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SISTEMA ESQUELÉTICO

CONHECIMENTOS

Compreender a constituição do sistema esquelético em suas concepções anatômicas e

funcionais.

HABILIDADES

Identificar a forma e função das estruturas do sistema esquelético como, sua função na

sustentação do organismo, na proteção de estruturas vitais e como base mecânica para o

movimento, sempre correlacionando a teoria com a prática.

ATITUDES

Apresentar a devida atenção ao sistema esquelético, se empenhar para desenvolver um

entendimento das enfermidades que o acometem e atrelar o conhecimento adquirido com

empenho e dedicação para uma eficiente prática profissional.


Em primeiro lugar temos que ter em mente do ponto de vista da
sobrevivência, o movimento, e como consequência a locomoção, que é a
principal função do ser vivo e os Sistemas Esquelético, Muscular e Articular
que formam em conjunto o Aparelho Locomotor.
Nos vertebrados o Sistema Esquelético é considerado o elemento
passivo do movimento, enquanto que, como veremos mais adiante, o Sistema
Muscular é considerado o elemento ativo do movimento e as junturas ou
articulações, que se interpõem entre os ossos, denominadas de Sistema
Articular, que irão permitir este movimento. São inúmeros os movimentos
corporais que realizamos durante o dia: levantamos da cama, tomamos
banho, escovamos os dentes, levamos os alimentos até a boca. Toda essa e
outras rotinas de movimentos seriam impossível se não fosse nosso sistema
esquelético.
Aproximadamente um quinto do peso total de um indivíduo saudá-
vel é composto por seus ossos. O esqueleto humano é uma estrutura re-
sistente, viva e flexível que tem dentre suas funções sustentar e proteger
tecidos e órgãos do corpo.
Esqueleto Humano

Figura 01.

Vertebrados:
Animal dotado de espinha dorsal e crânio.
S.m.pl. Grande divisão do reino animal, que compreende os animais providos de
coluna vertebral e, geralmente, de dois pares de membros.
Anatomia Ger
SOBOTTA, Atlas de Anatomia Humana, volume 1 / editado por R. Putz e R. Pabst, Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2008. O esqueleto é um conjunto de ossos e cartilagens ligados entre si
para formar o arcabouço do corpo e desempenhar várias funções (figura 1). Os ossos
são rijos com variação de forma, coloração e número, geralmente unidos por
articulações e ligamentos (formando o esqueleto articulado) ou isolados, dos quais os
únicos exemplos são o osso híódeo e os sesamóides.

Podemos citar várias funções importantes do esqueleto humano, tais como:

Sustentação e conformidade: fornece uma base estrutural para o corpo, sustenta os


tecidos moles e forma pontos fixos para tendões de diversos músculos esqueléticos;

Proteção: protege órgãos nobres (encéfalo, coração e pulmões) contra traumatismos


externos;

Participação na alavancagem (movimentação): juntamente com os músculos


esqueléticos desloca o corpo ou parte dele;

Hematopoiese: produz células sanguíneas através da medula óssea vermelha;

Homeostasia mineral: armazena vários tipos de minerais, principalmente cálcio e


fósforo.

Armazenamento de energia: armazena lipídios na medula óssea amarela ou flava.

O esqueleto humano está didaticamente dividido em duas grandes partes:

Esqueleto axial: medial formando o eixo do corpo, constituído pelos ossos do crânio e
face, coluna vertebral, costelas e esterno. (Do latim axis igual a eixo, está formado por 80
ossos, sendo 28 ossos entre crânio e face. E 26 ossos da coluna vertebral, 24 costelas, um
osso esterno e um osso hioide).

Esqueleto apendicular: formado pelos ossos dos membros superiores e inferiores.


A junção destas duas porções se faz por meio de estruturas ósseas denominadas cinturas:

escapular ou torácica (formada pela escápula e clavícula) e pélvica (formada pelos ossos do

quadril). O osso do quadril é formado pelos ossos ílio, pube e ísquio. 55

Ossos
Um indivíduo adulto tem 206 ossos, mas esta quantidade pode variar se forem
levados em consideração alguns fatores, como:

Fatores etários: alguns ossos no recém nascido são formados por partes ósseas que se

unem durante o crescimento do indivíduo para constituir um único osso. Por exemplo, o

osso frontal formado por duas porções separadas no plano mediano. Em alguns casos
em indivíduos muito idosos poderá acontecer à soldadura de dois ou mais ossos, com

isso leva a diminuição no número total de ossos. Como por exemplo, a soldadura entre os

ossos do crânio (sinostose, união entre ossos adjacentes ou partes de um único osso formado

por material ósseo como cartilagem ou tecido fibroso calcificado) transformando a caixa

craniana em apenas um único osso.

Fatores individuais: pode ocorrer que em alguns indivíduos adultos o osso frontal não solde

ou pode haver também a presença de ossos extranumerários, determinando dessa forma a

variação no número total de ossos.

Critérios de contagem: Às vezes alguns critérios pessoais são adotados por anatomistas na

contagem do número total de ossos do esqueleto. Por exemplo, os ossos sesamóides, são

computados ou não na contagem final, como também os ossículos da orelha média, que são

martelo, bigorna e estribo.

Existem várias formas de classificar os ossos e uma delas é quanto a sua posição

topográfica, identificando-se os ossos axiais e os ossos apendiculares. No entanto, a

classificação mais conhecida é a que considera a forma dos ossos, classificando-os conforme

sua relação entre suas dimensões lineares, como comprimento, largura e ou espessura, em

ossos longos, curtos, planos ou laminares, pneumáticos, irregulares e sesamóides:

Osso longo: o comprimento é consideravelmente maior que a largura e a espessura e

podemos observar duas extremidades, denominadas diáfise e epífises, (uma distal e a outra

proximal). O osso longo

possui no seu interior uma cavidade onde se aloja a medula óssea, denominada canal

medular, nos ossos que ainda não se ossificaram completamente é possível visualizar entre

as epífises e a diáfise um discreto disco cartilaginoso chamado de cartilagem epifisária, que


está diretamente relacionado com o crescimento do mesmo em comprimento. Exemplos:

fêmur, tíbia, fíbula, falanges, úmero e rádio.

• Osso laminar: o comprimento e a largura se equivalem, predominando sobre sua espessura.

Este tipo de osso também é impropriamente denominado “osso plano”. Exemplos: quadril,

escápula e occipital.

• Osso curto: o comprimento, a largura e a espessura apresentam-se equivalentes. Exemplos:

carpo e metacarpo.

• Osso irregular: apresenta uma forma complexa e irregular. Exemplo: vértebras da coluna

espinal e o osso temporal.

• Osso pneumático: observamos neste osso uma ou mais cavidades, revestidas de mucosa, de

volume variável e contendo ar. Estas cavidades são denominadas seios. Exemplos: etmoide,

esfenoide, frontal, temporal e maxilar.

• Osso sesamoide: encontra-se inserido em alguns tendões ou cartilagens, onde sua função

principal é auxiliar no deslizamento dos mesmos. Exemplo: patela.

Arquitetura óssea

Podemos observar em estudos microscópicos que o tecido do osso é formado por substância

óssea compacta e esponjosa:

Substância compacta: as lamelas de tecido ósseo estão intimamente unidas umas às outras

pelas suas faces, sem que haja espaço livre interposto. Por ser mais densa e sólida é

responsável pela resistência dos ossos. Topografica¬mente estão dispostas nos ossos longos,

planos, irregulares e curtos.

Substância esponjosa: Nesta substância as áreas dos ossos estão constituí¬das por trabéculas

ósseas dispostas em forma de rede irregular em tamanho e forma e são responsáveis por

alguma elasticidade óssea.


Periósteo: Descrito como um tecido conjuntivo que envolve externamente o osso, exceto nas

superfícies articulares. Responsável pela nutrição e inerva¬ção do osso devido suas artérias e

nervos penetrarem no tecido ósseo.

Endósteo: Fina camada de tecido conjuntivo que reveste o canal medular de

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