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Faculdade Anhanguera Educacional

CURSO LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

ALINE FERNANDA GONÇALVES PEREIRA

PAULA DE MORAES BOEIRA

DESAFIOS E POSSIBILIDADES DA IGUALDADE DE GÊNERO


NO ESPAÇO ESCOLAR.

São José dos Pinhais - PR


2019
ALINE FERNANDA GONÇALVES PEREIRA

PAULA DE MORAES BOEIRA

DESAFIOS E POSSIBILIDADES DA IGUALDADE DE GÊNERO


NO ESPAÇO ESCOLAR.

Portfólio apresentado no curso de licenciatura em


Pedagogia à Faculdade Anhanguera Educacional, como
requisito parcial para a conclusão das disciplinas:
Psicologia da educação e da Aprendizagem; Ética,
Política e Cidadania; Políticas Públicas da Educação
Básica; Metodologia Cientifica; Educação e Diversidade;
Praticas Pedagógicas: Gestão da Aprendizagem e
Educação a Distância.

Orientador Prof. Mayra Campos Francisca dos Santos,


Jose Adir Lins Machado, Natalia Germano Gejao Diaz,
Regina Celia Adamuz, Renata de Souza Franca Bastos
de Almeida, Natalia Gomes dos Santos e Lilian Amaral
da Silva Souza.

São José dos Pinhais - PR


2019
SUMÁRIO

1- INTRODUÇÃO.................................................................................................3

2- DESENVOLVIMENTO.....................................................................................4
2.1- Resolvendo Situação Problema (SP)............................................................8

3- CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................11

4- REFERÊNCIAS.............................................................................................12
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1. INTRODUÇÃO

O debate em torno de questões envolvendo sexualidade e gênero vem


ganhando cada vez mais espaço nos diversos âmbitos sociais e principalmente no
ambiente escolar, intensificando até mesmo com a luta pelos direitos humanos e
pela democracia no país. A todo instante diferentes discursos se contrapõem,
configurando-se num quadro de avanços e recuos na luta pela igualdade de gênero
no Brasil.
Diante da abordagem exposta se confirma o deslocamento que questões
envolvendo sexualidade e gênero vêm sofrendo, que as tornam centrais na luta pela
democracia no Brasil. Considerando a escola como um dos principais espaços de
socialização para crianças, jovens e adultos destaca-se que para alcançar os ideais
democráticos e de direito é necessário que a discussão envolvendo a diversidade
sexual e de gênero esteja presente no dia a dia escolar.
A importância desse trabalho é que os professores devem abordar esse tema
em suas aulas, tendo em conta que fazem parte das demandas dos próprios
estudantes. A igualdade de gênero no espaço escolar é um dos pilares para
construção de uma sociedade igual, justa e democrática. Ela surge do
reconhecimento de que vivemos em uma sociedade que, sistematicamente,
discrimina mulheres por seu gênero e estabelece o compromisso de alterar essa
situação dando lhe tarefas que julga ser só do sexo feminino.
O grande objetivo é poder contribuir para que a escola seja um espaço de
transformação social e de construção da igualdade entre todos os envolvidos nesse
processo. A sexualidade e as relações de gênero sempre estão em constante
construção e fazem parte das pessoas que compõe as instituições escolares. Sendo
assim, é muito importante o conhecimento da realidade na qual a escola está
inserida, para que as atividades dos professores envolvam as temáticas de gênero e
violência contra a mulher e sejam desenvolvidas de acordo com esta realidade.
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2. DESENVOLVIMENTO

A sexualidade e as relações de gênero estão constante construção, fazem


parte das pessoas que compõe o ambiente escolar. Sendo assim, é muito
importante o conhecimento da realidade na qual a escola está inserida, para que as
atividades dos professores envolvam as temáticas de gênero em seu cronograma
escolar.
Quando fala-se em Igualdade de gênero significa que homens e mulheres
devem ter os mesmos direitos e deveres perante a sociedade. Também conhecida
como igualdade sexual, esta é considerada a base para a construção de uma
sociedade livre de preconceitos e discriminações. Homens e mulheres devem ser
livres para fazer as suas escolhas e desenvolver as suas capacidades pessoais sem
a interferência ou limitação de estereótipos existente ainda hoje em nosso meio,
infelizmente.
Todas as responsabilidades, direitos e oportunidades devem ser igualmente
concedidas para todos os gêneros, sem haver qualquer tipo de preconceito baseada
no fato de determinada pessoa ter nascido homem ou mulher.
A luta pela igualdade de gênero se intensificou em meados do século XX,
impulsionada, principalmente, pelo movimento feminista da época. Mas não
podemos esquecer que muitos direitos já foram conquistados em nome da igualdade
de gênero, foi uma luta árdua porém,(como o direito ao voto das mulheres, por
exemplo), a aprovação pelo STF (Supremo Tribunal Federal) que transexuais e
transgênicos possam mudar o nome no registro civil sem a necessidade de cirurgias;
as conquistas de títulos acadêmicos por pessoas transexuais e travestis, manchete
constante nas mídias sociais; a inserção dessa discussão em livros didáticos, obras
literárias e avaliações para ingresso nas universidades; o protagonismo de mulheres
jovens durante o movimento de ocupações nas escolas de todo Brasil,
problematizando as desigualdades de gênero, mas existe ainda um longo caminho
para desconstruir a visão preconceituosa e estereotipada que está entranhada em
nossa sociedade.
Exemplos de desigualdades de gênero estão presentes em pequenas
situações do cotidiano, onde mesmo as mulheres participam como incentivadoras
para a segregação entre “tarefas masculinas” e “tarefas femininas”. Por exemplo, em
muitas famílias as meninas são as responsáveis em arrumar a cozinha, lavar a
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roupa e a louça após o jantar, enquanto que os homens vão assistir televisão, ler o
jornal ou simplesmente descansar sem ao menos ajudar nas tarefas domesticas.
A educação para a conscientização das pessoas sobre a importância da
igualdade entre gêneros para o desenvolvimento de uma sociedade mais igualitária
e democrática, deve estar presente desde os primeiros anos de vida da criança e
prevalecer até os últimos dias de vida.
Sobre isso a autora Nanci e Beatriz (2009, p.39) dizem: “Mais do que rever
currículos escolares há que se repensar na formação docente e enfrentar o
preconceito e as violências de gênero, que, muitas vezes, os próprios professores
enfrentam no dia a dia de trabalho”.
Tendo consciência de que o espaço escolar é ambiente privilegiado para
fazer acontecer essa nova cultura sobre gênero, será importante e necessário que
sejam planejadas ações eliminando toda a forma de discriminação e violência entre
os alunos do sexo feminino e masculino. Acreditando que a escola é o espaço de
pleno desenvolvimento do ser humano, considera-se importante que ela cumpra o
seu papel oportunizando o exercício da cidadania acolhendo as diferenças como
caminho para a construção de uma sociedade mais justa e solidária para todos.
Nos últimos anos as lutas pela igualdade de Gênero e pela construção de
uma sociedade que respeite e valorize a diversidade tem se intensificado cada vez
mais, porém, em diversos momentos constatam-se atitudes discriminatórias que
tratam com naturalidade a injusta desigualdade que existe entre homens e mulheres.
Acredita-se que esta realidade seja um dos fatores que impede a construção do
caminho de harmonia entre todos, principalmente quando se trata do ambiente
escolar.
O tema das relações de gênero é um caminho de desconstrução das normas
estabelecidas, para construir um novo modelo de educação que contribua para a
justiça e a “igualdade” entre ambos os sexos.
De acordo com a obra Gênero e Diversidade na Escola (BRASIL, 2009, p.65)
para refletir sobre a discriminação de gênero num contexto de desigualdade social é
só estar prestando atenção aos programas de televisão que apresentam as
dificuldades pelas quais passam as mulheres em diferentes países. É possível
observar a rigidez dos costumes, países que obrigam as mulheres a esconder o
corpo e aqueles que submetem a mulher à mutilação genital e o aborto de crianças
do sexo feminino, já que a preferência da sociedade é pelo filho homem. No mundo
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todo, como podemos observar a situação da mulher é preocupante, pois em todas


as classes sociais ela pode ser vítima, de violência física, psicológica, moral e social
enfrentando desafios para se integrar na sociedade, no trabalho, na escolarização e
na vida política por exemplo. Num país tão grande como é o caso do Brasil é
possível constatar em todas as regiões que a mulher aparece em diferentes
situações reforçando os papéis do espaço privado, do trabalho doméstico, da
procriação e do cuidado e educação dos seus filhos.
Enquanto a escola continuar representando as estruturas de poder de um
sexo sobre o outro, as reivindicações em prol de uma equiparação sexista
continuará latente. As ações pedagógicas lutam contra os preconceitos de gênero,
mas em contrapartida reafirma-os quando em suas ações não percebe o caráter
“neutro” do sexo, o reforço dado aos meninos nas atividades voltadas ao raciocínio,
nas atividades decorativas destinadas às meninas por, exemplo. Os professores por
sua vez reafirmam o preconceito de gênero quando passa despercebido ou ignoram
tais ações, como segue:
O mesmo ocorre com os alunos quando estes não correspondem a
um modelo masculino predeterminado. Essa situação pode ser ampliada
para professores e professoras. Daqueles se espera um comportamento
mais energético, fruto da qualificação positiva atribuída à relação entre
masculinidade/agressividade; já as professoras são tidas como afetivas e
ternas, e quando expressam agressividade são taxadas de pouco femininas
ou com problemas hormonais. (AQUINO, 1998, p. 103).

Segundo Aquino (1998) é diante dessa relação contraditória que a escola ora
se apresenta como vilã ora como agente social de transformação. Urge a
necessidade da ressignificação dos valores masculinos e femininos das relações
escolares caminharem juntas em prol da superação das desigualdades e
subordinação de gênero.
Dessa maneira, as práticas educativas ‘poderiam ser questionadas de um
modo novo, possivelmente mais subversivo. Talvez assim fôssemos mais capazes
de descobrir relações até então não percebidas ou rever processos ‘generificados’
[...] de produção de sujeitos’ (LOURO, 1995, p. 127 apud AQUINO, 1998, p. 104).
O direito à educação para a igualdade de gênero, raça e orientação sexual e
identidade de gênero tem base legal na Constituição Brasileira (1988), na Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB/1996), nas Diretrizes Nacionais de
Educação e Diversidade, nas Diretrizes Curriculares do Ensino Médio (art. 16),
elaboradas pelo Conselho Nacional de Educação, e na Lei Maria da Penha (2006).
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O próprio Plano Nacional de Educação (2014-2024), em seu artigo 2º, prevê a


implementação de programas e políticas educacionais destinadas a combater “todas
as formas de discriminação” existentes nas escolas brasileiras, entre elas, as que se
referem às desigualdades de gênero, de raça, de orientação sexual e de identidade
de gênero. No mesmo artigo, o PNE prevê a promoção dos direitos humanos e da
diversidade na educação do nosso país.
Por isso, ninguém pode proibir essa temática na escola, temática essa de
supra importância para os alunos e professores. Apostando na desinformação, na
ignorância e no medo, grupos religiosos fundamentalistas e seus apoiadores têm
divulgado irresponsavelmente em diversos municípios que as escolas “estão
proibidas” de abordarem as questões de gênero.
Por ser o direito à educação para a igualdade de gênero, raça e orientação
sexual e identidade de gênero um direito fundamental assegurado na Constituição
federal e nos tratados internacionais de direitos humanos, ele não pode ser limitado
por leis comuns e complementares aprovadas nos municípios e nos estados, como
os planos de educação, muito menos por orientações de órgãos públicos, caso isso
aconteça, deve ser denunciadas qualquer tentativa de limitação a esses direitos.
Toda tentativa de limitar esse direito é, portanto, inconstitucional porque viola
os princípios da igualdade de condições de acesso e permanência na escola, da não
discriminação, da qualidade do ensino e da liberdade de aprender e ensinar com
respeito à diversidade cultural, étnico-racial, sexual e de gênero da população
brasileira.
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2.1 Resolvendo situação - Problema (SP)

É imprescindível refletir sobre algumas ações realizadas na escola para que


se exercite o não preconceito de gênero durante as atividades escolares. Por
exemplo: Será que é necessário escolher os esportes de acordo com o sexo dos
alunos? E as meninas nunca podem jogar futebol, (esporte esse, que segundo os
“HOMENS”) é destinados aos meninos? Meninos e meninas podem jogar junto? As
aptidões dos alunos correspondem aos gêneros? Existem realmente aptidões
masculinas e femininas? Por que os meninos são aceitos como “naturalmente”
agitados? Qual o problema quando a menina prefere brincadeiras mais agressivas
(aquelas típicas dos meninos)? Existem problemas se o menino der preferência a
brincadeiras tipicamente femininos? Esse “desvio” de comportamento é
preocupante? Por quê?
A professora Alessandra como agente da educação, viu-se preocupada com o
alvoroço dos meninos quando questionou com os alunos sobre a representatividade
feminina no esporte. Partiu dela a ideia de elaborar um projeto para formar um time
de futebol com as meninas da escola, visto que já existia um time masculino da
escola. Alessandra recorreu a coordenação pedagógica da escola em que atua para
que fosse organizado um dia de formação docente que abordasse a temática:
Igualdade de gênero no ambiente escolar.
Alessandra depois de estudar a abordagem sobre o tema proposto por ela
mesmo, deverá ministrar sua fala com a coordenação, dizendo que a percepção da
desigualdade e o desejo de mudança estejam presentes na vida dos professores/as,
relatando situações relacionadas ao contexto social mais amplo, incluindo as
relações pessoais. E principalmente debater algumas barreiras na escola para o
desenvolvimento de atividades sobre sexualidade e para a aceitação dos direitos de
cidadania, independente de orientação sexual, como por exemplo: não aprovação da
direção da escola para implantar um projeto sobre o esporte feminino, restrições dos
pais dos/das alunos/as à temática, e a postura conservadora de alguns alunos/as
que se negam a discutir o tema homossexualidade em sala de aula.
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Ainda segundo ela, os papéis e as relações de gênero são resultado de um


processo de aprendizado, que se inicia no nascimento e continua durante a vida, por
meio das instituições e de seus discursos, que determinam o que é papel de homem
e o que é de mulher. “A escola não é a única instituição que participa desse
processo de aprendizado, mas é uma das mais importantes, sobretudo na
adolescência, principalmente quando se propõe abordar a igualdade de gênero na
escola, está se propondo um sistema educacional que seja inclusivo para todos.
 A homofobia e o machismo, assim como o racismo e outras formas de
preconceito, levam alguns estudantes a vivenciarem a escola como um espaço
torturante, o que resulta em evasão muitas vezes. Sobretudo, na adolescência e
juventude, quando as questões de identidade estão emergindo com força.
Ao tratar da importância de abordar a questão de gênero na escola,
Alessandra espera que a escola inclua, acolha e ensine a incluir e a acolher. É uma
demanda que diz respeito à construção da igualdade e à visibilidade da diversidade,
de não reproduzir desigualdades. A escola pode atuar na superação do combate ao
machismo, à homofobia e à transfobia, assim como outras formas de desigualdade e
violência existente não só no meio escolar, como também fora dela.
Se a escola não puder ser um espaço de construção de relações igualitárias,
de tolerância à diferença, de pensamento crítico, ela não serve a modelo de
sociedade. As evidências históricas e culturais sobre a ampla variação dos papéis
de gênero entre homens e mulheres contribuíram para crítica ao determinismo
biológico e para a tentativa de separar sexualidade e gênero, infelizmente. O que
parecia um corpo naturalmente marcado pelo gênero era produto de uma persistente
socialização com respeito aos padrões da época. Os estudos sobre a
homossexualidade igualmente buscaram traçar a distinção entre o comportamento
homossexual (considerado universal) e identidade homossexual, construída
socialmente. De acordo com a perspectiva da construção social, a sexualidade é
mediada por fatores históricos e culturais, concluindo que o ato sexual não possui
um significado social universal.
A Professora Alessandra ainda relatou em sua conversa com os professores
que é preciso desenvolver atividades sobre gênero no espaço escolar, porém
destaca a importância da família na socialização dos/as filhos, segundo ela a família
ainda ocupa um lugar chave na socialização das novas gerações no que diz respeito
ao sexo feminino e masculino. Nesse aspecto, Alessandra explica a dificuldade da
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escola em competir com as normas e valores construídos na vida familiar por ser
muito complicado querer entrar em uma estrutura familiar consolidada nesse papel,
que têm disso, o pai manda e a mãe obedece e cuida dos filhos”.
Alessandra questionou sobre a escola desenvolve poucas atividades que
estimulam a reflexão das diferenças de gênero. Porém, foram descritas ações e
esforços individuais para superar os estereótipos e as desigualdades de gênero que
visam diferenciar o que é natural do que é socialmente construído.
Nos relatos dos/as professores/as acerca dos comportamentos dos/as
alunos/as, foi possível identificar uma clara divisão entre atributos associados aos
homens e atributos associados às mulheres. Foi citado, de forma recorrente, que as
meninas amadurecem sexualmente antes dos meninos e são mais quietas e
comportadas, quando comparadas aos homens da mesma faixa etária. Uma das
razões apontadas para essas diferenças diz respeito ao aprendizado dos papeis de
gênero no ambiente familiar e na sociedade em geral.
As mudanças e permanências associadas ao gênero ao longo da história
recente remetem para a pertinência de se promover uma reflexão entre os/as
docentes sobre o tema, assinalando as conquistas e barreiras associadas à
ocupação nos espaços públicos e privados, às diferenças salariais e às tensões
presentes nas relações entre homens e mulheres da sociedade.
Alessandra e a coordenação pedagógica concluiu que para isso e por muitas
outras razões é indispensável promover a igualdade de gênero, raça, orientação
sexual e identidade de gênero nas escolas públicas brasileiras. Abordá-la é um
direito da população brasileira e condição para o fortalecimento de uma sociedade
efetivamente democrática.
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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

As iniciativas voltadas para a temática da diversidade sexual no contexto da


rede de ensino representam um desafio frente aos diferentes valores e normas
morais, culturais, religiosas e familiares que permeiam os temas gênero e
sexualidade, como ilustram os avanços e recuos que ainda se fazem presentes na
segunda década do século XXI. Como indicado, essa tensão é resultado de forças
conservadoras diante de conquistas no plano dos direitos humanos, sexuais e
reprodutivos. A pressão exercida por grupos apoiadores da igualdade de gênero nas
escolas tem impacto nas políticas públicas, especialmente na área da Saúde e da
Educação voltadas para as ações de igualdade independente da orientação sexual,
que avança entre a população jovem.
A perspectiva histórica e sociocultural da sexualidade e do gênero vem
ganhando visibilidade nos meios acadêmicos principalmente, mas a sensibilização
das pessoas não se efetiva num curto período de tempo. É necessária uma proposta
permanente de discussão do tema no ensino escolar, sinalizando para que os
cursos superiores, principalmente as licenciaturas, incluam em seus currículos essas
questões da abordagem de igualdade de gênero. Da mesma forma, há a
necessidade de formação continuada para profissionais da educação, incluindo
gestores e pessoal de apoio que lidam diretamente com crianças e adolescentes,
além de iniciativas de consolidação das ações dentro das escolar.
Tendo em vista a importância de políticas que promovam o debate no campo
da igualdade de gênero no espaço escolar, espera-se que esse trabalho contribua
para uma reflexão mais profunda acerca das dificuldades, limitações e preconceito
ainda existentes e também sobre a concretização de uma política pública voltada
para essa questão e que professores/as assumam a responsabilidade como agentes
da transformação de mentalidades e práticas educacionais.
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REFERÊNCIAS

AQUINO, J. C., Diferenças e preconceitos na escola. Alternativas teóricas e


práticas. 4ºed. São Paulo: Summus Editorial, 1998

Formação de professores/as em gênero e sexualidade: possibilidades e


desafios. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S0104-40602019000100287 Acesso em 27 de setembro de
2019.

LINS, Beatriz Accioly; MACHADO, Bernando Fonseca; ESCOURA, Michele. Entre o


azul e o cor-de-rosa: normas de gênero. In. _______ (Orgs.). Diferentes, não
desiguais: a questão de gênero na escola. São Paulo: Editora Reviravolta, 2016.

LIONÇO, Tatiana. Gênero e sexualidade na prática didático-pedagógica: saúde,


direitos humanos e democracia. Série Anis, ano IX, n. 69. Brasília – Letras Livres,
Setembro de 2009

LOURO, G. L. Gênero, sexualidade e educação. 6ªed. Petrópolis: Vozes, 2003.

PELO DIREITO À IGUALDADE DE GÊNERO NA ESCOLA. Disponível em:


http://generoeeducacao.org.br/wp-content/uploads/2016/05/folder_direitoigualdadege
neroescola_semmarcas.pdf. Acesso em 10 de outubro de 2019.

SOUZA, Lúcia Aulete Búrigo; GRAUPE, Mareli Eliane. Gênero e Políticas Públicas
na Educação. In. Anais do III Simpósio Gênero e Políticas Públicas, Universidade
Estadual de Londrina, 27 e 29 de maio de 2014.

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