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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA

PRÓ-REITORIA ACADÊMICA
COORDENAÇÃO DE MONITORIA, PESQUISA E EXTENSÃO

FORMULÁRIO DE SUBMISSÃO DE PROJETOS DO ITINERARIO EXTENSIONISTA

CÉLULA COMO UNIDADE DA VIDA: MODELO EDUCATIVO PARA APLICAÇÃO NO


APREDIZADO DA BIOLOGIA DE ALUNOS DO SÉTIMO ANO DA ESCOLA Pe. PEDRO
SERRÃO EM JOAO PESSOA-PB

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA


PRÓ-REITORIA ACADÊMICA

Ana Luiza Nunes da Silva – 32988150


Cauê Andrade de Oliveira – 34610839
George Elton Lucena Silva – 32652119
Gilza Bandeira Monteiro de Sousa Neta – 32810598
Giulia Rodrigues Oliveira Teotônio – 33263566
Isadora Ramalho Borges – 33988587
Jénnifer Layanne Lopes Araújo – 32672152
Laryssa Lorenna da Silva Ideão – 34681957
Maria Clara Sousa Gonçalves Girão – 32695659
Nayara Toscano de Brito Pereira – 32668198
Rafaela Antunes Arantes – 32720068
Sabrina Villany de Lucena Pereira – 34665676
Sophia de Bastos Pedra - 33641200

JOÃO PESSOA – PB
2023
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA
PRÓ-REITORIA ACADÊMICA
COORDENAÇÃO DE MONITORIA, PESQUISA E EXTENSÃO

1 INTRODUÇÃO

Adolescentes são pessoas em desenvolvimento, segundo o Estatuto da Criança e


do Adolescente (ECA)1, fazendo jus a oportunidades e facilidades que engendrem um
desenvolvimento saudável em todas as esferas. Assim, o Brasil adota a Doutrina da
Proteção Integral, de modo que é dever da família, do Estado, da comunidade e da
sociedade zelar por seus interesses, sobretudo no que atine à saúde e à educação.
Nessa seara, impende destacar que o ensino precisa estar atrelado a vivências
práticas que açambarquem modelos educativos interativos que sejam usados como
facilitados do processo de ensino-aprendizagem.
É preciso compreender os fatos sociais e ambientais que se configuram como
empecilhos neste processo, a fim de que possam ser minimizados. Assim também, o
diálogo com os próprios adolescentes é fundamental para a compreensão do fenômeno e
para traçar estratégias específicas de educação.
Assim, a pesquisa-ação realizada na EMEF Padre Pedro Serrão por estudantes de
medicina do segundo período do Unipê tem sido importante para contribuir com a
elaboração de um modelo educativo em Citologia para alunos do sétimo ano, tendo como
mote: “célula como unidade da vida”.

2 JUSTIFICATIVA

A relevância científica do projeto se dá por trazer aspectos dinâmicos ao estudo de


uma matéria que está tão arraigada aos processos físicos e interações socioambientais
dos seres vivos.
Por sua vez, a relevância enquanto pesquisadores e acadêmicos consiste na
pesquisa de campo realizada na EMEF Padre Pedro Serrão para identificar fragilidades
dos alunos na compreensão das ciências biológicas, oportunidade de aliar a teoria
aprendida no curso de Medicina à prática social extensionista.
Por fim, a relevância social se dá por entender que os direitos das crianças e
adolescentes representam prioridade absoluta no Estado Democrático e Social de Direito
Brasileiro, de modo que o curso de Medicina não pode se eximir do seu papel social de
educar em saúde.

1
BRASIL. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá
outras providências. Diário Oficial da União, Poder Executivo, 16 jul.1990.
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Por meio da maquete da célula, é visada abordagem prática da teoria explicada em


sala de aula sobre modelo celular. Com isso, é possível estimular a memória visual e o
estilo de aprendizagem cinestésico, o qual é característico de pessoas que aprendem
melhor fazendo, seja por meio de experiências em laboratórios, encenações,
demonstrações ou atividades esportivas.

3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

Elaborar um modelo educativo de ensino de biologia para alunos do sétimo ano da Escola
Municipal de Ensino Fundamental Padre Pedro Serrão, em João Pessoa-PB.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

a) Identificar pontos de ação e dificuldades dos alunos no contexto familiar, social e


escolar que possam ser entraves ao aprendizado da biologia;
b) Explicar como se constrói uma célula humana em 3D, como ferramenta facilitadora
do aprendizado das ciências da natureza;
c) Demonstrar o funcionamento da célula e seu papel como unidade estrutural e
funcional dos seres vivos.

4 META

Possibilitar que os alunos do sétimo ano tenham contato com uma metodologia
ativa de saber, em que possam construir instrumentos que guiem seus estudos de forma
lúdica e interativa, a fim de desmistificar a ideia de que a biologia é estudada apenas
abstratamente nos materiais didáticos tradicionais.

5 REVISÃO DA BIBLIOGRAFIA

Nesta disciplina Itinerário Extensionista, parte do projeto consistiu na pesquisa de


campo desenvolvida na EMEF Padre Pedro Serrão, situada no Cristo, em João Pessoa.
Desse modo, foi possível coletar dados, por meio de entrevistas, acerca das dificuldades
enfrentadas pelos alunos e pelos próprios professores quando do ensino da Biologia.
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Consoante Gonçalves isso permite “[...]buscar a informação diretamente com a


população pesquisada. Ela exige do pesquisador um encontro mais direto. Nesse caso, o
pesquisador precisa ir ao espaço onde o fenômeno ocorre, ou ocorreu e reunir um
conjunto de informações a serem documentadas2”.
Para Rosa e Schimin3, uma vez que a Biologia possui o condão de alfabetizar
cientificamente, engendrando a compreensão da própria vida por parte do indivíduo, é
crucial selecionar estratégias adequadas para que haja a concretização desta
compreensão. Assim, a utilização de modelos didáticos é uma maneira de contribuir no
processo de ensino-aprendizagem da Citologia.
Assim também, Souza4 preleciona sobre a importância do uso de recursos
didáticos no ensino escolar. Desse modo, a consolidação do aprendizado é mais eficaz e
a compreensão acerca do conteúdo é mais significativa.
Nesse referido cenário, Santana e Santos estabeleceram uma comparação entre o
método de ensino tradicional conteudista pautado apenas nos livros didático e a
experiência com práticas educativas concretas e interativas:

[...] vale ressaltar que, trabalhar com conceitos sistematizados e abstratos


da citologia requer uma prática educativa em que não somente conteúdos
teóricos sejam desenvolvidos, Visto que, o método tradicional de ensino,
pautado no uso de livros didáticos, gera atividades fundamentadas na
memorização, e com poucas possibilidades de contextualização5.

A leitura dos artigos sobre modelos educativos acerca da citologia remete à


conclusão de que o ensino da Biologia que rompe a barreira do ensino tradicional é
amplamente aceito pelos estudante, os quais se sentem mais motivados a aprenderem,
fato que resulta na melhor contextualização dos conteúdos à sua própria vivência prática.

6 MÉTODO E ESTRATÉGIA DE AÇÃO

LOCAL: EMEF Padre Pedro Serrão – João Pessoa/PB


PÚBLICO-ALVO: alunos do sétimo ano
PESQUISA-AÇÃO

2
GONSALVES, Elisa Pereira. Iniciação à pesquisa científica. Campinas, SP: Alínea, 2001. p. 67.
3
ROSA, Eli Drehmer da; SCHIMIN, Eliane Strack. Ensinando Célula em Biologia por meio de modelos
pedagógicos. In: Cadernos PDE. Os desafios da escola pública paranaense na perspectiva do
professor PDE. Paraná: Governo do Estado, 2016.
4
SOUZA, S. E. O uso de recursos didáticos no ensino escolar. Arq. Mudi., v. 7, n. 11, 2007, p. 110-114.
5
SANTANA, Juliane Maria de; SANTOS, Caique Barbosa dos. O uso de métodos didáticos de células
eucarióticas como instrumentos facilitadores nas aulas de Citologia do Ensino Fundamental. Id online Rev.
Mult. Psic., v. 13, n. 45, SUPLEMENTO 1, 2019, p. 159.
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Aos vinte e dois dias do mês de novembro de 2023, os alunos do segundo período
do curso de Medicina do Unipê visitaram a EMEF Padre Pedro Serrão, guiados pela
Coordenadora do curso de Medicina Dra. Maria Alenita de Oliveira e pelos professores de
Artes e de Ciências da Instituição alvo da pesquisa. A estratégia de ação foi desenvolver
uma pesquisa de campo na Escola, buscando elencar os principais conteúdos da matriz
curricular que podem ser facilitados com instrumentos interativos, para além da sala de
aula, que contribuam para o conhecimento teórico-prático da biologia. Realizou-se
entrevista semiestruturada com o professor e um grupo de alunos.
Elaborou-se um modelo educativo de uma célula humana em 3D, voltado para
alunos do sétimo ano, tendo como base a revisão de literatura sobre o tema, por meio do
método exploratório, havendo a construção de um tutorial escrito e visual – por meio de
fotos – para construção prática de uma célula humana em 3D.
Segundo Minayo6, a pesquisa de campo é compreendida como sendo um o recorte
espacial que concerne à abrangência, em termos empíricos, do recorte teórico que
corresponde ao objeto da investigação.

7 RESULTADOS E IMPACTOS ESPERADOS

Como resultado da roda de diálogo com os estudantes e professores da escola


alvo do projeto, chegou-se à conclusão de que a maior parte dos estudantes do sétimo
ano enfrentam problemas familiares, sociais e ambientais na ordem de: vínculos
familiares fragilizados, baixo poder aquisitivo, insegurança alimentar, exploração do
trabalho infantil, castigos e tratamento degradante, abuso sexual e violência doméstica,
além de facções que comandam se podem ou não ir à escola.
Assim, no contexto em que a vida já lhes apresenta muitas dificuldades, o ensino
da Biologia não deve se apresentar como mais uma delas, mas sim permitir que
aprendam de forma prática, interativa e duradoura, dentro de suas limitações. Espera-se
que os impactos da aplicação deste projeto de modelo educativo em Biologia para alunos
do sétimo ano sejam positivos.
Como resultado da elaboração do modelo educativo, temos uma célula humana em
3D utilizando os seguintes materiais: a) 1 bola de isopor grande; b) 1 bola de isopor

6
MINAYO, Maria Cecília de Souza. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 7. ed. São
Paulo: Hucitec; Rio de Janeiro: Abrasco, 2000.
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pequena; c) massinha de modelar em cores variadas; e) barbante; f) palitos de dente; g)


etiquetas com os nomes das estruturas; h) E.V.A. Quanto ao modo de preparo:

1- Corte ¼ da bola de isopor grande para ser a célula;


2- Corte ¼ da bola de isopor pequena para ser o núcleo da célula;
3- Pinte a parte interna da bola de isopor grande para representar o citoplasma;
4- Pinte a bola de isopor pequena para representar o núcleo;
5- Monte as estruturas para o núcleo: utilize a bola pequena de isopor e massinha
para representar o nucléolo;
6- Faça as organelas: para o retículo endoplasmático, use um pedaço pequeno de
barbante ou molde com E.V.A. Para o complexo de Golgi, ribossomos, lisossomos,
mitocôndrias e vacúolos: molde as estruturas da célula com massinha de modelar
e E.V.A;
7- Fixe as estruturas na bola de isopor grande;
8- Prenda as etiquetas nos palitos de dente e fixe nas suas respectivas estruturas.

Abaixo, registro da visita à Escola escolhida para a implementação do modelo


educativo:

Imagem 1 – visita à EMEF Padre Pedro Serrão (22 nov. 2023)


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Fonte: elaboração própria.

Imagem 2 – etapa 1

Fonte: https://youtu.be/TUHAWlxsp-q?si=ccqH5opDsS0ppOO_

Imagem 3 – etapa 2
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Fonte: https://youtu.be/TUHAWlxsp-q?si=ccqH5opDsS0ppOO_

Imagem 4 – Etapa 3

Fonte: https://youtu.be/TUHAWlxsp-q?si=ccqH5opDsS0ppOO_

Imagem 5 - etapa 4
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Fonte: https://youtu.be/TUHAWlxsp-q?si=ccqH5opDsS0ppOO_

Imagem 6 – etapas 5 e 6

Fonte: https://youtu.be/TUHAWlxsp-q?si=ccqH5opDsS0ppOO_

Imagem 7 – etapas 7 e 8

Fonte: Unicesumar
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REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e


do Adolescente e dá outras providências. Diário Oficial da União, Poder Executivo,
16 jul. 1990.

GONSALVES, Elisa Pereira. Iniciação à pesquisa científica. Campinas, SP: Alínea,


2001. p. 67.

MINAYO, Maria Cecília de Souza. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em


saúde. 7. ed. São Paulo: Hucitec; Rio de Janeiro: Abrasco, 2000.

OLIVEIRA, Edilson de. Práticas de ensino e pesquisa nas Ciências da Natureza e suas
tecnologias. Revista Educação Pública, v. 20, n. 39, 13 de outubro de 2020. Disponível
em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/20/39/rafael-praticas-de-ensino-e-
pesquisa-nas-ciencias-da-natureza-e-suas-tecnologias Acesso em: 14 dez. 2023.

ROSA, Eli Drehmer da; SCHIMIN, Eliane Strack. Ensinando Célula em Biologia por meio
de modelos pedagógicos. In: Cadernos PDE. Os desafios da escola pública
paranaense na perspectiva do professor PDE. Paraná: Governo do Estado, 2016.

SANTANA, Juliane Maria de; SANTOS, Caique Barbosa dos. O uso de métodos didáticos
de células eucarióticas como instrumentos facilitadores nas aulas de Citologia do Ensino
Fundamental. Id online Rev. Mult. Psic., v. 13, n. 45, SUPLEMENTO 1, p. 155-166, 2019.

SOUZA, S. E. O uso de recursos didáticos no ensino escolar. Arq. Mudi., v. 7, n. 11,


2007, p. 110-114.

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