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TRABALHO – FEEPAD

TRABALHO DA DISCIPLINA:
FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL:
PROCESSOS DE ATENÇÃO À DIVERSIDADE

INSTRUÇÕES GERAIS:

O trabalho deve cumprir os seguintes requisitos formais:

- Extensão máxima: 3 páginas (sem contar as instruções, enunciados, bibliografia e


anexos – caso possua).
- Tipo de fonte: Arial.
- Tamanho de fonte: 11.
- Espaço entre linhas: 1,5.
- Alinhamento: Justificado.

O trabalho deve ser realizado em um documento Word e deve ser editado de


acordo com as normas de apresentação e edição de citações bibliográficas (APA).

Também deve ser enviado seguindo o procedimento oficial de entrega. Em


hipótese alguma será aceita a entrega por e-mail ao professor ou professora
correspondente.

Por último, o trabalho que não atenda às devidas condições de identificação não
será corrigido.

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TRABALHO – FEEPAD

Trabalho:

A realização do trabalho consiste em desenvolver a seguinte atividade:

Atividade 1

A teoria trabalhada no módulo “Fundamentos da Educação Especial” incitou o


contraste entre os diferentes caminhos percorridos pela inclusão, tanto no Brasil
quanto na Espanha.

Fundamentando-se na prática cotidiana da educação especial brasileira,


desenvolva uma reflexão crítica, ilustrada quando possível com exemplos reais da
rotina escolar.

Quais mudanças, baseadas na política educacional espanhola, poderiam ser


implementadas com sucesso em nosso sistema educacional?

Observação: para os alunos que não são brasileiros ou que não tenham o Brasil como
referência cotidiana, a reflexão deve contrastar as características do seu próprio país
(ou do país em que reside, que tenha como referência) com os pontos desenvolvidos
sobre os dois países neste módulo.

Muito importante: é extremamente necessário preencher os dados pessoais


solicitados na página seguinte. (O trabalho que não atenda às condições de
identificação, não será corrigido).

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TRABALHO – FEEPAD

Nome e sobrenome/s Cristiane Moreira Leite Piovesan

Usuário: BRPSMIPDE4567739

Data: 13/06/2022

INCLUIR PARA APRENDER OU APENAS COLOCAR DENTRO DA SALA DE AULA?

Há 14 anos atuo em escolas de Educação Infantil ao Ensino


Fundamental, já atuei como Diretora, Coordenadora Pedagógica, Professora de Ensino
Fundamental I, em escolas públicas e particulares e esse ano estou atuando como
Professora de Projeto de Leitura em uma escola da rede Municipal da minha cidade.
Tanto no período de gestora como agora como Professora, tanto nas particulares como
na pública vejo que a inclusão escolar que realmente se espera que a criança tenha,
aqui na minha cidade ao menos, está muito longe de acontecer.
As escolas particulares quando têm a oportunidade, colocam o valor da
mensalidade lá em cima para que os pais mudem de ideia e nem matriculem seu filho
lá. Quando matriculam vejo que a criança apenas fica dentro da sala de aula, tem com
ela um ¨cuidador¨ como chamam aqui, porém essa pessoa na maioria das vezes atua
como uma babá particular, ela não auxilia no processo de aprendizagem, não é um
facilitador ou um professor especialista proporcionado a criança meios para que interaja
e se aproprie daquele conhecimento, ao contrário, apenas cuida.
As escolas públicas na grande maioria das vezes apenas colocam a
criança dentro da sala de aula para que ela no máximo socialize com a sala, já o
aprendizado, infelizmente não ocorre e dependendo da necessidade nem socializa!
É muito triste ver essas situações acontecendo! Dia a dia as escolas
recebem crianças que muitas vezes não são crianças com necessidades especiais
específicas como uma Síndrome de Down, Autismo, Deficiência Intelectual etc, elas
apenas precisam de uma atenção pois têm necessidades simples, dificuldades na
aprendizagem por não terem tido uma base boa e muitas vezes percebo que um reforço
um olhar diferenciado para aquela criança resolveria, no entanto vejo que o que
acontece é aquela criança ser taxada de preguiçosa, sem vontade, sem interesse, mas
na verdade ela passou despercebida pela sala no ano anterior, não aprendeu
conteúdos e conceitos que eram de base importantes e hoje ela não acompanha a sala.
Vejo também uma falha muito grande nos cursos de formação do
Pedagogo, a maioria das grades curriculares focam em conceitos e leis e esquecem de

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intensificar disciplinas de práticas pedagógicas que a meu ver elas deveriam ser o maior
número de horas das disciplinas, pois elas é que dariam a base necessária para
tornamos bons entendedores do funcionamento da aprendizagem e ainda desenvolver
um olhar de percepção que às vezes não é uma deficiência e sim uma defasagem que
com um pouco de conhecimento e dedicação conseguiríamos resolver.
A formação pedagógica do Professor deixa muito a desejar. Professor na
maioria das vezes recebe seu diploma, já começa atuar no ano seguinte sem ter
nenhuma experiência, sabe muito sobre os conteúdos aprendidos, mas não aprendeu
muitas vezes meios de colocá-lo em prática, com isso acaba por fazer coisas que se
lembra de como seus professores foram com ele, é uma repetição do fazer.

Carvalho, 2010, p.73, afirma que:

Para que a inclusão aconteça de acordo com o que a lei garante, é


necessária a quebra de paradigmas e a remoção de barreiras por parte
de todos os envolvidos da comunidade escolar, como a família, gestores
e professores. Todos são responsáveis para que escola se torne, de fato,
inclusiva e essa proposta esteja o mais próximo possível da realidade no
cotidiano escolar. Defende ainda que
[...] o que se pretende na educação inclusiva é remover barreiras, sejam
elas extrínsecas e intrínsecas aos alunos, buscando-se todas as formas
de acessibilidade e de apoio de modo a assegurar - o que a lei faz.

Somente após mudarmos toda a concepção de inclusão , mudarmos o


formato da formação do professor e a estrutura educacional é que teremos realmente a
inclusão verdadeira desses alunos com necessidades especiais.
A Espanha trata a diversidade e os alunos com necessidades especiais
de forma direcionada, o ensino aplicado por eles segundo a bibliografia estudada faz
com que o aluno realmente aprenda e tenho um sucesso escolar, mesmo sendo um
aluno especial.
Aqui no Brasil acredito que uma forma de trabalho que possa ser
implantada é começando pela mudança na forma de organizar a escolarização. A
Espanha organiza os centros escolares visando a real integração e aprendizagem dos
alunos com necessidades especiais.

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Uma organização que acredito que possa dar resultados aqui seria como
trabalham com o grupo regular com apoios em períodos variáveis, os alunos integrados
ao grupo regular devido as suas incapacidades ou limitações, requerem atenção
personalizada na sala de apoio. O currículo respeita o projeto curricular da escola a
programação da aula regular, mas esse mesmo currículo passa ser adaptado de acordo
com cada caso, então dessa forma sim podemos dizer que o aluno será incluído no
sistema de aprendizagem, o conteúdo será trabalhado por um profissional capaz de
adaptar a didática, garantido o máximo possível da aprendizagem do aluno.
Aqui no Brasil, a meu ver é tudo funcional apenas no papel, e acaba ficando só
nele mesmo. Vejo que a falha já começa nos laudos, raramente o laudo é fornecido por
uma equipe multidisciplinar como é o correto, geralmente o laudo que recebemos foi
fornecido só por um psiquiatra, neurologista pois os pais sem condições de uma
avaliação específica acabam por depender do sistema gratuito de saúde e na maioria
das vezes quem lauda é apenas um profissional. Infelizmente falta muito empenho e
seriedade pela parte das Políticas Públicas, as escolas e creches não contam com
profissionais especializados que realmente façam valer o ensino e a aprendizagem
daquele aluno e nem a lei sair do papel.

Corroboro com o que afirma CARVALHO, 2005, p. 5.

Trata-se de equiparar oportunidades, garantindo-se a todos - inclusive às


pessoas em situação de deficiência e aos de altas habilidades/superdotados, o
direito de aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a ser e aprender a
conviver..

É preciso dar uma basta nessa situação que vemos hoje na maioria das escolas,
colocam a criança em sala de aula só para dizer que ela está lá, porém, ela acaba
ficando esquecida em um canto da sala pintando um desenho, brincando com algo de
seu interesse e ninguém se preocupa com o que ela realmente precisa aprender. Seria
de grande valia que antes de mais nada, o professor tomasse conhecimento do que
realmente aquela criança tem, se inteirasse dessa necessidade buscando a melhor
forma de trabalho com essa criança visando dar condições que favorecem a
aprendizagem. Por isso repito, a inclusão só acontecerá quando ocorrem reformas
políticas e institucionais que realmente façam valer o que a lei determina.

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Bibliografia

CARVALHO, R. E. Educação inclusiva: com os pingos nos is.(2010). Porto Alegre.


CARVALHO, R. E. Educação Inclusiva: do que estamos falando? Revista Educação
Especial, núm. 26, -, 2005, p. 1-7 Universidade Federal de Santa Maria. Santa Maria,
Brasil.

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