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Anatomia

Tecidos Esqueléticos

Prof. Dr. Cleiton Correa


Aula 2 Introdução a Osteologia

Prof. Cleiton Correa.


Introdução a Osteologia

Sistema esquelético: 206 ossos;

O osso enquanto órgão: vivo e dinâmico;

Esqueleto Axial:
Crânio, coluna vertebral e caixa torácica;

Esqueleto Apendicular:
Membros superiores;
Membros Inferiores;
Cíngulos do MS e MI;
Esqueleto Axial e Apendicular

Esqueleto axial é a parte central do corpo;


Esqueleto apendicular são os membros, formados pela
cintura pélvica e cintura escapular.

Esqueleto axial: cabeça, tórax e coluna vertebral.


Esqueleto apendicular: cintura escapular, membros
superiores, cintura pélvica e membros inferiores.
Esqueleto Axial

Crânio e face: crânio (frontal [1], parietal [2], occipital [1],


temporal [2], esfenóide [1] e etmóide [1]); face (maxila
[2], palatino [2], zigomático [2], lacrimal [2], nasal [2],
vômer [1], concha nasal inferior [1], mandíbula [1]);
Ossículos da audição: martelo [2], bigorna [2] e estribo
[2];
Hióide: 1 osso;
Coluna Vertebral: vértebras cervicais [7], vértebras
torácicas [12], vértebras lombares [5], sacro [4 ou 5
ossos unidos formando 1 só osso], cóccix [3 ou 5 ossos
unidos formando um só osso];
Caixa torácica: costelas [24] e esterno [1].
Esqueleto Apendicular

Cíngulo do membro superior: esterno* [1], escápula [2],


clavícula [2];
Membros superiores: úmero [2], rádio [2], ulna [2], ossos
carpais [16], ossos metacarpais [10], falanges [28];
Cíngulo do membro inferior: sacro* [1] e osso do quadril
[2 – cada um contém 3 ossos unidos];
Membros inferiores: fêmur [2], tíbia [2], fíbula [2], patela
[2], ossos tarsais [14], ossos metatarsais [10], falanges
[28];

* Embora o externo e o sacro sejam ossos do esqueleto


axial, tecnicamente falando são também considerados
ossos dos cíngulos do membro superior e do membro
inferior, respectivamente.
AXIAL
Funções do sistema esquelético

Sustentação;
Proteção;
Movimento do corpo;
Hematopoiese (medula óssea);
Armazenamento de gordura;
Armazenamento de minerais;

Dica voltada a atividade física e saúde:


Vitamina D, sol, Ca, Infância,
Raquitismo, 3a idade, osteoporose.

Processo de formação, desenvolvimento e maturação dos


elementos figurados do sangue (eritrócitos, leucócitos e
plaquetas).
Estrutura Óssea

Células ósseas:
Células osteogênicas: liberadoras;
Osteoblastos: formadoras;
Osteoclastos: destruídoras (reabsorção);
Osteócitos: células maduras;
Células de revestimento ósseo: regulação;

Tecido ósseo:
Compacto: denso, externo;
Esponjoso: reticulado, interno;
Tipos de formatos ósseos

A função faz a forma;


Longos: alavanca. Ex. fêmur;
Curtos: transferência. Ex. cubóide;
Planos: proteção. Ex. parietal;
Irregulares: inserção. Ex. esfenóide;
Epífise:
Extremidades ósseas. A epífise de um osso o
articula a um segundo osso, em uma articulação.
Cada epífise consiste de uma fina camada de
osso compacto que reveste o osso esponjoso e é
recoberta por cartilagem

Metáfise:
Parte dilatada da diáfise mais próxima a epífise

Diáfise:
Haste longa do osso. Constituída principalmente
de tecido ósseo compacto, proporcionando
considerável resistência a cargas externas
Tecido Ósseo

Endósteo
é uma camada fina de tecido conjuntivo que
reveste a superfície do tecido ósseo que forma
a cavidade medular dos ossos longos

Periósteo
A superfície externa de um osso é revestida por
uma fina camada de tecido conjuntivo que é
muito semelhante em morfologia e função ao
endósteo
Tecido Ósseo

Colágeno + Mineral

Sem Mineral Sem Colágeno

Flexível Quebradiço
Composição
Componentes Inorgânico e Orgânico
60 a 70%

Água
25 a 30%

Você sabia???

Os ossos constituem cerca de


16% da massa corporal total
Função

Suporte mecânico

Locomoção

Proteção para órgãos internos

Ponto para fixação muscular

Medula óssea
vértebras, fêmur e crista ilíaca
Fonte de Cálcio
Anatomia Óssea

Diferentes formas
Diferentes tamanhos
Forma e tamanho são determinadas pelas cargas mecânicas

Ossos longos e “ocos”


Ossos curtos e “sólidos”
Ossos com formato não comparável a outros objetos
Anatomia Óssea
Vantagem Mecânica da Patela

Reprinted, by permission, from Gowitzke and Milner, 1988.


Osso Hióide
Tecido Ósseo

Osso Esponjoso (Trabecular)


interno ao cortical
estrutura de malha frouxa
espaços intersticiais
preenchidos com medula óssea

Osso Compacto (Cortical)


córtex do osso
estrutura densa
similar ao marfim
Formatos Ósseos
Sobrecarga mecânica define os formatos ósseos
Canais Ósseos

Canais de Havers: comunicam-se

entre si
com a cavidade medular e
com a superfície externa do osso
por meio de canais transversais ou oblíquos, os
canais de Volkmann (atravessam as lamelas
ósseas)
Canais Haversianos e de Volkmann
Central / Canais Haversianos Perfuração / Canais de Volkmann
Característica Biomecânica

Força e dureza (cortical mais resistente)

Anisotropia (diferentes respostas a cargas em diferentes direções)

Viscoelasticidade (diferentes respostas de acordo com a velocidade)

Resposta elástica (absorção do impacto – deformação)

Resposta plástica (mudança na forma – micro-rupturas)


Deformações

Deformação Elástica, o corpo retorna ao seu estado original após cessar o


efeito da tensão. Isso acontece quando o corpo é submetido a uma força que
não supere a sua

Deformação Plástica (permanente), o corpo não retorna ao seu estado


original, permanece deformado permanentemente. Isso acontece quando o
corpo é submetido à tensão de plasticidade

Deformação por Ruptura o corpo rompe-se em duas ou mais partes. A


ruptura acontece quando um corpo recebe uma tensão inicialmente maior
daquela que produz a deformação plástica; essa tensão tende a diminuir após
o início do processo.
Deformações

Ponto de Falha
Ponto de Final
Falha inicial
Carga

Região Região
Elástica Plástica

Deformação
Força de Tensão

Força de tração dirigida axialmente através de um corpo

Original

Tensão
Força de Compressão

Força de pressão dirigida axialmente através de um corpo

Original
Compressão
Força de Inclinação

Combinação de forças de tensão e compressão

Compressão

Tensão
Força de Cisalhamento

Força dirigida paralelamente a uma superfície

Original Cisalhamento
Força de Torção

Força aplicada faz o objeto girar em torno de um eixo


Remodelagem e depósito ósseo

Cargas mecânicas
Intermitentes

Reabsorção > depósito: osteoporose


Miosite ossificante ~ calcificação precoce

Ação de:
Osteócitos - mineralização
Osteoclastos – digerem matriz
Osteoblastos - reconstroem
Efeitos do Exercício no Tecido Ósseo

• Estimula remodelagem do osso

• Fatores
Tipo exercício
Intensidade
Maturidade esquelética
Tipo de osso (trabecular / cortical)
Localização do osso

Litz e Zernicke, 1992


Envelhecimento

Testosterona Estrogênio
Estimula o crescimento ósseo Estimula o crescimento ósseo
Efeito forte Efeito muito forte
Redução da secreção com a idade Menopausa
Pouca secreção
Testosterona
Deficiência de Estrogênio
Aumento da atividade dos osteoclastos

Redução da matriz óssea

Redução da deposição de cálcio no osso


Treino de Força e Idosos

Atividade dos osteoblastos

Densidade óssea

Síntese de colágeno

Incorporação de cálcio no osso

Força dos ossos

Hipertrofia das trabéculas ósseas


5% células (condrócitos)
95% matriz
65 – 80% água

Espessura de 1 a 7 mm
↑ quadril e joelho
↓ tornozelo e cotovelo

Você sabia?
Que a CA da patela tem
~ 5mm de espessura
Morfologia e Histologia

É uma fina camada de tecido conectivo fibroso na superfície


articular de ossos em articulações sinoviais

Matriz intercelular = 95%

Água = 65 - 80%

Fibras de colágeno (tipo II) - resistência e rigidez à


tensão, mas não à compressão

Proteoglicanas (10%) - propriedades viscoelásticas,


resistência à compressão
Funções

Suporte de tecidos moles

Revestimento de superfícies articulares

Facilita o deslizamento entre as articulações

Formação e crescimento ósseo


Camadas Cartilaginosas
Superficial
Fibras de colágeno: paralelas ao plano da superfície articular (direção do movimento articular)
Contém poucas células (condrócitos alongados)

Maior conteúdo de água (80%)


Média
Fibrilas de colágeno: maior diâmetro e menos paralelas à superfície articular

Condrócitos esféricos: produção da matriz


Profunda
Grandes quantidades de feixes de colágeno: perpendicular ao movimento articular
Menor conteúdo de água (65%)
Maior quantidade de proteoglicanas
Condrócitos redondos e empilhados: síntese proteica
Calcificada
Transição entre a cartilagem articular macia e o osso subcondral

Colágeno ancora a cartilagem ao osso fixando-a ao osso subcondral


Fluído Sinovial

Membrana sinovial Participa da nutrição


Vascularizada
e Retirada de metabólitos
Inervada

Saúde Articular
Estrutura

Células Matriz

Condrócitos (5%) Água 65% - 80%


Colágeno tipo II
Proteoglicanos 10%
Combinação
Colágeno tipo II + Elastina

Rígido e resistente à tensão


Propriedades mecânicas

Água + Proteoglicano

Colágeno II Gel - Proteoglicano

Matriz
Obs: As propriedades mecânicas e papel fisiológico do
tecido cartilaginoso dependem da estrutura de sua Matriz
Proteoglicanas

Colágeno segura proteoglicano

Retém Água
Teoria Mecânica: Ciclo Vicioso

> Sobrecarga mecânica < Nutrição

Aumento do Estresse
metabolismo ósseo Oxidativo
(Maior rigidez local)

Morte do Condrócito
(Reduz síntese de Matriz e Proteoglicanos)
< Absorção de Impacto
Características

Fluido sinovial

Avascular

Aneural

Alinfática

Ambiente desfavorável para as condições de reparo das lesões


Importância do Movimento

Avascular
Dificulta a entrada de nutrientes

Aneural
Só percebe a dor quando
Já existe alguma deterioração
(periósteo)
Envelhecimento

Idade
Fatores genéticos
Gêneros
Lesões

Outros fatores fatoters


mecânicos sistêmicos

Prejudica distribuição da carga

pré-OA

progressão Perda da
OA cartilagem
Osteoartrite

 Doença degenerativa

 Articulações descarga de peso


 Cartilagem articular
 Membrana sinovial
 Osso sub-condral

 Perda progressiva cartilagem


Osteoartrite

Osteoartrite Degenerativa Dor

Joelho Normal Joelho com Osteoartrite

Morrissey, 1989; Hurley et al., 1992; Aigner e Söder, 2006


Normal
Artrose
Artrose
Insidência de OA

 30 anos = 35% sujeitos (OA joelho)

 50 anos = ↑ %

 70 anos = 85% idosos

Bland e Cooper, 1984


Degeneração provocada pela OA

Degeneração articular
 força
Inibição Muscular
Instabilidade articular
Dor
Disfunção Musculoesquelética

De Serres and Enoka, 1998; Stackhouse et al., 2001; Stevens et al., 2001;
Stevens et al., 2003, Mizner et al., 2003; Stackhouse et al., 2003

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