UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS

Campus Sul – UnU de Itumbiara

Licenciatura e Bacharelado em Educação Física

REFERÊNCIA
Atividade: Resenha crítica
Disciplina: Linguagem, Tecnologias e Produção Textual
Professor:
SILVA, Prof.
J. C. A. da;Dr. Huélinton I.Cassiano
CAMINHA, Riva
DE O.; FERNANDES, B. C. de F. Preconceitos no
Aluno:escolar:
esporte Douglasumda contexto
Costa Zago
de discursos heteronormativos e homossexualidade. Revista
Brasileira De Educação Física E Esporte, [S. l.], v. 35, n. 2, p.
305-320, 2021. Disponível em:
<https://www.revistas.usp.br/rbefe/article/view/189680>. Acesso em: 17 abr. 2023.

1. Perspectiva teórica da obra (Introdução)

A entidade escolar brasileira por sua vez, vem tornando-se capaz de cooperar de
modo eficiente no embate do que impossibilita ou inibe o envolvimento social e político e, no
mesmo momento, favorece para a geração de lógicas cruéis de repressão e desenvolvimento
das diferenças. No espaço de uma política filosófica e pedagógica de configuração inclusiva,
como se configura uma escola, é imprescindível, primeiramente, ter em consideração que
essas renúnicas e discriminações procedem de prejulgamentos de diversas camadas. É
necessário ponderar ainda, que essas hostilidades acabam por comandar a entrada ao esporte e
a recreação.

Á vista disso, entende-se que o objetivo deste trabalho, é investigar e observar

como o predomínio dos mecanismos heteronormativos e discriminações no ambiente escolar
pode afetar a vida de atletas acadêmicos que se deliberam como homossexuais. Para tal fim,
foi elaborado um conceito literário acerca do tema inquirido, bem como diversas entrevistas
com os indivíduos da pesquisa por intermédio de um script semiestruturado. Nesse aspecto, a
metodologia deste trabalho se deu através da formação de conversações com os 43 esportistas
de um time masculino de voleibol amador chamado de Star Play, que se autoreconhecem
como gays, na cidade de João Pessoa-Paraíba. Nota-se, nesse caso, o quanto a impregnação
dos referenciais de preconceito à prática homossexual ainda estão presentes em diferentes
contextos sociais, em especial no contexto escolar. Assim, faz-se necessário refletirmos sobre
as práticas e posturas em relação às referentes classes que se encontram e se desenvolvem nas
instituições escolares, com o intuito do não fortalecimento ao preconceito no período de
escolarização do sujeito.

2. Breve síntese da obra

 O autor Silva (2021), relata que a instituição escolar é como um dos
impulsionadores da sociedade que argumenta sobre os meios educacional/pedagógicos, além
do mais, pode supervisionar e conter os aspectos das sexualidades e os hábitos eróticos que
podem ser definida como admissíveis. Dentro de uma política filosófica e pedagógica de
forma inclusiva, falando aqui de uma entidade escolar, é imperativo, antes de tudo, ter em
consideração que essas desacolhimentos e discriminações derivam de preconceitos de
múltiplos preceitos. É necessário, no entanto, analisar inclusive que essas hostilidades
resultam por “controlar” a entrada ao esporte e ao lazer. Ou até mesmo reduzir tal introdução
aos sujeitos que procuram adotar às distintas maneiras de viver sua sexualidade,
desrespeitando paradigmas impostos pela sociedade.

Em conformidade com Torres (2013), o instituto escolar é um ambiente de reflexo

de preconceitos e, desse modo, pode torna-se ainda um excelente espaço para começar a
questioná-los. Por consequência, é indispensável fazer uma análise sobre o contemporâneo
assunto sociocultural que encaminha nas contendas a relação das discriminações e
preconceitos sobre o contexto da orientação sexual que se constituem nos recintos
educacionais, lugares dos desenvolvimentos e reproduções do aprendizado e dos
entendimentos sociais. Tal local educacional necessitaria ser o palco apropriado para o
confronto e desafio de preconceitos e discriminações devido da personalidade sexual e de
gênero. Nesse seguimento entende-se que o literato, diz: “É necessário questionar, por
exemplo, a ideia de que uma menina que gosta de jogar futebol ou de lutas tem
necessariamente tendência a ser homossexual ou que um menino que não goste de futebol e
goste de dança, voleibol ou handebol seja, nesse caso, gay”.

Nessa premissa, verifica-se a importância da educação inclusiva, ela só é de fato

apropriada e habilitada quando se tem um reconhecimento da pluralidade, e seu progresso se
estabelece em uma razão de pertencer a um grupo ou uma família. Com essa argumentação, é
provável visualizar e questionar alguns sentidos que educadores (as) e educandos (as)
outorgam à sexualidade no ambiente escolar. (JUNQUEIRA, 2008)

Assim, segundo Altmann (2015), a Educação Física é um lugar de ampla

magnitude para o exercício do esporte. Conforme, respaldado pela respectiva legislação do
Brasil, para um grande número de crianças e adolescentes, a entidade escolar tem sido a única
chance de um método esportivo dirigido e sistematizado. Ter em consideração que as aulas de
Educação Física são ambientes de aprendizado do esporte e sobre ele é obrigação que as
instuições escolares não podem renunciar tal conhecimento. Presentemente, muitas
mobilidades surgiram com o intuito de solifarizar-se contra o preconceito e a discriminação
social e refletir os pontos conectados à homossexualidade. Estes argumentos tem tornado esse
assunto significativamente reconhecível e têm contribuído numa gradual diminuição da marca
social. Com esse relato, a Educação Física talvez ignore ou disfarce dentro do esporte
acadêmico a gravidade desse problema.

3. Principais Teses Desenvolvidas na Obra

Com o próposito de dar um melhor apreço a simetria interna ao texto, Silva

(2021), estrutura três classes anunciadas na esfera desta pesquisa, para uma melhor
estruturação das ponderações teóricas e que organizou da consecutiva maneira: “Problemas de
Gênero na Instituição Escolar, em que apresentou teorias e discursos acerca do gênero e suas
imbricações; Heteronormatividade Herdada X Heterossexismo Reproduzido, questão na qual
foram abordados os conceitos sobre heteronormatividade, heterossexismo, preconceitos,
discriminações a respeito das orientações sexuais; e por fim foram abordadas as elucidações
dos interlocutores relacionados às suas experiências suportadas pelas discriminações e
preconceitos sofridos durante o ciclo no esporte escolar, além de suas resistências para tais
situações”.

4. Reflexão Crítica sobre a Relevância da Obra

A comunidade brasileira vivencia hoje, um momento de intensas modificações

que não devem ser desprezadas por nenhuma entidade democrática. Cada vez mais, vem
crescendo no Brasil o entendimento da relevância da educação como ferramenta essencial
para se encarar circunstâncias de preconceitos e discriminação e certificar possibilidades
adequadas de envolvimento nos diversos ambientes da sociedade.

Nesse aspecto, concordo com o autor Silva (2021), que vivemos em uma
sociedade cheia de preconceitos e discriminações e isso se dá desde épocas atrás, de pessoas
que viveram e cresceram em um meio machista, homofóbico e racista, entre diversos outros
entendimentos que contribuiram para tal disseminação preconceituosa e esse posicionamento
da sociedade é muito negativo, pois ele é capaz de contribuir cada vez mais a violência e isso
deve ser extinto por toda sociedade.

Necessitamos sim, entender e compreender, que vivemos em um mundo cheio de

novas articulações e novos aprendizado/conhecimentos, e para tal entendimento, deve ser
utilizado a favor da população como um todo e não só como uma classe de pessoas. Assim, a
escola é um dos meios principais para se formar um cidadão, nesse sentido, a educação não é
só um ambiente de formação para o trabalho, contudo serve também, para o progresso de uma
condição cidadã que compreenda as diferenças. É de suma importância que uma instituição
escolar e projetos institucionais relatem, além disso, a toda população, como uma comunidade
não só dentro da escola, mais uma troca entre sociedade e escola, de saber e obrigação,
entendendo, que só assim, teremos pessoas conscientes, mais humanas e menos
discriminatórias.

É necessário, que a escola e as pesquisas acadêmicas dialoguem também, com os

espaços não formais da educação, numa troca mútua de saberes e fazeres, tendo em vista, uma
sociedade mais justa e menos supressora.

Nesse sentido, pode-se, verificar com essa pesquisa, o papel essencial dos
professores de uma escola, principalmente o professor de Educação Física, tal educador tem
um papel importantíssimo para a formação do cidadão, uma matéria gostosa que a maioria dos
alunos amam e admiram, podendo então, usar isso a favor da propagação do esporte para
todos, sem exclusão de raça, cor, etnia, sexualidade, formando, entretanto, cidadãos
conscientes na maneira de pensar e agir, de forma educada e ciente, pois não menos
importante, compreender que todos somos pessoas dignas de amor, carinho, amizade e todos
temos direito a contribuir para a formação de uma nova sociedade mais igualitária.

Em conclusão, reconhece-se que esse trabalho se proporciona, como um miúdo

grão de areia, de colaboração em um deserto de iniquidades e diretrizes governadoras, que a
tantos cancelam e diferenciam; na iniciativa da concietização futura de educadores a
entenderem e estudarem sobre a relevância de se transformarem também, em grãos de areia, a
fim de que, unidos em um momento, constituamos um deserto mais digno e honrado para
nossa sociedade.