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COORDENADORIA DE GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS

CONCURSO PÚBLICO PROFESSOR EDUCAÇÃO BÁSICA I

À vista dos questionamentos apresentados a respeito da


comprovação de formação e diploma requeridos para provimento do cargo
Professor Educação Básica I, estabelecidos nas Instruções Especiais SE Nº 02/2014
que disciplinam o certame, a Coordenadoria de Gestão de Recursos Humanos da
Secretaria da Educação apresenta os seguintes esclarecimentos:

Conforme determina o Capítulo II - DOS REQUISITOS PARA


PROVIMENTO DO CARGO, no ato da posse, o candidato deverá comprovar ser
portador de Diploma de, pelo menos, 1 (um) dos seguintes cursos:

1.1 Curso Normal Superior com Habilitação em Magistério das


séries iniciais do Ensino Fundamental;
1.2 Licenciatura em Pedagogia com Habilitação em
Magistério das séries iniciais do Ensino Fundamental;
1.3 Programa Especial de Formação Pedagógica Superior,
qualquer que seja a nomenclatura do curso, com Habilitação
em Magistério das séries iniciais do Ensino Fundamental.

Sobre este assunto, inicialmente, destacamos o disposto nos artigos 61 e 62


da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1969, in verbis:

“Art. 61. Consideram-se profissionais da educação escolar básica os que, nela


estando em efetivo exercício e tendo sido formados em cursos reconhecidos,
são:
I – professores habilitados em nível médio ou superior para a docência na
educação infantil e nos ensinos fundamental e médio;
II – trabalhadores em educação portadores de diploma de pedagogia, com
habilitação em administração, planejamento, supervisão, inspeção e
orientação educacional, bem como com títulos de mestrado ou doutorado nas
mesmas áreas;
III – trabalhadores em educação, portadores de diploma de curso técnico ou
superior em área pedagógica ou afim.
Parágrafo único. A formação dos profissionais da educação, de modo a
atender às especificidades do exercício de suas atividades, bem como aos
objetivos das diferentes etapas e modalidades da educação básica, terá como
fundamentos:
I – a presença de sólida formação básica, que propicie o conhecimento dos
fundamentos científicos e sociais de suas competências de trabalho;
II – a associação entre teorias e práticas, mediante estágios supervisionados e
capacitação em serviço;
III – o aproveitamento da formação e experiências anteriores, em instituições
de ensino e em outras atividades.
Art. 62. A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em
nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em
universidades e institutos superiores de educação, admitida, como formação
mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nos 5 (cinco)
primeiros anos do ensino fundamental, a oferecida em nível médio na
modalidade normal.” (g.n.)

Depreende-se dos supracitados artigos que a Lei de Diretrizes e


Bases da Educação Nacional (Lei n.º 9.394/96) determina que a formação de
docentes para atuar na educação básica seja feita em nível superior em curso de
licenciatura, ou seja, a regra é a formação em nível superior em curso de
licenciatura, inclusive para a educação infantil e o primeiro segmento do ensino
fundamental.

A referida Lei admite, ainda, a formação mínima de nível médio, na


modalidade Normal, para o exercício do magistério na educação infantil e no
primeiro segmento do ensino fundamental, porém resta evidente que essa
formação é uma exceção, pois a própria legislação estabelece que a União, o
Distrito Federal, os Estados e os Municípios, deverão promover a formação dos
profissionais de magistério.

A consecução dessa determinação e a consequente erradicação da


categoria de professores leigos têm sido tratadas como questões prioritárias
mediante a junção de esforços entre o poder público e as universidades, no sentido
de repensar a atuação docente, definir uma política global de formação do
professor e oportunizar a qualificação dos professores que atuam nos diversos
níveis e modalidades de ensino.

O desafio da qualificação exige um corpo docente de qualidade, cada


vez mais preparado, estando a qualidade do ensino e dos resultados de
aprendizagem estreitamente articulada com a qualidade da formação dos
educadores e professores. Neste contexto, a revisão das condições de atribuição de
habilitação para a docência e, em consequência, de acesso ao exercício da atividade
docente na educação básica são instrumentos essenciais da política educativa.
Da mesma forma, a Lei Federal n° 13.005, de 25 de junho de 2014,
que aprova o Plano Nacional de Educação, na forma do Anexo, com vistas ao
cumprimento do disposto no artigo 214 da Constituição Federal, estabelece em
relação à formação de professores, na meta 15, que: “Garantir, em regime de
colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no prazo
de 1 ano de vigência do PNE, política nacional de formação dos profissionais da
educação, assegurando que todos os professores e as professoras da educação
básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de
licenciatura na área de conhecimento em que atuam.”

Assim, a referência fundamental da formação em nível superior em


curso de licenciatura para a docência é o desempenho esperado dos docentes no
início do seu exercício profissional, bem como a necessidade de adaptação do seu
desempenho às mudanças decorrentes das transformações emergentes na
sociedade, na escola e no papel do professor, da evolução científica e tecnológica e
dos contributos relevantes da investigação educacional.

Neste sentido, visando o adequado dimensionamento e a qualificação


dos docentes que irão atuar nos anos iniciais do Ensino Fundamental na rede
estadual de ensino, bem como o atendimento as metas do Plano Nacional de
Educação, o requisito para provimento de cargo de PEB I é a comprovação de
diploma de nível superior em licenciatura.

Assim, em que pese o alegado no questionamento informamos que o


disposto nas Instruções Especiais SE nº 02/2014 encontra-se revestido de
legalidade.

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