SEXUALIDADE E ORIENTAÇÃO SEXUAL: COMO A ESCOLA DEVE ABORDAR
ASSUNTOS RELATIVOS À LGBT
Jessica Aparecida Silva Martins
Jessica Bandeiras Vasconcelos
Glaucia Rodrigues Barretos
Priscila Resende Leal
Luiz Henrique Raimundo
UEMG – Universidade do Estado de Minas Gerais
Data: 29/06/2023 Resumo
O presente relatório vem apresentar como o tema sexualidade e orientação
sexual podem e devem ser abordados na educação, e para isso foi usado o artigo da psicóloga Flávia Nunes de Morais Beraldo para se trabalhar o tema. Neste artigo foi usado uma metodologia de pesquisa de campo, onde a autora a partir de uma experiência realizada no estágio de Psicologia Escolar na área de orientação sexual em duas escolas municipais, do ensino fundamental, em uma cidade do Sul de Minas no ano de 2000, pode verificar a necessidade de que estudos sejam feitos, visando explorar o tema e desmistificar tabus, preconceitos e estigmas que são impostos pela sociedade durante sua evolução.
A sexualidade e a orientação sexual são aspectos fundamentais da identidade
de uma pessoa e fazem parte da diversidade humana, pode referir-se aos sentimentos, desejos, comportamentos e atrações sexuais de uma pessoa, enquanto a orientação sexual diz respeito ao padrão duradouro de atração emocional, romântica e/ou sexual que uma pessoa sente em relação aos outros. Na psicologia a sexualidade é considerada como uma parte natural do desenvolvimento humano, os psicólogos levam em conta as teorias do desenvolvimento, como a teoria psicossexual de Freud e a teoria do desenvolvimento moral de Kohlberg para entender como a sexualidade se desenvolve ao longo da vida e como as pessoas constroem sua identidade sexual. A psicologia considera que o gênero é uma construção social e que as pessoas têm uma identidade de gênero que pode ser independente do sexo atribuído no nascimento. Psicólogos enfatizam a importância de desenvolver uma comunicação e um relacionamento saudável na educação sexual, isso porque, ensinar os alunos a expressar suas emoções, estabelecer limites pessoais, praticar a negociação e consentimento fará com que os alunos tomem decisões conscientes e saudáveis em relação a sua sexualidade.
Em relação é importante abordar assuntos relacionados à sexualidade e à
orientação sexual de maneira inclusiva, respeitosa e livre de preconceitos. A educação sexual tem um papel fundamental no desenvolvimento saudável dos estudantes, ajudando-os a compreender sua própria identidade, promover relacionamentos saudáveis e tomar decisões informadas e responsáveis.
A inclusão de temas relacionados à diversidade sexual e de gênero no currículo
escolar pode ocorrer de várias maneiras, por exemplo: através da educação sobre diversidade, onde são transmitidas informações sobre diferentes orientações sexuais, identidades de gênero e experiências LGBT+ nas aulas de ciências, história, sociologia ou outros assuntos relevantes. As escolas ainda podem estabelecer políticas escolares que reforcem a igualdade, o respeito mútuo e a não discriminação com base na orientação sexual e identidade de gênero, isso inclui ações para combater o bullying e a criação de espaços seguros para que os estudantes possam se expressar livremente. É importante que as escolas tenham profissionais capacitados, como psicólogos ou orientadores, disponíveis para oferecer suporte emocional e informação sobre questões relacionadas à sexualidade e à identidade de gênero.
É essencial que a escola trabalhe em parceria com as famílias dos estudantes,
criando uma rede de apoio e colaboração para garantir uma abordagem holística e completa da educação sexual. Ao adotar uma abordagem inclusiva, a escola contribui para a construção de uma sociedade mais justa, respeitosa e igualitária, onde todas as pessoas são valorizadas independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero.
Sexualidade e escola: um espaço de intervenção
O artigo descreve a experiência de um estágio de Psicologia Escolar em duas
escolas municipais de ensino fundamental, nele ressalta que, historicamente, a sexualidade tem sido um assunto polêmico e tabu, apesar das mudanças sociais e avanços na comunicação. Muitos pais sentem constrangimento em falar sobre sexo com seus filhos, o que leva os adolescentes a buscar informações imprecisas ou inadequadas em fontes duvidosas.
No artigo é mostrado que a escola desempenha um papel fundamental na
formação dos adolescentes, complementando a educação familiar e abordando temas mais complexos. A educação sexual é responsabilidade da família, enquanto a orientação sexual é uma proposta formal da escola, que busca promover mudanças nos padrões de comportamento, transmitir informações corretas, eliminar preconceitos e atuar na esfera afetivo-emocional dos alunos.
O texto destaca algumas etapas importantes para um bom trabalho de
orientação sexual na escola, como apresentar um projeto, realizar reuniões com pais e professores, entender as demandas da escola, coletar dúvidas dos alunos de forma sigilosa, estabelecer um programa estruturado e garantir a ética e o respeito no processo. Além disso, ressalta-se a importância de diferenciar sexo e sexualidade, bem como educação sexual e orientação sexual. O educador deve ser aberto, livre de preconceitos e utilizar diferentes métodos para abordar o tema, como aulas expositivas, dinâmicas de grupo, materiais informativos e filmes.
O texto possui um objetivo de identificar as possibilidades e limites de trabalhar
a sexualidade no contexto escolar. Envolver a comunidade escolar como um todo para criar um ambiente seguro para todos os estudantes independente de sua orientação sexual ou identidade de gênero. Além de identificar as possibilidades e limites de trabalhar com essas crianças no contexto escolar.
Considerações finais da autora
A autora destaca que o envolvimento dos pais nesse processo educacional e
a importância de encaminhar os alunos para profissionais especializados caso seja necessário, evitando que o professor de orientação sexual assume o papel de conselheiro ou confidente dos alunos, é essencial.
Considerações finais do grupo
O grupo depois de um estudo sobre o tema sexualidade e orientação sexual:
como a escola deve abordar assuntos relativos a LGBT e leitura do artigo apresentado e temas semelhantes sobre assunto, chegou a uma conclusão de que o educador deve possuir uma mente aberta, sem preconceitos sobre sexualidade, a fim de oferecer uma experiencia de aprendizado adequada para a turma. Com isso é necessário promover uma cultura de inclusão, respeito e aceitação, além de conscientizar o educador sobre política antidiscriminatórias, incentivá-lo a fazer uma educação inclusiva e melhorar seu treinamento em como lidar com o assunto no meio educacional.
Referencias:
SciELO - Brasil - Childhood transgenderity under the perspective of elementary
school teachers Childhood transgenderity under the perspective of elementary school teachers SciELO - Brasil - Sexualidade e escola: espaço de intervenção Sexualidade e escola: espaço de intervenção
SciELO - Brasil - Políticas públicas relacionadas à diversidade sexual na escola
Políticas públicas relacionadas à diversidade sexual na escola