sudeste......................................... 2,6%
71
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu:
72
AUTOATIVIDADE
73
74
UNIDADE 2 TÓPICO 2
HISTÓRICO
1 INTRODUÇÃO
No passado a água era de suma importância para as populações que
passaram do estágio nômade para grupos com locais fixos, como a preocupação
com água para suprir as necessidades primárias de alimentação, de matar a sede
e no desenvolvimento da agricultura e mais tarde para a dissolução dos dejetos
humanos. A preocupação dessas comunidades humanas, de forma geral, era
de sempre viver em locais próximos a lagos e rios sem preocuparem-se com a
qualidade da água e tão somente com a cor, sabor e odor.
Você sabe que desde que o homem existe, ele necessita da água do planeta
para viver e, de alguma maneira, aprendeu a dominar seu uso. No decorrer
dos tempos o homem foi aprimorando as diversas formas de uso e aprendeu a
encontrar, armazenar, tratar e distribuir a água para seu consumo próprio. Há
cerca de 4500 anos foi desenvolvido o primeiro sistema de distribuição de água,
mas antes disso, o homem já armazenava a água para benefício próprio em potes
de barro não cozidos por volta de 9.000 a.C. A cerâmica, aparece em 7.000 a.C., e
consolida-se de forma importante para a capacidade de armazenamento de água
(PITERMAN; GRECO, 2005).
75
UNIDADE 2 | RECURSOS HÍDRICOS
76
TÓPICO 2 | HISTÓRICO
A água sempre foi o motor propulsor para grandes feitos seja para
transporte através das grandes navegações, culminando nas grandes descobertas
de territórios nas Américas, África e Ásia a força motriz nos engenhos de cana-de-
açúcar movidos a água. Seguido no renascimento do fortalecimento entre saúde
e saneamento com a descoberta dos engenheiros da época da obra “De aquis urbis
Romae” tendo acesso aos detalhes da construção e manutenção desse sistema em
1425 (SILVA RODRIGUES, 1998). A importância dada à arte grega e romana no
Renascimento inspirou artistas da época a construírem chafarizes e fontes com
influências mitológicas.
77
UNIDADE 2 | RECURSOS HÍDRICOS
UNI
FONTE: Marcas que você quer deixar no planeta Disponível em: <http://www.autossustentavel.
com/2010/04/que-marcas-voce-quer-deixar-no-planeta.html>. Acesso em: 15 jul. 2017.
78
TÓPICO 2 | HISTÓRICO
UNI
E a pegada ecológica?
Tudo que fizemos gera um determinado impacto no meio ambiente, pois “a pegada
ecológica é nossa caminhada pela Terra que deixa “rastros”, “pegadas”, que podem ser
maiores ou menores, dependendo de como caminhamos. Ou seja, a pegada ecológica
é uma metodologia de contabilidade ambiental que avalia a pressão do consumo das
populações humanas sobre os recursos naturais” (AUTOSSUSTENTAVEL, 2010, s.p.).
FONTE: AUTOSSUSTENTAVEL. Marcas que você quer deixar no Planeta. 2010 Disponível
em: <http://www.autossustentavel.com/2010/04/que-marcas-voce-quer-deixar-no-
planeta.html>. Acesso em: 15 jul 2017.
de
autoativida
79
UNIDADE 2 | RECURSOS HÍDRICOS
O nosso século XXI iniciou com grandes desafios em relação ao futuro dos
recursos hídricos, com problemas chegando ao ponto de irreversibilidade e que
necessitam de novas tecnologias ou uma parada obrigatória da exploração desses
recursos para deter a degradação ou a adaptação da humanidade a esse novo
quadro mundial. A perspectiva que está à frente é a do estudo da recuperação e
mitigação dos impactos gerados nas águas de todo o planeta fomentando novas
tecnologias para recuperação do degradado para que possamos entregar esse
recurso precioso, a água, às futuras gerações em um estágio seguro e propício
para a vida.
80
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
81
AUTOATIVIDADE
82
UNIDADE 2 TÓPICO 3
CONCEITOS
1 INTRODUÇÃO
A água é tão importante para vida na Terra, seja ela água do mar ou água
doce, que para estudarmos precisamos saber o maior número de dados a seu
respeito, e é através desse conhecimento maior que veremos a seguir, poderemos
ser agentes de transformação, como nas colocações de PINTO-COELHO;
HAVENS, (2015, p. 17) que afirmam que:
2 O QUE É A ÁGUA?
Vamos ver do que é composta a água em sua essência sem qualquer
interferência ou reação por poluente. Como a água é uma das substâncias em
abundância em nosso planeta, desta forma, bastante comum, é encontrada na
natureza na forma da molécula pela fórmula química H2O. Em cada grama de água
há cerca de 30 000 000 000 000 000 000 000 (leia: "trinta sextilhões") de moléculas
de água. Inimaginável quantitativamente contando. Veja uma molécula de água
como é estruturalmente com seus respectivos átomos de oxigênio e hidrogênio:
83
UNIDADE 2 | RECURSOS HÍDRICOS
Oceanos e mares - 97%
Geleiras inacessíveis - 2%
Rios, lagos e fontes subterrâneas - 1%
84
TÓPICO 3 | CONCEITOS
Esse não é o único ciclo que ocorre no meio ambiente, pois além de ingerido
pela alimentação, os animais obtêm água bebendo-a diretamente. E devolvem-na
para o ambiente pela transpiração, pela respiração e pela eliminação de urina e
fezes. Essa água evapora e retorna à atmosfera. Este ciclo da água permanente em
todo o nosso planeta.
85
UNIDADE 2 | RECURSOS HÍDRICOS
Como a água é necessária a todas atividades humanas, ela serve tanto para
consumo como insumo nas indústrias, a sua classificação depende do seu uso.
Mesmo na água captada de fontes têm-se outras substâncias além das moléculas
de hidrogênio e oxigênio, sem que cause danos aos seres vivos, não estando por
isso poluída. Mas dependendo da sua localização ela pode apresentar-se com
substâncias que prejudicam sua utilização.
86
TÓPICO 3 | CONCEITOS
Observe que a água ferve (1) com ajuda do (2) Bico de Bunsen (chama
que aquece a água), transformando-se em vapor (3), e depois se condensa (4),
voltando ao estado líquido. Os sais minerais não vaporizam, mas ficam dentro
do vidro onde a água foi fervida, chamado de balão de destilação (SOBIOLOGIA,
s.d.).
87
UNIDADE 2 | RECURSOS HÍDRICOS
88
TÓPICO 3 | CONCEITOS
UNI
A resposta é sim. Como? Temos um exemplo na Ásia, o famoso mar Morto, que é um
exemplo de que um mar ou lago pode "morrer". Quando o nível de sal está tão alto que
não permite a vida da fauna, (os peixes) e flora nele. No mar morto esse fenômeno ocorreu
devido à pouca chuva aliada à sua grande evaporação em função do clima quente e seco,
somado à diminuição de escoamento de rios.
89
UNIDADE 2 | RECURSOS HÍDRICOS
UNI
Outra curiosidade sobre o aquífero Guarani, é que suas águas chegam a atingir
temperaturas elevadas entre 50 e 85oC em algumas regiões em que se situa. Suas águas,
em função da temperatura podem ser utilizadas economicamente em alguns processos
industriais, hospitalares, no combate à geada e para fins de recreação e lazer.
90
TÓPICO 3 | CONCEITOS
Como exemplo temos o Código das Águas de 1934. No artigo 98, afirma
que é expressamente proibido fazer construções capazes de poluir ou inutilizar,
para uso ordinário, a água do poço ou nascente alheia, a elas preexistentes. E, no
artigo 99 lê-se: “Todo aquele que violar as disposições dos artigos antecedentes é
obrigado a demolir as construções e respondendo responde por perdas e danos”
(BRASIL, 1934 apud VITORINO, 2007, p. 10).
91
UNIDADE 2 | RECURSOS HÍDRICOS
1
2
3
4
1
2
3
4
1
4
2
3 2
3
93
UNIDADE 2 | RECURSOS HÍDRICOS
• Ásia: 32%
• Austrália e Oceania: 6%
• Europa: 7%.
UNI
Da América do Sul, 28% da água está no Brasil, 180 mil m³ vazão média anual
de água nos rios brasileiros. Só a região Amazônica possuiu 74% de toda água disponível
no Brasil, 46% da água extraída dos rios no Brasil vai para irrigação e outros 27% para área
urbana (GEO BRASIL, 2007 apud VICTORINO 2007).
UNI
Você sabia que existe a Declaração Universal dos Direitos da Água? Ela foi
proclamada em 1992 pela ONU e tem como objetivo atingir todos os povos e todas as
nações, para que todos os homens, tendo esta Declaração constantemente para si, tenham
consciência e que utilizem da educação de seus povos, desenvolvam o respeito aos direitos
e obrigações mencionados nesta declaração.
94
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu:
• Que as águas que utilizamos saem das fontes (muitos delas provenientes
de aquíferos), formam pequenos riachos, abastecem os rios e que estes rios
também se infiltram nos mananciais subterrâneos, antes de serem captados
pelo homem para suas diversas utilizações.
95
AUTOATIVIDADE
96
( ) Por estar em menos contato com a superfície o lençol freático do aquífero
conserva ainda água com baixa qualidade, dessa forma, tem um baixo valor
estratégico aos países em que se localiza.
( ) Para proteger o Aquífero Guarani temos o Código das Águas de 1934, que
afirma no artigo 98 que é expressamente proibido construções capazes de
poluir ou inutilizar, para uso ordinário, a água do poço ou nascente alheia,
a elas preexistentes.
97
98
UNIDADE 2
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
Conhece-se a educação de um povo pela forma que trata coisas ou mesmo
as pessoas, sem antever ou perceber benefício algum, é o que mais ou menos diz
o ditado popular. Mas o que dizer se pensarmos no valor de algo tão importante
para vida como é a água. Devemos ter todo cuidado com a água, não pela
imposição da legislação, mas sim por ter certeza que sem ela, nós seres vivos não
sobreviveremos.
99
UNIDADE 2 | RECURSOS HÍDRICOS
no tanque com torneira aberta em 15 minutos são gastos 117 litros de água em
uma casa, em apartamento a estatística mostra que são 280 litros gastos. Uma
torneira aberta gasta por minuto o equivalente de 12 a 20 litros, lavar a calçada
durante 1 minuto gasta 4 litros e lavar o carro, durante 25 minutos, são 100 litros
desperdiçados. Estatisticamente cada pessoa, sem preocupação com o consumo
de água, gasta por dia de 150 a 200 litros de água.
é preciso que essa busca pelas coisas que geram mais e mais poder,
seja canalizada para ações que visualizem a busca pelo bem-estar
econômico e social de todos, e a água tem esse objetivo. Algumas
experiências mostram que os recursos hídricos existentes no planeta
foram criados para que o homem, não importa de qual nação ou raça,
possa fazer desses recursos uma forma de busca e de satisfação de
interesses em uma oportunidade de cooperação e desenvolvimento
conjunto dentro de um sistema de regulamentação que trate essa água
como um bem comum.
A cobrança pelo uso racional da água será cada vez maior pelo custo de
captação e tratamento e posteriormente depois de ser utilizado.
100
TÓPICO 4 | TIPOS DE TRATAMENTOS DE EFLUENTES
6 - Através de um conjunto de
bombas, a água é recalcada
para os reservatórios superiores 3 - Remoção das partículas
com a utilização de um filtro
10 - Poço artesiano
Sistema complementar
5 - A água filtrada será encaminhada
a um reservatório exclusivo
4 - As partículas são
conduzidas ao esgoto pluvial
101
UNIDADE 2 | RECURSOS HÍDRICOS
Necessidade de água
2- Produtos industriais
(Litros)
1 litro de gasolina 10
1 quilo de açúcar 100
1 quilo de papel 250
1 dia de papel para imprensa
1,4 bilhões
mundial
1 quilo de alumínio 100.000
4 pneus de carro 9.400
102
TÓPICO 4 | TIPOS DE TRATAMENTOS DE EFLUENTES
A água tratada que já foi um item muito barato a cada dia vem aumentando
para fazer jus ao seu gasto desordenado, bem como pelo seu tratamento após ser
utilizado (tornando-se esgoto) que já acontece em alguma cidade (que é a minoria
em nosso país). Podemos ver na Agenda 21 (lembra-se já falamos sobre ela na
Unidade 1), uma nova maneira de vislumbrar os conceitos de desenvolvimento
sustentável, à nível municipal, estadual e federal isto é voltado as especificidades
de cada região é o que faz a análise criteriosa da Agenda 21 com todos os cidadãos
que quiserem envolver-se.
103
UNIDADE 2 | RECURSOS HÍDRICOS
104
TÓPICO 4 | TIPOS DE TRATAMENTOS DE EFLUENTES
105
UNIDADE 2 | RECURSOS HÍDRICOS
Para ser tratada, a água do rio ou lago é levada através de canos grossos,
chamados adutoras, para estações de tratamento de água. Depois de purificada, a
água é levada para grandes reservatórios e daí é distribuída para as casas.
106
TÓPICO 4 | TIPOS DE TRATAMENTOS DE EFLUENTES
UNI
107
UNIDADE 2 | RECURSOS HÍDRICOS
Valores de
microorganismos por Quantidade desejável para
Microorganismo
quantidade de água potabilidade
coletada
Ausência em
Escherichia coli NMP/ 100 mL
100 mL
Ausência em
Coliformes Totais NMP/ 100 mL
100 mL
108
TÓPICO 4 | TIPOS DE TRATAMENTOS DE EFLUENTES
Frequência de monitoramento de
cianobactérias no manancial de
Cianobactérias Cél./mL abastecimento de água:
< 10000 ----> Mensal
> 10000 ----> Semanal
109
UNIDADE 2 | RECURSOS HÍDRICOS
Rádio - 226 1
110
TÓPICO 4 | TIPOS DE TRATAMENTOS DE EFLUENTES
111
UNIDADE 2 | RECURSOS HÍDRICOS
112
TÓPICO 4 | TIPOS DE TRATAMENTOS DE EFLUENTES
UNI
O que é DBO?
DBO ou Demanda Bioquímica de Oxigênio é a quantidade de oxigênio necessária a oxidar
a matéria orgânica biodegradável sob condições aeróbicas ou quanto de plantas e/ou
animais presentes na água utilizarão certa quantidade de oxigênio.
FONTE: Disponível em: <http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/demanda-
bioquimica-oxigenio.htm>. Acesso em: 14 jul. 2017.
E a DQO?
represa
rede de distribuição
cloro e flúor
sulfato de
adutora de adutora
alumínio
captação canal de água
cal, cloro
filtrada carvão ativado
areia
cascalho
reservatório de
água tratada
floculação decantação filtração
113
UNIDADE 2 | RECURSOS HÍDRICOS
partículas são maiores e mais pesadas, elas vão sendo depositadas no fundo
de outro tanque, chamado de tanque de decantação. Nesta primeira parte do
tratamento já se consegue tratar parte das impurezas sólidas.
114
TÓPICO 4 | TIPOS DE TRATAMENTOS DE EFLUENTES
115
UNIDADE 2 | RECURSOS HÍDRICOS
Por ser uma técnica considerada antiga para o tratamento de água, perdeu
espaço devido ao aparecimento de tecnologias mais avançadas e com a necessidade
de menores áreas para implementação. Ainda hoje é utilizada principalmente para
a potabilização de água em comunidades que não têm acesso ao sistema público
de abastecimento, em que a instalação e operação dessas é algo inviável. Assim, a
filtração lenta torna-se interessante por ser de fácil operação, pois geralmente não
demanda de dosagem de produtos químicos, apenas a cloração para desinfecção
final da água. (BRASIL, 2011; LOGSDON, G. et al., 2002 apud SOUZA, 2017).
116
TÓPICO 4 | TIPOS DE TRATAMENTOS DE EFLUENTES
UNI
117
UNIDADE 2 | RECURSOS HÍDRICOS
118
TÓPICO 4 | TIPOS DE TRATAMENTOS DE EFLUENTES
UNI
Se você quer ver uma problemática sobre água assista à Water Changes
Everything. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=3WovptJrH3c>.
119
UNIDADE 2 | RECURSOS HÍDRICOS
• os esgotos domésticos: que são as águas que contêm matéria fecal e as águas
resultantes de banho e de lavagem de utensílios e roupas;
• de esgotos industriais com resíduos orgânicos, de indústria de alimentos,
matadouros, as águas residuárias agressivas, procedentes de indústrias de
metais, as águas residuárias de indústrias de cerâmica, água de refrigeração
etc.;
• as águas pluviais procedentes das águas das chuvas;
• as águas de infiltração: são as águas do subsolo que se introduzem na rede.
120
TÓPICO 4 | TIPOS DE TRATAMENTOS DE EFLUENTES
121
UNIDADE 2 | RECURSOS HÍDRICOS
122
TÓPICO 4 | TIPOS DE TRATAMENTOS DE EFLUENTES
Água da chuva
Caixas de
Captação
Gradeamento Tanques de
Estação Aeração Adensador
Rede Elevatória Mecânico de Lodo
Coletora Desarenador
Decantadores Secagem
Água
Fluvial Mecânica de
Lodo
123
UNIDADE 2 | RECURSOS HÍDRICOS
124
TÓPICO 4 | TIPOS DE TRATAMENTOS DE EFLUENTES
125
UNIDADE 2 | RECURSOS HÍDRICOS
126
TÓPICO 4 | TIPOS DE TRATAMENTOS DE EFLUENTES
Somente após o tratamento, esse esgoto, agora água, pode retornar aos
rios, lagos ou mares. Muitas vezes, com melhor qualidade do que o captado,
prevenindo a contaminação da água e não colocando em risco a saúde de todo
o meio ambiente que desta água se serve. Sem o tratamento do esgoto teremos a
contaminação, além da água, a do solo e o desenvolvimento de várias doenças.
Como você percebeu, o tratamento do esgoto, além de melhorar a saúde, aumenta
a qualidade de vida da população.
UNI
127
UNIDADE 2 | RECURSOS HÍDRICOS
UNI
128
TÓPICO 4 | TIPOS DE TRATAMENTOS DE EFLUENTES
Observa-se que em locais onde as ETE são de pequeno porte, a solução para
o tratamento do lodo são os processos naturais de desaguamento do lodocomo os
leitos de secagem.
129
UNIDADE 2 | RECURSOS HÍDRICOS
130
TÓPICO 4 | TIPOS DE TRATAMENTOS DE EFLUENTES
131
UNIDADE 2 | RECURSOS HÍDRICOS
132
TÓPICO 4 | TIPOS DE TRATAMENTOS DE EFLUENTES
5 LEGISLAÇÃO
E a qualidade da água?
133
UNIDADE 2 | RECURSOS HÍDRICOS
UNI
<www.ana.gov.br>.
<www.aguaonline.com.br>.
<www.aguasubterranea.hpg.ig.com.br>.
<www.amigodaagua.com.br>.
<www.ate.com.br>.
<www.abrh.org.br/agua>.
<www.worldwater.org>.
<www.ondazul.org.br>.
<www.rededasaguas.org.br>.
<www.sosaguas.org.br>.
<www.mma.gov.br>.
<www.uniagua.org.br>.
<www.solociencia.com>.
UNI
Para saber mais sobre a ANA, acesse ao link disponível em: <http://www2.
ana.gov.br/Paginas/default.aspx>.
134
TÓPICO 4 | TIPOS DE TRATAMENTOS DE EFLUENTES
LEITURA COMPLEMENTAR
Mas isso não é tudo para entender a escassez de água no Brasil. Existem
também as questões referentes à utilização e gestão dos recursos hídricos no país.
Vale lembrar, afinal, que a falta de água no Brasil não afeta somente a
disponibilidade de água tratada nas residências. As indústrias e a agricultura (os
principais consumidores) são os setores que mais poderão sofrer com o problema,
o que pode acarretar impactos na economia como um todo – lembrando que a maior
parte das indústrias do país está justamente na região Sudeste. Além disso, cabe a
ressalva de que o principal modal energético do país é o hidrelétrico, que possui
como ponto negativo justamente a dependência em relação à disponibilidade,
de modo que uma seca extrema pode levar o país a um novo racionamento de
energia, tal qual o ocorrido em 2001.
136
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, você aprendeu que:
137
AUTOATIVIDADE
a) ( ) Lodo ativado.
b) ( ) DBO.
c) ( ) DQO.
d) ( ) Eutrofização.
e) ( ) Percolação.
138
UNIDADE 3
GESTÃO DE RESÍDUOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em cinco tópicos. No decorrer da unidade você en-
contrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.
139
140
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Com o aumento da população mundial, consequentemente com a
urbanização, a melhoria da renda, o aumento de produção e de consumo de
produtos manufaturados, verifica-se um maior impacto no manejo e disposição
final inadequado de vários tipos de resíduos. A cada inovação tecnológica
desenvolvida pelo homem, verifica-se em paralelo um fator poluente novo ou um
desequilíbrio ecológico (PINTO, 2009). Como exemplo, no passado, a máquina
de vapor que utilizou o carvão incentivou o desmatamento e, na atualidade,
a indústria petroquímica que desenvolve novos tipos de plásticos, alguns não
biodegradáveis. A biotecnologia trouxe a preocupação como o bioterrorismo
(RIFKIN apud PINTO 2009).
141
UNIDADE 3 | GESTÃO DE RESÍDUOS
142
TÓPICO 1 | RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS E INDUSTRIAIS
143
UNIDADE 3 | GESTÃO DE RESÍDUOS
• Os cosméticos nos EUA, que por ano são gastos US$ 8 bilhões.
• Os gastos com cigarros na Europa chegam a mais de US$ 50 bilhões e mais US$
105 bilhões em bebidas alcóolicas.
• Os armamentos e equipamentos bélicos no mundo giram, ao ano, próximo de
US$ 780 bilhões, enquanto apenas US$ 9 bilhões seriam suficientes para levar
água e saneamento básico para toda a população mundial.
• 80% do consumo privado mundial é abocanhado por 20% da população
mundial residente nos países mais ricos, o que faz “sobrar” para 80% da
população (5,6 bilhões de pessoas), residente nos países mais pobres e em vias
de desenvolvimento, apenas 20% da produção mundial.
• Só os EUA, com 4,5% da população mundial consomem 40% de todos os
recursos disponíveis.
• Enquanto os mais ricos exageram no consumo, os mais pobres sofrem de perto
as consequências do desequilíbrio ambiental.
• Nos últimos 30 anos o consumo mundial de bens cresceu numa média anual de
2,3%; em alguns países do leste asiático essa taxa supera o patamar de 6%.
144
RESUMO DO TÓPICO 1
145
AUTOATIVIDADE
2 O que é o rejeito?
146
UNIDADE 3
TÓPICO 2
GESTÃO E GERENCIAMENTO DE
RESÍDUOS
1 INTRODUÇÃO
147
UNIDADE 3 | GESTÃO DE RESÍDUOS
• industrial,
• serviço de saúde,
• domiciliar,
• comercial,
• limpeza urbana,
• transporte (terminais rodoviários, aeroportos, portos e ferroviários),
• construção civil,
• mineração,
• agrossilvopastoril.
Classe I:
Classe II
Os não perigosos.
Classe IIA:
Os não inertes, ou seja:
• biodegradáveis, com combustibilidade ou solubilidade em água.
Classe IIB
Os inertes:
150
TÓPICO 2 | GESTÃO E GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
151
UNIDADE 3 | GESTÃO DE RESÍDUOS
152
TÓPICO 2 | GESTÃO E GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
153
UNIDADE 3 | GESTÃO DE RESÍDUOS
A coleta seletiva pelo município deve ser atendida como segue na figura:
FIGURA 51 - LIXO
• para todos os tipos de pneus, de bicicletas para crianças, de carros, até os pneus
de tratores;
155
UNIDADE 3 | GESTÃO DE RESÍDUOS
156
RESUMO DO TÓPICO 2
157
AUTOATIVIDADE
158
UNIDADE 3
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Existem vários tipos de transportes para resíduos e/ou substâncias
perigosas, vamos ver o que significa cada um deles e como devemos tratar quanto
a sua locomoção no que tange aos transportes.
159
UNIDADE 3 | GESTÃO DE RESÍDUOS
Classe 1: explosivos
Subclasse 2.1 – Gases inflamáveis: são gases que a 20°C e à pressão normal são
inflamáveis quando em mistura de 13%, em volume, com o ar ou que apresentem
faixa com o ar de, no mínimo 12%, limite inferior de inflamabilidade.
Subclasse 2.2 – Gases não inflamáveis, não tóxicos: são gases asfixiantes, oxidantes
ou que não se enquadrem em outra subclasse.
161
UNIDADE 3 | GESTÃO DE RESÍDUOS
Subclasse 5.1 – Substâncias oxidantes: são substâncias que podem, pela liberação
de oxigênio, causar a combustão materiais ou contribuir para isso.
Classe 8: corrosivos
São substâncias que, por ação química, causam severos danos quando em contato
com tecidos vivos ou, em caso de vazamento, danificam ou mesmo destroem
outras cargas ou o próprio veículo.
São aqueles que apresentam, durante o transporte, são aqueles transportes que
apresentam, substâncias perigosas não abrangidas por nenhuma das outras
classes.
162
TÓPICO 3 | CUIDADOS NO TRANSPORTE INTERNO E EXTERNO
163
UNIDADE 3 | GESTÃO DE RESÍDUOS
porta contêiner) ou ainda equipamento tanque, vaso para gases etc.) para o
transporte de produtos perigosos a granel (sem embalagem). Observe que para
o transporte de carga fracionada (embalada) este documento não é obrigatório.
164
TÓPICO 3 | CUIDADOS NO TRANSPORTE INTERNO E EXTERNO
UNI
4 LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
A regulamentação para o transporte rodoviário de produtos perigosos
somente teve um olhar mais criterioso no Brasil após o acidente com
pentaclorofenato de sódio (pó da china), no Rio de Janeiro, a partir daí, foram
estabelecidas regras de segurança, através dos Decretos nº 2063, de 6 de outubro
de 1983, nº 96044, de 18 maio de 1988 e o nº 1797 de 26 janeiro de 1996 – Mercosul,
além da Portaria nº 204, de 20 de maio de 1997, do Ministério dos Transportes
(SEST – Serviço Social do Transporte, SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem
do Transporte).
166
TÓPICO 3 | CUIDADOS NO TRANSPORTE INTERNO E EXTERNO
5 RÓTULO DE RISCO
O rótulo de risco é um elemento gráfico (losangos) que apresenta símbolos
ou expressões referentes à natureza, manuseio e identificação do produto. Número
e nome da classe ou subclasse de risco são colocados no ângulo inferior do losango
(figura a seguir). São colocados ainda, nas embalagens e nos veículos de transporte.
É uma placa afixada no veículo em três pontos (lados e traseira) identificando a
classe e subclasse a que pertence o produto perigoso (BYCHINSKI, 2012).
- 6 Toxicidade;
- 7 Radioatividade;
167
UNIDADE 3 | GESTÃO DE RESÍDUOS
- 8 Corrosividade;
6 PAINEL DE SEGURANÇA
É o retângulo de cor laranja (figura a seguir) que é utilizado no transporte
de produtos perigosos; onde na parte inferior da figura é reservada o número de
identificação do produto (conforme o número da ONU) e o número superior é
destinada a identificação de risco. O número de risco é constituído por até três
algarismos, determinando o risco principal (primeiro algarismo), e os subsidiários
(segundo e terceiro) do produto. Alertando que se o mesmo não for compatível
com uso de água, antes do número de risco é aplicada a letra “X”.
Observe um exemplo:
30 = INFLAMÁVEL
33 = MUITO INFLAMÁVEL
333 = ALTAMENTE INFLAMÁVEL
169
UNIDADE 3 | GESTÃO DE RESÍDUOS
171
UNIDADE 3 | GESTÃO DE RESÍDUOS
172
TÓPICO 3 | CUIDADOS NO TRANSPORTE INTERNO E EXTERNO
· Resíduos domiciliares/comerciais:
- recipientes metálicos ou plásticos;
- recipientes de borracha (pneus de caminhão);
- sacos plásticos tipo padrão;
- sacos plásticos de supermercado.
· Resíduos de varrição:
- sacos plásticos apropriados;
- recipientes basculantes – cestos;
- contêineres estacionários.
173
UNIDADE 3 | GESTÃO DE RESÍDUOS
• utilizar recipientes que permitem maior carga devem ser padronizados para
que possam ser manuseadas por dispositivos mecânicos disponíveis nos
próprios veículos coletores, reduzindo assim o esforço humano;
• serem seguros, para evitar que lixo cortante ou perfurante possa acidentar os
usuários ou os trabalhadores da coleta;
175
UNIDADE 3 | GESTÃO DE RESÍDUOS
PAPELEIRAS DE RUA
176
TÓPICO 3 | CUIDADOS NO TRANSPORTE INTERNO E EXTERNO
177
UNIDADE 3 | GESTÃO DE RESÍDUOS
178
TÓPICO 3 | CUIDADOS NO TRANSPORTE INTERNO E EXTERNO
• não acumular pneus, dispondo-os para a coleta assim que setor nem sucata;
• se precisar guardá-los, faça-o em ambientes cobertos e protegidos das
intempéries;
• não se deve queimar os pneus, pois geram resíduos tóxicos no ar.
• avental plástico;
• luvas plásticas;
• bota de PVC (por ocasião de lavagens) ou sapato fechado;
• óculos;
• máscara.
181
UNIDADE 3 | GESTÃO DE RESÍDUOS
182
RESUMO DO TÓPICO 3
183
ecológicas, ou que sejam próximas a essas áreas. E ainda na resolução 420/04
da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestre) tem-se as instruções
complementares ao transporte terrestre de produtos perigosos, a qual foi
atualizada pela resolução 701/04, também da ANTT.
184
AUTOATIVIDADE
185
186
UNIDADE 3
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
O tratamento dos resíduos sólidos tem como objetivo a dar um tratamento
ao resíduo antes de dispor em um ambiente definitivo, de forma sustentável, para
não prejudicar o meio ambiente.
2 BIODIGESTÃO
A biodigestão anaeróbia tem como objetivo fazer com que os resíduos
tratados produzamm o biogás, com composição, de CH4 e o CO2 (que são dois
gases do efeito estufa), que tem a utilidade de produção de energia elétrica, ou
mecânica, e o resíduo final deste processo, pode ser utilizado como adubo. Esse
processo ocorre de forma anaeróbica e fechada, ou seja, sem oxigênio e sem
liberação de gases produzidos pela ação das bactérias. Os gases da decomposição
podem ser canalizados e queimados com a possibilidade de substituir o gás
natural em alguns setores da economia.
187
UNIDADE 3 | GESTÃO DE RESÍDUOS
3 ATERROS SANITÁRIOS
Os aterros sanitários têm como objetivo dispor os resíduos sólidos
no solo, sem causar danos ou riscos à saúde pública, à segurança e ao meio
ambiente, diminuindo os impactos ambientais. O método utiliza conhecimentos
de engenharia para dispor resíduos sólidos utilizando o maior aproveitamento
possível de área e reduzir os resíduos ao menor volume possível, tendo como
camada protetora uma camada de terra realizada a cada conclusão da jornada de
trabalho do aterro ou em intervalos menores, conforme necessidade.
188
TÓPICO 4 | TÉCNICAS DE DISPOSIÇÃO FINAL AMBIENTALMENTE CORRETA
Unidades operacionais:
189
UNIDADE 3 | GESTÃO DE RESÍDUOS
Unidade de apoio
4 COMPOSTAGEM
A compostagem tem como base a reciclagem dos resíduos orgânicos
transformando restos orgânicos em adubo, utilizando um processo biológico,
que faz com que haja a aceleração da decomposição do material orgânico, como
estrume, folhas, papel e restos de comida, num material semelhante ao solo e
consequentemente como produto final um composto orgânico. O composto
orgânico é o solo que é utilizado como adubo, melhorando suas características
físicas, físico-químicas e biológicas.
190
TÓPICO 4 | TÉCNICAS DE DISPOSIÇÃO FINAL AMBIENTALMENTE CORRETA
Do total do lixo urbano, 60% são formados por resíduos orgânicos que
podem se transformar em excelentes fontes de nutrientes para as plantas. Com
isso há uma diminuição de fertilizantes químicos na plantação, o solo apresenta
maior produtividade com mais qualidade e proporciona mais vida ao solo e se
utilizado em plantações melhora sua característica física.
5 INCINERAÇÃO
A incineração é realizada através da combustão de resíduos, utilizando
o aproveitamento do calor gerado no processo. Os gases provenientes ou
remanescentes são: CO2, SO2, N2, O2, H2O, gases inertes, cinzas e escórias. A
rentabilidade da combustão depende da mistura de combustível mais ar e da
transferência de calor gerado na combustão para o material a ser incinerado.
191
UNIDADE 3 | GESTÃO DE RESÍDUOS
192
TÓPICO 4 | TÉCNICAS DE DISPOSIÇÃO FINAL AMBIENTALMENTE CORRETA
6 PIRÓLISE
A pirólise é uma reação de decomposição do resíduo sólido por meio do
calor. Utilizado na indústria, como método de calcinação. É possível produzir
produtos como o alcatrão pirolítico e o bio-óleo e o carvão vegetal, que servem
como alternativas de combustíveis.
193
UNIDADE 3 | GESTÃO DE RESÍDUOS
1 T de
lixo
produz
195
RESUMO DO TÓPICO 4
196
AUTOATIVIDADE
(A) Biodigestão.
(B) Compostagem.
(C) Pirólise.
(D) Incineração.
(E) Aterros sanitários.
197
198
UNIDADE 3
TÓPICO 5
GESTÃO DE SUSTENTABILIDADE
1 INTRODUÇÃO
Podemos observar que a preocupação com o meio ambiente e a
sustentabilidade não é um modismo passageiro, veio para ficar e deve ser
levado a sério por todos seres humanos se quisermos sobreviver e manter todas
as espécies vivas e saudáveis no nosso planeta. É só você se lembrar da pegada
ecológica mencionada na primeira unidade.
É por isso que as empresas estão se posicionando cada vez mais, perante
ao público e a sociedade, como preocupadas em desenvolver todas suas ações
pautadas na sustentabilidade.
199
UNIDADE 3 | GESTÃO DE RESÍDUOS
2.1 SOCIAL
Que aborda todo capital humano que está, direta ou indiretamente, ligado
às atividades desenvolvidas por uma empresa. E deve ser incluído, além de seus
funcionários, seu público-alvo, seus fornecedores, a comunidade a seu entorno e
a sociedade em geral.
2.2 ECONÔMICO
Na questão econômica, para que uma empresa seja economicamente
sustentável, ela precisa produzir, distribuir e oferecer seus produtos ou serviços
de forma a ser competitiva em relação aos seus concorrentes. A sua lucratividade
não se pode desenvolver às custas de um desequilíbrio nos ecossistemas ao
seu redor ou explorando as más condições de trabalho dos funcionários ou a
degradação do meio ambiente da área onde se situa, por não ter boas relações
com seu entorno.
200
TÓPICO 5 | GESTÃO DE SUSTENTABILIDADE
2.3 AMBIENTAL
O aspecto ambiental tem relação com o desenvolvimento sustentável
ambientalmente correto da empresa em todos os âmbitos, a curto, médio e longo
prazo, que esteja integrado no planejamento estratégico da empresa. As ações da
empresa não podem ser somente paliativas, ou ações de marketing, como plantar
árvores posteriormente à emissão de gases poluentes. O desenvolvimento
sustentável tem o objetivo de diminuir ao máximo os impactos ambientais da
produção industrial. E como toda boa gestão, a sustentabilidade, e seus três
pilares necessitam ser planejados, acompanhados e sempre avaliados, além de
estarem dentro dos objetivos da empresa (planejamento estratégico).
A seguir temos alguns mecanismos que podem auxiliar no
desenvolvimento de uma boa gestão da sustentabilidade. São eles as técnicas de
ecoeficiência, neutralização de carbono, Mecanismo de Desenvolvimento Limpo
(MDL) e Protocolo de Kyoto.
3 ECOEFICIÊNCIA
A ecoeficiência pode ser desenvolvida através da disponibilização de
bens e serviços a preços competitivos, que satisfaçam as necessidades humanas
e promovam a qualidade de vida. Neste contexto há a necessidade de reduzir os
impactos ao meio ambiente e a intensidade do uso de recursos ao longo da vida útil
do bem ou serviço, em níveis equivalentes aos da capacidade de suporte da Terra.
Você sabia que para manter o sistema de vida norte-americano precisaríamos de
mais de quatro planetas Terra!
201
UNIDADE 3 | GESTÃO DE RESÍDUOS
4 NEUTRALIZAÇÃO DE CARBONO
Tem a preocupação de diminuir o lançamento, além de retirar o excesso
de CO2 da atmosfera. Uma das maneiras é por meio do plantio de árvores que
fixam carbono durante seu crescimento.
202
TÓPICO 5 | GESTÃO DE SUSTENTABILIDADE
UNI
2º Compensação
203
UNIDADE 3 | GESTÃO DE RESÍDUOS
Os objetivos são:
204
TÓPICO 5 | GESTÃO DE SUSTENTABILIDADE
• Troca de combustível.
• Pirólise de resíduos.
• Captura de gás em aterro sanitário.
• Compostagem de resíduos sólidos urbanos.
• Tratamento de dejetos suínos e reaproveitamento de biogás.
• Geração de energia por fontes renováveis (biomassa, energia eólica, pequenas
e médias hidroelétricas, energia solar).
• Geração de metano a partir de resíduos orgânicos (biogasificação).
• Florestamento e reflorestamento em áreas degradadas.
205
UNIDADE 3 | GESTÃO DE RESÍDUOS
• Concepção do projeto.
• Preparo do Documento de Concepção do Projeto (DCP).
• Validação.
• Obtenção da aprovação do país anfitrião.
• Registro.
• Implementação do projeto.
• Monitoramento.
• Verificação e certificação.
• Emissão dos RCEs (créditos de carbono).
206
TÓPICO 5 | GESTÃO DE SUSTENTABILIDADE
LEITURA COMPLEMENTAR
207
UNIDADE 3 | GESTÃO DE RESÍDUOS
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TÓPICO 5 | GESTÃO DE SUSTENTABILIDADE
QUESTÃO AMBIENTAL
No Brasil são produzidas 210 mil toneladas anuais de plástico filme, que
já representa 9,7% de todo o lixo do país. Abandonados em vazadouros, esses
sacos plásticos impedem a passagem da água – retardando a decomposição dos
materiais biodegradáveis – e dificultam a compactação dos detritos (TRIGUEIRO,
2003).
A questão das sacolas plásticas, não é tão simples em apenas querer banir
seu uso. O fator principal é a não existência de um sistema de coleta seletiva e
de reciclagem de materiais, o que seria ideal para pôr em prática as questões de
sustentabilidade em gestão de resíduos sólidos nas cidades.
209
UNIDADE 3 | GESTÃO DE RESÍDUOS
210
RESUMO DO TÓPICO 5
211
AUTOATIVIDADE
a) ( ) B – A – C – A – B – C.
b) ( ) A – B – A – B – C – C.
c) ( ) C – A – C – A – B – B.
d) ( ) B – C – B – C – A – A.
e) ( ) A – B – B – C – C – A.
2 O que é sustentabilidade?
212
REFERÊNCIAS
ABES, Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental. Ciclo de
Vida do Saco Plástico. 2006 Disponível em: <http://www.abes-mg.org.br/
visualizacao-de-clippings/ler/2578/ciclo-de-vida-do-saco-plastico>. Acesso: 22
ago. 2017.
213
BOFF, L. Sustentabilidade: o que é: o que não é. Rio de Janeiro: Vozes, 2012.
214
COELHO, L. C. Distribuição e transporte de produtos perigosos. 2010
disponível em: <http://www.logisticadescomplicada.com/distribuicao-e-
transporte-de-produtos-perigosos/>. Acesso em: 12 ago. 2017.
215
INFOESCOLA. Pirólise. Disponível em: <http://www.infoescola.com/reacoes-
quimicas/pirolise/>. Acesso em: 25 ago. 2017.
216
ONU. Assembleia Geral. Resolução nº 66/288, de 11 de setembro de
2012. O futuro que você quer. 2012. Disponível em <http://www.un.org/
en/development/desa/population/migration/generalassembly/docs/
globalcompact/A_RES_66_288.pdf>. Acesso em: 22 ago. 2017.
217
SANTOS, T. C. C.; CÂMARA, J. B. D. (Orgs.). GEO Brasil 2002: perspectivas do
meio ambiente no Brasil. Brasília: Edições IBAMA, 2002.
218