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Histórico das Políticas

de EPT no Brasil
Atual configuração da EPT na Legislação
◦ De acordo com a LDB:
◦ Art. 39 - A educação profissional e tecnológica, no cumprimento dos objetivos da
educação nacional, integra-se aos diferentes níveis e modalidades de educação e às
dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia.        

◦ Objetivos da educação nacional:


◦ Art. 2º - A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade
e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do
educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho.
Atual configuração da EPT na Legislação
◦ Níveis da educação:
◦ Educação básica (Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio)
◦ Ensino superior (Cursos sequenciais, Graduação, Pós-Graduação e extensão).

◦ Modalidades da educação:
◦ Educação Especial
◦ Educação Bilíngue de Surdos
◦ Educação a distância
◦ Educação Profissional e Tecnológica
◦ Educação de Jovens e Adultos
◦ Educação Indígena
◦ Educação do Campo
◦ Educação Escolar Quilombola
Atual configuração da EPT na Legislação
◦ Abrange os seguintes cursos:      
I – de formação inicial e continuada ou qualificação profissional;
II – de educação profissional técnica de nível médio;
III – de educação profissional tecnológica de graduação e pós-graduação.

◦ Complementarmente a LDB define que:


◦ Art. 40. A educação profissional será desenvolvida em articulação com o ensino regular
ou por diferentes estratégias de educação continuada, em instituições especializadas ou
no ambiente de trabalho.
◦ Art. 41. O conhecimento adquirido na educação profissional e tecnológica, inclusive no
trabalho, poderá ser objeto de avaliação, reconhecimento e certificação para
prosseguimento ou conclusão de estudos.
Educação profissional técnica de nível médio
◦ Pode acontecer de duas formas:
I - articulada com o ensino médio;         
II - subsequente, em cursos destinados a quem já tenha concluído o ensino médio.         

◦ Quando articulada ao ensino médio pode ser:


I - integrada, oferecida somente a quem já tenha concluído o ensino fundamental, sendo o
curso planejado de modo a conduzir o aluno à habilitação profissional técnica de nível
médio, na mesma instituição de ensino, efetuando-se matrícula única para cada aluno;      
II - concomitante, oferecida a quem ingresse no ensino médio ou já o esteja cursando,
efetuando-se matrículas distintas para cada curso, e podendo ocorrer:
a) na mesma instituição de ensino; 
b) em instituições de ensino distintas;
c) em instituições de ensino distintas, mediante convênios de intercomplementaridade,
visando ao planejamento e ao desenvolvimento de projeto pedagógico unificado.
A educação profissional: um campo em disputa
◦ A história da educação profissional reflete a própria história do Estado
brasileiro e de seus objetivos para a educação dos trabalhadores.

◦ A educação profissional surge no Brasil a partir de uma perspectiva


assistencialista: deveria socializar e moralizar os desempregados e os
“desvalidos de sorte”.

◦ A partir de 1940, com o crescimento da industrialização nacional, muda-se o


seu objetivo, que torna-se a oferta de uma educação para o trabalho.
◦ Competição entre dois projetos de industrialização e educação:
◦ Desenvolvimento tecnológico autônomo;
◦ Subordinação aos interesses dos capital internacional.
A educação profissional: um campo em disputa
◦ LDB de 1961: Estabelece a equivalência entre o ensino médio propedêutico e de
formação técnica para continuidade de estudos (ingresso no ensino superior);

◦ LDB de 1971: Institui a profissionalização compulsória, com reflexo nas demandas de


formação de professores, nas instituições de ensino regular e de ensino profissional.

◦ 1978: Criação dos CEFETs, para substituição de algumas escolas técnicas ou


agrotécnicas federais.

◦ 1982: Fim da profissionalização compulsória.

◦ 1994: Transformação de todas as escolas técnicas federais em CEFETs.


A educação profissional: um campo em disputa
◦ 1997: Promulgação do Decreto nº 2.208/1997 (pós LDB de 1996).
◦ Principais impactos:
◦ Reduz a função educação profissional, ao colocar como finalidades da educação:
I - promover a transição entre a escola e o mundo do trabalho, capacitando jovens e adultos com
conhecimentos e habilidades gerais e específicas para o exercício de atividades produtivas;
II - proporcionar a formação de profissionais, aptos a exercerem atividades específicas no
trabalho, com escolaridade correspondente aos níveis médio, superior e de pós-graduação;
III - especializar, aperfeiçoar e atualizar o trabalhador em seus conhecimento tecnológicos;
IV - qualificar, reprofissionalizar e atualizar jovens e adultos trabalhadores, com qualquer nível de
escolaridade, visando a sua inserção e melhor desempenho no exercício do trabalho.
A educação profissional: um campo em disputa
◦ Desvincula o ensino técnico do ensino de nível médio:
◦ Art 5 º A educação profissional de nível técnico terá organização curricular própria e
independente do ensino médio, podendo ser oferecida de forma concomitante ou
sequencial a este.
◦ Estabelece saídas intermediárias:
◦ Art 8 º Os currículos do ensino técnico serão estruturados em disciplinas, que poderão ser
agrupadas sob a forma de módulos.
◦ § 1 º No caso de o currículo estar organizado em módulos, estes poderão ter caráter de
terminalidade para efeito de qualificação profissional, dando direito, neste caso, a
certificado de qualificação profissional.
A educação profissional: um campo em disputa
◦ Flexibiliza a exigência da formação docente para o ensino técnico:
◦ Art 9 º As disciplinas do currículo do ensino técnico serão ministradas por professores,
instrutores e monitores selecionados, principalmente, em função de sua experiência
profissional, que deverão ser preparados para o magistério, previamente ou em serviço,
através de cursos regulares de licenciatura ou de programas especiais de formação
pedagógica.
A educação profissional: um campo em disputa
◦ Em 2004 o Decreto nº 2.208/1997 é revogado pelo Decreto 5.154/2004.
◦ Retoma-se uma perspectiva de formação integral, em consonância com um novo projeto de
governo.

◦ Alterações propostas pelo Decreto nº 5.154/2004:


◦ Estabelece novas premissas para a Educação Profissional

◦ Art. 2º A educação profissional observará as seguintes premissas:


I - organização, por áreas profissionais, em função da estrutura sócio-ocupacional e tecnológica;
II - articulação de esforços das áreas da educação, do trabalho e emprego, e da ciência e
tecnologia;
III - a centralidade do trabalho como princípio educativo (2014);
IV - a indissociabilidade entre teoria e prática (2014).
A educação profissional: um campo em disputa
◦ Reforça a articulação entre formação profissional e aumento da escolarização de jovens e
adultos.
◦ §2o Os cursos mencionados no caput [de FIC] articular-se-ão, preferencialmente, com os
cursos de educação de jovens e adultos, objetivando a qualificação para o trabalho e a
elevação do nível de escolaridade do trabalhador, o qual, após a conclusão com
aproveitamento dos referidos cursos, fará jus a certificados de formação inicial ou continuada
para o trabalho.
◦ Reestabelece a integração entre ensino médio e ensino técnico.
◦ Art. 4o - A educação profissional técnica de nível médio, nos termos dispostos no § 2o do art. 36,
art. 40 e parágrafo único do art. 41 da Lei no 9.394, de 1996, será desenvolvida de forma
articulada com o ensino médio, observados:
I - os objetivos contidos nas diretrizes curriculares nacionais definidas pelo Conselho Nacional
de Educação;
II - as normas complementares dos respectivos sistemas de ensino; e
III - as exigências de cada instituição de ensino, nos termos de seu projeto pedagógico.
A educação profissional: um campo em disputa

◦ Problemas do Decreto nº 5.154/2004:


◦ Permanece prevendo saídas intermediárias como forma de qualificação
para o trabalho.
◦ Não aborda as exigências de formação de professores para essa modalidade
de ensino.
◦ 2008: Criação dos Institutos Federais de Educação.
◦ Expansão das instituições de ensino da Rede Federal, inclusive em um
processo de interiorização dos campi.
Questões atuais:
◦ Estagnação da oferta e educação profissional e tecnológica;
◦ Reforma do Ensino Médio e estabelecimento do 5º itinerário.

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