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PRÁTICO
PS004 – FAMÍLIA, DESENVOLVIMENTO E EDUCAÇÃO
CASO PRÁTICO
Joana assiste preocupada a consulta porque está sozinha e às vezes fica deprimida, ela diz
que a situação em sua casa está ficando cada vez mais difícil. Joana é uma mulher de 70
anos de idade, mora com seu marido de 75 anos; uma filha com o marido e duas crianças,
uma de 6 e outra de 14 anos. Recentemente, o filho mais velho voltou para a casa, após um
divórcio, agora com um novo relacionamento. A casa tem boas condições de instalação,
entretanto, Joana e seu marido se viram pressionados em receber, em seu lar, o neto
adolescente, para dar mais privacidade aos novos casais, porque segundo seus filhos “nessa
idade, eles já não precisam de privacidade”. Apontam que as relações comunicativas foram
perdendo-se entre os seus membros. Todos interferem na educação das crianças em
diversos critérios, finalmente, não obedecem a ninguém, ela é do critério de que os pais não
devem exigir responsabilidades de seus filhos; e que devem deixar que eles façam o que
desejam, embora cuidem de que estejam bem. Estão apresentando dificuldades na escola,
sobretudo, o adolescente, além disso, também, preocupa o fato de que fica muito tempo
fora de casa e ninguém sabe o que está fazendo.
R= Neste caso, existem vários riscos associados à família, e eles têm impacto no
desenvolvimento de seus membros:
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3. Explique a etapa do ciclo vital que passa a família e as crises que aparecem na
mesma.
R= Com base no caso apresentado, a família está passando por uma fase específica
do ciclo vital, que pode ser identificada como a "família na fase de envelhecimento
tardio" ou "família da terceira idade". Joana e seu marido são idosos, com 70 e 75
anos de idade, respectivamente. Nessa fase do ciclo vital, os membros da família
geralmente enfrentam desafios relacionados ao envelhecimento, à saúde e às
mudanças nas configurações familiares.
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Portanto, a família no caso em questão está enfrentando uma série de PRÁTICO
desafios e
crises típicas da fase de envelhecimento tardio no ciclo vital, bem como desafios
adicionais relacionados à dinâmica familiar complexa e à educação das crianças.
R= Com base nas informações fornecidas no caso, parece que o estilo educacional
predominante nessa família é o "permissivo" ou "indulgente". Isso se deve ao fato de que
Joana acredita que os pais não devem exigir responsabilidades de seus filhos e que eles
devem ser livres para fazer o que desejam, desde que estejam bem.
Esse estilo educacional permissivo é caracterizado pela falta de regras e limites rígidos,
com uma ênfase na liberdade das crianças para tomar suas próprias decisões. No
entanto, esse estilo pode levar a desafios na educação das crianças, como dificuldades
na escola e falta de supervisão adequada, como no caso do neto adolescente que passa
muito tempo fora de casa sem ninguém saber o que está fazendo.
É importante notar que, embora haja flexibilidade e confiança nas crianças, um estilo
educacional permissivo pode se tornar problemático quando não equilibrado com
orientação e limites adequados, o que pode afetar o desenvolvimento das crianças.
Estilo educacional permissivo: A crença de Joana de que os pais não devem exigir
responsabilidades de seus filhos e que eles devem ser livres para fazer o que
desejam é um exemplo de como a estrutura familiar influencia o estilo educacional.
Nesse caso, a estrutura ampliada pode resultar em menos supervisão e orientação,
o que pode levar a riscos, como dificuldades na escola e comportamentos de risco.
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em mal-entendidos e isolamento emocional. PRÁTICO
Com isso, a estrutura familiar ampliada nesse caso contribui para desafios na
educação dos filhos e pode levar a riscos que afetam o desenvolvimento integral dos
membros, incluindo crianças e adolescentes. A falta de consenso sobre a criação
das crianças e a ausência de limites claros são preocupações
particularmente relevantes.
Atribuições tradicionais de gênero: O caso menciona que Joana e seu marido vivem
juntos e estão preocupados com a situação em casa. Isso sugere uma dinâmica
tradicional de gênero na qual o marido provavelmente desempenha um papel de
provedor, enquanto Joana pode se preocupar mais com questões domésticas e
familiares.
Riscos associados às atribuições parentais: A visão de Joana de que os pais não devem
exigir responsabilidades de seus filhos contribui para um estilo educacional permissivo.
Isso influencia as atribuições parentais, deixando as crianças com uma falta de
orientação clara e limites, o que pode resultar em riscos para seu desenvolvimento,
como dificuldades na escola e comportamentos de risco.
No geral, as atribuições na dinâmica desta família são afetadas por fatores como a
estrutura ampliada, diferenças geracionais e visões conflitantes sobre como criar os
filhos. Essas complexidades na atribuição de papéis familiares contribuem para os
desafios que a família enfrenta em relação à comunicação, educação das crianças e
dinâmica do relacionamento.
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Intervenção.
Avaliação Inicial: Realizar uma avaliação abrangente da dinâmica familiar, identificando papéis,
hierarquias e interações entre os membros. Coletar informações sobre as preocupações e
desafios percebidos por cada membro da família.
Estabelecimento de Papéis Claros: Trabalhar com a família para identificar e redefinir papéis
familiares, destacando expectativas e responsabilidades de cada membro. Isso inclui os papéis
de Joana, seu marido, a filha, o filho mais velho, as crianças e o neto adolescente.
Sessões de Terapia Familiar: Realizar sessões de terapia familiar regularmente para discutir
questões, expressar sentimentos e monitorar o progresso. Durante essas sessões, os membros
da família podem trabalhar juntos para resolver conflitos e abordar as preocupações.
Apoio Individual: Fornecer apoio individualizado, quando necessário, para lidar com as
necessidades específicas de cada membro da família. Isso pode incluir aconselhamento
individual para os idosos, orientação para os pais e terapia para as crianças ou adolescentes.
Abordagem Teórica Relacionada: A Terapia Familiar Estrutural é baseada nas teorias de Salvador
Minuchin e se concentra na reorganização das estruturas familiares disfuncionais. Ela se
relaciona com a compreensão da dinâmica familiar, os papéis dos membros e as interações que
afetam o funcionamento da família. A abordagem visa restabelecer uma estrutura saudável e
funci
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Antônio e Juan têm um casamento de 7 anos e decidiram adotar uma criança. Após um
processo complexo que durou vários anos, eles conseguiram a adoção a um menino de 3
anos de idade. Recentemente, solicitaram ajuda porque gostariam de aprender a lidar com
situações às quais enfrentam com frequência, mas agora se agrava pela presença de seu
filho, sobretudo, lhes preocupa a preparação para a etapa de escolarização. São uma família
afetuosa, que têm uma situação econômica bastante favorável, contam com uma rede de
amigos que os ajudam. Permitem que a criança participe nas atividades da casa e respeitam
as suas decisões. Entretanto, às vezes ficam estressados porque perceberam rejeições e, às
vezes, comentários desagradáveis que afetam sua condição de família, conforme afirmam.
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Esses riscos podem ter um impacto na saúde mental e emocional dos membros da
família, destacando a importância de buscar apoio e recursos para
enfrentar esses desafios.
3. Explique a etapa do ciclo vital que passa a família e as crises que aparecem na
mesma.
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adotado. A relação entre a estrutura familiar e a educação dos filhos pode estar
relacionada aos seguintes aspectos:
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Rede de apoio: Além disso, a família conta com uma rede de amigos que os ajuda, o
que pode incluir a divisão de responsabilidades e tarefas, tornando a dinâmica
familiar mais colaborativa.
Intervenção
Nível de Intervenção:
- Individual, familiar e comunitário, conforme necessário.
Estratégia a Seguir:
- Terapia Familiar, Terapia Cognitivo-Comportamental, programas de apoio psicossocial e grupos
de apoio à adoção.
Objetivo Fundamental:
- Fortalecer o bem-estar emocional e psicológico da família, combater o estigma, preparar o filho
para a escolarização e promover um ambiente familiar saudável.
Educação e Preparação para a Escola: Fornecer recursos e orientação para ajudar a família a se
preparar para a escolarização da criança, incluindo como lidar com possíveis desafios de
integração.
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Os pais do Carlos vieram à consulta angustiados porque seu filho adolescente está há alguns
meses muito para baixo e não quer ir à escola. Carlos vive em uma família composta por seu
pai de 48 anos de idade, atualmente sem vínculo de trabalho e com tendência, cada vez
mais frequente para ingerir bebidas alcoólicas, o que leva a discussões frequentes com sua
esposa, além de que a comunicação entre eles é realmente pobre. A esposa tem 45 anos de
idade e sempre se dedicou aos cuidados da casa. Recentemente está estressada e cada vez
mais distante de seu marido, queixa-se constantemente da situação que estão passando e
da incapacidade para chegar a uma solução, sente vergonha dos vizinhos e dos familiares.
No momento, não sabem o que acontece com seu filho, fica sempre em casa, deprimido e
as ausências escolar vão levar ele a dificuldades na aprendizagem, além da perda do curso.
A mãe discute, também, com o filho porque centrou suas expectativas em um futuro
diferente para ele. Sempre colocaram regras de comportamento muito rígidas ao filho,
porque pensam que a disciplina e o castigo são as melhores maneiras de obter algo, assim
fala a mãe que, assim, foi educada por seus pais e considera um bom modelo a seguir,
embora nestes momentos não funciona e teme pressionar ao filho. Os vizinhos ficam
preocupados porque não era um lar em que as discussões fossem comuns e atualmente,
elas foram aumentando.
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3. Explique a etapa do ciclo vital que passa a família e as crises que aparecem na
mesma.
R= A família descrita no caso parece estar passando por uma fase desafiadora no
ciclo vital da família. Essa fase pode ser associada à adolescência do filho, que é
um momento de transição e mudanças significativas na dinâmica familiar. No
entanto, a família enfrenta várias crises:
Crise na educação do filho: As regras rígidas impostas pelos pais, juntamente com
as expectativas elevadas, criam uma crise na educação do filho. Ele se sente
pressionado e deprimido, o que afeta seu desenvolvimento.
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Uso de álcool pelo pai: O uso frequente de álcool pelo pai representa um risco
significativo para a família, uma vez que isso pode levar a problemas de saúde,
instabilidade emocional e conflitos adicionais. O filho pode estar exposto a um
ambiente de instabilidade e incerteza.
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Papel do pai: O pai, atualmente sem vínculo de trabalho e com um uso crescente de
álcool, parece estar em uma posição menos tradicional em termos de prover
financeiramente para a família. Isso pode causar tensões e conflitos.
Papel do filho: O filho enfrenta uma pressão significativa para atender às expectativas
dos pais, o que está afetando negativamente seu bem-estar emocional e psicológico.
Essa falta de equilíbrio nas atribuições familiares pode criar desafios na dinâmica da
família, causando conflitos e problemas de desenvolvimento para seus membros. É
importante que a família reavalie suas atribuições e busque formas mais equitativas
de compartilhar responsabilidades e apoio mútuo. A intervenção profissional pode
ser necessária para ajudar a família a ajustar sua dinâmica de acordo com as
necessidades de cada membro.
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Para intervir na situação da família descrita, uma estratégia de intervenção seria a terapia
familiar, que é uma abordagem no nível de intervenção individual, familiar e sistêmico.
Intervenção.
2. Sessões terapêuticas: Realizar sessões de terapia familiar, onde todos os membros da família
participam. O terapeuta ajudaria a família a discutir abertamente suas preocupações, emoções e
desafios, promovendo a comunicação e a compreensão.
3. Definição de metas: Trabalhar com a família para estabelecer metas claras e realistas para
melhorar a dinâmica familiar, como reduzir o uso de álcool pelo pai, melhorar a comunicação
entre os pais e ajudar o filho a lidar com a pressão e a depressão.
Essa intervenção visa restaurar a harmonia na família, promover o bem-estar emocional de seus
membros e desenvolver estratégias para enfrentar as questões individuais e familiares,
abordando os desafios identificados no caso.
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