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ANATOMIA

HUMANA

1- Introdução à Anatomia e Sistema Esquelético


2- Tegumento Comum
3- Tegumento Comum (continuação)
4- Sistema Articular e Sistema Muscular
5- Sistema Cardiovascular, Sistema Linfático e Sistema Respiratório
6- Sistema Digestório
7- Sistema Urogenital
8- Sistema Neuroendócrino
9- Sistema Endócrino
Anatomia Humana – Aula 1
Anatomia= cortar em partes;

Dissecção= Na área de anatomia humana é o ato de explorar o corpo humano,


ou seja, através de cortes, possibilitar a visualização anatômica dos órgãos e
regiões que existem no corpo humano e assim possibilitar o seu estudo.

 Os fatores gerais de variação anatômica:

Normal- Segundo o conceito idealístico, é normal o que é melhor para o desempenho da


função da estrutura; está presente na maioria dos indivíduos;

Ex: Para que a mão desempenha a função de pinça fina é necessário ter 5 dedos em cada mão.

Variações- não prejudica a função da estrutura anatômica do indivíduo;


Ex: as diferentes tonalidades dos olhos (verde, azul, castanho...), cabelos, pele...que variam
dependendo das características fenotípicas e genotípicas.

*Ambas as variações supracitadas não causam dano algum aos indivíduos quanto a
sua mobilidade, capacidade cognitiva...

 Quando as diferenças passam a prejudicar a função da estrutura é anomalia


ou monstruosidade.

Monstruosidade- quando ocorre esse tipo de anomalia, o indivíduo não permanece vivo;
Ex: gêmeos siameses ou anencefalia (quando o bebê nasce sem cérebro);

Anomalia- com esse tipo de anomalia, a pessoa permanece viva, mas com alguma
deficiência na função da estrutura;

Ex: o olho míope;


 Nomenclatura anatômica:
É uma linguagem própria que usamos para nos referir às estruturas do corpo humano e à
forma como a dissecção é feita.

O corpo, por sua vez, é dividido em algumas partes:

Cabeça, pescoço, tronco, membros superiores e membros inferiores.

 Tronco: é composto pelo tórax (região da clavícula até o músculo do


diafragma), abdômen (diafragma até os ossos do quadril) e pelve
(entre os ossos do quadril).

 Membros inferiores: Coxa, perna e pé;

 Membros superiores: Braço, antebraço e mão;

(parte posterior ou dorsal do corpo)


Região de Cíngulo- região conectada ao troco, o restante é a parte livre.

 Planos e eixos do Corpo Humano:


-Planos tocam o lado do corpo.

Superior ou cranial
Inferior ou podálico
Lateral direito
Lateral esquerdo
Anterior ou ventral
Posterior ou dorsal
Planos de corte: Sagital, transversal ou coronal;

Plano sagital- divide o corpo na parte direita e na parte esquerda.


Plano sagital mediano- Se passar na linha mediana do corpo.
Plano coronal- porção anterior ou posterior, cujo nome é paquímero.
(paquímero ventral ou visceral e paquímero dorsal ou neural)

Paquímero anterior ou ventral-


da frente

Posterior ou dorsal- de trás

Plano Transversal- divide o corpo em parte superior ou inferior denominado metâmeros;


metâmero de cima- superior ou cranial e o de baixo- inferior ou podálico.

 O que são antímeros???


Os antímeros divide o corpo em partes iguais, desta forma temos o antímero direito e o
antímero esquerdo;

Os movimentos ocorrem através de linhas imaginárias denominadas eixos.


 Flexão- membro vai em direção ao plano anterior;
 Extensão- retorno até a posição anatômica;
 Abdução- membro se desloca ao plano lateral;
 Adução- vai em direção ao corpo, voltando à posição anatômica;
 Rotação- pode ser lateral ou medial.
 Subnação, pronação...

Flexão e extensão ocorrem no plano sagital de acordo com o eixo coronal.


Abdução e Adução ocorrem no plano coronal de acordo com o eixo sagital.
Rotações ocorrem no plano transversal e eixo longitudinal.
(Obs. O aparelho reprodutor é composto pelo sistema esquelético, articular e muscular)
 Ossos do Corpo Humano:

-O que são?
Os ossos são peças rígidas com formas variáveis; tem capacidade de se adaptar as
estruturas vizinhas.
Crianças = 350 ossos; Adulto= 206 ossos, alguns ossos se fundem durante o
crescimento e desenvolvimento.

Curiosidades: Os ossos não são tão pesados, os músculos correspondem a quase


metade do peso do corpo. (80kg apenas 12kg corresponde aos ossos).

-Quais são as funções do nosso esqueleto?

 Suportar o peso corporal;


 Dar forma aos diferentes segmentos do corpo;
 Proteger os órgãos internos;
 Os ossos permitem que os movimentos ocorram junto com os músculos;
 Armazenam íons (cálcio, fosfato e magnésio);
 Sintetizam células sanguíneas;
 Absorvem toxinas e metais pesados da corrente sanguínea.
Esqueleto axial- ossos localizados na região central do corpo;
Ex: Ossos do Crânio, pescoço e tronco.

Esqueleto apendicular- ossos que estão localizados nas regiões que brotam do
tronco, ou seja, apêndice.
Ex: Membros superiores e inferiores, clavícula, escápula e quadril.

-Como classificar os ossos?


Para isso é necessário analisar o Comprimento, a largura e a espessura dos ossos.

 Ossos longos:
Em ossos longos, quando seccionado é possível perceber uma cavidade central que
aloja a medula óssea. Presença de substância óssea esponjosa nas regiões das
epífises e substância óssea compacta ou cortical na região da diáfise.

Diáfise- Região central do osso;


Metáfise- começa as epífises com as diáfises.
Proximal- mais próximo à cintura do membro (escapular ou pélvica);

Obs: as costelas são ossos alongados. Não são chamados de ossos longos
porque não tem a presença da medula óssea.
 Ossos curtos:
São os ossos tarsais e carpais; Têm diâmetros semelhantes e são ligeiramente
cúbicos.
 Ossos planos:
São Ossos do crânio, são finos, espessura estreita e largos, normalmente
relacionados à proteção do crânio.
 Ossos irregulares:
São as vértebras, não tem um formato muito bem definido. (temos um total de
33 vértebras);

 Ossos sesamoides (2 ossos presentes no hálux, quando inflamados tem-se


a Sesamoidite):
A patela, ossos embutidos em tendões. Normalmente aumentam a ação dos
músculos e protegem os tendões durante os movimentos.
 Ossos pneumáticos: Obs: pneu= ar;
São os ossos ocos (dentro dos ossos tem cavidades e dentro dessas cavidades
tem ar), osso frontal, maxila, atua na emulsão da voz funcionando como um
amplificador e serve para diminuir o peso do crânio sobre as vértebras cervicais.
 Ossos compactos:
São trabéculas ósseas próximas umas das outras e formam uma estrutura com elevada
capacidade de estruturar o peso.

 Ossos esponjosos:
São trabéculas ósseas afastadas umas das outras e formam uma estrutura porosa adaptada a
absorção de impacto.
*As lacunas entre as lamínulas ósseas são chamadas de trabéculas ósseas.

Curiosidades: (constituição e arquitetura dos ossos).


 Os ossos se renovam em média a cada 2 anos.

 Constituídos de água (25% do osso, mas a proporção diminui à medida que


envelhecemos), matriz orgânica (25% do osso, representada, principalmente,
por colágeno o qual da maleabilidade ao osso, ou seja, capacidade de se
adaptar às descargas de peso) e matriz inorgânica (50% do osso, representada,
principalmente, por cálcio cuja a função é dar resistência ao osso).

 O tecido ósseo pode se organizar e originar osso compacto ou osso esponjoso;

 O tecido ósseo é vivo e dinâmico;

 Quanto mais descarga de peso o osso recebe e mais tração os músculos geram
sobre ele, mais compacto o osso tende a ficar. Por isso os exercícios físicos são
tão importantes para os ossos.

 o recém-nascido, toda a medula óssea é vermelha e está envolvida na


hematopoiese. Entretanto, com o avançar da idade, a produção de
células sanguíneas diminui, e a maior parte da medula passa a ser
formada por adipócitos. Sendo chamada, então, de medula óssea
amarela.
-Células ósseas:
o Osteoblastos- células jovens formadoras de ossos, transformam-se em
osteócitos ao envelhecer.
o Osteócitos- células maduras que mantém o tecido ósseo.
o Osteoclastos- participam da renovação dos ossos, pois dissolvem a matriz
óssea.

Os Ossos sintetizam células sanguíneas!!!


- No interior dos ossos dos adultos e praticamente em todos os ossos do feto está
alojada a medula óssea- vermelha (órgão hematopoiético- capacidade de produzir
células sanguíneas), amarela- perde a função em decorrência das células adiposas,
podendo ser substituída em processo cirúrgico simples.

- O esqueleto é revestido por camadas de tecido conjuntivo chamadas de:


o Pericôndrio- reveste e nutre as cavidades articulares.
o Endósteo- reveste internamente os ossos.
o Periósteo- reveste externamente os ossos para protege-lo, nutri-lo, permitir que os
tendões e ligamentos se fixem neles e ajuda no crescimento e em espessura dos
ossos e na consolidação de fraturas.

*Diante do supracitado, podemos concluir que quem faz o osso


crescer em espessura é o periósteo. Todavia, ele não faz o osso crescer
em comprimento, uma vez que a lâmina epifisial é responsável por tal
função*
Obs: Essa lâmina se ossifica nas mulheres aos 18 anos e aos 21 anos nos homens.

Obs: a lâmina epifisial fica entre a metáfise e a epífise;


Informação adicional:

 Os ossos são muito inervados e vascularizados, por isso, quando uma pessoa
sofre uma fratura é normal que no local o indivíduo apresente dor e
sangramento.
 O processo de ossificação começa na sexta semana de vida embrionária

-Os acidentes anatômicos podem ser de três tipos:


Saliências- servem para inserção de músculos, de tendões, de ligamentos...
Depressões- estão associadas ao encaixe com outras estruturas anatômicas;
Aberturas- chamadas de forame servem para a passagem de artérias, veias, nervos...
Saliências articulares – São elevações nos ossos que se articulam com outras estruturas. São as
cabeças, côndilos, capítulos e trócleas. Exemplo: cabeça do fêmur e tróclea do úmero.
Saliências não articulares – São elevações nos ossos que não se articulam com outras
estruturas. São as bordas, cristas, espinhas, linhas, apófises ou processos, tuberosidades e
tubérculos. Exemplo: crista ilíaca e espinha esquiática.
Depressões articulares – São reentrâncias nos ossos que se articulam com outras estruturas.
Temos as cavidades, as fóveas, as incisuras (essas podem ser ou não articulares) e os alvéolos.
Exemplo: cavidade glenoide da escápula, a fóvea costal das vértebras e os alvéolos dentários da
mandíbula.
Depressões não articulares – São reentrâncias nos ossos que se não articulam com outras
estruturas. São os sulcos e as fossas. Exemplo: sulco do nervo radial do úmero, fossa
intercondilar do fêmur.
Forames e canais – São aberturas nos ossos que permitem a passagem de qualquer estrutura
anatômica. Essas aberturas podem ser formadas por um único osso ou por mais de um osso.
Exemplo: forame nutrício dos ossos e canal óptico do osso esfenóide.

Saliências Depressão Forames e canais


-Crânio:
 Temos 22 ossos articulados.
 Suturas: “Costuras” presentes entre os ossos do crânio.

 Quando o bebê nasce os ossos se separam para permitir que o encéfalo cresça
(aproximadamente até 2 anos de vida).
 Onde os ossos se separam temos uma membrana de tecido conjuntivo
popularmente chamada de moleira, o correto seria fontículo ou fontanela.
 A única articulação que permanece móvel é a da mandíbula.

Traçando uma linha entre o arco superciliar e o meato ou poro acústico


externo temos as duas partes do crânio: o crânio neural e crânio facial.
Crânio neural apresenta 8 ossos: Osso frontal, occipital, parietal, temporal,
esfenóide e etmóide.

Função: Serve para proteger o sistema nervoso localizado dentro da cavidade craniana.
Crânio facial:
Função: abrigar os órgãos do sentido em cavidades especiais, como a cavidade (orbitas)
onde se localizam os olhos.

Dentro do osso temporal temos os ossículos da audição:


-Coluna Vertebral:

Corpos das vertebras são unidos por discos intervertebrais, sendo esses
constituídos por água e fibrocartilagem, sendo extremamente resistentes a
absorção de impacto e descarga de peso.

 Quando temos muitos impactos durante o dia sobre a coluna ou


descarregamos muito peso, a água presente nos discos
intervertebrais migra dos discos para os corpos das vertebras, uma
vez que os corpos tem substância óssea esponjosa, fazendo com
que percarmos de 1 a 2 cm da nossa altura.
 Quando dormimos o disco hidrofílico atrai a água de volta dos
corpos das vértebras para o seu interior, logo os cm perdidos
durante o dia são recuperados de noite.
Coluna deve ser retilínea em vista anterior ou posterior, caso contrário o
indivíduo apresenta, provavelmente, escoliose.
Coluna em vista lateral não é retilínea, apresenta grande quatro curvaturas
chamadas de lordoses e cifoses que tem a função de distribuir o peso do corpo.
Essas curvaturas são sempre denominadas olhando a
curvatura em vista posterior;

Na região cervical temos uma curvatura côncava – lordose cervical.


Na região toráxica temos uma curvatura convexa- cifose.
Atlas (C1) - 1° vértebra tem uma região especial que serve para encaixar a parte do
osso occipital do crânio, conseguindo realizar os movimentos de flexão e extensão da
coluna cervical. A principal diferenciação desta para as outras vértebras é de não
possuir corpo. Além disso, esta vértebra apresenta outras estruturas:

O Atlas ou C1 se encaixa com a segunda vértebra chamado Áxis, e o movimento de


rotação da “cabeça- C1” é possível.

Áxis (C2) - 2ª vértebra cervical


Apresenta um processo ósseo forte denominado Dente (Processo Odontóide) que localiza-se
superiormente e articula-se com o arco anterior do Atlas.

C3 até o C6 são iguais, mesma morfologia (apresentam forames vertebrais por


onde a artéria vertebral sobe e penetra o crânio para ajudar na irrigação do encéfalo) e
se diferem de C7 pelo processo espinhoso.

C3, C4, C5 e C6=processo espinhoso bem pequeno e bifurcado e C7=bastante longo.

C7 7ª vértebra cervical ( Vértebra Proeminente)


* Processo espinhoso saliente, longo e proeminente.
As vértebras toráxicas são mais espessas que as cervicais, mas menores e menos
espessas que as lombares. Apresentam um processo espinhoso bastante
alongado e inclinado, servindo para a fixação dos músculos do dorso.

12ª Vértebra Torácica


* Única vértebra torácica com os processos articulares inferiores lateralizados.
As vértebras lombares apresentam um corpo mais espesso porque suportam todo o
peso do corpo; esse corpo tem a forma de rim ou feijão, ou seja, é reniforme. Seu
processo espinhoso quase não sofre inclinação e ele é quadrilátero. Ele é quadriforme
e não alongado como as vértebras toráxicas.
As vértebras sacrais (são 5), onde existiam discos intervertebrais, mas esses discos
sofreram ossificação com o desenvolvimento do indivíduo, se fundem e constituem um
osso chamado sacro. A última vértebra lombar se junta ao sacro e embaixo do sacro
se encaixa o pequeno cóccix (formado por 3 ou 4 vértebras coccígeas dependendo do
indivíduo), ou seja, uma variação anatômica que não prejudica a função.

Osso hióide (localizado no pescoço) – Não se articula com nenhum osso do


corpo, ele é mantido suspenso por músculos localizados acima e abaixo dele, ou
seja, os músculos supra-hióideos e os músculos infra-hióideos que o
movimentam durante a nossa deglutição.

C1 até a C7 vértebras cervicais se encontram na região do pescoço.


O manúbrio também constitui a base do pescoço.
Osso localizado no “meio do peito”.

Esterno é dividido em três partes: manúbrio, corpo e processo xifóide.

O osso esterno conecta a costela por meio das cartilagens costais


(aumentam a mobilidade do tórax durante os movimentos respiratórios).

Da clavícula até o diafragma temos o tórax que corresponde a toda parte


externa e a cavidade toráxica em seu interior (pulmões, coração, traqueia e
esôfago).
Do músculo diafragma até a altura dos ossos do quadril temos o abdômen
(estômago, baço, pâncreas e intestino).
Entre os ossos do quadril temos a pelve onde estão posicionados os órgãos
como o reto, a bexiga e a próstata.
Osso do quadril é dividido em três ossos diferentes unidos por cartilagem que
depois se fundem e não tem como identificar ao certo quais são cada um.

Quando se fundem passa a se chamar, apenas, osso do quadril.


Aula 2
Tegumento Comum

 Conhecer o tegumento Comum é de extrema importância aos


profissionais da área da saúde.
 A pele é um dos melhores indicadores de saúde -> exame
detalhado.
 Pele + Anexos + Tela subcutânea (hipoderme);
 Tela subcutânea: localização profunda;
 Pele: Localização superficial: epiderme + derme;

PELE
 Maior órgão do corpo:
 16% do peso corporal
 Área total de cerca de 2m2
 Reveste externamente o corpo, margeia seus orifícios e é contínua às mucosas.

FUNÇÕES:
 Protege contra desidratação e agentes nocivos.
 Tem receptores sensitivos (de dor, tato, temperatura, pressão, etc.)  SNC
 Absorve e elimina substancias (Ex.: medicamentos)
PARTICULARIDADES

 Espessura (0,5 a 4 mm): pele fina X pele grossa


 Capacidade contrátil (fibras musculares lisas): Mamilos e do escroto
 A pele se prende frouxamente às estruturas próximas  pode ser deslocada a se
adaptar às irregularidades do corpo (Ex.: adipoma).
 Retináculos da pele (faixas de tecido conjuntivo) limitam parcialmente sua
mobilidade, prendendo a pele à tela subcutânea e às fáscias  fixação profunda da
pele

 Elasticidade da pele X envelhecimento ( fibras elásticas).  Rugas + flacidez

 Distensão excessiva  Alteração de estrutura (adelgaçamento e ruptura dos feixes de


fibras elásticas) (estrias)
 Baixa ingestão de proteína e vitamina C  síntese de colágeno.

Cronologia ou Ritmo circadiano da pele (24h)


Proliferação das células da pele é maior no repouso

Otimização da absorção da pele

Obs: a diferença entre uma


COR DA PELE pessoa mais clara ou mais
 Quantidade de pigmentos (melanina e caroteno); escura não está na quantidade
 Espessura da epiderme; de melanócitos, mas na
quantidade de melanina
 Quantidade de vasos capilares sanguíneos;
produzida por eles.
 Cor de sangue circulante.
BRONZEAMENTO

 Melanina existente escurece + síntese de nova melanina(hormônio estimulante de


melanócitos (MSH) produzida pela glândula hipófise

Caroteno
 Coloração amarelada
 Cenoura, abóbora e mamão
 Pele amarelada X doenças (como icterícia, hepatites, etc)

Epiderme
 5 camadas de células;
 Divisões celulares ocorrem nas camadas mais profundas;
 Processo de queratinização (atrito  eliminação)
 Não tem vasos linfáticos nem sanguíneos (nutrição vem da derme).
 3 tipos de células: epiteliais, melanócitos e células imunológicas.

Queratina
 Proteína;
 Dá relativa impermeabilidade à pele
 Dificulta a perda de água;
 Impede penetração de substancias químicas lesivas;
 Minimiza a invasão de microrganismos;
 Fácil hidratação.
Derme
 É a camada mais espessa da pele;
 Tem muito tecido conjuntivo;
 Rica em fibras colágenas e elásticas
 Vasos sanguíneos e linfáticos, glândulas, músculos eretores do pelo, folículos pilosos,
nervos e terminações nervosas;
 Participa da termo regulação;
 Se fixa à tela subcutânea.
Aula 3

Tegumento Comum (continuação)

Anexos da Pele

 Glândulas sudoríparas, glândulas sebáceas, mamas, pelos e unhas.

Glândulas Sudoríparas
 Possibilitam a sudorese/transpiração;
 Suor é semelhante ao plasma sanguíneo, contém sódio, potássio, cloreto, ureia,
amônia, ácido úrico e poucas proteínas;
 Seu odor se deve à ação das bactérias sobre o mesmo e das substancias orgânicas
eliminadas.
 Também atuam na excreção de metabólicos, medicações e alimentos;
 São inervados pelo SNA (sistema nervoso autônomo) simpático e, por isso, podem
ser influenciadas pelas emoções (estresse sudorese)
 Numero depende da região do corpo (abundantes nas palmas das mãos e plantas
dos pés, escassas no dorso corpo e ausentes nas pálpebras e glande);
 Em algumas regiões do corpo (axila, região inguinal, órgãos genitais externos e
ânus) existem glândulas muito semelhantes às glândulas sudoríparas, mas cula
secreção é um pouco diferente (+ viscosa, com alguns produtos da desintegração
das células glandulares e pode desenvolver um odor característico em função das
bactérias locais).

Glândulas Sebáceas
 Secretam sebo (gordura) para lubrificar pele e pelos;
 Sebo evaporação da pele, mantem pele macia e inibe crescimento bacteriano;
 Ficam próximos aos folículos pilosos e ausentes nas regiões palmares e plantares.
Mamas
 À frente dos músculos peitorais;
 Popular e erroneamente chamadas de “seios”;
 Função: secretar colostro e leite
 15 a 20 glândulas especializadas na produção de leite (corpo da mama);
 Tecido conjuntivo (estroma da mama) forma trabéculas(ligamentos
suspensores da mama) que sustentam a mama;
 Tecido adiposo  forma e tamanho;
 Desenvolvimento na puberdade, gestação e amamentação (hormônios);
 Alterações no período pré-menstrual e menopausa (involução climatérica ou
senil).
 Papila mamária: ductos lactíferos desembocam, inervada, com
músculo liso.
 Aréola da mama: pigmentada (gravidez), com glândulas sudoríparas
e sebáceas.
Pelos
 Recobrem a pele dos mamíferos;
 Ausentes no dorso das falanges distais, palma e planta;
 Funções:
 Proteção;
 Termo regulação – Evaporação do suor;
 Sensibilidade tátil;
 Variam com regiões corpóreas, sexo e etnia.
 Cabelos, supercílios, cílios, vibrissas(nariz), barba, bigode, hircos (axila) e
púbios (região púbica).
 Haste X Raiz;
 Folículo piloso – Bulbo piloso (base dilatada do folículo piloso);
 Musculo eretor do pelo (responde às emoções, frio...);
 Contração da glândula sebácea;
 Raiz tem terminações nervosas e vasos sanguíneos
Unhas
 Lâminas de células queratinizadas;
 Protegem as falanges distais das mãos e pés;
 Crescem durante toda a vida (cerca de 1 mm/semana);
 Crescimento é maior no verão e não ocorre em cadáveres.

o Matriz (parte proximal; oculta pela pele; origina e faz a unha crescer);
o Corpo (parte principal);
o Bordas/ Margens: Proximal, laterais e distal (livre);
o Lúnula (região esbranquiçada em forma de meia lua);
o Eponíquio (prega que fixa a unha; popularmente chamada de cutícula);
o Transparência do corpo  Tom rosa do leito da unha (local onde a unha repousa;
vascularizado e inervado).
Tela subcutânea

 Tecido Conjuntivo frouxo + Tecido adiposo + Fibras elásticas;


 Une frouxamente a derme às estruturas adjacentes (músculos, fáscias);
 Funções:
 Protege contra choques;
 Isolante térmico
 Reserva de nutrientes;
 Armazena temporariamente alguns hormônios e medicamentos
lipossolúveis.
 Tem muitos vasos sanguíneos, vasos linfáticos, raízes dos folículos pilosos,
parte das glândulas sudoríparas, nervos cutâneos e terminações nervosas
 Mais espessa nas mulheres
 Espessura varia com estado nutricional e tende a aumentar com a idade
 Quase inexistente em alguns lugares do corpo (pavilhão auditivo, pálpebras,
lábios menores do pudendo, escroto e prepúcio)
Alterações do Tegumento Comum

Dermatite
 Inflamação da pele que pode ocorrer, por exemplo, quando a pele é
exposta a substâncias irritantes químicas ou físicas, ao contanto com
agentes tóxicos ou pode ser em decorrência da exposição excessiva aos
raios UV do sol.
 Quando streptococos pyogenicos infectam a pele pode aparecer
impetigo (lesão ulcerosa e até purulenta) e erisipela (grave infecção de
pele).

Vitiligo
 É uma doença que os melanócitos são perdidos e a produção de melanina na
epiderme é prejudicada  manchas mais claras pelo corpo.
 Causas: autoimune, fatores neuro-humorais e autodestruição dos melanócitos
por intermediários tóxicos da síntese de melanina.

Caspas
 Também chamadas de dermatite seborreica;
 São placas amareladas e oleosas no couro cabeludo;
 Agente causador: fungos;
 Comum haver queda dos cabelos.
Cianose
 Pele azulada comum em casos de hipóxia/anóxia (diminuição/falta
de oxigênio);
 Hemoglobina (que transporta gases no sangue) tem cor vermelho
vivo, ao transportar oxigênio e erroxeada, quando o oxigênio é
insuficiente;
 Mais visível em pele fina (lábios, pálpebras e unhas transparentes).

Eritema
 Coloração avermelhada da pele;
 Lesão cutânea, exposição ao calor, infecção, inflamação, alergias;
 Ingurgitamento dos leitos capilares superficiais

Icterícia
 Coloração amarelada da pele e das escleras dos olhos;
 Comum em doenças do fígado(bilirrubina acumula no
sangue);
 Mais visível em pessoas de pele clara.
Estrias Cutâneas
 Linhas enrugadas na pele, inicialmente avermelhadas e
posteriormente esbranquiçadas;
 Surgem por ruptura das fibras colágenas da derme( distensão e
crescimento);
 Comum na gravidez, peso acentuado (obesidade), doenças
(hipercortisolismo ou síndrome de cushing);
 Locais comuns: nádegas, abdome, coxas e mamas.

Acne
 Infecção dérmica ou hipodérmica;
 Comum na adolescência (influencia hormonal) estimulação das
glândulas sebáceas  produção de sebo + queratinização anormal
+ impactação do fluxo do sebo + crescimento bacteriano.
Queimaduras
 Causas:
 Trauma dérmico;
 Radi8ação ultravioleta ou ionizante;
 Agentes químicos etc.
 Classificação  profundidade.
1. Primeiro grau
o Superficial(epiderme);
o Exposição ao sol;
o Dor, eritema e edema;
o Descama, é substituída sem cicatrização.

2. Segundo grau
o Profundidade intermediária(epiderme e derme);
o Bolhas e dor (lesão das terminações nervosas);
o Cicatrização lenta(meses);
o Pode haver cicatriz e retração ou contratura.

3. Terceiro grau
o Profunda (toda a pele, tela subcutânea e músculos subjacentes);
o Edema e anestesia (lesão das terminações nervosas)
o Pode exigir enxerto de pele.
A extensão da queimadura é mais importante que o grau da lesão
(AMERICA BURN ASSOCIATION).

 Cicatrização
o Incisão paralela às linhas de clivagem da pele tem melhor
cicatrização;
o Incisão transversal às linhas de clivagem, rompe mais fibras
colágenas  cicatrização difícil  queloide.
Conclusão
Considerando a imensa importância do tegumento comum, é
imprescindível ao profissional da área da saúde diferenciar as
estruturas anatômicas que o formam, entender seus principais aspectos
morfológicos e funcionais, estar familiarizado com suas principais
alterações e buscar sempre o conhecimento específico das principais
técnicas profiláticas e terapêuticas de tais males.
Anatomia – Aula 4
Sistema Articular e Muscular
 Sistema Articular
Articulações ou juntura é o conjunto de estruturas anatômicas que conectam duas
ou mais peças do esqueleto.

Articulação entre 2 ossos: Simples (articulação temporomandibular).

Articulação entre mais de 2 ossos: Composta (joelho).

 Funções:

A maioria das articulações relaciona-se à produção dos movimentos, pois os


músculos tracionam os ossos e o movimento ocorre nas articulações.

OBS: Algumas articulações não são móveis, no entanto mantém a estabilidade e a


união entre os segmentos do esqueleto permitindo a postura e o equilíbrio.

 Classificação:

Critério funcional (tipos de movimentos que a articulação permite).

o Sinartrose: não permite o movimento;


o Anfiartrose: permite pouco movimento;
o Diartrose: permite muito movimento.
Critério estrutural (características anatômicas que a articulação apresenta).

o Fibrosa: ossos unidos por tecido conjuntivo fibroso; ocorre deslocamentos


pequenos e movimentos vibratórios.
Ex: suturas nos ossos do crânio, sindesmoses (unem rádio e ulna, tíbia e
fíbula), gonfoses (unem os dentes da mandíbula e a maxila).

o Cartilaginosa: ossos são unidos por cartilagem e permitem pequenos


deslocamentos e movimentos vibratórios.
Ex: sincondroses (cartilagem hialina- ocorre entre o osso esfenoide e o osso
occipital) e sínfises (cartilagem mais resistente - fibrocartilagem (sínfise
púbica).

o Sinovial: unidos por tecido conjuntivo (“forma uma cápsula ao redor da


articulação) e a amplitude de movimento é maior.
Ex: elementos característicos (superfície articular, cartilagem articular e
líquido sinovial) e especiais

A superfície articular é a porção de cada osso que participa da articulação, que é recoberta por uma cartilagem
articular. Essa cartilagem serve pra reduzir o atrito entre os ossos e absorver impactos, é avascular, sendo
vascularizada pelo líquido sinovial, e ela não tem nervos, ou seja, sem sensibilidade. A cápsula articular é uma
membrana de tecido conjuntivo forte que envolve a articulação, unindo os ossos, é extremamente vascularizada e
inervada e apresenta uma camada interna, chamada de membrana sinovial, que produz o líquido sinovial. O líquido
sinovial é viscoso e serve para reduzir o atrito entre os ossos da articulação, absorver impactos, nutrir a cartilagem
articular e eliminar o calor produzido durante os movimentos. Ele é produzido quando ocorre movimento (diminui
com a imobilização por uma fratura). Os elementos especiais das articulações sinoviais incluem os lábios, os discos
articulares, os meniscos, os ligamentos acessórios, as bolsas e as bainhas tendíneas.
Tipos de Articulações Sinoviais:
-De acordo com o movimento, que dependem dos formatos dos ossos:

Movimento das Articulações Sinoviais


As articulações sinoviais permitem movimentos de deslizamento, angular, de rotação ou
movimentos especiais.
 Deslizamento – amplitude limitada
 Angular – amplitude grande (flexão, extensão, abdução, adução, flexão lateral e
circundução)
 Rotação – em torno do próprio eixo (lateral ou medial)
 Movimentos especiais – abaixamento e elevação da mandíbula, protrusão e retração do
ombro, supinação e pronação nas articulações radioulnar proximal e distal, etc.

Vascularização e Inervação Articular


As articulações são muito inervadas e muito vascularizadas. Elas recebem sangue de
artérias que passam ao redor da articulação e são drenadas por veias que sempre
acompanham as artérias.

Fatores que afetam o contato e a amplitude de movimento nas articulações sinoviais


- forma dos ossos da articulação. Ex.: extensão do cotovelo, o úmero e a ulna entram em
contato, limitando o movimento.
-a tensão dos músculos. Ex.: alongamento dos músculos posteriores da coxa
-contato de partes moles próximas. Ex.: músculo bíceps braquial muito forte e hipertrofiado
diminui a amplitude de flexão do cotovelo.
-ação de hormônios. Ex.: Relaxina, produzido pela grávida, pelos ovários e pela placenta.
-desuso.
-envelhecimento articular. Diminuindo a produção do líquido sinovial, tornando a cartilagem
mais frágil, os ligamentos menos flexíveis e aumentando a tendência a deformidades.
Causas dessas alterações: aumento do peso corporal e o sedentarismo.
Particularidades do Sistema Articular
O tendão é o ponto onde o músculo se insere no osso
O ligamento é também uma porção de tecido conjuntivo que mantem a coaptação
articular unindo um osso ao outro
Coaptação articular: é a capacidade que a articulação tem de manter a integridade e a
relação entre suas estruturas, durante a realização dos diversos movimentos. Une os
ossos na articulação.

Dentro da cavidade articular, existe o líquido sinovial para lubrificar e manter nutrida a
cartilagem articular. Essa cartilagem tem a função de proteger a estrutura óssea.
A face interna dessa cavidade é chamada de membrana sinovial, que produz e joga o líquido na
cavidade, se houver movimento.
(certo)

A sindesmose sempre vai ocorrer entre ossos paralelos(rádio e ulna, tíbia e fíbula):

Esses tendões servem para inserir os músculos na estrutura óssea e então tracionar o osso ao
nível articular:

Retináculo é uma faixa, relativamente extensa, de tecido conjuntivo que fica sobre os tendões.
Ele serve pra posicioná-los e não deixar que saiam do lugar durante o movimento:
SISTEMA MUSCULAR
Funções Musculares
 Se contrair.
 Permitir postura, respiração, movimento cardíaco, movimentos peristálticos do
sistema digestório e tônus muscular.
 Os músculos dão forma ao corpo, são fonte de calor e permitem movimentos
voluntários.

Tipos de Músculos
-de acordo com o controle voluntário

-de acordo com a presença de estrias transversais em suas fibras

Músculo somático: na parede do


corpo ou dos membros
Músculo visceral: nos órgãos ocos ou
nos vasos sanguíneos
Dessa forma, podemos citar três tipos de músculo:

Músculo estriado esquelético


Músculo estriado cardíaco
Músculo liso
Músculo estriado esquelético
 Tem porções carnosas, avermelhadas e contráteis (chamadas de cabeça ou
ventre).
 Apresentam extremidades brancas não contráteis (chamadas de tendões ou
aponeuroses). Servem pra fixar o músculo ao osso e geralmente são chamadas
de origem ou inserção.

• Epimísio: É uma membrana de tecido conjuntivo que envolve o músculo.


• Perimísio: Membrana de tecido conjuntivo que envolve um feixe de fibras.
• Endomísio: Membrana de tecido conjuntivo que envolve uma fibra (célula)
muscular.

Tipos de contração do Músculo estriado esquelético


 Contração isométrica: o comprimento do músculo permanece igual. Ela ocorre,
por exemplo, para mantermos a postura.
 Contração isotônica: o músculo tem seu comprimento alterado, enquanto o
movimento ocorre. Ela pode ser concêntrica (quando o músculo encurta) ou
excêntrica (quando o músculo alonga).
Vascularização e inervação muscular
Os músculos são muito vascularizados e muito inervados. Para que a contração
muscular ocorra, é necessário adequada irrigação sanguínea, drenagem venosa e
inervação intensa.

Classificação Funcional do Músculo Estriado Esquelético


De acordo com o papel que desempenham durante o movimento, podem ser
classificados como:

 Agonista: principal músculo a agir durante o movimento.


 Antagonista: se opõem a ação de um outro músculo
 Sinergista: ajuda o agonista
 Fixador ou postural: estabiliza as partes de um segmento corpóreo,
favorecendo o movimento

Órgãos Anexos do Sistema Muscular


Incluem as bolsas sinoviais, as bainhas fibrosas, as bainhas sinoviais e os retináculos.
Obs: Essas estruturas facilitam as ações dos músculos e os mantem íntegros, em
posição.

Generalidades do Sistema Muscular


Existem 656 músculos estriados esqueléticos no corpo humano;
Nomenclatura dos músculos é realizada de acordo com alguns critérios:
o Forma (músculo deltoide- localizado na região do ombro- tem esse nome
por apresentar a forma de “Delta”).

o Localização (músculos intercostais, por exemplo).


o Ação (músculo extensor dos dedos, por exemplo).

v
o Origem e inserção (músculo esternocleidomastóideo, por exemplo).

Os músculos também podem ser classificados de acordo com:

o A direção e suas fibras


Fibras paralelas (como o sartório) ou de fibras oblíquas (como o glúteo
máximo).

o Sua aparência
Podem ser curtos (como os da mão), longos (como o sartório), planos (como o
trapézio) fusiforme (como o bíceps braquial) ou circulares (como o orbicular da
boca).
o Localização
Podem ser superficiais (como os da expressão facial) ou profundos (como os
músculos profundos do antebraço).

o Número de pontos de origem


Podem ser bíceps, tríceps ou quadríceps.

o Número de pontos de inserção


Podem ser bicaudado (Possuem 2 tendões de inserção) ou policaudado
(Possuem 3 ou mais tendões de inserção).

Primeira imagem= bicaudado; Segunda imagem= policaudado.


o Número de pontos de ventres musculares
Podem ser digástrico (Músculo do pescoço, formado por duas partes ou ventres
unidos por um tendão) ou poligástrico (formada por quatro ventres musculares
separados por três tendões mais finos, conhecidos como inserções tendíneas).

o Função
Podem ser flexores, extensores, abdutores, etc.

 Músculos da cabeça e pescoço:

o Facial ou Músculos mímicos


Começa na região occipital e termina na região frontal cujo o nome é occipitofrontal;

Quando contraído ele eleva o arco superciliar fazendo sua contração e rugas transversais,
chamadas de rugas de atenção.
Ruga ou Expressão de Bravo é desencadeada pelo corrugador do supercílio. Diante disso,
verifica-se que ele aproxima os dois supercílos da região central (glabela) e faz com que
apareça um sulco no sentido vertical.

Corrugador do supercílio

Orbicular com olho fecha a rima palpebral (rima= duas estruturas de mesmo nome, no caso,
encontro entre a pálpebra superior e a pálpebra inferior, sendo a rima o encontro das duas).

Na região superior do nariz (dorso) existe o músculo nasal que serve para abrir o espaço da
narina útil para quando se tem dificuldade respiratória em casos de doenças ou realização de
atividades físicas intensas, por exemplo.

O músculo nasal é auxiliado pelo pequeno músculo que passa pela asa do nariz e se insere no
lábio superior, seu nome é levantador do lábio superior e da asa do nariz. Sua função é
aumentar a narina para auxiliar o músculo levantador do lábio superior a fazer a eversão ou a
protrusão do lábio superior.
Na parte lateral da cabeça encontra-se o músculo zigomático maior e o músculo zigomático
menor. Ambos saem do arco zigomático e puxam o ângulo da boca para cima e
horizontalmente, acontece quando rimos (risada). O sorriso (risório) fraciona o ângulo
horizontalmente para o lado.

O levantador do ângulo da boca o eleva e auxilia o zigomático maior e menor.

Na região inferior temos um músculo em forma de leque que recebe o nome de abaixador do
ângulo da boca, expressão de tristeza.

Músculo mentual (queixo) se contrai durante a fala e serve para fazer bolinhas na região do
mento.

Todos os músculos ficam logo abaixo da pele, por isso, quando contraímos muito esses
músculos a pele vai sendo sulcada (marcada) pela contração do músculo.

o Músculos da mastigação

Temporal, Masseter, Pterigóideo lateral e Pterigóideo medial.


Ambos servem para mover a mandíbula nos movimentos de fonação e
mastigação.
De todos os músculos do pescoço, o mais superficial e extremamente fino é a Platisma (tem
origem na clavícula e sobe até a mandíbula), enruga a pele do pescoço.

O Músculo esternocleidomastóideo é um grande músculo que começa na região da clavícula e


osso externo e sobe até a parte do osso temporal (localizado atrás da orelha). É bem
resistente, um dos mais fortes e realiza processos de rotação, inclinação lateral,
flexão...responsável pelo torcicolo na maioria das vezes.

o Osso hióide
Músculos supra hióideos que formam o assoalho da boca e os músculos infra hióideos que faz
ele descer na segunda fase da deglutição.

Músculos paravertebrais (lateral ao pescoço) fazem o movimento de inclinação lateral.

Músculos pós vertebrais (posteriormente ao pescoço) fazem a extensão (movimento para trás
e para frente) do pescoço.
o Pescoço

Primeira camada dos músculos do dorso:

Músculos localizados na região dorsal são bem finos e largos (planos), encontra-se o músculo
do trapézio superior (inserido na escápula) e o músculo latíssimo do dorso (inserido no úmero)
que realizam o movimento do membro superior.

Aponeurose feita de tecido conjuntivo, recebe o nome de aponeurose toracolombar serve


como fixação do músculo latíssimo do dorso.

Segunda camada dos músculos do dorso:

Músculos Rombóides ficam fixos na escápula e ajudam a endireitar a postura quando


contraimos o corpo.

Músculo serrátil posterior superior e o Músculo serrátil posterior inferior tem aspecto
serrilhado, ficam fixos na nossa costela atuam nos moviemntos inspiratórios.
Músculo eretor da espinha vai desde o começo das vértebras cervicais até as vértebras
sacrais, serve para manter a coluna ereta durante a postura.

Músculo peitoral maior encontrado no tórax, mas age no membro superior.

Músculo peitoral menor se fixa nas costelas amplia o volume da cavidade toráxica (partcipa da
respiração).

Músculo serrátil anterior é responsável por mover a escápula.


No abdômen temos o músculo reto do abdômen e a bainha do múculo do abdômen (tecido
conjuntivo espesso) que serve para fixar as vísceras abdominais e a musculatura anterior da
região abdominal.

Os músculos intercostais são os músculos que fecham o espaço entre as costelas, exitem tanto
na região interna quanto na região externa do tórax. As fibras presente nesses músculos se
cruzem em sentidos opostos (contrários, formato de “X”) para dar resitência e maior proteção.

Músculo transverso do tórax é um músculo interno que também atua fazendo a tração do
osso esterno durante a respiração.
Na região do abdômen encontra-se o músculo oblíquo externo do abdômen, que é o mais
superficial, favorece os movimentos de rotação do tronco.

Mais internamente ao músculo supracitado, existe o músculo oblíquo interno do abdômen


cuja principal função é realizar o movimento de inclinação lateral (direita e esquerda).

Bainha do reto do abdômen reveste o músculo reto do abdômen e embaixo da bainha é


possível observar que as fibras desse músculo são verticais e contínuas (saí da síntese púbica
até o processo xifóide do osso esterno e é responsável pela flexão do troco (movimento de
inclinação para frente e para trás).

Músculo transverso do abdômen está em contato com as vísceras e mantém os órgãos


adequadamente na cavidade abdominal (como se fosse uma cinta).

Músculo Psoas maior fica ao redor da coluna vertebral e funciona como um pilar de
sustentação que mantém a lordose lombar.

Na lateral ao músculo supracitado e embaixo dos rins encontra-se um pequeno músculo


chamado quadrado do lombo é um músculo postural que ajuda na fixação da coluna vertebral.
Inferiormente ao quadrado do lombo encontra-se preeenchendo a fossa ilíaca o músculo
ilíaco.

OBS: as fibras do Psoas maior se fundem com as fibras do ilíaco, atravesam o ligamento ingnal
e aparecem na região anterior da coxa recebendo o nome de íliopsoas.

O íliopsoas é um dos principais flexores do quadril.

Lateralmente ao íliopsoas se tem um músculo longo chamado de Sartório, atravessando tanto


a articulação do quadril, quanto a do joelho , sendo flexor para ambas as articulações.

A figura encontra-se na horizontal

Músculo quadríceps femural é composto por quatro ventres.

1. O primeiro recebe o nome de músculo reto da coxa por ser retilíneo.


2. Medialmente o músculo vastomedial.
3. Lateralmente vastaolateral.
4. Entre os dois e abaixo do reto o músculo vastointermédio.

O reto atua na flexão do quadril, enquanto que todos os demais atuam na extensão
dos joelhos.

A fascia lata está conectada ao músculo chamado tensor da fascia lata por executar
determinada tensão sobre a musculatura, atua como flexor de quadril e sinergista
(participam auxiliando a movimentação principal ou estabilizando as articulações para
que não ocorram movimentos indesejáveis durante a ação principal) da abdução do
quadril.

Na perna, tem-se um grosso ventre muscular que pertence ao músculo chamado tibial
anterior, este,por sua vez, é um músculo extensor realizando a flexão dorsal do tornozelo.
Lateralmente a esse músculo tem-se o músculo extensor longo dos dedos (tendão se bifurca
para realizar o movimento de extensão dos cinco dedos dos pés) e os músculos fibulares
(fibular curto e fibular longo) fazem o movimento de eversão do tornozelo.

Medialmente ao músculo sartório encontra-se um músculo grande chamado Grácil, que é um


dos cinco músculos adutores do quadril.

Região posterior do membro inferior:


Músculo glúteo máximo é o mais volumoso e apresenta bastante fibras musculares. Logo
abaixo é possível identificar a existência do músculo glúteo médio e do músculo glúteo
mínimo.

Músculos curtos da região glútea exercem a função de rotação externa do quadril.

Na região posterior a coxa tem-se três músculos principais:

1. Lateralmente: bíceps femural (tem duas origens, uma na parte superior- tuberosidade
isquiática e outra no fêmur, ambos se fundem e se inserem na fíbula).
2. Músculo com longo tendão (tendão corresponde a quase 50% desse músculo)
chamado de Semitendíneo.
3. Inferiormente: músculo que é metade composto por tecido conjuntivo chamado de
semimenbranácio.

OBS: os músculos posteriores da coxa NÂO são músculos Isquiotibiais, uma vez que o
músculo bíceps braquial se insere na fíbula.
Correto: Músculos isquiotibiofibulares ou músculos posteriores da coxa.

Na panturrilha, encontra-se o tríceps sural (três pontos de origem diferentes).


Gastrocnêmio é chamada a cabeça lateral e a cabeça medial, logo abaixo encontra-se o
músculo sóleo.

Tendão do Calcâneo é o lugar onde as duas cabeças do gastrocnêmio e o músculo sóleo se


fundem, popularmente esse tendão é chamado de Tendão de Aquilis que serve para fixar toda
a estrutura da panturrilha até o calcâneo.

No pé, encontra-se os músculos intrínsecos relacionados a descragas de peso durante o apoio


e a manutenção dos arcos plantares do pé.

Na região do pescoço encontra-se, acima da espinha da escápula, o músculo supra espinhal


(auxiliar do deltóide na abdução do ombro) e abaixo da espinha da escápula o músculo infra
espinhal (rotadores do ombro).

Músculo redondo maior e subescapular fazem a rotação medial do ombro.

Na região do braço encontra-se o músculo bíceps braquial (dois pontos de origem com fibras
musculares aparentememte separadas, mas antes de se inserirem as fibras se unem em um
único ponto de inserção).
Abaixo do bíceps braquial temos o Braquial e o músculo que saí do braço e vai em direção ao
rádio recebe o nome de braquiorradial.

O bíceps braquial, o braquial e o braquiorradial realizam o movimento de flexão do cotovelo.

Na região anterior do antebraço encontra-se os músculos flexores do punho e flexores dos


dedos.

Palmar lombo (ventre curto, tendão longo que vai até a direção da palma).
Medialmente ao Palmar lombo tem-se o músculo que vai para o lado da ulna chamado de
flexor ulnar do carpo;

Lateralmente ao Palmar lombo tem-se o flexor radial do carpo;

Embaixo ao Palmar lombo encontra-se o principal músculo para a realização da flexão os


dedos chamado de músculo flexor superficial dos dedos.

O músculo posterior do braço é o tríceps braquial e do antebraço tem-se o músculo extensor


dos dedos (emite um tendão para o indicador e um tendão para o dedo mínimo, ou seja,
extensor do indicador e extensor do dedo mínimo).
Na região medial é possível identificar o extensor ulnar do carpo que vai para a região do
quinto dedo.

Na região do rádio tem-se o extensor lateral longo do carpo e o extensor lateral curto do
carpo.
Os músculos curtos (intrínsecos) que formam a estrutura da mão irão movimentar o polegar e
os demais dedos, tanto na região da palma, quanto na região do dorso da mão.

Músculos da região abdominal


Aula 5
Sistema circulatório

As funções do sistema circulatório são vitais, isso porque ele permite que as células
sejam nutridas e oxigenadas, e que suas substâncias tóxicas sejam drenadas.
O sangue ajuda a controlar a temperatura corporal, permite a defesa imunológica, a
coagulação sanguínea, a distribuição de hormônios e a administração de
medicamentos por via indo venosa por todo o corpo.

Componentes do sistema circulatório


São três principais:

 Sangue
 Coração
 Vasos sanguíneos

Sangue

Apresenta uma parte líquida, chamada plasma e uma parte celular, cuja as principais
células são:

 As hemácias, também chamadas de eletrólitos ou glóbulos vermelhos.


 Os leucócitos, conhecidos como glóbulos brancos.
 As plaquetas ou trambócitos.
 Toda célula tem sua função:
 As hemácias têm uma cor avermelhada e são habilitadas a transportar gases (Como
O2 e o CO2).
 Os leucócitos possibilitam a defesa imunológica, pois são capazes de destruir as
células invasoras, como vírus, bactérias, fungos, células cancerígenas, dentre outras.
 Os trombócitos são responsáveis pela coagulação do sangue.
Coração

É o órgão central do sistema circulatório e é estudado pela cardiologia.


Ele é um órgão muscular oco, que pesa aproximadamente 300 gramas no homem
adulto.
Ele tem a forma de uma pirâmide, como o ápice, que é uma extremidade pontiaguda,
apontando para baixo e para esquerda e a base, que é sua porção mais larga,
direcionada para cima e para a direita, de forma que ele fica ligeiramente inclinado. Na
base, os vasos sanguíneos entram e saem do coração. O coração está localizado no
centro da cavidade torácica, entre os dois pulmões, numa região central denominada
mediastino. Ele fica atrás do osso esterno, que o protege, a frente das vértebras
torácicas e acima do músculo diafragma.

Constituição do coração
- É formado por 3 camadas chamadas de paredes ou túnicas

 A interna (ou endocárdio)

A interna reveste internamente as camadas do coração, as cavidades e as válvulas cardíacas

 A média (ou miocárdio)

A média é formada por um tecido muscular estriado cardíaco, chamado miocárdio, e sua
espessura varia de acordo com a câmara cardíaca. Por exemplo: os ventrículos são mais
espessos do que os átrios, pois bombeiam sangue com mais força.

 A externa (ou pericárdio)

A camada externa é constituída pelo pericárdio fibroso e pelo pericárdio ceroso. O fibroso é
mais externo, formado por tecido conjuntivo e serve pra proteger e fixar o coração. O ceroso é
constituído por tecido ceroso denominado lâmina parietal e lâmina visceral.
Câmaras cardíacas e o mecanismo valvular

O ápice, que é uma extremidade


pontiaguda, apontando para baixo e
para esquerda e a base, que é sua
porção mais larga, direcionada para
cima e para a direita, de forma que
ele fica ligeiramente inclinado.

Os vasos(veias e artérias) que


chegam ou saem do coração, são
chamadas de vasos da base.

Aurículas são duas estruturas musco


membranosas. São extensões das câmaras
cardíacas menores que são os átrios.

Ou seja, a aurícula direita representa um


prolongamento do átrio direito e a aurícula
esquerda representa um prolongamento do
átrio esquerdo.

Os átrios são câmaras menores e


superiores. Os ventrículos são câmaras
maiores e inferiores.

Abaixo da aurícula direita existe o


ventrículo direito. Abaixo da aurícula
esquerda existe o ventrículo esquerda
O tronco pulmonar traz o sangue do ventrículo direito para o pulmão, por isso se
bifurca em dois ramos, artérias pulmonares, direita e esquerda.
A artéria Aorta faz uma curva (arco aórtico) e vira pro lado esquerdo.
O sangue chega no átrio direito pelas duas veias cavas, superior e inferior.
O sangue venoso que vem do umbigo pra cima (parte superior do corpo) vai chegar no
coração pela veia cava superior.
E o sangue da parte inferior do corpo chega pela veia cava inferior.
Esse sangue venoso vai do átrio direito para o ventrículo e do ventrículo ele vai para o
tronco pulmonar e pelas artérias pulmonares, para ser oxigenado nos pulmões.
Esse sangue arterial volta pelas 4 veias pulmonares (2 esquerdas e 2 direitas, de cada
pulmão)
Esse sangue enche o átrio esquerdo, escorre para o ventrículo esquerdo e é enviado
para o corpo todo pela artéria Aorta.
Três ramos: Braquiocefálico (pro braço e pra cabeça), artéria carótida comum
esquerda e artéria subclávia esquerda.
As subclávias, direita e esquerda, passam abaixo da clavícula e irrigam todo o membro
superior até os dedos.
As carótidas comuns sobem pelo pescoço e irrigam todas as estruturas da face e todo
o encéfalo.
O ventrículo direito tem paredes finas, pois não se contrai com tanta força, já que o sangue vai
para o pulmão que está logo ao lado.

ventrículo esquerdo tem paredes espessas, pois faz bastante força para irrigar todo o corpo, a
ponto de sofrer uma hipertrofia.

Buracos por onde o sangue passa: Óstio atrioventricular direito e óstio atrioventricular
esquerdo. Para esses buracos abrirem e fecharem, têm-se membranas de tecido conjuntivo,
chamadas valvas, valva atrioventricular direita(formam três pregas/válvulas/cúspides,
chamadas válvulas atrioventriculares direitas) e valva atrioventricular esquerda (formam duas
pregas/válvulas/cúspides, chamadas válvulas atrioventriculares esquerdas).

Têm-se também as cordas tendíneas, chamadas assim, pois são feitas de tecido conjuntivo
igual a de um tendão muscular. Essas cordas ficam presas aos músculos que estão nas paredes
dos ventrículos, os músculos papilares. Quando essa musculatura contrai, as cordas tendíneas
são tracionadas, essas cordas tracionam as válvulas das valvas e então, o sangue pode escorrer
dos átrios para os ventrículos. E quando fechada, impede que o sangue reflua do ventrículo
pro átrio. Se falharem, numa insuficiência valvular, diz-se que o individuo tem um sopro
cardíaco (por conta do barulho).

Tipos de circulação
Circulação é a passagem do sangue através do coração e dos vasos.

 Pequena circulação ou circulação pulmonar

Objetivo: possibilitar a hematose

 Grande circulação ou circulação sistêmica

Objetivo: distribuir o sangue oxigenado e rico em nutrientes a todo corpo, ao mesmo tempo
que remove o gás carbônico e os produtos residuais do corpo

 Circulação colateral

Ocorre por comunicações entre vasos, em caso de alteração da circulação local. Pode ser entre
artérias ou entre veias.

 Circulação portal

Ocorre quando uma veia fica entreposta entre duas redes de capilares, sem passar por um
órgão intermediário. Isso ocorre no fígado e na glândula hipófise.

 Ciclo cardíaco

São todos os eventos associados a um batimento cardíaco, ou seja, as contrações ou sístoles, e


os relaxamentos ou diástoles dos átrios e ventrículos.

Bulhas cardíacas e sopro cardíaco


São os sons produzidos pela caixa torácica quando as calças do coração se fecham.
"Tum ta". Tum: a primeira bulha cardíaca, quando as valvas atrioventriculares se fecham, para
impedir que o sangue reflua dos ventrículos para os átrios, quando os ventrículos se contraem.
Ta: segunda bulha cardíaca, quando as válvulas semilunares, tanto pulmonares quanto aórticas
se fecham para impedir que o sangue reflua desses vasos para o ventrículos. De forma
simplificada, pode-se dizer que os “Tum Ta” que o coração faz, ou seja, a primeira e a segunda
bulha, nada mais são, do que os fechamentos consecutivos das valvas cardíacas. Se houver
qualquer problema com o fechamento ou abertura dessas válvulas, que nós chamamos de
estenose ou insuficiência valvar, podem surgir distúrbios que alteram o refluxo sanguíneo,
causando um som anormal popularmente conhecido como sopro cardíaco. Às vezes esse sopro
pode ser inocente ou funcional, se não causar graves problemas ou se ele desaparecer com a
idade, ou ele pode ser patológico, se causar disfunções e necessitar de uma intervenção
cirúrgica.

Inervação do coração
Como o coração é o órgão central do sistema circulatório, sua inervação é especial. Ele é
inervado de maneira extrínseca e intrínseca. A inervação extrínseca é feita pelo sistema
nervoso autônomo, por meio de componentes simpáticos que vão estimular o coração,
causando seu aceleramento ou sua taquicardia, e componentes parassimpáticos que o inibem
causando bradicardia. Já a inervação intrínseca depende de fibras musculares especiais do
próprio coração. Essas fibras, que não são neurônios, são apenas fibras musculares, são
capazes de gerar impulsos nervosos que se propagam pelo próprio coração, causando sua
contração. Essas células especiais excitáveis formam agrupamento chamados nós. São quatro
os mais importantes:

 nó sinoartrial, que é de todos o mais importante, sendo, inclusive, chamado de marca-


passo do coração.
 atrioventricular
 fascículo atrioventricular
 Ramos direito e esquerdo

um detalhe interessante é que a atividade elétrica do coração gera uma corrente que pode ser
detectada na superfície do corpo e registrado por um exame chamado eletrocardiograma.

Circulação fetal e envelhecimento

a circulação fetal é bastante diferente do padrão apresentado por um individuo adulto, isso
porque os pulmões, os rins e os órgãos gastrointestinais no feto só começam a funcionar após
o nascimento. Assim, o feto recebe oxigênio e nutrientes do sangue materno, onde ele
também elimina o gás carbônico e os resíduos. Essas trocas sempre ocorrem por meio da
placenta e do cordão umbilical. Com envelhecimento sistema circulatório tende a sofrer várias
alterações, como por exemplo:

 Redução no número de fibras musculares cardíacas


 Perda de força muscular
 Diminuição da frequência cardíaca
 Aumento da pressão sistólica

obs: o exercício físico é capaz de minimizá-las. Por isso a prática é mundialmente aceita como
uma das melhores formas de se prevenir as doenças cardiocirculatórias.

Vasos sanguíneos
Os vasos sanguíneos servem para transportar sangue os principais são:

as artérias, as veias e os capilares.

Tanto as artérias, quantas as veias recebem vasos e nervos e tem paredes formadas por três
camadas:

 A externa, que da resistência ao vaso


 A média que tem músculo liso para habilitá-las a fazer vasoconstrição e vasodilatação
 A interna ou endotélio, que permite o deslizamento do sangue

Todavia, artérias e veias não são iguais, pois elas têm funções diferentes na dinâmica
circulatória. Veremos as principais diferenças entre elas e os capilares sanguíneos:

Artérias

Todas as artérias do corpo se originam ou da artéria aorta e do tronco pulmonar. Assim, elas saem
do coração apresentando um diâmetro grande, mas vão se ramificando e ficando de calibre cada
vez menor, até originarem os capilares. Esses capilares são vasos tão finos, como fios de cabelo,
por isso o nome. Como o sangue que passa pelas artérias tem pressão grande, elas tem paredes
mais espessas e menor luz do que as veias. Luz é o espaço onde o sangue passa(interior do vaso).
Inclusive, é possível você sentir a pulsação da artéria, por exemplo, na artéria radial e na artéria
carótida, por isso as artérias são mais profundas que as veias, para elas ficarem protegidas, embora
algumas possam ter uma parte do seu trajeto superficial. Veias satélites geralmente acompanham
as artérias.

Vasos sanguíneos

Eles são vasos microscópicos, são extremamente numerosos, e as paredes deles são tão finas ao
ponto de permitirem que substâncias como, por exemplo, oxigênio, gás carbônico, nutrientes e
mesmo material residual possam passar através de suas paredes, por isso, eles são conhecidos
como vasos de troca e permitem a microcirculação. Alguns deles, apresentam poros em suas
paredes, outros apresentam interrupções ou alguns ainda podem ser contínuos dependendo do
local do corpo onde eles estejam.

Veias

A maioria das veias traz sangue da célula para o coração. assim Elas começam de pequeno
diâmetro e vão se anastomosando, ou seja, se juntando, e chegam ao coração com grande
diâmetro. Dessa forma, as veias são responsáveis pelo retorno venoso ou pela drenagem do
sangue, rico em gás carbônico metabólitos, em direção ao coração. Porém, existe uma exceção: As
veias pulmonares que, embora recebam o nome de veia, elas conduzem sangue arterial dos
pulmões para o coração. Como o sangue circula por elas, quase sem pressão, as veias são mais
numerosas do que as artérias, não tem pulsação, tem a luz maior, mas são menos espessas e
podem colabar. Colabar significa que as suas paredes podem ficar aderidas sob pressão. As veias
podem ser superficiais ou profundas e podem apresentar válvulas para impedir que o sangue reflua
a favor da gravidade. Se as válvulas, inclusive, não funcionarem adequadamente, o sangue não
sobe o coração e podem aparecer varizes, principalmente nas pernas.

Distribuição do sangue
a distribuição do sangue pelo corpo varia de acordo com a demanda funcional à qual o
indivíduo está sujeito. por exemplo: a maior parte do volume de sangue em repouso,
isso significa cerca de 64%, está ou nas veias ou nas vênulas. As artérias têm
aproximadamente 13%, os capilares sanguíneos 7%, os vasos pulmonares 9% e o
coração 7%. Todavia, essa distribuição pode ser totalmente alterada quando o
indivíduo realiza o exercício físico ou em situações de estresse, por exemplo.
Vascularização sistêmica
O coração é um órgão torácico, localizado na região central chamada mediastino e o
ápice do coração fica repousando sobre o músculo diafragma, inclusive nós chamamos
esta Face do coração de face diafragmática.

o Face Anterior (Esternocostal) – Formada principalmente pelo ventrículo direito.


o Face Diafragmática (Inferior) – Formada principalmente pelo ventrículo esquerdo e
parcialmente pelo ventrículo direito; ela está relacionada principalmente com o
tendão central do diafragma.
o Face Pulmonar (Esquerda) – Formada principalmente pelo ventrículo esquerdo; ela
ocupa a impressão cárdica do pulmão esquerdo.

Vascularização do membro superior


Embaixo da clavícula, é artéria subclávia. Quando ela chega na região axilar, é artéria
axilar. Quando ela recebe o trajeto próximo ao úmero, é artéria braquial. E quando ela
chega na fossa cubital, ela se bifurca em artéria ulnar e artéria radial, que tem
localização mais profunda. E depois, todos os ramos que formam o plexo arterial da
mão.
Vascularização do tórax
Quando ela chega no tórax, ela vai emitir ramos para as paredes do tórax, que são
chamados de ramos parietais e ramos para vísceras, que se localizam no tórax, como
por exemplo, o esôfago, o brônquio, a traqueia (em resumo, para as estruturas
torácicas). Então, ela atravessa o músculo diafragma e embaixo ela muda de nome. Ou
seja, primeiro, logo depois do arco da aorta, ela era chamada de artéria aorta
descendente torácica e depois passa a ser chamada de artéria aorta descendente
abdominal.
Da mesma forma que ela fez em cima, emitindo ramos para parede e para as vísceras,
embaixo também ocorre, por exemplo: é possível você identificar os rins e os vasos
que saem da aorta para os rins, por exemplo, a artéria renal que é um vaso visceral e
da mesma forma para parede de todo o abdômen.
A artéria aorta descendente abdominal quando chega na altura da cicatriz umbilical se ramifica
em duas artérias ilíacas comuns.
O nome ilíacas deve-se ao fato de estarem na altura do osso do quadril, o ílio e comuns porque
logo depois de um projeto bem curto ela vai ser ramificar na artéria ilíaca interna (que vem
para irrigar todas as vísceras pélvicas) e na artéria ilíaca externa (que vai atravessar o
ligamento inguinal passando inferiormente e surgindo na coxa como artéria femoral).

A artéria femoral é o principal o vaso de irrigação de todo o membro inferior. Esta, por sua vez,
cruza a coxa (lateral-mediamente) e passa a ser chamada de artéria poplítea, que se ramifica
irrigando toda a região da tíbia, da fíbula e a região do pé (planta e dorso).

Sistema linfático
Definição: é um sistema de drenagem que auxilia o sistema venoso a drenar a linfa dos tecidos
para a circulação.

Constituído pela linfa, pros vasos linfáticos, tecidos e órgãos linfoide (baço, timo, linfonodos e
as tonsilas).
Funções:

 Drena o excesso de líquido intersticial para os vasos linfáticos mantendo o equilíbrio


dos fluidos do corpo.

OBS: se o sistema linfático não agisse iria haver graves desequilíbrios no corpo.

 Participa da imunidade corpórea, destruindo micro-organismos, partículas estranhas e


células anômalas.
 Absorção e transporte de gorduras e vitaminas lipossolúveis que vem da alimentação.
(Capilares lácteos permitem que essas substâncias- alimentos ingeridos-cheguem até a
circulação sanguínea.)

Componentes do sistema linfático:

Linfa, Vasos linfáticos, Tecidos, Órgãos linfáticos e Órgãos linfoides: primário ou secundário;

o Órgãos linfoides:

Primário: onde as células tronco tornam-se aptas a executar a resposta imune, como por
exemplo, a medula óssea vermelha e o timo.

Secundários: são onde a resposta imunológica ocorre, como por exemplo, os linfonodos, o
baço e os folículos linfáticos.

o Linfa: é um líquido incolor presente no espaço intersticial, ou seja, no espaço entre as


células. Este líquido resulta das trocas entre o tecido e os capilares.

A sua composição é extremamente parecida com a composição do plasma, mas a sua


circulação é lenta, uma vez que, não há um órgão bombeador de linfa, sendo sua circulação
melhorada pela contração muscular, peristaltismo e movimentos respiratórios.

Capilares, vasos e ductos linfáticos:

A linfa intersticial é recolhida por capilares linfáticos, assim como as várias moléculas que
existem no líquido intersticial que não retornam para os capilares sanguíneos (ocorre em
moléculas grandes ou proteínas).

Os capilares linfáticos são mais calibrosos, maior permeabilidade e apresentam válvulas que
ajudam a conduzir a linfa sempre em direção ao coração, diferente dos vasos capilares
sanguíneos.
Os capilares se unem e vão formando os vasos linfáticos que se tornam maiores, atravessam
vários linfonodos e desembocam nos troncos linfáticos, permitindo que a linfa retorne à
circulação sanguínea.

Principais troncos linfáticos:

 Tronco intestinal
 Tronco lombar
 Tronco subclávio
 Tronco jugular
 Tronco broncomediastinal

Esses troncos drenam a linfa para o ducto torácico direito ou para o ducto torácico esquerdo.
Posteriormente, a linfa sai desses ductos e é lançada nas veias, passando a circular junto com o
plasma sanguíneo.

Linfonodos: são pequenas massas de tecido linfoide presentes ao longo de todos os vasos
linfáticos. Atuam como órgãos filtrantes da linfa, antes da mesma adentrar o sistema venoso.
Para isso, eles destroem micro-organismos, toxinas, células anômalas (ex: células
cancerígenas) e partículas estranhas por meio de macrófagos e linfócitos que existem em seu
interior.

o O baço é o maior órgão linfoide do corpo, localizado à esquerda da cavidade


abdominal, logo abaixo do músculo diafragma, sendo quase completamente recoberto
pelo estômago.
Forma elíptica e de cor vermelho escuro. É envolto pelo peritônio visceral e por uma cápsula
resistente de tecido conjuntivo fibroso que contém fibras musculares (envia septos para seu
interior dividindo e dando lhe sustentação).

Internamente, o baço apresenta polpa vermelha e polpa branca.

Polpa vermelha: armazena sangue.

Polpa branca: apresenta grande quantidade de linfócitos e macrófagos.

Assim, o baço desempenha diversas funções, como por exemplo, produz linfócitos e
plasmócitos, atua na maturação dos linfócitos B, armazena plaquetas, destrói células
sanguíneas velhas (hemocaterese), produz células sanguíneas novas (hematopoiese ou
hemopoese).

Além disso, o baço atua como reservatório de sangue, sendo capaz de liberar cerca de 200ml
de sangue para a corrente sanguínea em situações de emergência (ex: hemorragia).

o Timo: é uma massa linfoide localizada na região inferior do pescoço (perto da traqueia)
e na cavidade torácica (atrás do osso esterno).

Apresenta dois lobos unidos por uma lâmina de tecido conjuntivo, apresenta linfócitos T
(quando maduros, saem do timo por meio do sangue e são transportados até os linfonodos,
até o baço ou outros órgãos linfáticos), atua na imunidade corpórea e atua como uma glândula
endócrina.

Durante o crescimento vai sendo substituído, gradativamente, por tecido conjuntivo e


gordura. Contudo, algumas de suas células se proliferam durante toda a vida do indivíduo.
o Nódulos linfáticos: São massas ovais de tecido linfático não envoltas por cápsula de
tecido conjuntivo.

Estão espalhados por toda a mucosa que reveste a maioria dos nossos sistemas (genital
masculino e feminino, urinário, respiratório e digestório). São chamados de tecido linfático
associado a mucosa ou malt.

Alguns são pequenos e outros formam grandes agregações como as tonsilas, os nódulos
linfáticos do íleo e o apêndice vermiforme do intestino.

No intestino, eles recebem o nome de placa de peyer.

o Tonsilas: são pequenas massas de tecido linfoide que ficam localizadas em várias
regiões do corpo, como por exemplo, na parte nasal da faringe onde é chamada de
tonsila faríngea, próxima ao óstio faríngeo da tuba auditiva, onde recebe o nome de
tonsila tubária, na raiz da língua onde é chamada de tonsila lingual, na fossa tonsilar
que é a tonsila palatina e na laringe que é a tonsila laringe.

Principais linfonodos do corpo:

Da cabeça: occipitais, mastoídeos, parotídeos e os linfonodos da face.

No pescoço: submentuais, submandibulares, cervicais superficiais e cervicais profundos.

No tórax: parietais ou viscerais;

Parietais- drenam a parede do tórax (linfonodos paraexternais, externocostais e frênicos).

Viscerais- drenam as vísceras do tórax (linfonodos mediastinais e os traqueobronquiais).

Do abdômen e da pelve: parietais ou viscerais;

Parietais- linfonodos ilíacos comuns, ilíacos externos, ilíacos internos, os sacrais e os lombares.
Viscerais- linfonodos celíacos e mesentéricos.

Membros superiores: linfonodos supratrocleares, deltopeitorais e os axilares.

Membros inferiores: linfonodos poplíteos, ingnais superficiais e os ingnais profundos.

Disseminação do câncer:
Células cancerígenas podem se espalhar para células próximas (contiguidade) ou por
metástases a partir do sangue ou da linfa.

A disseminação pelo sangue é a via mais comum para de propagação de sarcomas (tumores
menos comuns, mas mais malignos).

A disseminação pelo sistema linfático é a via mais comum de propagação de carcinomas (mais
comuns, mas menos malignos).

Quando a metástase ocorre por via linfática é comum haver o aumento dos linfonodos, porém
eles ficam sem dor a palpação (insensíveis) e fixos quando palpáveis, diferentemente de
linfonodos aumentados por infecção que ficam muito dolorosos e móveis quando palpáveis.

Linfoma: câncer dos órgãos linfoides, principalmente acometendo os linfonodos. Na maioria


das vezes não tem causa conhecida e seu tratamento inclui a radioterapia, a quimioterapia e
até transplante de medula.

Linfangite, linfadenite e linfedema:

Algumas estruturas do sistema linfático podem sofrer alterações e modificar o funcionamento


desse sistema.

Linfangite: quando ocorre inflamação nos vasos linfáticos.

Linfadenite: quando os linfonodos inflamam, íngua.

Linfedema: inchaço causado pela falta de drenagem da linfa.

Envelhecimento e o sistema linfático:


O envelhecimento também muda o sistema linfático, no caso, é comum ocorrer a diminuição
na produção de células imunológicas é uma maior produção de anticorpos contra o próprio
organismo do indivíduo. Isso faz com que o idoso, gradativamente, vá apresentando maior
debilidade imunológica e maior incidência de doenças autoimunes

Sistema respiratório:
O sistema respiratório é formado por um conjunto de estruturas anatômicas que captam o ar
do meio ambiente e o transportam até o órgão respiratório para que ocorra a hematose, ou
seja, as trocas gasosas entre o ar atmosférico e o meio interno.

Função: fazer com que o oxigênio do meio externo chegue até as células e que o gás carbônico
resultante do metabolismo celular seja trazido para os pulmões para ser expirado.

Esse transporte é feito pelo sangue. Logo, o sistema respiratório e circulatório age em
conjunto.

Divisão do sistema respiratório:

Condução: órgãos tubulares que tem a função de levar o ar inspirado até a porção respiratória
e desta de volta para ser expirado; composto pelo nariz, faringe, laringe, traqueia, brônquios e
suas ramificações.

Respiração: representada exclusivamente pelos pulmões, pois é nele que irão ocorrer as trocas
gasosas.

As estruturas anatômicas do sistema respiratório são agrupadas em:

Via aérea superior: nariz, faringe e laringe;


Via aérea inferior: traqueia, brônquios e suas ramificações e os pulmões.

Órgãos do sistema respiratório:

Nariz, Faringe, Laringe, Traqueia, Brônquios e Pulmões.

Vibrissas ou pelos do nariz (vestíbulo do nariz): servem para segurar as partículas de poeira
quando inaladas.

Após o vestíbulo do nariz temos a Cavidade nasal que apresenta três saliências chamadas de
concha nasal: superior, média e inferior.

As conchas nasais são revestidas por mucosas que secretam muco para manter a cavidade nasal
lubrificada, umidificada e aquecida, favorecendo a limpeza do ar inspirado. Entre as conchas temos
os escoadouros que recebem o nome de meatos que servem para drenar a secreção que o nariz
produz, escorre e cai na faringe.

Assim que termina o palato duro e começa o palato mole é o ponto de referência para o
término da cavidade nasal e início da faringe.

A parte olfativa do nariz fica restrita a concha nasal superior.


Faringe é um tubo muscular, grudado na parede anterior das vértebras. Tem conexão
anatômica com o nariz, com a boca e com a laringe.

Espaço da faringe que vai até a Úvula palatina (popularmente chamada de campainha ou
sonho, localizado no fundo da boca) é a porção nasal da faringe.

Úvula até a epiglote é chamada de porção oral da faringe.

Posteriormente a faringe temos a porção da laringe (laríngea da faringe).

A sequência da faringe é o esôfago.

Abaixo do osso hioide encontra-se as cartilagens da laringe.

Cartilagem tireoide (gogó)= proeminência laríngea (porção mais alta da laringe).

Epiglote significa folha; tem a função de fechar a abertura superior da laringe para não cair
nenhum alimento, se cair engasgamos e tossimos, sendo um mecanismo de defesa para
nenhum alimento chegar aos pulmões correndo o risco de pneumonia aspirativa.

Internamente a laringe, verifica-se as pregas vocais (antigamente chamada de corda vocal).


A superior é a vestibular que tem muita inervação para proteger a prega vocal, ela vibra
durante os movimentos de expiração.

O espaço entre as duas pregas vocais é chamado de glote (espaço onde o ar passa).

Traqueia:

Formada por anéis de cartilagem incompletos (meio arco) que são unidos por tecidos
conjuntivos chamados de ligamentos anulares da traqueia.

Tem um ponto de bifurcação chamada de carina da traqueia, originando os brônquios


principais (direito e esquerdo).

Toda a ramificação ocorre dentro do parênquima pulmonar.

Posteriormente, verifica-se uma membrana constituída pelo músculo traqueal. O esôfago se


encaixa atrás, na membrana. Traqueia na região anterior e esôfago na região posterior.

Pulmões:

Lado Direito: se divide em três grandes lóbulos: superior, médio e inferior.

Esses lóbulos são ventilados por brônquios segmentares diferentes.


Lado Esquerdo: lóbulo superior e o médio.

A divisão dos lóbulos é realizada por fissuras; lado esquerdo tem os lóbulos divididos pela
fissura oblíqua, enquanto que o lado direito do pulmão tem a fissura oblíqua e a fissura
horizontal.

Parte superior ao pulmão: ápice.

Parte inferior do pulmão: base (repousa sobre o músculo diafragma).

Face costal direita e esquerda: onde encontram-se as costelas.

Região do centro onde o brônquio principal penetra tem-se a face medialstinal, visto que o
espaço entre os dois pulmões é chamado de mediastino.

Hilo pulmonar: região onde o brônquio principal entra e onde passam as veias e artérias
pulmonares.

Membrana de tecido conjuntivo sobre o pulmão: pleura.

A pleura é constituída por duas lâminas:

Diretamente conectada ao pulmão é a pleura pulmonar;

Reveste todo o interior da cavidade torácica é a pleural parietal.


Mecânica respiratória:
O diafragma é considerado o principal músculo da respiração porque em repouso é o único
músculo a se contrair e desencadear a inspiração.

Quando se contrai, ele desce em direção ao abdômen, comprime as vísceras abdominais e


aumenta a pressão nesta cavidade. Ao mesmo tempo ele diminui a pressão na cavidade
toráxica, fazendo com que o ar flua de onde a pressão está maior (meio externo) para onde a
pressão é menor (cavidade torácica). Assim, o ar se desloca a favor do gradiente de pressão e
não gera gasto de energia.

Para que a expiração ocorra não é necessário que em repouso nenhum músculo se contraia,
uma vez que a própria elasticidade do tecido pulmonar faz com que o ar saia assim que a
pressão interna e externa se iguala.

Respiração forçada, durante exercício físico ou algum tipo de doença, ocorre uma mudança,
uma vez que outros músculos respiratórios passam a agir.

Ex: músculos intercostais internos e externos e os músculos auxiliares do abdômen começam a


agir.

A respiração é controlada pelo sistema nervosos e por estímulos químicos, estes por sua vez
são feitos a partir da concentração do gás oxigênio e do gás carbônico de acordo com as
condições que o indivíduo se encontra (temperatura ambiental, esforço físico, doenças…).

Cavidade torácica e mediastino:


A cavidade torácica é dividida em três compartimentos: cavidade pulmonar direita, cavidade
pulmonar esquerda e mediastino (região central, localizado entre as cavidades pulmonares).

Nas cavidades pulmonares ficam os pulmões revestidos pelas pleuras visceral e parietal.

No mediastino ficam órgãos como o coração, a traqueia, o esôfago, o timo, vasos sanguíneos,
alguns linfonodos…
Resumos:
Aula 6 – unidade 3
SISTEMA DISGESTÓRIO

Funções do Sistema Digestório


O sistema digestório tem como principal função digerir os alimentos para suprir os seres vivos
de nutrientes necessários para a manutenção da vida.

Esse processo ocorre em várias etapas:


Preensão dos alimentos: quando colocamos o alimento inicialmente na boca;

Mastigação: depende basicamente da ação dos dentes;

Deglutição: participam a língua e a faringe.

Digestão: ocorre principalmente na boca no estômago e no duodeno;

Absorção dos nutrientes e da água dos alimentos: ocorre principalmente nos intestinos tanto
no intestino delgado quanto no intestino grosso;

Expulsão dos resíduos sobre a forma de fezes: função depende exclusivamente da atuação do
intestino grosso.

Divisão do Sistema Digestório


Os órgãos do sistema digestório dividem-se em duas grandes partes: o canal alimentar e os
órgãos anexos.

 Canal alimentar é formado por órgãos que se situam na cabeça, pescoço, tórax,
abdômen e pelve. Por esse canal, o alimento trânsito e vai sofrendo o processo de
digestão. Ele começa a sofrer essas modificações químicas na cavidade oral e inclui a
faringe, o esôfago, o estômago, o intestino delgado e o intestino grosso.
 Orgãos anexos, em contrapartida, são estruturas nas quais o alimento não transita
(não tem contato), mas são essenciais à digestão, uma vez que produzem secreções
digestivas que auxiliam no processo digestório. São três:

 As glândulas salivares: que vão produzir uma secreção chamada saliva, que é
rica em uma enzima chamada amilase salivar, essa enzima tem a função de
degradar o amido.
 O fígado: que produzem uma secreção chamada bile, que tem a função de
degradar a gordura.
 O pâncreas: que produz o suco pancreático e esse suco também tem a função
de degradar a gordura, auxiliando a bile neste processo.
https://www.sanarmed.com/resumo-de-cavidade-oral-labios-gengivas-lingua-palato-e-mais

Boca: tem início nos lábios (superiores e inferiores).O encontro dos lábios é a
rima bucal e o canto da boca é a comissura ou ângulo da boca.

Entre os lábios e a gengiva temos o vestíbulo da boca.


Na parte interior aos dentes e a gengiva temos a cavidade bucal (oral) onde se
localiza a língua e os dentes. A cavidade oral termina no espaço entre a úvula
palatina e a epiglote, chamado de istmo da garganta.

Os limites da Boca são: anteriormente, os lábios, posteriormente, o istmo das


fauces, inferiormente, o assoalho da boca, superiormente o palato duro e na
sequência o palato mole e lateralmente, as bochechas.

Língua: está anexa (justaposta) a epiglote (cartilagem da laringe); o corpo da


língua será dividido (marcado) por alguns sulcos:
Sulco terminal (em forma de “V”);
Do sulco terminal para traz tem-se a raiz da língua onde várias estruturas do
sistema linfático se posicionam, chamadas de tonsilas linguais. As tonsilas
linguais produzem anticorpos e toda vez que ingerimos nossa própria saliva
esses anticorpos fazem uma primeira defesa em relação aos alimentos
ingeridos.

Na região anterior da língua, identificamos as papilas linguais:


 Papilas fungiformes: as que parecem bolinhas e são nomeadas assim,
porque se assemelham a fungos;
 Papilas valadas ou circunvaladas: as grandonas, são as maiores que
existem e ficam à frente do suco terminal;
 Papilas folhadas: na lateral da língua, parecem folhinhas sobrepostas
umas às outras;
 Papilas filiformes: em todo o corpo da língua e em forma de fio.

Essas papilas são prolongamentos neuronais que informam o encéfalo sobre a


textura dos alimentos, sabor, temperatura, dor e sensibilidade.
A ponta da língua é chamada de ápice, as margens laterais (direita e esquerda) e
a parte de baixo é chamada de margem inferior.
Inferiormente encontram-se duas glândulas chamadas de glândulas sublinguais
que produzem saliva e lançam dentro da cavidade oral.

Assim que termina o istmo das fauces, tem início a faringe, que tem uma porção nasal,
uma porção oral e uma porção laríngea. Para o sistema digestório, a faringe começa a
partir da porção oral e o alimento desce para o esôfago.

Esôfago: é um tubo muscular, de diâmetro reduzido que leva o alimento da faringe até
o estômago (alimento demora em média 7 segundos para realizar esse trajeto). O
esôfago não tem nenhuma função digestiva, vai secretar apenas um muco para descer
melhor o alimento. Quando se comunica com o estômago tem-se uma camada
muscular que vai se contrair e impedir que ocorra o refluxo do alimento. Se o músculo
não se contrair adequadamente, o indivíduo irá apresentar refluxo gastroesofágico,
uma vez que a comida irá refluir em direção antiperistaltismo. Assim que o esôfago se
comunica com o estômago esse músculo fecha e o piloro (esfíncter mais grosso na
parte inferior ao estômago) também se fecha. Dessa forma, o alimento fica submetido
a secreção do suco gástrico com os movimentos do próprio estômago até que ele seja
parcialmente degradado e lançado na sequência para o duodeno (início do intestino
delgado).

A região após o esôfago se chama cárdia. A porção do estomago acima do ponto de


desembocadura do esôfago é chamada de fundo gástrico. Toda a região seguinte é o
corpo gástrico. E embaixo é o piloro. Têm-se a face anterior do corpo gástrico e face
posterior do corpo gástrico.

Posicionamento do estômago:
Deve-se que lembrar que ele é órgão abdominal localizado no antímero esquerdo do
nosso corpo. A curvatura gástrica maior volta-se para o lado esquerdo.
Quando corta-se o estômago verifica-se uma mucosa extremamente espessa e
resistente, revestida por uma camada de muco, porque dentro do estômago ocorre a
degradação, principalmente de proteínas, e o estômago é músculo (feito de proteína),
logo a mucosa presente nele deve ser mais resistente para que o próprio sulco gástrico
não faça a digestão/degradação da proteína que constituí o estômago. O suco gástrico
fica por cima do muco, assim se ocorrer algo de errado nesse muco, podem ocorrer
lesões na parede do estômago desencadeando gastrite ou úlcera gástrica.

OBS: toda a mucosa é cheia de pregas, chamadas de pregas gástricas. Muitos


neurônios se localizam nessa região; eles, por sua vez, se comunicam com uma região
do encéfalo chamada de hipotálamo. O hipotálamo é uma região que nos dá a
saciedade, ou seja, a medida que comemos, as pregas vão se distendendo, os
neurônios vão sendo ativados e o hipotálamo fica sabendo que o estômago já está em
plenitude gástrica (fome vai diminuindo).
Comer rápido - comunicação neuronal demora mais e a saciedade demora mais para
acontecer, consequência, come-se mais.

Após a primeira etapa da digestão no estômago o piloro se abre e o alimento é levado ao


duodeno.

Duodeno é uma estrutura em forma de “C” que abraça o pâncreas. O pâncreas é uma
estrutura glandular (enovelada) que tem a ver com a produção do suco pancreático que
será lançado no duodeno para digerir, principalmente, gorduras.

OBS: O pâncreas é o produtor de insulina e glucagon, dois hormônios que regulam o


metabolismo da glicose no nosso corpo. O pâncreas é considerado uma glândula mista,
uma vez que, ele produz a insulina e o glucagon que serão lançados na corrente sanguínea
como hormônios e produz o suco pancreático que é lançado no duodeno como secreção
exócrina.

Pâncreas apresenta cabeça, corpo e calda; a cabeça é envolta pelo duodeno.

Intestino Delgado: Duodeno, Jejuno (parte superior) e Íleo (parte inferior, localizada entre
os ossos do quadril).

Mesentério é uma prega peritoneal que mantém a fixação do intestino;

O íleo termina na estrutura em forma de saco que recebe o nome de ceco.

O ceco é o primeiro segmento do intestino grosso.


O intestino grosso fica como uma moldura envolvendo o intestino delgado.
Atrás do ceco é possível notar o apêndice vermiforme. O apêndice é uma estrutura
rica em nódulos linfáticos, faz produção de anticorpos e lançam esses anticorpos na
região proximal do intestino grosso. Portanto, o apêndice fica localizado
posteriormente ao ceco.
Cólon ascendente (ceco sobe na parede abdominal na porção direita);
O cólon ascendente faz a flexura direita do cólon originando o cólon transverso;
O cólon transverso faz a flexura esquerda do cólon originando o cólon descendente.
O cólon descendente dá origem ao sigmoide, estrutura em forma de “S”.

O Reto e o canal anal são as próximas estruturas;


Sobre o intestino teremos uma cerosa chamada de omento maior. Esse omento vai
recobrir todas as alças intestinais ajudando na fixação e na proteção do intestino.

Glândula parótida produz a saliva e lança por meio do ducto parotídeo. Este por sua
vez, (ducto parotídeo) perfura o músculo da bochecha, o bucinador, e manda essa
secreção perto do segundo molar superior. Glândula submandibular também é
secretora de saliva.
O Fígado fica abaixo do músculo diafragma, por isso é um órgão abdominal, e é
subdividido em lobos. O maior lobo é o lobo hepático direito e o menor é o lobo
hepático esquerdo. A parte anterior do fígado é chamada de face diafragmática. A
região inferior do fígado é chamada de face visceral, local onde ficarão os intestinos e
as demais estruturas abdominais.
Na porção inferior é possível enxergarmos a vesícula biliar (saquinho), cuja função é
armazenar a bile até ela ser excretada no duodeno.
Abaixo da bile temos o lobo quadrado e acima dela tem-se o lobo caudado.
Entre a vesícula e o lobo caudado tem uma região por onde entra e sai as estruturas do
fígado chamada de porta do fígado. Isso deve-se a uma homenagem a veia porta que
passa exatamente nessa região.
Aula 7-Unidade 4

Sistema Urogenital

É constituído por 3 sistemas:

 Urinário
 Genital masculino
 Genital feminino

 O sistema urinário é essencial a homeostasia corpórea, ou seja, ao equilíbrio


interno do nosso corpo. Isso porque ele é considerado um sistema
osmorregulador, que livra o organismo de água, sais minerais, toxinas, excretas
nitrogenadas que podem ser tóxicas, como a ureia e o ácido úrico, metabólicos
de vários hormônios e vários outros.
Assim, o sistema urinário controla o volume e a composição do líquido
intracelular, do líquido extracelular e do sangue, fazendo isso por meio da
excreção de algumas substâncias e reabsorção de outras. Isso requer um
intenso processo de filtragem.
Além disso, atua indiretamente sobre o volume do sangue, influenciando o
controle da pressão arterial, por exemplo. Portanto esse sistema não tem só a
função de formar urina (como muitas pessoas pensam), mas ele regula a
quantidade de líquidos corpóreos e por isso dizemos que ele é um sistema vital.

 Já os sistemas genitais masculino e feminino atuam em conjunto para permitir


a continuidade da vida, por meio da reprodução.
Para desempenhar essa função, ambos os sistemas precisam produzir
hormônios, inicialmente para dar as características sexuais secundárias. Em
relação aos hormônios no genital masculino, tem-se a testosterona e em
relação aos hormônios no genital feminino, têm-se estrógeno e progesterona.
Além dessa produção de hormônios, genitais precisam formar gametas. No
caso do sistema genital masculino, é o espermatozoide e no feminino, é um
ovócito (antes chamado de óvulo).
É necessário que esses sistemas possibilitem a passagem desses gametas
pelos genitais até que ocorra o encontro desses gametas por meio da cópula.
A cópula é o ato sexual propriamente dito
Ademais, o sistema genital feminino também permite a gestação, o trabalho
de parto e, se a fecundação não ocorrer, permite que os produtos menstruais
sejam drenados.

Divisões do sistema urogenital


O sistema urinário é dividido em:

 Órgão uropoiético (rins)


 Órgão uroarmazenador
 Órgãos urocondutores

Os rins são os órgãos uropoiéticos, pois a função deles é produzir a urina a partir da filtragem
do sangue. A bexiga urinária armazena a urina, até à sua eliminação, já o ureter e a uretra
conduzem a urina, respectivamente, dos rins até a bexiga urinária e da bexiga ao meio
externo.

Em posição anatômica, essa seria a posição dos nossos rins. Nós temos dois órgãos (órgão par),
têm aproximadamente essa forma de feijão. Pode-se enxergar a parte superior, que recebe o
nome de polo ou extremidade superior e ela é mais arredondada e maior do que a
extremidade inferior. Os rins apresentam também a margem lateral, que é maior, e a margem
medial. A margem medial é côncava na região central e convexa nas extremidades. Desta
margem medial, emerge a região chamada hilo dos rins ou hilo renal, que é a abertura/fenda
por onde as estruturas entram e saem dos rins. Ainda é possível identificar a face anterior dos
rins e a face posterior. Na região anterior vê-se apenas uma pequena porção do hilo, porém na
face posterior ele se torna bem mais evidente, consegue-se, inclusive, diferenciar os
elementos que entram e saem pelo hilo renal.

Quem traz o sangue para ser filtrado dentro do Rim é a artéria aorta, então artéria renal
(uma bifurcação da artéria aorta) traz o sangue e ela permite que dentro dos rins, os
néfrons façam esta função de filtragem.
Quando corta-se o rim, é possível nós identificarmos regiões centrais em formas de gomos,
que constituem a pirâmide renal(cada gominho é uma pirâmide renal). Essas pirâmides se
localizam na região central do rim, chamada de medula renal. Em contrapartida, a borda
externa do Rim é o córtex. Então, os néfrons que fazem a filtragem eles estão distribuídos
em todo o interior do rim.

E à medida que a urina vai sendo formada, ela converge para base dessas pirâmides, até
que ela seja drenada para uma estrutura nomeada de Cálice renal menor. A urina é
coletada pelo cálice renal menor e os vários cálices renais menores de cada pirâmide
começam a sofrer um processo de fusão. Quando dois cálices renais menores se fundem,
forma-se o cálice renal maior, que se funde a outro cálice renal maior, que está drenando
uma outra região do rim, de forma a constituir uma região dilatada chamada pelve renal.
Então, toda a urina que foi formada nos nefrons(filtros que existem no interior do rim),
acaba sendo drenada para a pelve renal.

A pelve renal, na parte que vai ficando fina e estreita, é chamada de ureter, que tem a
função de transportar a urina que foi produzida nos rins (órgãos uropoiéticos) até onde ela
vai ficar estocada, na bexiga urinária.

A bexiga é um saco muscular, fita de músculo liso. Por isso, quando o ureter drena a urina,
a bexiga vai se distendendo até o seu máximo. Toda a parede da bexiga é inervada e
quando a distensão ocorre em sua capacidade máxima, o sistema nervoso desencadeia o
mecanismo que vai ser responsável pela micção (diurese, eliminação da urina).
Nesse modelo acima, é possível vermos as glândulas suprarrenais, a artéria aorta e artéria
renal(em vermelho), a veia cava inferior e a veia renal(em azul), que vai estar drenando o
sangue para ser refiltrado no fígado. Quando abrimos em corte, podemos ver com clareza
as pirâmides renais, na medula, o córtex renal, na borda e também os cálices renais
menores e os vasos sanguíneos que irrigam internamente as estruturas dos rins.

Obs.: apesar das glândulas suprarrenais estarem tão próximas dos rins, elas pertencem ao
sistema endócrino e são produtoras de adrenalina.

Divisões dos sistemas genitais masculino e feminino


É dividido em:

 Órgãos externos
 Órgãos internos

Enquanto os órgãos internos ficam alojados na cavidade pélvica, os externos são


visíveis a superfície do corpo.

Órgãos do Sistema Genital Masculino

A bolsa escrotal ou escroto tem como função abrigar em seu interior o testículo, o
epidídimo e uma parte do funiculo espermático. Então, essas estruturas ficam alojadas
dentro e parte interior do escroto existe um músculo chamado músculo dartos. Esses
músculos localizados no interior do escroto têm a capacidade de se contrair ou relaxar,
de acordo com a temperatura do ambiente, por exemplo: Em dias frios, essa
musculatura se contrai e fica próxima ao testículo, para que ocorra o aquecimento e,
portanto, a espermatogênese (fabricação dos espermatozoides). Em contrapartida, em
dias muito quentes, essa musculatura relaxa e se afasta do testículo para sempre
manter os 35 graus que são os adequados para que a espermatogênese ocorra de
forma fisiológica.
Dentro da bolsa escrotal, identificamos o testículo, que é uma glândula par achatada
no sentido latero-lateral, revestida por uma capsula de tecido conjuntivo fibroso,
chamada túnica albugínea. Quando abrimos o testículo, é possível identificar o
parênquima. É dentro do testículo que o hormônio testosterona e os espermatozoides
são sintetizados.

Quando o espermatozoide está pronto ele é direcionado ao epidídimo, uma estrutura


em forma de C, que fica justaposto ao testículo. O epidídimo é composto por cabeça,
corpo e cauda. Ele tem por função armazenar temporariamente até que ocorra a
ejaculação e ao mesmo tempo trabalhar no amadurecimento desses espermatozoides.
Quando a ejaculação vai ser desencadeada, o espermatozoide deixa o epidídimo pela
cauda e por essa cauda tem continuidade o ducto deferente, que permite que o
espermatozoide suba até encontrar a próstata.
Na próstata, que fica atrás da bexiga, podemos identificar as duas glândulas seminais
direita e esquerda que têm como função fabricar a maior parte do liquido seminal.
As glândulas seminais têm ductos que se fundem dentro da próstata com os ductos
deferentes. Quando os ductos deferentes se fundem aos ductos das glândulas
seminais, dentro da próstata, forma-se o ducto ejaculatório, onde tem o
sêmen/esperma, que é a mistura do liquido seminal, que veio pelas glândulas seminais
e o espermatozoide que subiu pelos ductos deferentes.
O sêmen é ejaculado pela uretra, que é um ducto que percorre todo o corpo esponjoso
do pênis e se exterioriza pelo óstio externo da uretra, que é uma abertura localizada
na região central da glande peniana. A urina também passa pela uretra, então ela
pertence tanto ao sistema genital masculino quanto ao urinário.
Na raiz do pênis, os corpos que o constituem estão fundidos. Ele é composto por
estruturas eréteis que se ingurgitam de sangue e permitem que ele saia do estado de
flacidez para o estado de ereção a partir do enchimento vascular, ou seja, de uma
vasodilatação que esses corpos cavernosos e esponjosos vão sofrer durante a ereção.
O corpo esponjoso do pênis se dilata e constitui a glande peniana, estrutura mais
dilatada que contem o óstio externo da uretra.

Órgãos do Sistema Genital Feminino


De maneira geral, as estruturas externas servem para orientar o fluxo da urina, evitar entrada de
material estranho no trato urogenital e atuam como tecido sensitivo e erétil durante o
período de excitação e de relação sexual.
os órgãos internos do sistema genital feminino são quatro: um par de ovários, um par
de tubas uterinas, útero que é um órgão ímpar e a vagina que é um órgão interno.
os ovários têm a função de produzir o gameta feminino, ou seja, o ovócito e liberá-lo
uma vez ao mês, quando ocorre a ovulação. Ele também é responsável pela síntese
dos hormônios sexuais femininos que dão as características sexuais femininas, ou seja,
ausência de pelos, voz mais fina, ossos e músculos menos fortes e menos robustos do
que os dos homens.
Quando ocorre a ovulação o ovócito eclode a parede do ovário e se destina a tuba
uterina. Essa primeira porção da tuba recebe o nome de infundíbulo, onde existem as
franjinhas, chamadas fímbrias, que são responsáveis por captar esse ovócito.
O ovócito penetra o infundíbulo da tuba e vem na ampola, região mais dilatada. O
ovócito é capaz de permanecer na ampola da tuba uterina por aproximadamente até
48 horas, esperando que o espermatozoide o fecunde.
Se isso ocorrer, o espermatozoide fecunda o ovócito formando uma célula ovo ou
zigoto e iniciam o processo de divisão celular transcorrendo toda tuba uterina, ou seja,
sai da ampola, vem pelo istmo da tuba uterina até chegar à porção da tuba que tem
conexão com o útero. Então, ele faz um processo de nidação/imigração, se lança
dentro do, vai se fixar no interior da cavidade uterina e aqui ela permanece durante
todo o período gestacional, que na espécie humana gira em torno de 38 a 40 semanas.
Se isso não ocorrer, ou seja, se o ovócito aguardar o período médio de 48 horas e o
espermatozoide não fecunda, ele é degenerado e todo o preparo que o útero sofreu
para receber esse óvulo fecundado, ou seja, o espessamento do endométrio (camada
interna do útero) vai descamar sobre a forma de menstruação. Todo o fluxo menstrual
sai do útero e percorre a vagina, estrutura muscular localizada logo abaixo.

o útero é um órgão considerado especial para abrigar e proporcionar as condições


gestacionais do desenvolvimento embrionário. A porção superior arredondada dele é o
fundo do útero, a sua maior estrutura é o corpo do útero (face anterior e face
posterior) e a estrutura é o colo do útero.
Dentro do corpo existe a cavidade uterina, onde o embrião fica até completar o
período gestacional. Entre o corpo do útero e o colo existe um estrangulamento que
recebe o nome de istmo.
Quando se faz um exame preventivo é inserido um instrumento que abre o colo do útero e
é raspado uma parte das células epiteliais que revestem a estrutura interna do útero, para
que seja analisado se existe alguma anormalidade em relação a essas células.

Depois que o bebê completou seu período gestacional, é pelo colo do útero e pela vagina
que o bebê vai passar se o parto for natural ou normal.

A estrutura interna da vagina é uma estrutura muscular revestida também por uma
mucosa especial. O diâmetro dela é relativamente pequeno que gira em torno de 7 cm.
Porem, é adaptada ao coito e então ocorre uma dilatação dessa musculatura para que
ocorra o acoplamento durante o ato sexual. Internamente, apresenta as rugas vaginais
que também melhoram acoplamento durante o ato sexual e possibilitam uma maior
garantia que o espermatozoide tenha acesso ao óvulo que estará na ampola da tuba
uterina.

vulva ou pudendo feminino: os órgãos externos incluem o monte do púbis ou monte de


vênus, elevação que fica logo acima da sínfise púbica e apresenta pelos públicos após a
puberdade, os lábios maiores do pudendo os lábios menores do pudendo, o clitóris, o
bulbo do vestíbulo e as glândulas vestibulares.

a região monte do púbis fica acima dos ossos púbis. Atrás desses ossos, fica a bexiga
urinária e logo atrás da bexiga urinária, o útero. As tubas uterinas que vão ficar
justapostas aos ovários.
Obs.: ao contrário do que a gente imagina nos livros e textos, o útero a tuba uterina e ovário
não ficam ao lado um do outro, mas o ovário e a tuba uterina ficam voltados para trás.
O clitóris e o bulbo do vestíbulo são estruturas eréteis, relacionadas ao ingurgitamento
sanguíneo que ocorre na vulva durante o período de excitabilidade sexual. A região do clitóris
é extremamente enervada. Existem muitos neurônios com relação direta com o orgasmo
feminino.

O útero é um órgão muscular. O musculo que o constitui chama-se miométrio, que consegue
se adaptar e se distender durante a gestação.

O nome “vagina” significa bainha, por conta das paredes que ficam colabadas a maior parte do
tempo, só perdendo essa posição durante o ato sexual.

O útero forma 90° com a vagina, fazendo com que o útero seja virado para a região anterior do
corpo. Isso para evitar o aborto, pois a possibilidade de descolamento de placenta seria maior
se fossem 180°.

Na posição posterior, tem-se o reto e o canal anal.

Além dessa divisão entre órgãos externos e internos, também podemos


agrupar as estruturas anatômicas destes dois sistemas em:
 Órgãos gametógenos ou de gônadas.
 Órgãos gametóforos ou vias espermáticas.

Além disso, existem:

 Órgãos de cópula
 Estruturas eréteis
 Glândulas anexas

Adicionalmente, no sistema genital feminino, há um órgão conhecido como útero, que abriga
um novo ser, em gestação, durante todo o período gestacional.

 Órgãos gametógenos produzem gametas e hormônios. São os testículos, que vão


produzir os espermatozóides e a testosterona, no caso do sistema genital masculino, e
ovários, que vão produzir os ovócitos e os hormônios estrógeno e progesterona, no
caso do sistema genital feminino.
Esses hormônios têm várias funções, por exemplo: atuam sobre a implantação do
zigoto no útero, ajudam no início do desenvolvimento do embrião, além de
determinar as características sexuais secundárias como, por exemplo: pelos pelo
corpo, a tonalidade da nossa voz, a densidade dos ossos, a força muscular, dentre
outros.

 os órgãos gametóforos permitem que os gametas passem, desde o local onde eles
foram produzidos até se encontrarem com o gameta do sexo oposto. Esses órgãos
inclui os testículos, os epidídimos, os ductos deferentes, o ducto ejaculatório e a
uretra, no sistema genital masculino. Para o sistema genital feminino, inclui as tubas
uterinas
 Os órgãos de cópula estão relacionados ao ato sexual propriamente dito. São eles
o pênis e a vagina.
 As estruturas eréteis são formadas por um tecido totalmente especial, que tem a
capacidade de se encher de sangue para aumentar de volume e,
consequentemente, esse aumento de volume melhora o acoplamento, durante a
cópula. São os corpos cavernosos e o corpo esponjoso do pênis, no sistema genital
masculino e no feminino são o clitóris e o bulbo do vestíbulo.

 As glândulas anexas têm a função de produzir secreções que vão facilitar o coito ou
a progressão dos gametas nos órgãos gamtóforos. São eles as glândulas seminais, a
próstata, e glândulas bulbouretrais, no sistema genital masculino, e as glândulas
vestibulares maiores e menores, no sistema genital feminino.

Obs.: sobre o sistema genital masculino, é necessário esclarecermos a respeito da ereção e


da ejaculação.

 Ereção é um fenômeno, onde ocorre o enrijecimento do pênis, ou seja, ele sai do


estado de flacidez para o estado de ereção. Isso é necessário, pois ele é o órgão de
cópula e ele precisa entrar em contato com genital feminino. Normalmente, a
ereção é desencadeada por dois estímulos: ou um estímulo físico, como o toque,
por exemplo, ou um estímulo psíquico, um pensamento relacionado à sexualidade,
por exemplo, pode desencadear a ereção. Ambos os estímulos ativam o sistema
nervoso autônomo parassimpático. Quando isso ocorre, esse sistema nervoso
autônomo parassimpático libera substâncias que são vasos dilatadoras. Essas
substâncias vasodilatadoras fazem com que os vasos se dilatem e mais sangue flua
e, consequentemente, encha os tecidos eréteis dos corpos cavernosos e do corpo
esponjoso do pênis desencadeando a ereção.
 ejaculação é o fenômeno no qual o homem elimina o sêmen para o meio
externo. Isso ocorre por meio do óstio externo da uretra, normalmente ela
ocorre em duas situações: ou no momento do orgasmo ou durante o sono.
Quando ocorre durante o sono. nós damos o nome de polução noturna. Ao
contrário da ereção, que é desencadeada pelo sistema nervoso autônomo
parassimpático, a ejaculação é desencadeado pela ativação do sistema nervoso
autônomo simpático. Esse sistema nervoso simpático também vai atuar sobre
os vasos, mas ao invés de uma vasodilatação, ele desencadeia uma
vasoconstrição arterial. Isso faz com que o fluxo de sangue para os tecidos
eréteis do pênis vá gradativamente diminuindo e faz também, na sequência,
com que o pênis volte ao seu estado de flacidez.
Peritônio na cavidade pélvica
O peritônio, que reveste a parede da cavidade abdominal, desce e continua até a
cavidade pélvica, mas ele não chega até o assoalho pélvico. Ele se curva sobre as
vísceras pélvicas fazendo com que elas, normalmente, fiquem abaixo do peritônio,
exceto os ovários e as tubas uterinas, como vocês podem ver na imagem:

Além disso, o peritônio se comporta de maneira diferente no homem e na mulher,


devido a diferença de organização dos órgãos pélvicos.
o períneo é caracterizado como um conjunto de partes moles que fecham
inferiormente a pelve óssea. É uma região losângica, que é determinada pela sínfise
púbica, pela tuberosidade isquiática e pelo cóccix como mostra a imagem:

No sexo feminino, o períneo e permite a passagem da uretra, da vagina e do reto. No


sexo masculino, ele permite apenas a passagem da uretra e do reto.
Mamas

Embora as mamas pertençam ao sistema tegumentar, são estudadas junto com o


sistema genital feminino, porque ela sofre influência dos hormônios produzidos pelo
sistema genital feminino e também pelo fato de que elas se desenvolvem junto com os
órgãos da reprodução durante a puberdade. as mamas situam-se a frente dos
músculos peitorais e são constituídas basicamente por parênquima de tecido
glandular, por um estroma de tecido conjuntivo e pela pele.
Esse parênquima de tecido glandular é chamado de corpo da mama e é nele que estão
presentes as glândulas especializadas, que têm a função de produção de leite durante
a amamentação. O estroma de tecido conjuntivo tem a função de envolver o corpo da
mama e nele estão presentes tanto o tecido adiposo quanto o tecido conjuntivo. E a
pele da mama é uma pele extremamente fina, que apresenta glândulas sebáceas e
sudoríparas e tem essa característica inclusive translúcida, em muitas vezes. A mama
apresenta acidentes anatômicos importantes: a papila e a aréola mamária. A papila
mamária é uma projeção composta principalmente de músculo liso, onde os ductos
lactíferos vão desembocar. Ela é extremamente inervada e devido aos seus músculos
lisos, ela pode se tornar rígida aos estímulos, durante o frio, em algumas situações
específicas. A auréola fica ao redor da papila, nela existem pequenas saliências visíveis,
os tubérculos, que é onde os ductos lactíferos desembocam.
Ela é bastante pigmentada e também rica em glândulas sudoríparas e sebáceas. A
estrutura da mama, de uma forma geral, é modificada durante a gravidez. A auréola,
por exemplo, se torna mais escura o volume da mama pode até triplicar, durante o
período de amamentação, e pode haver, em consequência disso, a ptose mamária,
que é o desabamento das mamas. No homem, normalmente, as mamas, embora
existam e com a mesma estrutura, o que diferencia, basicamente, é a quantidade de
glândulas mamárias. Por isso, elas são pouco desenvolvidas, todavia tem uma condição
patológica chamada ginecomastia, onde as mamas masculinas passam a se
desenvolver e muitas vezes, precisam inclusive ser removidas cirurgicamente.
Anatomia Humana – Aula 8
Sistema Neuroendócrino

 Sistema Nervoso;
 Sistema Endócrino;

O Sistema nervoso compreende o Sistema Nervoso Central, Sistema Nervoso


Periférico e o Sistema Nervoso Autônomo.
 Todos esses sistemas agem de maneira coordenada para manter as funções
corpóreas e a integração do organismo ao meio ambiente;
 Controlam as funções dos outros sistemas permitindo reagir as
modificações, tanto do ambiente interno, como do ambiente externo, a fim
de manter a homeostasia.
OBS: Homeostasia = O equilíbrio do meio interno do corpo;

Sistema Nervoso Central (SNC):

 Funções:

- Recebe, interpreta e analisa informações vindas do meio externo e


interno;
- Local onde ocorre as tomadas de decisões, onde as ordens são
enviadas para manter o funcionamento do corpo;
- Age junto e de maneira dependente do Sistema Nervoso Periférico.
 Estruturas do Sistema Nervoso Central:
- Localiza-se na região central do corpo, organizado em encéfalo e
medula espinal.
o Encéfalo: fica dentro da cavidade craniana;
o Medula Espinal: fica dentro da coluna vertebral;
o Ambos são constituídos por corpos (formam a substância
cinzenta) e axônios de neurônios (Axônios com bainha de
mielina formam a substância branca).

- No Encéfalo a substância branca fica por dentro e a cinzenta por fora


formando o córtex cerebral;
- Na Medula Espinal acontece o contrário, a substância branca fica por
fora e a cinzenta por dentro.

 O nosso encéfalo é cheio de sulcos e de giros;


 Sulcos: são reentranças que aparecem em toda a superfície do
órgão (“linhas localizadas no encéfalo”);

 Giros: O espaço entre um sulco e outro;


 Diante dessa divisão (sulco e giro), o encéfalo é chamado de girencéfalo,
ou seja, encéfalo que contém giros.
 Alguns animais primitivos tem lisencéfalo, ou seja, todo o liso sem a
presença de sulcos e de giros.
 O encéfalo é dividido em 5 grandes lóbulos (regiões) que tem, na
maioria das vezes, o mesmo nome do osso que está em contato.

Região rosa claro: lobo frontal; região central.


Região amarela: lobo temporal;
Região lilás, roxa e laranja: lobo parietal;
Região verde: lobo occipital.

 Quando se tem um corte no sulco lateral e cortar as bordas do sulco,


tem-se um quinto lobo, bem pequeno, que fica dentro do encéfalo e é
extremamente importante pois tem a ver com o controle visceral do
nosso corpo. Esse lobo não está relacionado a nenhum osso fazendo
uma proteção direta, ele recebe o nome de lobo da insula.
 Nome dos Sulcos:

o Sulco Lateral

Divide o lobo frontal e o parietal (acima dele) e o lobo temporal (abaixo dele).

o Sulco Profundo, chamado de Fissura Longitudinal

É um sulco bem profundo, permite adentrar até a região do corpo caloso.

Reentranças rasas= sulcos;


Reentranças profundas= fissura;

Quem faz a junção dos dois hemisférios cerebrais (direito e esquerdo) é o corpo caloso
(estrutura branca onde o pincel está apontando).

O corpo caloso e o fórnix são chamados de comissuras que tem a função de unir os dois lados
dos hemisférios cerebrais.
 No lobo temporal teremos:

O sulco temporal superior e o sulco temporal inferior. Giro temporal inferior, médio e
superior.

 No giro temporal superior, tem-se duas funções muito importantes:

o Na região anterior, temos a área relacionada a audição;


o Na região posterior, temos a área que nos permite interpretar aquilo
que ouvimos.
o Nome da áarea posterior é Área de Wernicke (homenagem ao nome
do pesquisador que a descobriu).
o Sulco Central

Divide o lobo frontal do lobo parietal.

 No lobo frontal teremos:

O sulco frontal superior e o sulco frontal inferior.

 O giro frontal superior e o médio têm a ver com a nossa cognição, memória recente,
raciocínio lógico, raciocínio matemático e capacidade de aprendizado. A maior parte
dessa região se dedica às funções cognitivas.
 No Giro frontal inferior, tem uma função que se sobrepõe, porém só do lado esquerdo
do cérebro. Quem descobriu essa função foi um pesquisador chamado Broca, portanto
a região se chama Broca. É onde é feita a emissão da nossa palavra falada.
 A frente do Sulco central, temos o Giro pré-central e, atrás, o Giro pós-central.
 É do Giro pré-central que parte todos os nossos movimentos. Essa região é chamada
de área motora primária.
 O Giro pós-central tem a ver com a sensibilidade.

 No lobo occipital
 temos a área da visão. Onde têm-se a decodificação da imagem e a memória
visual, “longe” dos olhos.

Alem do corpo caloso e do fornix, já mencionados, têm-se o diencefalo

Obs.: as pessoas, erroneamente, têm o hábito de chamar tudo que fica dentro da cavidade
craniana de cérebro. Este nome está errado. Todo esse conjunto de estruturas deve ser
chamado de encéfalo. Então, o cérebro é o telencéfalo(hemisférios cerebrais direito e
esuqerdo), mais esse pedaço pequeno que fica localizado lá dentro chamado diencéfalo.
Quando junta o tronco encefálico e o cerebelo, tudo vira encéfalo.

No Diencéfalo, temos: o sulco hipotalamico.

Desse sulco pra cima, é o tálamo. Nas bordas do sulco, o subtálamo. Na região inferior, o
hipotálamo. E atrás, o epitálamo.
 O tálamo recebe todas as nossas informações sensitvas. A única exceção é o
olfato que vai para o rinencéfalo.
 O hipotálamo é essencial para a homeostasia do corpo, pois está conectado
com a glândula hipófise(principal glândula de controle endócrino do nosso
corpo), além disso, é no hipotálamo que se localiza o centro da fome, sede e
saciedade e que o controle da tempetatura corporal é feito, ou seja, quando
estamos com febre e tomamos um antitérmico, ele vai agir em nível
hipotalamico, para fazer a febre diminuir e em caso de frio, também é o
hipotálamo que desencadeia o tremor para aumentar a tempetatura.
 O subtálamo é importante para o controle do movimento. Ele refina o nosso
movimento. Inclusive, quando há uma lesão no principal núcleo existente no
subtálamo, o indivíduo desenvolve uma doença chamada hemibalismo, onde
os movimentos são extremamente bruscos ao ponto de fazer ruptura das
estruturas articulares.
 O epitalamo, onde a glândula pineal fica localizada. Essa glândula é essencial,
porque ela produz um hormônio chamado melatonina, que nos dá sono.
Então, essa glândula é ativada com o escuro, passa a produzir a melatonina
gradativamente a medida que vai escurecendo e vamos entrando no estado de
sonolência e durante o dia, quando o sol vai iluminando, ocorre a inibição
dessa glândula, a concentração de melatonina diminui e, portanto, entramos
no estado de vigília.

 O tronco encefálico é formado por três estruturas: Mesencéfalo, Ponte e Bulbo. Fica a
frente do Cerebelo.

O cerebelo é um órgão essencial ao movimento(Coordenação, aprendizagem motora,


equilíbrio, tomos muscular). Até alguns anos atrás, não se sabia que ele tem
participação cognitiva, mas, recentemente, os estudos mostram isso.
Dentro do encéfalo, temos cavidades chamadas de ventrículos, onde o líquido cérebro-
espinhal é produzido e circula.

O maior dos ventrículos recebe o nome de ventrículo lateral, existe um no hemisfério cerebral
esquerdo e outro no hemisfério cerebral direito.

Esse líquido produzido pelos ventrículos laterais escoa para o terceiro ventrículo, que fica na
região do sulco hipotalâmico, dentro do diencéfalo

escorre por outro escoadouro que atravessa todo mesencéfalo, ele desce até o quarto
ventrículo, região triangular, que fica à frente do cerebelo e atrás do Bulbo e da Ponte.

O escoador do líquido, do terceiro para o quarto ventrículo, recebe o nome de aqueduto do


mesencéfalo.

Apresentamos, então, quatro ventrículos: dois laterais(um direito e um esquerdo), o terceiro


ventrículo, que fica na região do diencéfalo, e o quarto ventrículo, que fica entre o
bulbo/ponte e o cerebelo.

A partir do Bulbo, começa a medula espinal.


O bulbo tem, na região central, uma fissura mediana anterior. Do lado da fissura, a região
recebe o nome de pirâmide. Estas pirâmides são muito importantes para o movimento.

Obs.: quando uma pessoa tem um problema do lado do encéfalo, o movimento é perdido do
lado contrário. Por exemplo, se a pessoa teve um derrame uma vez do lado direito do
encéfalo, é o lado esquerdo do corpo que paralisa. Isso se dá por conta da pirâmide do bulbo,
o neurônio desce do encéfalo e quando ele chega na pirâmide, cruza para o outro lado do
corpo. Então, na pirâmide ocorre o cruzamento da via motora e chamamos isso de decussação
das pirâmides.
Do lado das pirâmides, existem as olivas, que tem a ver com o equilíbrio, de forma geral.

Entre o bulbo e a ponte temos esse sulco chamado sulco bulbo pontino, que no meio tem o
forame cego que é um pequeno buraco.

Na parte posterior do bulbo, temos uma parte fechadinha e uma região aberta que forma de
uma área losanguica, que ajuda a constituir o quarto ventrículo.

a ponte ela tá conectada ao cerebelo, através do pedúnculo cerebelar médio(pezinho que se


comunica com o cerebelo).

Esse pedúnculo tem a função de informar o cerebelo acerca de tudo o que está acontecendo
em relação ao movimento. Então, você planejou executar um determinado movimento, se
algo acontece de errado, esta comunicação da ponte pelo pedúnculo cerebelar médio com o
cerebelo é extremamente importante, para que haja correção ou a modificação.

Na região central, temos o sulco basilar da ponte. Nesse sulco basilar passa a artéria basilar.

As estrias transversais da ponte são rachadinhas que marcam o trajeto que os axônios dos
neurônios fazem para, através do pedúnculo, penetrar o cerebelo.
O mesencéfalo. O acidente mais importante dele é um Aqueduto(buraquinho), que serve para
trazer o licor/líquido cérebro-espinhal do terceiro para o quarto ventrículo e assim permitir a
sua livre circulação.

Conectada ao bulbo, temos a medula espinal. Então ela desce, a partir do forame magno da
medula, constituindo toda a inervação o permitindo toda inervação para o restante do corpo.

Primeiro, temos a dura-máter espinal, um envoltório de tecido conjuntivo muito grosso que
reveste também todo o encéfalo (muda de nome, dura-máter encefálica ou craniana).

Além da dura-máter, também tem o revestimento da aracnoide-máter e pia-máter


(membranas mais sensíveis, na maioria das peças perdem sua morfologia e não se consegue
identificá-las)
Então a medula desce e termina em forma de cone que é o cone medular. E a partir dali,
temos os filamentos radiculares, que vão formar os nossos nervos.

Os filamentos radiculares existem na parte alta, também, da medula, mas atravessam a dura-
máter e constituem os nossos nervos espinais. As bolinhas redondas são os gânglios
espinhais. Dentro desses gânglios, temos neurônios sensitivos .

Obs.: medula é uma “via de mão dupla”, recebe a informação sensitiva e leva para o córtex
pós-central e trás a informação do córtex pré-central para o movimento, então por ela passam
tanto neurônios motores, quantos neurônios sensitivos.

Quando terminam esses esses nervos, embaixo tem um emaranhado de filamentos


radiculares que vão constituir a cauda equina. Essa cauda equina se destina a inervação,
principalmente das estruturas do joelho para baixo.
Constituição de um nervo espinal(corte transversal da medula, vista superior):

A substância cinzenta da medula fica dentro e tem formato de H/borboleta e a substância


branca fica por fora, ao contrário do encéfalo que em corte transversal vê-se que a
cinzenta(córtex cerebral) fica por e fora e a branca fica por dentro.

O córtex cerebral protege o centro branco medular do cérebro. Dentro do centro branco
medular do cérebro temos os núcleos da base, que estão diretamente relacionados ao
movimento, a modificação e a modulação dos movimentos voluntários e os movimentos
involuntários.

Obs.: no encéfalo, mesmo dentro da substância branca, existe a substância cinzenta que
recebem o nome de núcleos da base. esses núcleos tembém estão relacionados com a
modulação do movimento.

Obs.2: nada disso ocorre na medula. A medula não tem córtex.

Os neurônios sensitivos chegam, entrando na medula, pela parte posterior, através dos
gânglios, e fazem sinapse com neurônios na região da medula que recebe o nome de corno ou
coluna anterior. E então dali vão sair neurônios motores, vão atravessar e sair da medula.
Perceba que os neurônios sensitivos e os neurônios motores se unem e constituem, então, o
nervo espinal.
O encéfalo é a grandemente vascularizado. No sistema circulatório, vimos a artéria subclávia e
artéria carótida comum interna e externa.

A parte posterior do encéfalo, que vai irrigar o cerebelo, tronco encefálico vêm de duas
artérias são as artérias vertebrais. Essas artérias vertebrais são ramos da artéria subclávia.
Então, logo que a subclávia sai da região do pescoço, emite as vertebrais, elas se juntam e
formam a artéria basilar. Então, a irrigação posterior do encéfalo depende do sistema
vertebro basilar.

Em contrapartida, toda irrigação da região interna, medial e anterior do encéfalo está na


dependência da artéria carótida comum, que origina a artéria carótida interna e ela vem fazer
toda a irrigação encefálica.
Meninges:

As meninges são membranas de tecido conjuntivo que envolvem o sistema nervoso central.

Elas são chamadas de Dura-máter, aracnoide-máter e pia-máter.

A camada Dura-máter é a mais externa; ela é ricamente vascularizada e inervada, sendo


responsável pelas dores de cabeça que sentinmos de vez em quando. Isso ocorre porque o
encéfalo não tem terminações nervosas ssensitivas.

A camada Aracnoide-máter é tem a função de absorver o líquido cerebrospinal; e a camada


Pia-máter, a mais interna e delicada, faz uma aderência ao sistema nervoso central dando
firmeza ao tecido tão delicado.

Vascularização da cabeça e do pescoço:

O encéfalo é extremamnete vascularizado porque é formado por estruturas nobres que


exigem um suprimento permanente de sangue com altíssimo teor de glicose e oxigênio. Por
isso, se a circulação cerebral parar por mais de 7 segundos o indivíduo tem perda de
consciência e se esse tempo chegar a 5 min ocorrem lesões irreversíveis. O sangue que chega
ao encéfalo vem do arco da artéria aorta por meio da artéria carótida interna e da artéria
subclávia. Essas artérias se ramificam e irrigam todo o encéfalo. As veias que irão drenar o
encéfalo, por sua vez, podem ser superficiais ou profundas e desembocam na veia jugular
interna, que é a principal para a drenagem dessa região. A jugular interna, por sua vez, se une
a subclávia e faz a drenagem do membro superior e desembocam no átrio direito do coração.
Sistema Nervoso Periférico (SNP):

 Funções:

- O SNC é responsável por conduzir os estímulos da periferia do corpo até o


SNC. E por levar os comandos do SNC até os órgãos efetores. Esses órgãos
podem ser:

o Músculos ou Glândulas;

 Estruturas do SNP:

- É formado por basicamente quatro estruturas:

o As terminações nervosas;
o Os gânglios espinais e os gânglios autônomos;
o Nervos espinais e nervos cranianos.

As terminações nervosas são responsáveis por captar os estímulos das terminações nervosas
da periferia do corpo e permitir que as ordens do SNC sejam de fato executadas nos órgãos
efetores. Podem ser, sensitivas ou motoras:

 Sensitivas: Chamadas também de aferentes ou receptores; são estimuladas e


após esse estímulo elas originam um impulso nervoso que vai até o SNC onde ele é
interpretado. Podendo ser:

Especiais- são mais complexas e fazem parte dos órgãos dos sentidos, ou seja, da visão, da
audição, do equilíbrio, do olfato e da gustação.

Gerais- são mais simples e estão espelhadas em todo o corpo, principalmente na pele. Captam
a temperatura ambiente, a pressão, a vibração, a dor, dentre outras.

OBS: O órgão tendinoso de Golgi (conhecido como OTG) e o fuso neuromuscular (ou FNM) são
exemplos de terminações nervosas sensitivas gerais importantes ao movimento, ao
alongamento muscular, à manutenção do tônus muscular e aos reflexos miotáticos.

Também podem ser classificadas de acordo com o tipo de estímulo que as ativa ou o local
onde se encontram.
 Motoras: Chamadas também de eferentes ou junção neuroefetora; Trazem as
ordens do SNC até os órgãos efetores desencadeando, por exemplo, a contração
muscular ou a secreção das glândulas. Podendo ser:

Somáticas- sempre terminam no músculo estriado esquelético.

Viscerais- sempre terminam no músculo liso, no músculo estriado cardíaco ou nas glândulas.

 Os esteros receptores, por exemplo, ficam na superfície externa do corpo e são


ativados pela luz, calor, tato, pressão,som, dentre outros.
 Já os víscero receptores estão localizados nas vísceras e permitem sensações viscerais
pouco precisas, como por exemplo, a fome, a sede, o prazer sexual ou a dor visceral.
 Os proprioceptores estão localizados nos músculos, nos tendões, nos ligamentos e o
nas cápsulas articulares. Nos dão a percepção do movimento como um todo.

Os gânglios são aglomerados de corpos celulares, corpos de neurônios, localizados fora do


SNC. Eles são protegidos por pequenas células chamadas de células satélites ou anfícitos.
Podendo ser:

Espinais- sempre ligados a raiz dorsal do nervo espinal.

Autônomos- pertencem ao SNA (Sistema Nervoso Autônomo) e podem ser simpáticos ou


parassimpáticos;

Os nervos espinais e cranianos unem o SNC até a periferia do corpo, são cordões
esbranquiçados formados por um conjunto de axônios de neurônios também localizados fora
do SNC. Eles são protegidos por membranas de tecido conjuntivo chamadas de endoneuro,
perineuro e epineuro. A função dos nervos é unir os órgãos periféricos ao SNC, conduzindo
impulsos da periferia do corpo ao SNC, isso ocorre por meio de impulsos aferentes, e
comandos do SNC a periferia do corpo, que ocorre por impulsos eferentes.

Assim, alguns alguns nervos são apenas sensitivos, outros nervos são apenas motores e os
que são mistos.

 Nervos Cranianos:
Existem 12 pares de nervos cranianos, nominados individualmente e enumerados
por algarismos romanos de 1 até 12.

Eles tem conexão com o encéfalo e saem do crânio por meio dos forames.

1. Nervo Olfatório: responsável pelo olfato (1° par).


2. Nervo óptico: responsável pela visão (2° par).
3. Nervo Oculomotor: função de movimentar os olhos.
4. Nervo Troclear: função de movimentar os olhos.
5. Nervo Abducente: função de movimentar os olhos.
6. Nervo Trigêmeo: dá sensibilidade a cabeça e movimento aos músculos
mastigatórios (5° par).
7. Nervo Facial: dá sensibilidade a cabeça e movimento aos músculos da
expressão facial (6° par).
8. Nervo Vestibulococlear: responsável pelo equilíbrio e pela audição.
9. Nervo Glossofaríngeo: dá sensibilidade a língua e a faringe e permite o
movimento, de um dos músculos que atua na deglutição chamado de músculo
estilofaríngeo.
10. Nervo Vago: inerva estruturas do pescoço, do abdômen, do tórax (como o
coração, esôfago, pulmões, estômago e intestino).
11. Nervo Acessório: permite o movimento aos músculos esternocleidomastóideo
e trapézio.
12. Nervo Hipoglosso: dá movimento a língua.
A lesão dos nervos cranianos podem causar gravíssimas disfunções.

 Nervos espinais:

Existem 31 pares de nervos espinais que irão inervar o percoço, parte da cabeça
tronco e membros.

8 desses nervos sãos cervicais, 12 são toráxicos, 5 são lombares, 5 são sacrais e
apenas 1 é coccígenos.

 Os nervos espinais se formam próximo a medula espinal onde radículas


sensitivas e motoras emergem respectivamente do sulco lateral posterior e do
sulco lateral anterior.
 Essas radículas se unem, formam a raiz dorsal e ventral dos nervos. A raiz
dorsal que é sensitiva e a raiz ventral que é motora se unem e formam o
tronco do nervo espinal, funcionamente é misto. Esse tronco deixa o canal
vertebral e se divide em um ramo dorsal e em um ramo ventral, ambos mistos.
 Os ramos dorsais não formam plexos, ao contrário dos ramos ventrais.
 Os principais plexos são:
 Plexo cervical; (inerva a pele e os músculos da cabeça, do pescoço, do
ombro e do tórax).
O nervo frênico, que está relacionado a esse plexo, inerva o músculo diafragma essencial a
respiração.
 Plexo braquial; (inervam o membro superior).

 Plexo lombar; (inervam a os músculos abdominais, a região ignal e a


região púbica e os membros inferiores).

 Plexo sacral; (inerva as vísceras pélvicas e o membro inferior).


 Plexo coccígeo.

 Lesão Nervosa

- Podem ser causadas por diversos fatores, como uma arma branca, uma arma de fogo,
traumas; são comuns e podem causar tantos motores, quanto danos sensitivos.

- Isso ocorre porque o neurônio quando lesado não se regenera no indivíduo adulto.
- Por isso, geralmente, uma lesão de nervos requer uma intervenção cirúrgica, para que as
extremidades dos nervos que foram seccionadas sejam suturadas e aproximadas
novamente.

Sistema Nervoso Autônomo (SNA):

É dividido funcionalmente em:


No Somático, o organismo fica habilitado a se relacionar com o meio em que ele vive;
No Visceral, é possível manter o funcionamento adequado das nossas vísceras.
Ambos apresentam vias sensitivas e vias motoras.
No SNS (somático), a vai motora sempre vai inervar o músculo estriado esquelético;
No SNV (visceral), essas vias irão inervar o músculo liso, o músculo estriado cardíaco,
ou as glândulas, ou os adipócitos, possibilitando ações involuntárias (batimentos
cardíacos, movimentos peristálticos, secreção das glândulas).

O SNA nada mais é do que a via eferente do SNV (visceral) que tem por função inervar
as vísceras. Ele é dividido em:

 Simpático
 Parassimpático
 Entérico

Tanto o simpático, quanto o parassimpático apresentam dois neurônios:


Pré- ganglionar e Pós- ganglionar.

A diferença é que o parassimpático é denominado crânio-sacral, pois os seus


neurônios pré-ganglionares estão localizados no tronco encefálico e na região sacral
da medula espinal. Já o simpático é considerado toracolombar, pois os seus neurônios
pré-ganglionares estão ou na região toráxica, ou na região lombar da medula espinal.

 O SNA simpático estimula o funcionamento dos órgãos enquanto o


parassimpático os inibe.
 Por isso, quando uma pessoa tem uma estimulação excessiva do SNA
simpático, em situações de susto ou estresse, ocorre várias alterações
viscerais (aumento da pressão arterial, taquicardia, aumento da
frequência respiratória e vários outros sinais).
 Se esses estímulos forem persistentes ou frequentes podem ocorrer
sobrecarga dos nossos órgãos, como o coração.
 Sistema Nervoso Entérico:

É constituído por neurônios encontrados entre as células da parede do tubo digestório; são
neurônios sensitivos, alguns motores e alguns são interneurônios.

 Componentes:

Plexo submucoso e Plexo mioentérico.


O SNE (Sistema Nervoso Entérico) é fundamental para o controle da motricidade do
intestino, do tônus dos vasos sanguíneos intestinais, da velocidade de proliferação das
células epiteliais que recobrem o tubo digestório para a secreção de hormônios e para
a absorção de nutrientes.
Aula 9 (continuação unidade V)

Sistema Endócrino

Generalidades do sistema endócrino:


 Os hormônios são essenciais para o funcionamento do nosso corpo.
 Se eles estiverem em alta ou baixa concentração, podem surgir muitas disfunções.
 o sistema endócrino é composto por glândulas endócrinas macroscópicas. Essas
glândulas lançam seus produtos, chamados de hormônios, na corrente sanguínea,
fazendo com que eles sejam distribuídos para todo o corpo.
 Essas glândulas são diferentes das glândulas exócrinas que jogam as suas
secreções para fora da corrente sanguínea (glândulas lacrimais, salivares e
sudoríparas).
 No corpo humano, participam do sistema endócrino:
Glândula hipófise
Glândula pineal
Glândula tireoide
Glândulas paratireoides
Glândulas supra-renais
Pâncreas
Gônadas
 Outros órgãos também tem função endócrina, como:
rim, intestino, coração, placenta, timo, estômago o tecido adiposo e vários
outros.
 Existem muitas glândulas endócrinas microscópicas espalhadas, por exemplo, na
mucosa do trato gastrointestinal, na mucosa do sistema respiratório e que são, em
conjunto, chamadas de sistema neuroendócrino difuso.
 Os hormônios podem ser derivados ou de gorduras ou de proteínas.
 Agem em locais próximos ou distantes de onde foram produzidos, podendo,
inclusive, em algumas situações específicas, causar uma reação generalizada em
todo o corpo. Exemplo: quando a adrenalina é liberada em uma quantidade
aumentada.
Principais glândulas do sistema endócrino e seus hormônios

Glândula Hipófise
 Pequena glândula.
 Localizada na fossa hipofisial do osso esfenoide.
 Se liga ao hipotálamo.
 Pode ser dividida em Lobo anterior ou adeno-hipófise e Lobo posterior ou
neuro-hipófise.
 A adeno-hipófise secreta hormônios que são controlados pelo hipotálamo.
 A neuro-hipófise tem a função de armazenar esses hormônios que foram
previamente produzidos no hipotálamo.
 Os hormônios da adeno-hipófise são seis principais:
Hormônio de crescimento, popularmente conhecido como GH, cuja função
é principalmente aumentar a multiplicação celular.
TSH, que é chamado de hormônio tireoestimulante ou tireotropina, que
tem a função de estimular a glândula tireoide.
ACTH, também chamado de corticotrofina, cuja função é estimular o córtex
da glândula supra-renal.
Prolactina, que desenvolve as glândulas mamárias e estimula a produção
do leite durante toda a gestação e amamentação.
Hormônio folículo-estimulante e o hormônio luteinizante, que atuam
sobre o crescimento das gônadas e suas atividades reprodutivas.
 A neuro-hipófise secreta apenas dois hormônios:
hormônio antidiurético, chamado de ADH ou vasopressina, tem a função
de regular a excreção urinária.
ocitocina, que desencadeia, basicamente, contrações do útero, necessários
para desencadear o trabalho de parto normal, e ajuda na liberação do leite
pelas glândulas mamárias durante o período da amamentação.
Glândula Pineal
 Pequena também.
 Se localiza no epitálamo.
 Produz um hormônio chamado melatonina.
Melatonina age sobre quase todos os processos fisiológicos do corpo: regula o
sono, mantém o estado de vigília e, por isso, tem a função de manter o ritmo
circadiano, chamado o relógio biológico. A sua produção depende das variações
nos níveis de luz. A luz inibe a produção da melatonina e o escuro aumenta. A
síntese é maior entre às 2h e às 4h da manhã, onde o sono é desencadeado
com maior intensidade. A melatonina leva ao estado de sono e, por isso,
quando alguma disfunção acontece com ela, a pessoa pode ter uma alteração
do ciclo sono e vigília.

Glândula Tireoide
 Localizada na região anterior do pescoço, próximo à traqueia.
 Função: sintetizar três hormônios: Triiodotironina(T3), Tiroxina(T4) e
Calcitonina.
 Os hormônios T3 e T4 aumentam o metabolismo corpóreo e a Calcitonina tem
a função de diminuir os níveis de cálcio e fosfato do sangue.
 A secreção excessiva dos hormônios T3 e T4 pode causar uma doença
conhecida como hipertireoidismo. Ocorrem vários sinais e sintomas: a
hiperfagia(comer demais), diminuição do peso corporal(gasto energético para
manter o metabolismo acelerado é maior), taquicardia(aumento do batimento
cardíaco), hipertensão arterial, insônia, tremor, fraqueza muscular,
osteoporose e uma série de outras disfunções.
 O contrário, quando T3 e T4 estão em baixa comcentração, uma doença
chamada hipotireoidismo, ou seja, uma desaceleração do metabolismo
corpóreo. Consequentemente, a pessoa tem aumento do peso corpóreo,
cansaço, alterações menstruais, deficiência cardíaca, dentre vários outros sinais
e sintomas.
Glândulas Paratireoides
 São quatro pequenas glândulas
 Localizadas na face posterior da glândula tireóide
 Essas glândulas produzem um único hormônio, chamado: hormônio
paratireoidiano, PTH, ou paratormônio.
 A função desse hormônio é regular os níveis de cálcio e fósforo nos líquidos
corporais. Esse hormônio age ativando os osteoclastos, que passam a retirar o
cálcio dos ossos e aumentar a concentração deste cálcio no sangue e esse
cálcio fica disponível, basicamente, para células que não vivem sem esse cálcio,
ou seja, neurônios, as células do músculo estriado cardíaco e as células do
músculo diafragma. Além disso, o paratormônio diminui a excreção do cálcio na
urina e aumenta a sua absorção intestinal.
glândulas supra-renais
 Como o nome diz, são duas glândulas que ficam localizadas no Polo superior de
cada um dos nossos rins.
 Tem a forma de uma pirâmide e são cobertas por duas camadas, uma de tecido
conjuntivo e outro de tecido adiposo.
 Quando cortamos a glândula supra-renal, é possível identificar uma parte
central dessa glândula que é chamada de medula e uma parte periférica que é
chamada de córtex da glândula supra-renal.
 A medula sintetiza a epinefrina e a norepinefrina(adrenalina), os quais
preparam indivíduo para situações de emergência.
 Já o córtex da glândula supra-renal secreta três tipos de hormônios: os
androgênios, os mineralocorticoides e glicocorticoides. Os androgênios
causam exatamente os mesmos efeitos da testosterona, porém são produzidos
uma quantidade muito menor. Os mineralocorticoides têm a função de
controlar os eletrólitos dos líquidos corporais. Os glicocorticoides tem ação
anti-inflamatória e anti estressante.

Pâncreas
 Localizado posteriormente ao estômago, entre o duodeno e o baço
 Considerado uma glândula mista, pois secreta hormônios, como a insulina e o
glucagon, que cai na corrente sanguínea e também secreta o suco pancreático,
que vai ser lançado no duodeno como uma secreção exócrina.
 A insulina é liberada sempre que o indivíduo está em estado alimentado, ou
seja, quando tem nutrientes disponíveis, como é o caso da glicose. A insulina
vai estimular o transporte da glicose do sangue para as células para que a
glicose possa ser utilizada ou armazenada na forma de glicogênio.
 já o Glucagon tem uma atividade totalmente oposta a ação da insulina, pois ele
vai estimular a degradação do glicogênio hepático e a liberação de glicose para
corrente sanguínea.
Gônadas

 As gônadas masculinas são os testículos e as femininas são os ovários.


 Ambas as gônadas produzem, além de gametas, hormônios.
 Em relação ao hormônio sexual masculino, fala-se, especificamente, de
andrógenos, de uma forma geral, a testosterona, o mais importante.
 Já os hormônios femininos incluem os estrógenos e as progestinas. O mais
importante dos estrógenos é o estradiol e o mais importante hormônio da
classe progestina é a progesterona.
 Tanto a testosterona, quanto estrógeno e a progesterona são responsáveis
pelas características sexuais secundárias como a tonalidade da voz, a presença
ou não de pelos, o desenvolvimento ósseo e muscular. além disso, eles estão
diretamente relacionados à reprodução.

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