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Princípios do Tratamento das

Fraturas

1
Composição do osso

Mineral 65%(hidroxiapatita)

Matrix 35%(colágeno)
Células
osteoblastos,osteócitos e osteoclastos

2
Morfologia
Epífise

Metáfise

Diáfise

3
Fratura

Tipos:
– Fratura completa = Ruptura de ambas corticais
– Fratura incompleta = Ruptura de uma cortical
– Fraturas abertas e fechadas
– De acordo com o osso afetado: Fratura do femur…De acordo com sua
localização: diafisária, metafisária proximal ou distal
– Fraturas intra ou extra-articulares
– Patológica
Fratura

Tipos de Forças:
– Torsão
– Flexão
– Cisalhamento
– Compressão
Fratura

<30 >30
Tipos de Fraturas:

– Transversa, oblíqua, espiral

– Cunha, segmentada, cominuta


Fratura

Efeitos:
– Ruptura da circulação sangüínea (dentro e fora do osso)
– Dano a tecidos circundantes (trauma)
Irrigação óssea
Trauma de Baixa Energia
48hs pós fratura
Trauma de Alta energia
48hs pós fratura
Fratura X Partes moles

“O osso é uma árvore cujas raízes estão nas partes moles.”


Girdlestone, 193...
Tratamento da Fratura

Tratamento debe:
– Restaurar a anatomia
– Estabilizar a discontinuidade óssea
– Devolver a função ao membro fraturado
– Criar ambiente favorável à cura óssea
Tratamento da Fratura

Tipos de tratamento possíveis:

– Não cirúrgico, fechado ou conservador


– Férula ou tração esquelética para reduzir e estabilizar membro

– Tala gessada, gesso enfaixamentos: Rápido, “barato”, não invasivo

– Problemas:
– Imobilização prolongada do membro
– Risco de perda de redução elevado
– Pouca estabilidade
– Controle radiológico constante
Tratamento da Fratura

Tipos de tratamento possíveis:

– Não cirúrgico, fechado ou conservador


Tratamento da Fratura

Tipos de tratamento possíveis:

– Cirúrgico (Osteossíntese)
– Fixação Interna: parafuso, placa, haste, cerclagem, fios
– Fixação Externa
– Artroplastia

– Vantagens: redução controlada, maior estabilidade, mobilização precoce

– Possíveis desvantagens: “Custo”, risco cirúrgico, mais invasivo


Função dos implantes

Manter a posição dos fragmentos ósseos

Suportar os esforços e as cargas


até a cura da fratura

Permitir o movimento e
a reabilitação precoces
18
Hastes IMB não fresadas
20
Tratamento da Fratura

Quando escolher um tratamento conservador ou cirúrgico?

– Indicações universais para tratamento cirúrgico:


– Fraturas abertas (expostas)
– Fraturas intra-articulares
– Politraumatismos
– Fraturas irredutíveis
– Fraturas com lesão vascular ou neurológica
– Fraturas patológicas
Princípios do Tratamento de Fraturas

Os 4 princípios do Tratamento de Fraturas

1. Redução da fratura para restabelecer anatomia (redução anatômica


ou funcional)
2. Estabilização da redução por meio de uma fixação ou ferulização
estável (estabilidade absoluta ou relativa)
3. Preservação do suprimento sangüuíneo ao osso e partes moles
4. Mobilização precoce, ativa e indolora do membro e do paciente

“Vida é movimento, movimento é vida.”


Redução

– Ação de restabelecer a posição correta dos fragmentos da fratura


– Deve ser cuidadosa e atraumática (preservar vascularização)
Redução, tipos

– Redução Anatômica
= Redução precisa de todos os fragmentos ósseos

– Indicada em:
– Fraturas intra-articulares: evitar degraus e complicações pos-
traumáticas
– (Fraturas diafisárias e metafisárias simples: pouca tolerância a
movimento e taxa de deformação)
Redução, tipos

– Reducão Anatômica
Redução, tipos

– Redução Anatômica
Redução, tipos

– Redução Anatômica
Redução, tipos

– Redução Funcional
= Restituição funcional da anatomia, reestabelecendo:
– Comprimento
– Eixo rotacional
– Eixo longitudinal
– Não é necessária a redução precisa de todos os fragmentos
– Fraturas diafisárias e metafisárias
Redução, tipos

– Redução Funcional
Redução, tipos

– Redução Funcional
Estabilidade e consolidação

– Tipos de consolidação óssea

–Indireta,
também conhecida
como biológica ou com calo

–Direta
Estabilidade e consolidação

– Calo ósseo
Estabilidade e consolidação

– Calo ósseo, etapas da formação


1. Inflamação
2. Calo mole
3. Calo duro
4. Remodelação
Estabilidade e consolidação

– Calo ósseo, etapas da formação


1. Inflamação (1 – 7 dias depois da fratura)

Formação de hematoma
Necrose da ponta dos fragmentos ósseos
Proliferação celular (rede de fibrina, reticulina e colágeno)
Tecido de granulação substitui hematoma
Osteoclastos removem osso necrótico
Estabilidade e consolidação

– Calo ósseo, etapas da formação


2. Calo mole (aprox. três semanas depois da fratura)

Dor e inchaço reduzidos


Aumento da vascularização e formação de capilares no calo
Aumento da reprodução celular
Tecido fibroso substitui hematoma
Formação de osso novo abaixo do periósteo (longe da linha de fratura)

Fragmentos não se movem mais livremente


Estabilidade e consolidação

– Calo ósseo, etapas da formação


2. Calo mole (aprox. três semanas depois da fratura)
Estabilidade e consolidação

– Calo ósseo, etapas da formação


3. Calo duro (3 – 4 meses depois da fratura)

Começa quando os extremos da fratura estão


unidos por calo mole
Calo mole é convertido em um tecido rígido e
calcificado por ossificação endocondral
Estabilidade e consolidação

– Calo ósseo, etapas da formação


4. Remodelação (meses a anos depois da fratura)

Começa quando a fratura está unida


solidamente
Demora até que o osso esteja de volta à
morfologia inicial (cortical, canal intramedular)
Osso “desordenado” substituído lentamente por
osso lamelar
Com formação de calo
Remodelação óssea diafisária

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Estabilidade e consolidação

– Estabilidade Relativa
– Resultado de uma fixação estável e flexível
– Observam-se movimentos entre os fragmentos ósseos
sob carga
– Observa-seconsolidação indireta, biológica, com
formação de calo
– Indicada em fraturas diafisárias e metafisárias extra-
articulares
Estabilidade e consolidação
J.D.
29a

12meses
Pós op
47
J.D.
29a

48
Estabilidade e consolidação

– Estabilidade Relativa
Estabilidade e consolidação

– Consolidação direta
– Observada quando não há movimento entre
fragmentos óseos

– Elevada estabilidade no traço de fratura por fixação


rígida e compressão interfragmentária

Osso “não precisa” mais formar calo,


é como se estivesse intacto
Consolidação óssea com estabilidade
absoluta
Não há movimento entre os fragmentos ósseos

51
Ósteon

vaso

osteoclasto

osteoblastos
Estabilidade e consolidação

– Consolidação direta
Estabilidade e consolidação

–Quando optar por consolidações direta e


indireta?
– Fraturas intra-articulares
– Não pode haver formação de calo ósseo
– Nãose toleram incongruências entre
fragmentos ósseos
– Necessário
conseguir consolidação direta,
sem formação de calo
Estabilidade e consolidação

Fraturas diafisárias e metafisárias


– Pode haver formação de calo
– Escolha do tipo de consolidação depende da
personalidade da fratura, da preferência do
cirurgião e das condições biológicas do
paciente
– Consolidações direta ou indireta são
possíveis
Estabilidade e consolidação

Tempo de consolidação
– O tempo de consolidação é menor no osso esponjoso devido à
abundante irrigação sangüínea.
Estabilidade e consolidação

Tempo de consolidação
– O tempo de consolidação é menor no osso esponjoso devido à
abundante irrigação sangüínea.
– Fraturas diferentes curam em velocidades diferentes.
Estabilidade e consolidação

Tempo de consolidação
– O tempo de consolidação é menor no osso esponjoso devido à
abundante irrigação sangüínea.
– Fraturas diferentes curam em velocidades diferentes.
– As fraturas impactadas curam em poucas semanas, enquanto fraturas
com deslocamento podem demorar meses para curar.
Estabilidade e consolidação

Tempo de consolidação
– O tempo de consolidação é menor no osso esponjoso devido à
abundante irrigação sangüínea.
– Fraturas diferentes curam em velocidades diferentes.
– As fraturas impactadas curam em poucas semanas, enquanto fraturas
com deslocamento podem demorar meses para curar.
– Ossos diferentes também curam em velocidades diferentes
Estabilidade e consolidação

Tempo de consolidação
– O tempo de consolidação é menor no osso esponjoso devido à
abundante irrigação sangüínea.
– Fraturas diferentes curam em velocidades diferentes.
– As fraturas impactadas curam em poucas semanas, enquanto fraturas
com deslocamento podem demorar meses para curar.
– Ossos diferentes também curam em velocidades diferentes
– Os ossos do braço podem levar 3 meses enquanto tíbia e fêmur 6
meses ou mais
Estabilidade e consolidação

Tempo de consolidação
– O tempo de consolidação é menor no osso esponjoso devido à
abundante irrigação sangüínea.
– Fraturas diferentes curam em velocidades diferentes.
– As fraturas impactadas curam em poucas semanas, enquanto fraturas
com deslocamento podem demorar meses para curar.
– Ossos diferentes também curam em velocidades diferentes
– Os ossos do braço podem levar 3 meses enquanto tíbia e fêmur 6
meses ou mais
– Quanto maior a superfície entre os fragmentos fraturados, mais rápida
será a cura.
Estabilidade e consolidação

Possíveis complicações
–Atraso de consolidação
–Falta de união
–Consolidação viciosa
–Pseudoartrose
Obrigado por sua atenção

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