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SUMÁRIO

2 Estrutura do aparelho locomotor.......................................................... 4

3 O aparelho locomotor .......................................................................... 5

4 Fisiologia do aparelho locomotor ......................................................... 7

5 A estrutura locomotora como reguladora do movimento e da postura


corporal............... .................................................................................................. 11

6 Anatomia dos pés .............................................................................. 14

6.1 Ossos dos Pés ............................................................................ 15

6.2 O Movimento dos Pés Através dos Músculos ............................. 18

7 APARELHO LOCOMOTOR ............................................................... 21

8 OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS ..................................... 24

8.1 O Sistema Sensorial ................................................................. 25

8.2 A Percepção das Respostas Dinâmicas na Locomoção ............. 30


1 INTRODUÇÃO

Prezado aluno!

O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante


ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável -
um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma
pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum
é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão
a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as
perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão
respondidas em tempo hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da
nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à
execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da
semana e a hora que lhe convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser
seguida e prazos definidos para as atividades.

Bons estudos!
2 ESTRUTURA DO APARELHO LOCOMOTOR

O aparelho locomotor é formado por uma união de estruturas do corpo


humano que, quando em sinergia, realizam deslocamentos harmônicos do corpo
pelo espaço. Entre esses segmentos corporais, podemos incluir músculos, ossos e
articulações dos membros inferiores e membros superiores, que possuem uma
ligação próxima com a manutenção da postura corporal.

Fonte: posuscs.com.br

Neste capítulo, você vai identificar as estruturas que compõem os segmentos


corporais do aparelho locomotor. Além disso, vai reconhecer suas funções
fisiológicas e como as diferentes posturas corporais podem afetar o funcionamento
e a fisiologia do corpo humano, relacionando o aparelho locomotor com a função de
manutenção da postura corporal.
3 O APARELHO LOCOMOTOR

O corpo humano é um conjunto completo de diversas estruturas ossos,


músculos, tendões que compõem um mecanismo em que existe uma sinergia
perfeita, já que todas as partes estão, de alguma forma, interligadas, permitindo
movimentos como dançar, sentar, caminhar e escrever. (ANDRADE FILHO;
PEREIRA, 2015).
Esses movimentos são executados principalmente pelos braços e pernas,
entendidos como membros superiores e membros inferiores, respectivamente.
Esses segmentos corporais possuem uma gama de movimentos em todos os eixos
e planos, permitindo os mais diferentes tipos de deslocamentos, alcances e
manipulações de objetos, graças às inúmeras estruturas subjacentes.

Fonte:pinterest.com

Todos os ossos do corpo humano estão ligados para constituir o esqueleto


e também para garantir movimentos corporais harmônicos “o Sistema Articular é
formado por articulações ou junturas que estão diretamente responsáveis por
realizar diversos movimentos de vários segmentos do nosso corpo”. Andrade Filho
e Pereira (2015,).
Inicialmente, é necessário compreender as articulações existentes nos
membros superiores e inferiores, sendo elas as sinartroses, anfiartroses e sinoviais.
Sinartroses (ou articulação fibrosa): conhecidas como articulações sólidas,
sendo uma junção de dois ossos ligados por um tecido conjuntivo. Esse tipo de
articulação é bastante comum nos ossos do crânio. Outra ocorrência desse tipo de
articulação é chamada de sindesmose e pode ser encontrada na estrutura
tibiofibular (perna) e na radioulnar (antebraço). Nesse caso, existe uma membrana
interóssea que permite a interligação de ambas estruturas ósseas.
Anfiartroses (ou articulações cartilaginosas): há um tecido cartilaginoso entre
os ossos, que permite um pequeno movimento entre as estruturas ósseas, além de
absorver o impacto da articulação, sendo articulações de movimento limitado. Essas
articulações são encontradas nos ossos que compõe o quadril.

Fonte:anatomia-papel-e-caneta.com
Sinoviais: nesse tipo de articulação, que compõe a maioria das articulações
do corpo humano, a estrutura óssea é recoberta por uma cartilagem e unida por
ligamentos, que são espécies de cabos que ligam uma estrutura óssea a outra.

Fonte:danielbohn.com.br

Além dessas estruturas articulares, também é importante ressaltar que


todo movimento corporal acontece por conta da contração e relaxamento
dos músculos do corpo humano, havendo um músculo para cada pequeno
movimento existente. Para uma melhor compreensão, classificaremos a
seguir os principais músculos dos segmentos corporais por regiões
subdivididas em membros superiores e membros inferiores (ANDRADE
FILHO; PEREIRA, 2015).

4 FISIOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR

Todo movimento corporal se dá por uma contração muscular. Essa contração


começa por um estímulo, seja ele visual, tátil olfativo ou sonoro.
Esse estímulo chega ao cérebro, que envia um sinal ao neurônio motor
avisando que determinado músculo precisa ser contraído para realizar determinado
movimento. Essa informação passa pela medula espinal e pelos nervos até chegar
à musculatura que necessita ser contraída (WILMORE; COSTILL; KENNEY, 2010).
Por mais que esse processo pareça longo e perpassar muitos caminhos, ele
não dura mais do que uma fração de segundos. É importante destacar que o
controle do sistema nervoso sobre uma resposta a um estímulo varia de acordo com
o movimento necessário. Quanto o movimento é voluntário, o processo costuma ser
mais complexo e mais lento, acionando o encéfalo para posteriormente a
informação ser distribuída pela medula espinal.

Fonte:passeidireito.com.br

Já os movimentos involuntários ou reflexos normalmente apresentam um


processo subjacente mais simples, recrutando poucos músculos para
realizar o movimento. Para que esse processo seja mais rápido, e também
por conta da simplicidade, a informação sai do cérebro diretamente para a
medula espinal (WILMORE; COSTILL; KENNEY, 2010).

A profusão harmoniosa de estruturas contidas no corpo humano permite as


mais diferentes posições, sejam elas estéticas ou dinâmicas, as alterações da
posição corporal podem modificar o comportamento fisiológico e hemodinâmico do
corpo humano, tais como frequência cardíaca, pressão arterial e volume de ejeção,
e, por consequência, o débito cardíaco, que modifica pressão arterial e frequência
cardíaca.
A vascularização faz parte do sistema vascular e é composta por diversas
veias, artérias e vasos capilares, que fazem com que o sangue repleto de nutrientes
e oxigênio passe por todas as estruturas do corpo. Esse sistema tem como órgão
principal o miocárdio, responsável por fazer o sangue circular, realizando, quando
necessário, alterações de ritmo. Esse sistema também é o responsável por controlar
a pressão arterial. A distribuição do sangue para os tecidos do organismo depende
da necessidade de oxigênio de cada local. Quando o corpo está em movimento, os
músculos que estão sendo recrutados recebem um volume sanguíneo até 25%
maior do que em uma condição de repouso.
Dessa maneira, uma atividade laboral com grande intensidade de
movimentação estimula uma maior circulação sanguínea, gerando um aumento da
frequência cardíaca.

Quando pensamos em um trabalhador que passa toda sua jornada laboral


em postura estática em pé, logo conseguimos imaginar a sensação que
ele pode sentir: inchaço nas pernas e pés, dores na lombar, nas pernas e
na sola dos pés. Isso acontece porque os músculos necessitam manter
uma contração contínua para permanecer em qualquer posição estática,
não sendo diferente da posição em pé, gerando fadiga muscularr (IIDA;
GIMARÃES, 2016).

Além disso, há o estresse gravitacional, em que uma força de compressão


afeta constantemente a estrutural corporal, afetando também a homeostase
circulatória (OLIVEIRA; BRANDÃO; BORGES, 2016).
Nessa posição, é comum que o mecanismo de válvulas existente dentro dos
vasos sanguíneos, que permite que o sangue retorne da parte mais inferior do corpo
para o miocárdio, sofra dificuldades para agir contra a gravidade. Aliado a isso, a
contração muscular exigida para a manutenção da postura também é um risco para
a adequada circulação sanguínea e linfática, pois comprime ainda mais os vasos,
podendo causar pequenas rupturas nos capilares que são muitos finos e sensíveis
e gerar varizes e edemas nos membros inferiores. É importante ressaltar que essas
consequências vão além da estética, podendo gerar dificuldades para a mobilidade
dos membros inferiores. gerar dificuldades para a mobilidade dos membros
inferiores. Ademais, é possível que a manutenção em uma posição em pé por
longos períodos desencadeie outros problemas de saúde, como edema, maior
fadiga e desgaste físico, dores,, câimbras e sensação de peso nos membros
inferiores (todos sintomas de transtornos circulatórios).
Em seus estudos, Almeida e Rosas (2018) concluíram que, dentre os
funcionários públicos de um hospital, 62% se queixavam de dores nos ombros e
58% de dores nas pernas. Quando os participantes foram perguntados sobre quais
partes do corpo apresentavam uma dor impeditiva e limitante da jornada laboral,
foram mencionadas dores no cotovelo (58%), pulsos (54%) e pernas (50%).
No contexto de longas jornadas de trabalho sem se sentar, também é
importante dar o devido cuidado aos pés, uma importante estrutura biomecânica do
aparelho locomotor humano, complexa e única, que está em contato direto com uma
superfície, proporcionando uma base estável de suporte e equilíbrio em apoio e uma
estabilidade para o processo de marcha (MONTEIRO et al., 2010).
Em geral, são de fundamental importância as ações de ergonomia pensadas
para as estruturas do aparelho locomotor a fim de evitar que sejam comprometidas
por conta de trabalhos repetitivos ou em situações de esforço desnecessário.
Segundo Corrêa (2014, p. 11), é preciso conhecer minunciosamente os
princípios básicos do corpo humano e como o ele se movimenta no espaço criando
movimentos harmônicos, o que:

[...] significa compreender e realizar a sequência correta de transferências


de velocidade entre os diversos segmentos corporais para uma habilidade
básica (por exemplo, arremessar) com um gasto menor de energia
mecânica, utilizando uma postura específica que estabeleça o equilíbrio
corporal e leve a um número menor de lesões.

Ao compreendermos que as estruturas corporais locomotoras estão unidas


pelo tórax e que os membros inferiores representam a estrutura de sustentação de
todo o corpo humano, que mantém o seu apoio total sobre os pés, surgem
questionamentos acerca das possíveis influências que os movimentos locomotores
podem ter sobre a postura corporal, seja de maneira protetiva ou como um risco à
saúde postural.

5 A ESTRUTURA LOCOMOTORA COMO REGULADORA DO MOVIMENTO E


DA POSTURA CORPORAL

A postura pode ser entendida como um arranjo complexo de várias partes


diferentes do corpo humano, envolvendo tanto posições estáticas quanto posições
dinâmicas e exercendo a função de manter o corpo dentro de uma situação de
equilíbrio nas suas bases de apoio.

Fonte:todamateria.com.br
Para manter a postura e, consequentemente, o equilíbrio postural, é
importante que o indivíduo seja capaz de adaptar suas respostas motoras à tarefa,
ao ambiente e ao peso do próprio corpo (CARRASCO, 2010).
Os pés são as bases principais do corpo humano e, por isso, são compostos
por muitos receptores sensoriais que informam o sistema nervoso central sobre o
peso e a pressão da superfície de apoio, parecendo haver uma relação entre os
ajustes posturais realizados pelos pés e a postura homeostática.

É importante lembrar que, além do pé, outra estrutura importante é a do


tornozelo, articulação sinovial que permite os mais diversos movimentos
proprioceptivos necessários para evitar lesões como as entorses de
tornozelo, ajudando a manter a postura corporal ereta. Além da própria
articulação, outras estruturas relacionadas são de suma importância, tais
como os ligamentos e os músculos tibiais anteriores (DUTRA et al., 2018).

Por mais que os ligamentos do tornozelo sejam resistentes, eles apresentam


uma característica pouco elástica, o que faz com que movimentos bruscos de
inversão e eversão do pé causem uma ruptura dessas estruturas.

Fonte:ctborracha.com

Todas essas estruturas são parcialmente responsáveis por um fenômeno


crucial para nosso equilíbrio e nossa postura: a propriocepção. A propriocepção
ocorre em um âmbito involuntário, graças aos mecanismos mecanorreceptores
presentes em articulações, ligamentos, músculos, pele e tendões, que enviam uma
mensagem ao sistema nervoso central com o intuito de ajustar a musculatura para
manter o equilíbrio corporal.
Dentre essas estruturas, podem ser citados os fusos musculares, que são
mecanismos sensoriais proprioceptivos compostos por pequenas fibras que
identificam mudanças de comprimento muscular que indicam movimentos. Também
existem os órgãos tendinosos de Golgi, estruturas presentes nos tendões
musculares e que percebem mudanças de comprimento nas fibras musculares,
adequando o corpo a cada tipo de movimento.
É importante ressaltar que esses mecanismos estão presentes em todo o
corpo, não apenas nos pés e nos tornozelos. Em uma posição de quatro apoios, a
articulação do pulso fica em constante ajuste para manter o equilíbrio da mão no
solo, o que também acontece com os músculos do abdome, ombros e quadril. Esse
processo ocorre a todo instante e em todo e qualquer movimento, sempre de
maneira involuntária, buscando manter o organismo sob suas bases de apoio
(sejam elas as mãos, os joelhos, os pés ou os glúteos).
Outra característica importante da manutenção da postura é o centro de
gravidade corporal, que é totalmente independente da velocidade do indivíduo pelo
espaço. Quando acontece um movimento corporal, principalmente envolvendo o
tronco, ele pode deslocar o centro de gravidade do corpo, devendo acontecer uma
adequação de toda sua musculatura, bem como a transmissão de informações
sensoriais, para manter o equilíbrio.
Alguns fatores podem influenciar a manutenção da postura corporal, como o
levantamento e/ou transporte de cargas, que aplicam um peso externo ao
organismo, e até mesmo o uso de certos calçados (com salto alto, numeração
inadequada, deformidades na sola, solado escorregadio), fazendo com que as
estruturas proprioceptivas sejam acionadas a fim de manter o centro de gravidade.

A esse respeito, o salto alto, utilizado amplamente pelas mulheres, implica


em uma mudança não somente na posição do pé, tornozelo, joelho, quadril
e coluna, mas também em uma pressão na planta do pé diferente daquela
sentida contra o solo, já que a maior parte do peso corporal fica apoiada
nos dedos do pé, causando alterações de marcha e de equilíbrio e até
mesmo o risco de quedas (SANTOS, 2006).
Quanto a cargas externas, pesos, caixas, bolsas e mochilas podem provocar
assimetrias posturais, causando adaptações físico-morfológicas e até mesmo
deformidades crônicas. Além disto, o padrão de marcha é afetado quando um peso
é agregado ao corpo, o que, aliado a cargas excessivas e longo tempo de
exposição, pode causar mudanças incorrigíveis nas habilidades funcionais e na
qualidade de vida. Assim, é possível observar que as variáveis do aparelho
locomotor, composto de muitos fatores internos e externos, possuem relações com
a manutenção da postura corporal. Fatores de sobrecarga como muitas horas na
mesma posição, transporte de cargas, bolsas e mochilas de maneira inadequada,
além de calçados que não possuem características ergonômicas recomendadas —
podem causar distúrbios na postura corporal ideal. ( SANTOS, 2006).
Dessa maneira, a prática laboral deve estar em sintonia e alinhada com
valores, técnicas e conceitos da ergonomia, criando mecanismos que visem a
manutenção não somente da saúde musculoesquelética, mas também do bem-
estar do trabalhador.

6 ANATOMIA DOS PÉS

A anatomia óssea dos pés possui funções importantes em relação ao nosso


corpo, uma vez que sua estrutura mantém o corpo em contato com o solo.
Dependemos dos pés para nos locomover, caminhar e correr, configurando um dos
principais quesitos para a sustentação do corpo humano. Os pés são constituídos
por ossos e articulações que permitem sua adaptação a vários tipos de área,
aumentando a ação motora.
Fonte:saudebemestar.com.br

6.1 Ossos dos Pés

O pé humano é constituído por 26 ossos distribuídos em sete ossos do tarso


(tálus, calcâneo, cuboide, navicular e três cuneiformes), cinco ossos do metatarso
e 14 falanges (três para cada um dos dedos, exceto para o hálux, que tem apenas
duas, proximal e distal). O esqueleto do pé, assim como o da mão, é constituído por
articulações sinoviais, conferindo a mobilidade necessária para se adaptar às forças
longitudinais aplicadas sobre os pés, além de se moldar aos diferentes tipos de
superfícies durante o movimento.
Segundo Brasil (2002), Smith, Weiss e Lehmkuhl (1997) e Volpon (1996 apud
OLIVEIRA; SANTOS, 2013, p. 2), “os ossos são mantidos unidos através dos
ligamentos, que totalizam um número de 107, formando as articulações. A fíbula e
a tíbia são os ossos que compõem a perna”.
O osso tarsal é encontrado na região do tornozelo, a parte proximal do pé,
que é constituída por sete ossos tarsais — como o tálus, o osso mais superior e o
único que se articula com a tíbia e a fíbula, formando a articulação talocrural. O
calcâneo é o maior e mais forte osso do tarsal. Assim, esses dois ossos estão
localizados na parte superior do pé.
Na região anterior, estão localizados os ossos navicular, três cuneiformes
(lateral, intermédio e medial) e o cuboide, que podem ser chamados de articulações
intertarsais (TORTORA; DERRICKSON, 2016).
Os cinco ossos metatarsais ficam na região intermediaria do pé, numerados
de I a V, de medial para lateral. Esses ossos se articulam com os três cuneiformes
e com o cuboide, formando as articulações tarsometatarsais. Distalmente, eles se
articulam com a fileira proximal de falanges, formando as articulações
metatarsofalangianas.

Cada pé é formado por 14 falanges — o esqueleto dos dedos —, divididas


em proximais, médias e distais, com exceção no hálux que apresenta
apenas duas falanges, proximal e distal. As falanges proximais de todos
os dedos se articulam com os ossos metatarsais; as médias se articulam
com as falanges distais; e a falange proximal do hálux se articula com sua
falange distal. As articulações entre as falanges são denominadas
interfalangianas (proximal e distal, exceto no hálux) (TORTORA;
DERRICKSON, 2016).
Fonte:br.pinterest.com

O nome tálus vem do latim e quer dizer tornozelo. O calcâneo, do latim calx,
significa calcanhar, o maior osso do tarso. O osso cuboide, do grego kúbus, articula-
se com o calcâneo, com o navicular e com a base dos metatarsais. O nome do osso
navicular vem do latim, navicula, um diminutivo de navio. O nome dos três
cuneiformes vem do latim, cuneus/cunha, formis/forma de, nomeados no sentido
transversal. Os cinco ossos metatarsais têm seu nome radicado no grego,
meta/depois. O nome falanges tem origem grega, phalanx, tropa de soldados. A
phalanx era uma formação de tropas gregas em fileiras, e Aristóteles utilizou o termo
para os ossos dos dedos devido à sua disposição em fileiras. A Figura 2 mostra a
vista inferior plantar dos ossos do pé.
Os ossos dos pés formam dois arcos para a sustentação e distribuição do
peso corpóreo, posicionados por ligamentos e tendões. Os arcos não possuem
rigidez e acabam cedendo por conta do peso, voltando ao normal assim que o peso
é removido, fazendo com que, posteriormente, haja armazenamento de energia. Em
geral, esses arcos se desenvolvem na adolescência, por volta dos 12 ou 13 anos
de idade. Os arcos dos pés são classificados em longitudinal e transverso. O arco
longitudinal é composto pelos ossos tarsais e metatarsais, formando um arco da
parte interior a posterior do pé. O arco longitudinal medial é formado pelos ossos
calcâneo, tálus, navicular, cuneiformes, além das cabeças dos três ossos
metatarsais mediais. O arco longitudinal lateral é formado pelos ossos calcâneo,
cuboide, terceiro, quarto e quinto metatarsos. O arco transversal é constituído pelos
ossos navicular, pelos cuneiformes e pela base dos cinco ossos metatarsais.

Normalmente, a parte inferior do pé suporta cerca de 40% do peso, e o


calcanhar, cerca de 60%. A parte anterior do pé é a parte acolchoada da
sua planta, superficial às cabeças dos ossos metatarsais. Quando uma
pessoa usa salto alto, entretanto, a distribuição de peso muda, de modo
que a parte anterior do pé pode receber até 80% do peso, e o calcanhar,
20%. Em consequência disso, os coxins gordurosos na parte anterior do
pé sofrem danos e surgem dor articular e alterações estruturais ósseas
(TORTORA; DERRICKSON, 2016, p. 257).

6.2 O Movimento dos Pés Através dos Músculos

Além dos ossos, os pés também são constituídos por músculos, que são os
responsáveis por seus movimentos, classificados em músculos extrínsecos e
intrínsecos. O pé possui um total de 20 músculos distribuídos por áreas: dorsal,
plantar e plantar interna. Os músculos maiores são chamados de extrínsecos, e sua
base muscular está localizada abaixo do joelho e na inserção do pé.
A terminação tendinosa encontra-se na planta do pé, ou nos dedos, que são
responsáveis pela realização dos movimentos dos tornozelos. Esses músculos
maiores são divididos pela fáscia profunda, e podem ser distribuídos em três
compartimentos: anterior, lateral e posterior.
O compartimento anterior da perna consiste em músculos que fazem
dorsiflexão do pé. Em situação análoga ao punho, os tendões dos
músculos do compartimento anterior são fixados firmemente ao tornozelo
por espessamentos da fáscia profunda chamados de retináculos dos
músculos extensores superior inferior. Anatomia dos pés 5 No
compartimento anterior, o músculo tibial anterior é longo e espesso, sendo
encontrado na face lateral da tíbia, onde é facilmente palpável. O músculo
extensor longo do hálux é delgado e se encontra entre e parcialmente
profundo aos músculos tibial anterior e extensor longo dos dedos
(TORTORA; DERRICKSON, 2016, p. 392).

No compartimento lateral da perna, encontram-se dois músculos que fazem


flexão plantar e eversão do pé: o fibular longo e o fibular curto. Já o compartimento
posterior da perna é dividido em dois grupos: superficial e profundo. No grupo
superficial, localizam-se o músculo gastrocnêmio, o sóleo e o plantar, também
chamados de surais. No grupo profundo, localizam-se os músculos poplíteo, tibial
posterior, flexor longo dos dedos e flexor longo do hálux.
Os tendões são uma continuação dos músculos, e têm como função uni-los
aos ossos, tornando-se condutores da força e da movimentação gerada pelos
músculos. O movimento do tornozelo é constituído em flexão, quando ocorre a
diminuição do ângulo entre os ossos da articulação. Já com a extensão ocorre um
aumento do ângulo entre os ossos da articulação, geralmente, para retornar uma
parte do corpo à posição anatômica depois de ter sido flexionada.
Fonte:gauchazh.clicrbs.com.br

Os tendões estão localizados em regiões com articulações, como o pescoço,


os braços, as mãos, os ombros, os cotovelos, os tornozelos e os pés, podendo ser
classificados em tendões flexores e extensores. O tendão flexor está relacionado à
flexão ou contração de alguma parte do corpo. O tendão extensor está relacionado
à extensão ou expansão de alguma parte do corpo. Existem tendões nos joelhos e
calcâneos; nas pernas, existem cinco tendões extensores: tendão tibial anterior,
extensor longo e curto do hálux e extensor longo e curto dos dedos. Os pés e os
tornozelos são formados pelos tendões tibiais anterior e posterior, pelos tendões
fibulares e pelos tendões extensores e flexores dos dedos. O famoso tendão de
Aquiles é o mais resistente e o mais vulnerável do corpo; está localizado nos
calcanhares onde cruzam as articulações do joelho e do tornozelo.
Os músculos intrínsecos, também chamados de curtos, estão localizados
abaixo da articulação do tornozelo, mas podem ser encontrados no dorso ou na
planta do pé. Esses músculos destinam-se a proporcionar movimentos finos aos
dedos dos pés e a estabilizar suas articulações. São os que mais atrofiam por falta
de ação, principalmente com o uso de calçados apertados e rígidos.

Os músculos intrínsecos do pé são divididos em músculos dorsais do pé e


músculos plantares do pé. Os músculos dorsais são dois: extensor curto
do hálux e extensor curto dos dedos, sendo que este último apresenta
quatro partes e está localizado profundamente em relação aos tendões do
músculo extensor dos dedos, o qual estende os segundo a quinto dedos
nas articulações metatarsofalangianas. Os músculos plantares são
divididos em quatro camadas. A primeira camada é constituída por três
músculos, o abdutor do hálux, o flexor curto dos dedos e o abdutor do dedo
mínimo. A segunda camada consiste em músculo quadrado plantar e
músculos lumbricais. A terceira camada é formada por três músculos, o
flexor curto do hálux, o músculo abdutor do hálux e o flexor curto do dedo
mínimo. Por fim, a quarta camada consiste em dois grupos musculares: o
grupo do músculo interósseo dorsal, formado por quatro músculos dos
dedos II a IV que flexionam as falanges proximais e estendem as falanges
distais; e o grupo dos interósseos plantares, formado por três músculos
dos dedos III e V que flexionam as falanges proximais e estendem as
falanges distais (TORTORA; DERRICKSON, 2016, p. 382).
7 APARELHO LOCOMOTOR

O aparelho locomotor recebe continuamente informações do meio externo,


que são captadas e interpretadas pelo sistema nervoso. Estas permitem a
criação de uma resposta condizente ao estímulo percebido, favorecendo a
adaptação do sujeito às condições do ambiente em que se encontra.
O interesse em se conhecer os fatores que podem contribuir para o
sujeito formular uma resposta frente ao estímulo percebido vem sendo tema de
diversas pesquisas científicas, este fenômeno é estudado segundo correlações
estabelecidas entre a percepção, fatores fisiológicos, fatores biomecânicos ou
aqueles relacionados às sensações obtidas através do tato e da audição.
Dependendo da eficiência do aparelho locomotor na recepção e
interpretação das informações externas, o controle sobre o movimento do corpo
pode ser modificado. Desta forma, o conhecimento da percepção das cargas
externas tornar- se-ia importante quando se considera seu papel como elemento
desencadeador das estratégias de adaptação às demandas mecânicas geradas
pelo meio.

As estratégias de adaptação para o controle de cargas mecânicas na


locomoção podem ser alteradas em acordo com fatores intrínsecos e
extrínsecos. Os fatores intrínsecos estão realcionados às degenerações
neurais na periferia do corpo, que não são passíveis de manipulação e
comprometem o reconhecimento e a interpretação das sensações
recebidas no meio externo, como no caso dos portadores de neuropatia
diabética (SACCO e AMADIO, 2001).

Já os fatores extrínsecos são gerados pela manipulação do uso de


calçados com diferentes características de construção (solado macio ou duro;
privação ou não do uso da palmilha, alteração da rugosidade da palmilha) ou
pela alteração induzida da sensibilidade cutânea na região plantar com uso de
gelo a fim de desencadear o bloqueio isquêmico; estratégias que podem
estimular ou comprometer a captação dos estímulos externos pelo corpo.
Ainda assim, não se sabe como as sensações percebidas do meio externo
geram as alterações biomecânicas evidenciadas na locomoção. Pouco se
conhece sobre a percepção das cargas mecânicas, visto que, os estudos
referentes ao tema são escassos e recentes limitando o entendimento
acerca dos mecanismos que regem este fenômeno.

Fonte:hospitalowaldocruz.org.br

As poucas referências disponíveis na literatura especializada estudaram a


questão, principalmente, a partir da associação das respostas dinâmicas (força de
reação do solo e pressão plantar) e subjetivas na locomoção. Entretanto, não há
trabalhos que associem o comportamento da percepção de carga ao das
respostas eletromiográficas, principalmente, na corrida.
Verifica-se, portanto, a existência de protocolos experimentais criados ou
para estudar alterações patológicas do sistema somas sensorial na região plantar,
como em diabéticos neuropatas, ou para modificar a sensação das solas dos pés
gerando superestimação ou inibição da percepção nesta região. Na maioria destes
estudos evidenciaram-se modificações nas respostas dinâmicas e eletromiografias
para o aparelho locomotor se adequar ao controle de carga. Entretanto, não há
estudos que propõem um protocolo no qual estas diferentes condições são
contempladas e comparadas entre si, assim como, não há na literatura o estudo das
relações entre as respostas subjetivas, dinâmicas e eletromiografias na locomoção
(corrida e marcha) entre os grupos com e sem comprometimento das sensações
somas sensoriais na região plantar.

Esperam-se correlações fracas entre a percepção e variáveis dinâmicas


paraos grupos de corredores e atletas de handebol ao correrem com o uso
da palmilha, uma vez que, a velocidade do movimento será constante
e as cargas mecânicasnão serão manipuladas. Na condição de corrida
sem o uso da palmilha, acredita-sena obtenção de maiores correlações
entre as variáveis dinâmicas e subjetivas, haja vista que, a manipulação
do uso da palmilha será utilizada como estratégia de manipulação do
conforto na região plantar (BRANDINA, 2004).

Para os grupos do protocolo da marcha, em decorrência das


particularidades do aparelho locomotor de cada grupo selecionado, supõe-se
que as correlações entre as variáveis dinâmicas e subjetivas sejam ainda mais
fracas para os idosos e, principalmente, para os diabéticos neuropatas.
Das associações entre valores subjetivos e eletromiográficos a hipótese
é de haver correlações fortes e significativas para todos os grupos de análise,
com a ressalva do grupo de diabéticos neuropatas apresentarem correlações
um pouco mais fracas em relação aos demais grupos. Esta suposição é
baseada no fato de os músculos possuírem receptores mecânicos
importantes, que possam influenciar nas respostas atribuídas às sensações de
cargas mecânicas percebidas do meio externo.
8 OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS

Diante das discussões expostas anteriormente e sobretudo da importância


do tema para o entendimento dos mecanismos que regem o movimento humano,
este estudo terá como objetivo central verificar as correlações obtidas entre a
percepçãoe parâmetros dinâmicos e eletromiográficos da locomoção.
Com vistas a melhor compreender os fatores que modulam a percepção e
com o intuito de analisar a correlação entre eles, constituem objetivos específicos
do projeto:
Verificar as correlações entre os valores dinâmicos, eletromiográficos e
subjetivos na corrida de atletas (corredores e jogadores de handebol) em função do
uso da palmilha (calçado com palmilha x calçado sem palmilha).
Verificar as correlações entre os valores dinâmicos, eletromiográficos e
subjetivos na marcha de diabéticos neuropatas, de idosos saudáveis e de adultos.

Fonte:rsaude.com.br
8.1 O Sistema Sensorial

A estrutura e as funções dos mecanorreceptores.O aparelho locomotor


recebe continuamente uma grande diversidade e quantidade de informações
sensoriais captadas por células especializadas localizadas na pele, nos
músculos, nos tendões e nas articulações (GUYTON, 1992).
As informações captadas por estas células receptoras são transformadas
em impulsos nervosos e transmitidas ao sistema nervoso. No sistema nervoso,
as informações são integradas e comparadas às experiências vivenciadas,
permitindoa percepção e a organização de uma resposta adequada ao estímulo
recebido.
As células receptoras são especializadas em captar apenas um tipo
específico de estímulo podendo ele ser mecânico, térmico, químico ou luminoso,
sendo as células que cumprem tais funções denominadas respectivamente
mecanorreceptores, termorreceptores, quimiorreceptores ou fotorreceptores. Já os
estímulos que podem gerar danos ao aparelho locomotor são captados pelos
nociceptores, estruturas capazes de identificar estímulos de alta frequência.

Em acordo com a estrutura dos mecanorreceptores localizados na pele,


articulações e músculos é que o aparelho locomotor formula respostas
diferenciadas para reagir aos estímulos mecânicos percebidos no meio
ambiente. Ainda que, a construção destas respostas não seja passível de
mensuração, é importante conhecer a estrutura e função dos
receptores mecânicos do aparelho locomotor,dada a importância destas
informações de inputs para elaboração dos ajustes mecânicos no
movimento (MILANI, 2001, pg. 105).

As terminações nervosas livres, o corpúsculo de Pacini, o corpúsculo de


Meissner, o fuso muscular, o órgão tendinoso de Golgi, o corpúsculo de Ruffini e o
disco de Merkel são mecanorreceptores especializados em captar as deformações
mecânicas impostas aos tecidos e diferem quanto à sua estrutura, localização,
função e adaptação ao estímulo captado.

As terminações nervosas livres são encontradas em qualquer região da


pele, nos tecidos articulares e nos órgãos. São constituídas por filamentos
nervosos finos de aproximadamente 1-2 m de diâmetro, que não são
revestidos por bainha de mielina, tornando a velocidade de condução do
potencial de ação destes filamentos reduzida em relação a uma fibra
mielinizada. Estas estruturas são as mais encontradas no aparelho
locomotor e têm como função transmitir sensações grosseiras de
compressão e estiramento nos tecidos em que estão inseridas, ao passo
que a discriminação sobre pequenas alterações dos estímulos que
captamsão percebidas por sensores mais especializados, como por
exemplo, o corpúsculo de Pacini (ENOKA, 2000; SOLOMONOW &
KROGSGAARD, 2001).

O corpúsculo de Pacini está localizado na endoderme e em algumas


estruturas articulares. É um receptor grande, de cerca de um milímetro de diâmetro
e dois milímetros de comprimento, formado por um terminal nervoso de fibra não
mielinizada, que é encapsulado por várias camadas concêntricas de tecido
conectivo preenchidas por fluido viscoso. Quando estímulos compressivos são
aplicados sobre ou removidos desta estrutura ocorre uma deformação na cápsula e
na mesma região do terminal nervoso do corpúsculo de Pacini, desencadeando um
potencial de ação ao longo da fibra nervosa que é transmitido ao sistema nervoso.
Nas articulações, este mesmo mecanismo de percepção do estímulo é
gerado quando a articulação for acelerada ou desacelerada. Portanto, na região
da endoderme o corpúsculo de Pacini é responsável por informar o sistema
nervoso sobre a aplicação e remoção das forças incididas sobre o aparelho
locomotor e nasarticulações esta estrutura informa o sistema nervoso sobre o
início e o término domovimento articular e sobre as deformações articulares.

O corpúsculo de Pacini se adapta rapidamente às deformações dinâmicas


ocorridas nos tecidos e não é capaz de captar estímulos constantes ou
aqueles que não modificam seu estado de equilíbrio, isto se deve à sua
característica viscoelástica. A aplicação de um estímulo sobre o corpúsculo
de Pacini modificará a distribuição do fluído presente entre suas camadas
de tecido conjuntivo gerando um potencial de ação, entretanto, em questão
de poucos milésimos ou centésimos de segundos o fluído do interior do
corpúsculo se redistribui retornando ao seu estadode equilíbrio, no qual a
geração de potencial de ação cessará (GUYTON, 1977,1992 pg.26).

Em virtude desta característica, o corpúsculo de Pacini responde a estímulos


de alta freqüência e, bem como, o corpúsculo de Meissner, o fuso muscular e o
órgão tendinoso de Golgi, caracteriza-se como um mecanorreceptor de adaptação
rápida. O corpúsculo de Meissner responde a estímulos de compressão de alta
freqüência quando estes são aplicados ou removidos da pele. Ele está localizado
na porção profunda da epiderme, sob regiões que não contém pêlos, tendo seu eixo
longitudinal orientado perpendicularmente à superfície da pele. Possui uma cápsula
mais estreita no ápice e mais larga na base que envolve uma complexa rede de
filamentos nervosos terminais conectados a uma única fibra nervosa.
O fuso muscular, outro receptor de adaptação rápida, é constituído por
umconjunto de fibras musculares especializadas dispostas em paralelo com as
fibras extrafusais do músculo. Estas fibras denominadas intrafusais são
envolvidas por uma cápsula de tecido conectivo preenchida por um fluído
gelatinoso, sendo sua região central mais larga em relação às extremidades,
formando uma estrutura fusiforme. Elas têm de 4 a 10 mm de comprimento, são
menores do que as fibras extrafusais, não são contráteis na sua porção central, já
que possuem poucasmiofibrilas, mas são contráteis nas suas extremidades e se
inserem às fibras extrafusais ou ao tendão muscular. Existem dois tipos de fibras
intrafusais: as fibras nucleares do tipo bolsa e as fibras nucleares em cadeia.
As fibras nucleares do tipo bolsa são mais espessas em todo seu
comprimento e possuem núcleos agrupadosna sua região central, ao passo que,
as fibras nucleares em cadeia são menores, presentes em menor quantidade e há
uma única cadeia de núcleos em sua porção central (KANDEL, SCHWARTZ &
JESSELL, 1995; LEHMKUHL & SMITH, 1987).
Entrelaçadas às fibras intrafusais, na região central da cápsula de tecido
conectivo, encontram-se as fibras sensoriais mielinizadas que transmitem impulsos
nervosos rápidos por serem envoltas por uma camada de gordura denominada
mielina. Estas informam o sistema nervoso sobre as alterações no comprimento das
fibras contidas no fuso muscular. Assim, quando o músculo faz contração excêntrica
tanto as fibras extrafusais quanto às fibras intrafusais se deformam aumentando o
seu comprimento. Tal estímulo ativa as fibras sensoriais que aumentam a
freqüência de impulsos nervosos emitidos ao sistema nervoso.
Na fase seguinte do movimento, quando o músculo deixa de se contrair
excentricamente e passa a se contrair concentricamente, a deformação das fibras
extra e intrafusais diminui, reduzindo o grau de estiramento das fibras sensoriais e
a frequência de impulsos nervosos emitidos ao sistema nervoso. Portanto, o fuso
muscular tem a função de informar o sistema nervoso sobre a posição relativa dos
membros que varia de acordo com a contração muscular e a consequente alteração
do ângulo articular.
Outro mecanorreceptor de adaptação rápida é órgão tendinoso de Golgi,
formado por uma cápsula localizada entre um conjunto de fibras musculares e o
tendão muscular. Esta cápsula contém uma grande quantidade de fibras de
colágeno dispostas em série com as fibras musculares. Inseridas nas fibras de
colágeno encontram-se fibras terminais amilienizadas, que se convergem em uma
única fibra mielinizada de grande diâmetro por onde os impulsos nervosos são
transmitidos ao sistema nervoso. Quando o músculo é contraído, as fibras de
colágeno presentes na cápsula do órgão tendinoso de Golgi se deformam,
comprimindo os terminais nervosos dispostos entre as fibras, que aumentam a
freqüência de disparo dos impulsos nervosos emitidos ao sistema nervoso.
Com o relaxamento das fibras de colágeno e a redução na compressão das
fibras sensoriais a freqüência de disparo dos impulsos nervosos diminui. Assim, o
órgão tendinoso de Golgi tem a função de informar o sistema nervoso sobre o grau
de tensão do tendão muscular, que varia de acordo com a força contrátil do
músculo.
Nas articulações, estes receptores localizam-se nos ligamentos e discos
fibrosos e os sinais transmitidos ao sistema nervoso, o informam sobre as
alterações no ângulo articular. Além dos mecanorreceptores que se adaptam
rapidamente aos estímulos, existem receptores que captam somente os estímulos
aplicados ao aparelho locomotor por um período maior. Estes são classificados de
mecanorreceptores de adaptação lenta e são representados pelo corpúsculo de
Ruffini e disco de Merkel.

O corpúsculo de Ruffini localiza-se na endoderme e nos ligamentos, nas


cápsulas e nos discos fibrosos das articulações. É composto por vários
terminais nervosos amielinizados, formados com base em uma única fibra
nervosamielinizada, associados a fibras de colágeno e envolvidos por uma
cápsula. As deformações impostas na pele e na articulação por um longo
período de tempo sensibilizam este receptor que informa o sistema
nervoso sobre a presença de forças de compressão contínuas,
caracterizando-o como um receptor de adaptação lenta. Nas articulações,
esta estrutura também é capaz de informar o sistemanervoso sobre a
pressão intra-articular, o posicionamento articular e a velocidade de
execução do movimento (SOLOMONOW & KROGSGAARD, 2001 pág.
30).

O disco de Merkel encontra-se na porção superficial da epiderme. As


células que o compõe estão dispersas entre as células da epiderme, se distinguindo
das mesmas por não possuir queratina. Este conjunto de células é inervado por
umafibra nervosa mielinizada, que emerge de um conjunto de fibras mais
profundas. Esta estrutura capta somente estímulos de compressão vertical
aplicados sobre a pele. Ele é um receptor de adaptação lenta, que detecta e
informa o sistema nervoso sobre a aplicação de forças contínuas nas regiões em
que está presente.
Com as descrições acerca dos mecanorreceptores nota-se que, o aparelho
locomotor possui estruturas especializadas capazes de captar as mais diversas
alterações dos estímulos mecânicos aplicados ao corpo. Estas alterações
permitemao sistema nervoso realizar ajustes no movimento, principalmente, quando
este percebe a aplicação de cargas mecânicas expressivas, capazes de aumentar
aprobabilidade de ocorrência de lesões.
Segundo NURSE e NIGG (2001) analisaram as alterações dinâmicas
(centro de pressão e distribuição de pressão plantar) e eletromiografias ocorridas
durante o andar ao reduzirem as sensações plantares percebidas pelos sujeitos,
através do resfriamento da pele em três áreas distintas da superfície plantar
(antepé, retropé e toda superfície plantar).
Os autores verificaram que os sujeitos se adaptaram as diferentes condições
do experimento, transferindo a aplicação das cargas mecânicas das regiões que
possuíam sensibilidade reduzida, em função do resfriamento, para as regiões de
maior sensibilidade. Ainda que, a capacidade de adaptação dos sujeitos às
diferentes condições do meio fora observada, as respostas subjetivas sobre a
ocorrência das alterações evidenciadas no centro de pressão e na distribuição de
pressão plantar não foram registradas. Tais registros seriam importantes para
permitir a associação entre os comportamentos das variáveis biomecânicas e da
percepção durante a execução do movimento, pode favorecer a aquisição de
informações importantes acerca da influência dos estímulos captados pelos
mecanorreceptores nos ajustes realizados pelo sistema nervoso.
Segundo SANTOS (2006) verifica-se, portanto, que o aparelho
locomotor possui células receptorascapazes de informar o sistema nervoso
sobre a intensidade das cargas externas, permitindo que os sujeitos formulem
uma resposta frente à sua percepção. Propõe- se na sequência uma análise
das diferentes estratégias metodológicas empregadas na determinação
experimental da percepção, discussão que fornecerá subsídiospara delimitar
os procedimentos experimentais utilizados neste estudo.

8.2 A Percepção das Respostas Dinâmicas na Locomoção

Já é sabido que o controle mecânico do movimento depende das


sensações percebidas pelo sujeito do meio externo, entretanto, a forma de
controle estabelecida pelo sistema é desconhecida. Para melhor compreender
este fenômeno, manipulações na sensibilidade cutânea nos movimentos de
locomoção são utilizadas como estratégias de perturbação do aparelho
locomotor para o estudo dos ajustes mecânicos.
Dentre os ajustes mecânicos estudados destacam-se as respostas
dinâmicas do movimento (força de reação do solo e pressão plantar) na marcha e
na corrida, alteradas em função: da modificação nas características de construção
do calçado esportivo (tipo de solado, da manipulação do uso de palmilhas); da
manipulação da rugosidade do piso sobre o qual o movimento é realizado; e da
redução de sensibilidade plantar induzida com aplicação de gelo ou anestésicos na
região plantar.
Fonte:planetabiologia.com

Supunha-se que, a captação de estímulos mecânicos obtidas pelos


receptores presentes no músculo (fuso muscular e órgão Tendinoso de Golgi)
pudesse influenciar diretamente na classificação das respostas mecânicas
percebidas nalocomoção.
Tal suposição baseia-se na explicação de que o tecido muscular
nos movimentos de locomoção modifica seu comprimento no decorrer destes
gestos motores, a fim de realizar contrações excêntricas para controle dos
movimentos articulares e concêntricas para produzir força propulsora(WINTER,
1990).
As variações no comprimento muscular ativam os receptores mecânicos
presentes nos músculos, que informam o sistema nervoso sobre a posição relativa
dos membros, a alteração do ângulo articular e o grau de tensão do tendão
muscular. Assim, esperava-se que as alterações neuro-musculares ocorridas nos
movimentos de locomoção pudessem influenciar as respostas subjetivas quanto à
intensidade das cargas mecânicas aplicadas ao corpo. No entanto, tal hipótese não
foi confirmada.
Fonte:mundoeducacao.uol.com.br

Com base nos conhecimentos teóricos referente à estrutura e função destes


receptores mecânicos, atenta-se para o fato destes reagirem a estímulos de alta
intensidade. Como apresentado para o grupo de corredores na condição deuso
da palmilha, nenhuma alteração nos valores eletromiográficos que pudesse explicar
a ocorrência de um ajuste imediato no movimento foi registrada. Verificaram-se
apenas flutuações no sinal, provavelmente, decorrentes da variabilidade natural do
movimento humano. Portanto, constata-se que as respostas subjetivas não são
influenciadas pelas respostas eletromiográficas.
O comportamento dos parâmetros eletromiográficos nesta condição foi
semelhante ao descrito para o grupo de corredores, que utilizou a palmilha no
calçado, apresentando pequenas variações no sinal decorrentes da própria
variabilidade do movimento humano.
Fonte:brasilescola.com.br

O mesmo comportamento foi visto para o grupo de corredores e, conforme


discutido anteriormente sugere-se que a variabilidade do sinal eletromiográfico
típica de movimentos de locomoção, mesmo que possam gerar variações no
comprimento muscular, estas são pouco expressivas e, portanto, não são
percebidas pelos sujeitos. Tal fato demonstra que, as respostas subjetivas quanto
à percepção de cargas mecânicas não guardam relação com a atividade elétrica
dos músculos.
Para evidenciar se as associações obtidas entre as respostas dinâmicas e
subjetivas dos idosos sedentários podem ser realmente condicionadas à percepção
de cargas de maior intensidade em relação aquelas recebidas por este grupo no
cotidiano, faz-se necessário analisar um grupo de idosos ativos, a fim de
compreender e discutir melhor os resultados obtidos para este grupo. Para tanto,
torna-se importante, elaborar um protocolo experimental que permita variar a
intensidade das cargas aplicadas ao corpo de voluntários com vivencias motoras
distintas, a fim de analisar o comportamento das variáveis dinâmicas,
eletromiográficas e subjetivas.

Pode-se dizer que a percepção de estímulos mecânicos no movimento


humano não pode servir como parâmetro de controle de estresse
mecânico em movimentos de locomoção com velocidade constante, haja
vista que, as poucas variações na intensidade de carga mecânica que
podem ocorrer não são passíveis de serem percebidas pelos sujeitos.
(BRANDINA, 2004 pag.115).

O sistema locomotor é formado pela combinação de dois sistemas, que


atuam juntos para garantir uma grande quantidade de movimentos: o sistema
muscular e o sistema esquelético. Sem esses sistemas seria impossível nos
alimentar, ir para novos ambientes, reproduzir, entre diversas outras funções
importantes.
Apesar de existirem diferentes tipos de tecidos musculares, apenas um está
relacionado com a movimentação do corpo e nossa postura: o tecido muscular
esquelético. Os músculos esqueléticos constituem praticamente 40% de todo o
peso do nosso corpo, sendo, portanto, a maior parte da musculatura do nosso
organismo. O tecido muscular esquelético permite que façamos movimentos
simples, como mover os olhos, e complexos, como os saltos graciosos, porém
difíceis, dos ginastas.

Agora tente imaginar um indivíduo em posição anatômica dentro de um


caixão de vidro. Para tanto, basta traçar linhas imaginárias interligadas que
passam tangentes à superfície do corpo humano como se fossem lâminas
verticais e horizontais, de maneira Guia ilustrado de Anatomia Humana
para o aparelho locomotor 10 que tenhamos um paralelepípedo
tridimensional. Cada uma dessas lâminas é um plano de delimitação do
corpo humano ou, simplesmente, plano anatômico, os quais formam
ângulos retos entre si. O conhecimento dos planos anatômicos é
importante para separar o corpo em partes e facilitar seu estudo e pode
ser devidamente observado em outros livros-texto (DANGELO; FATTINI,
2007; MOORE; DALLEY, 2007, pág.100).

O tecido muscular esquelético está ligado aos ossos e só se contrai após


estímulos desencadeados por terminações nervosas ligadas a cada fibra muscular.
A fibra muscular, também chamada de miócito, é a unidade fundamental do músculo
esquelético e é uma estrutura alongada formada por miofibrilas.
A contração muscular permite que os músculos tracionem os ossos ao qual
estão conectados, permitindo assim a movimentação. Essa relação entre os
músculos e os ossos podem ser comparados aos sistemas de alavancas e
geralmente ocorre em decorrência da contração de um músculo e o relaxamento de
outro (antagonismo muscular).

O cíngulo do membro inferior é representado pelo osso do quadril, que tem


como funções básicas auxiliar a locomoção e oferecer suporte para a
sustentação de peso. A chamada cintura pélvica é formada pelos ossos do
quadril, os quais estão associados ao sacro e ao cóccix. Na verdade, até
a puberdade os ossos do Quadril são formados por três partes: ílio, ísquio
e púbis, que a partir daí se fundem para formar o ilíaco numa fossa articular
chamada de acetábulo (DANGELO; FATTINI, 2007; MOORE; DALLEY,
2007pág.130).

A eficiência de um músculo, assim como seu tamanho, está diretamente


relacionada com a realização de exercícios físicos. A falta completa de atividades
pode levar à atrofia de um músculo, sendo assim, quando uma pessoa fica por um
período longo de tempo em unidades de terapia intensiva faz-se necessária a
realização de fisioterapia.

Fonte:anatomiaemfoco.com.br
O sistema esquelético é formado por um conjunto de ossos e estruturas
cartilaginosas que formam o chamado esqueleto. Além de atuar na locomoção, o
esqueleto ajuda na proteção dos nossos órgãos internos, sustenta nossos
músculos, produz células sanguíneas e atua como reserva de cálcio.
Os ossos do esqueleto estão em íntimo contato com regiões chamadas
de articulações ósseas. Essas articulações podem ser móveis ou não. Os móveis
permitem a movimentação de um osso em relação ao outro, diferentemente dos
imóveis, que não permitem tais movimentos.

Quando um indivíduo se senta numa cadeira, por exemplo, normalmente


descarrega o peso na região do ísquio (do latim ischion, nádega ou pelve).
Este se localiza posteroinferiormente ao ílio e pode ser dividido em corpo
do ísquio e ramo do ísquio. Posteriormente ao corpo, são visíveis as
incisuras isquiáticas maior e menor, separadas pela espinha isquiática. Na
verdade, a incisura isquiática maior está logo abaixo da espinha ilíaca
posterossuperior. (BRANDINA, 2004 pag.117).

O esqueleto pode ser dividido em duas porções principais: o esqueleto axial


e o apendicular. O esqueleto axial é composto pelos ossos do crânio, caixa torácica
e coluna vertebral. Já o esqueleto apendicular é formado pelos ossos dos membros
superiores e inferiores.
Vale destacar que a atividade física não é importante apenas para o sistema
muscular, tendo efeito positivo também sobre os ossos. Sabe-se que as atividades
físicas aumentam a massa óssea, entretanto, o mecanismo que explica esse
resultado ainda não foi completamente explicado.
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