Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1 INTRODUÇÃO
Esse trabalho tem como objetivo refletir junto com as escolas do Belo Jardim a
necessidade de promover ações, alinhadas à proposta pedagógica, que combatam à exclusão
de gênero e sexualidade.
Esse estudo nasce a partir das reflexões nas aulas de Prática Pedagógica, nas quais
refletimos sobre o Projeto Político Pedagógico e a necessidade de apresentar nele as práticas
que atendam às necessidades das escolas, a partir de suas realidades. A construção de gênero e
sexualidade ocorre por meio de diversas experiências e atividades, influenciadas por
diferentes instâncias sociais e culturais, e pode ser de maneira evidente ou sutil, em um
processo que acontece de forma contínua e em constante evolução.
Desde a infância, é comum ouvir comentários como: rosa é para meninas e azul para
meninos; as garotas brincam de casinha e os garotos de futebol; meninas são sensíveis e os
meninos não choram... etc. Essas e outras frases repetidas diariamente fomentam um discurso
opressor e tóxico, que contribuem na criação de inseguranças e conflitos entre os alunos, já
que, dentro do ambiente escolar, esse discurso também se faz presente, sendo repetido pelos
estudantes e muitas vezes pela equipe escolar; isto acontece em todos os anos da educação,
sendo possível encontrar tal coisa sempre presente desde a Educação Infantil até o último ano
do Ensino Médio.
Tanto os meninos quanto as meninas sofrem com este discurso de diferentes maneiras.
Os garotos, acreditam fielmente que não podem fazer uma série de coisas, pois isso os
transformará automaticamente em uma garota (ou mudará sua orientação sexual, como alguns
insistem em pregar), portanto eles não podem chorar, usar certas cores, brincar de fazer
comida ou com bonecas, além de só poderem escolher uma profissão dos sonhos que seja
máscula e respeitável. Já as garotas, ficam impedidas de brincar de bola, devem ser sempre
caprichosas e organizadas, não podem correr e se sujar “como meninos”, devem amar brincar
de ser dona de casa e treinar desde cedo para a maternidade.
Logo o papel do PPP (Projeto Político Pedagógico) nesses casos, é definir a postura da
escola em relação a possíveis conflitos causados pelas diferenças de gênero, uma vez que,
como sugere a LDB (2021) “Este documento deve nortear todas as ações pedagógicas de cada
instituição e se mantém em permanente discussão e reformulação, na busca de alternativas
que possam viabilizar a melhoria da qualidade do ensino”. Portanto, cabe às instituições de
ensino, elaborarem e executarem democraticamente seus próprios Projetos Pedagógicos
(GOV, 2021), a fim de assumir uma postura mais preocupada com as questões de
desigualdade. Afinal esse discurso antiquado para a realidade atual que pode vir a ser
considerado sexista, contribuindo para que o bullying e a opressão ocorram de diferentes
maneiras, seja em relação a orientação sexual, pressão para que os alunos ajam de uma
determinada maneira, e até mesmo uma falsa ideia de superioridade de um gênero sob o outro.
O PPP se torna essencial para guiar a gestão no controle de danos.
2 OBJETIVOS
A ideia de falar sobre a diversidade de gênero nas escolas torna intimidador, sendo um
assunto de fundamental importância, onde reconhecemos o respeito à diversidade de nossa
sociedade e garantimos a igualdade e a inclusão de todos os estudantes. Onde alguns
estudantes acabam não se identificando com o gênero atribuído no nascimento, sendo a escola
a principal fonte de reconstrução do conhecimento, atuando como um lugar de reflexão e
compreensão entre alunos e professores, fortalecendo na formação de cidadãos capazes de
transformar suas atitudes em seu cotidiano, compreendendo e aceitando a diversidade de
gênero e promovendo respeito mútuo e enriquecendo a perspectiva social e cultural.
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Deve- se tratar com igualdade incluindo estratégias para trazer o assunto para o
ambiente escola;
Promover discussões sobre o assunto independente do gênero;
Integrar abordagens inclusivas sobre educação sexual, conversas sobre o
reconhecimento;
Oferecer informações sobre o tema e o respeito deve ser inserido;
Criar ambientes onde os estudantes se sintam seguros para expressar sobre gênero ou
orientação sexual;
Proporcionar formação para os professores sobre as questões de sexualidade e gênero;
Estabelecer políticas escolares que proíbam a descriminação com base no assunto;
Trazer temas relacionados a gênero e sexualidade nos currículos escolares de forma
interdisciplinar.
5 METODOLOGIA
Esse método será aplicado aos/as gestores/as das escolas. Após esse levantamento,
pretendemos realizar, mediante a permissão dos/as gestores/as, a análise dos PPPs das escolas
para observarmos se essas discussões estão presentes nesse documento.
Após o levantamento dos dados, pretendemos realizar palestras com os/as gestores/as,
os/as professores e demais sujeitos envolvidos com a (re)formulação do PPP da escola.
Essa proposta será desenvolvida nas escolas da rede municipal do Belo Jardim. Esse
campo foi escolhido pela necessidade de intervir em posturas que não nos cabem mais como
sociedade, buscando trazer para a nossa realidade um âmbito escolar que proporcione um
ambiente inclusivo, que acolha e respeite a todos e todas com suas singularidades em formas
de expressões e comportamentos pessoal.
6 CRONOGRAMA
7 AVALIAÇÃO
O presente projeto será avaliado coletivamente, a partir de questionários realizados
com todas as pessoas que forma envolvidas na sua realização em cada escola.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LBD. 9394/1996. Art. 2.
Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm Acesso em:
13/11/2023
VEIGA, Ilma Passos da. Projeto político-pedagógico da escola: uma construção coletiva. In:
VEIGA, Ilma Passos da (org.). Projeto político-pedagógico da escola: uma construção
possível. Campinas: Papirus, 1998. p.11-35.