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CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS, SAÚDE E TECNOLOGIA

CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS NATURAIS/BIOLOGIA


SEMINÁRIOS PARA FORMAÇÃO DOCENTE EM CIÊNCIAS
NATURAIS
ELENA STEINHORST DAMASCENO

A Pesquisa em Ensino de Ciências e o Ensino de Ciências na Educação


Henrique Morais Menezes

A pesquisa e desenvolvimento no Brasil tem por base seguir os seguintes


diagramas esquemáticos (origem e evolução da pesquisa em educação em ciências;
conhecimento produzido; fatores importantes no desenvolvimento da pesquisa em
educação em ciências; dificuldades e/ou debilidades; desafios/questões; recomendações;
principais debilidades, desafios e recomendações). Não podemos determinar a educação
em ciências com um treinamento técnico científico, e sim com o intuito de criar e
construir cidadãos a partir das considerações da ciência.

A pesquisa básica com educação em ciências relaciona diversas etapas da


educação, ensino, currículo, contexto educativo em ciência, formação docente, em um
quadro epistemológico, metodológico e teórico. Esse desenvolvimento didático
curricular não são considerados pesquisa em Educação em Ciências, pois não
respondem a problemática de pesquisas na educação, mais ajudam a delimitar os ajustes
necessários para implementação. Para Gowin “toda pesquisa há o problema, o evento
abordado, as bases teóricas e os procedimentos metodológicos (interagindo), num todo
coerente, assim com resultados e asserções”. Se formos seguir tal argumento, podemos
observar a existência de campos na pesquisa educacional relacionado nas temáticas na
interação das bases epistemológicas e metodologias de pesquisa.

Esse tipo de pesquisa deve seu início nos EUA nos anos 50 e obteve maior
destaque nos 90. Mas no Brasil isso demorou para ser debatido da forma correta pelos
órgão educacionais públicos, atualmente essas pesquisas estão voltadas para
representações mentais, e são relacionados à docência e estudos microetnograficos. Há
uma predominância nos tipos de pesquisa, os mais abundantes são sobre didáticas
(métodos e estratégias) com pouco foco para pesquisas sobre avaliação.

Apesar da possível tentativa de melhoria nas pesquisas ainda contém muitas


deficiencias, no Brasil temos poucas linhas de pesquisa, projetos sem apoio ou
organizados corretamente para área, desorganização metodológica em relação a
predominância de abordagem qualitativa sobre a quantitativa, confusão entre pesquisa e
inovação. Perguntas precisam ser necessárias para podermos estruturar de forma correta
o delineamento de pesquisa sobre a natureza epistêmica da educação em ciência e suas
demais etapas. O aumento da qualidade desses trabalhos melhoram a educação em
ciências como as metodologias a serem abordadas em pesquisas em educação.

Nas demais vertentes dos diálogos sobre as problemáticas de pesquisa em


ciência o problema está sempre relacionado na formação do professor. Isso tem relação
com a metodologia freiriana, “segundo ele o ensino superior precisa de uma mudança
na formação dos futuros professores”. Isso tem base se pegamos que na academia a
formação científica e técnica e a maior parte ensinada, muito teorizado e pouco
praticado no cotidiano educacional. Assim deve-se analisar e perceber melhor esta
situação. O professor é um consumidor ou produtor?

Mesmo assim o único caminho pra melhoria da pesquisa em educação em


ciências e a academia, porque ela não errado e sim as pessoas que estão em seu controle,
que precisam analisar e contribuir para o mesmo, tanto como posicionamento de
pesquisa incentivando os sistemas educacionais de forma continuada remunerada e
diversas capacitações em pesquisa em educação em ciência incluindo de forma mais
pratica e radical no currículo na formação inicial de docência.

Qual a diferença da pesquisa para o Ensino de Ciências na Educação Básica


e a pesquisa em Educação de Ciências?

A pesquisa em Educação de Ciências é a produção de conhecimento nesse


campo, mas, como o desenvolvimento instrucional, a produção de equipamento de
laboratório, de “softwares” educativos ou de textos e outros materiais didáticos. Mas
não está necessariamente contribuindo para o avanço do conhecimento na educação,
todos esses materiais precisam chegar para os professore e alunos e serem utilizados
da forma correta. O ensino de ciências tenta utilizar as ferramentas criados pelos
pesquisadores em educação no ensino diário dos alunos, criando um processo de
articulação, explorando as informações científicas presentes no cotidiano do aluno e,
ou, divulgadas pelos meios de comunicação através de uma análise crítica e reflexiva,
oferecendo aos alunos a oportunidade da construção de uma postura de caráter social.

Referências

MENDES, R. Munford, D. Dialogando Saberes – Pesquisa E Prática De Ensino


Na Formação De Professores De Ciências E Biologia. Rev. Ensaio. Belo Horizonte,
v.07. n.03 p.202-219. 2005.

MENDONÇA, D. Educação popular e reforma universitária: Paulo Freire e a


criação do serviço de Extensão Cultural da Universidade do Recife. Estudo
Universitários: Ver. Cultura da Universidade Federal de Pernambuco, Recife, v. 24/25,
n. 5/6. 2004/2005.

MOREIRA, A. M. Pesquisa Básica Em Educação Em Ciências: Uma Visão


Pessoal. Instituto de Física, UFRGS. Porto Alegre, BRASIL. Educación Científica,
3(1): 10-17, 2004.

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