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BIOMECÂNICA E

CINESIOLOGIA
Biomecânica e Cinesiologia
Biomecânica e Cinesiologia

Prof.º Ms. Cesar Luis Teixeira


Unidade 2
CONSIDERAÇÕES ESQUELÉTICAS DO MOVIMENTO E DA
COMPOSIÇÃO DO CORPO HUMANO
CONSIDERAÇÕES ESQUELÉTICAS DO MOVIMENTO E
DA COMPOSIÇÃO DO CORPO HUMANO

Composição óssea

Tipos de ossos

Processo de formação, crescimento ósseo e cargas mecânicas


Objetivos de Aprendizagem

• Identificar a estrutura e a composição do sistema


esquelético.
• Descrever os principais tipos de ossos e a sua classificação
em relação a sua forma.
• Explicar como ocorre a formação e o desenvolvimento
dos ossos e a aplicação de cargas mecânicas no sistema
esquelético.
CONSIDERAÇÕES ESQUELÉTICAS DO MOVIMENTO E DA COMPOSIÇÃO DO CORPO HUMANO

Composição óssea

Apesar do osso, por vezes, remeter-nos a uma


estrutura rígida e dura, mostraremos que os ossos são
tecidos, extremamente, dinâmicos; continuamente, formado
e remodelado pelas forças que está sujeito e que representa,
aproximadamente, 15 a 20 % da nossa massa corporal
(ou peso corporal) (HALL, 2013).
CONSIDERAÇÕES ESQUELÉTICAS DO MOVIMENTO E DA COMPOSIÇÃO DO CORPO HUMANO

Composição óssea

A composição, a estrutura do tecido ósseo e a organização


estrutural do osso influenciam, de forma direta, as formas
como o osso responde aos estímulos mecânicos.
CONSIDERAÇÕES ESQUELÉTICAS DO MOVIMENTO E DA COMPOSIÇÃO DO CORPO HUMANO

Composição óssea
Composição óssea
Em relação a estrutura do tecido ósseo, podemos destacar:
• Substância mineral (material
inorgânico – denominado de osso
cortical) – composto por cálcio e
fosfato, representa de 65 a 70% do
peso líquido do osso. O osso cortical
tem baixa porosidade (5 a 30% do
volume), isso significa que contém
pequena quantidade de poros ou
cavidades e menor proporção de
fosfato de cálcio e de carbonato de
cálcio. Assim, é mais rígido, suporta
maiores tensões e menores
deformações.
Composição óssea

• Tecido trabecular (material orgânico –


denominado de osso esponjoso) –
composto por colágeno, representa de
25% a 30% do peso líquido do osso. O osso
esponjoso tem alta porosidade (30 a 90%
do volume), é menos rígido, suporta
menores tensões e maiores deformações.
A maioria dos ossos do corpo humano tem as camadas
externas compostas de osso cortical e osso esponjoso no
interior. O osso resiste de maneira diversa às cargas aplicadas
em diferentes direções. O osso esponjoso é 25% menos
denso, 5 a 10% menos rígido e cinco vezes mais flexível do
que o osso cortical.
Podemos destacar que o periósteo é
uma membrana dupla que recobre o
osso.
As epífises (proximal e distal) são
discos cartilaginosos encontrados
próximo das extremidades dos ossos
longos.
A parte diafisária (central) produz,
continuamente, novas células ósseas
(HALL, 2013).
Tipos de ossos

LONGOS
CHATOS OU PLANOS
CURTOS
IRREGULARES
SESAMÓIDES
Ossos longos:

Ex. fêmur, úmero, rádio,


ulna, fíbula, falanges
Ex. Ossos do crânio, como o
parietal, frontal, occipital,
escápula e os ossos do
quadril.
Osso curto:
É aquele que apresenta equivalência das três dimensões. Os ossos do carpo e do
tarso.
Existem ossos que não podem ser classificados
em nenhum dos tipos descritos anteriormente,
são colocados dentro de uma das categorias
seguintes:
Osso irregular:
• Apresenta uma morfologia
complexa que não encontra
correspondência em formas
geométricas conhecidas

Osso temporal
Osso pneumático:
Apresenta uma ou mais cavidades de volume variável,
revestidas de mucosa e contendo ar. Estas cavidades
recebem o nome de sinus ou seio. Estão situados no
crânio: frontal, maxilar, temporal, etmóide e esfenóide.
RELEMBRANDO...
ossos
Membro Superior = 32 cada
É clássico admitir o número de 206 ossos.
Cíngulo = 2
Cabeça = 22
Braço = 1
Crânio = 08
Face = 14 Antebraço = 2
Pescoço = 8 Mão = 27

Tórax = 37 Membro Inferior = 31 cada


24 costelas
Cíngulo = 1
12 vértebras
1 esterno Coxa = 1
Abdômen = 7 Joelho = 1
5 vértebras lombares
1 sacro Perna = 2
1 cóccix Pé = 26

Ossículos do Ouvido Médio = 3 cada


Processo de Formação,
Crescimento Ósseo e Cargas Mecânicas
O crescimento ósseo começa na vida fetal, mas o osso
vivo se modifica, continuamente, ao longo da vida. Muitas
mudanças representam o crescimento normal e a maturação
do osso.
O crescimento longitudinal ocorre nas epífises, discos
cartilaginosos encontrados próximos às extremidades dos
ossos. O lado diafisário (central) de cada epífise produz,
continuamente, novas células ósseas.
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Funções dos Ossos

Funções mecânicas:
• Suporte para o corpo contra forças externas.
• Age como um sistema de alavanca para transferir força.
• Proteção para os órgãos internos.

Funções fisiológicas:
• Formar células sanguíneas (hemopoiese).
• Armazenar cálcio (homeostase mineral).
AS ADAPTAÇÕES QUE PODEM OCORRER
NO TECIDO ÓSSEO

• Lei do uso e desuso: a Lei de Wolff indica que a força óssea


aumenta ou diminui conforme as forças funcionais sobre o
osso aumentam ou diminuem.

Os ossos adultos ganham ou perdem massa, quando a


sobrecarga de um osso excede um dado limiar, um novo osso
é formado nos locais de sobrecarga e a massa total e a
densidade ósseas são aumentadas.
Propriedades Biomecânicas do Osso

• As mudanças na densidade
do osso são, comumente,
observadas depois dos
períodos de desuso e de uso
intenso.

• As mudanças na forma do
osso são notadas durante a
recuperação de fraturas e
após cirurgias.
TENSÃO (ESTRESSE MECÂNICO)

Caracteriza-se tensão como a


força aplicada no osso por
unidade de área. A mesma
força, quando aplicada em
ossos com diferentes secções
transversais, pode produzir
diferentes tensões.
CARGAS TRAUMÁTICAS E REPETITIVAS

Uma carga traumática é aquela


de grande magnitude que
aplicada uma única vez é
suficiente para causar lesão
(fratura traumática).
A carga repetitiva, por sua vez, é
de pequena magnitude e
quando aplicada, uma única vez,
não é suficiente para causar
lesão, mas aplicada,
repetidamente, sim (fratura
por fadiga, fratura de stress).
CARGAS MECÂNICAS SOBRE OS OSSOS

O comportamento biomecânico
do osso, ou seja, seu
comportamento sob influências
de forças e momentos, é
afetado por suas propriedades
mecânicas; características
geométricas; intensidade; razão
e o modo como as cargas são
aplicadas (direção e a
frequência). Os tipos de carga
mecânicas que afetam os ossos
são:
Compressão

A compressão pode ser entendida


como um aperto.
Esse tipo de força é necessário para
o desenvolvimento e crescimento
do osso. É um tipo de carga que,
atuando, axialmente, sobre um
osso, causa encurtamento e
alargamento. Quanto maior a carga
de compressão, mais tecido deve
ter o osso para suportá-la, por
exemplo, as vértebras lombares e
os ossos dos membros inferiores.
Uma força compressiva, em
excesso, pode ocasionar fratura.
Tração

A tração é o oposto da
compressão. É um tipo de
carga que, atuando
axialmente sobre um osso,
faz o osso se alongar e
estreitar, como o indivíduo
suspenso, em uma barra, e o
carregamento de peso.
Cisalhamento

Cisalhamento é um tipo de
carga que tende a provocar
um deslizamento (ou
deslocamento) de uma parte
de um osso sobre a outra (ou
de um osso sobre o outro).
Torção

É um tipo de carga que tende


a “torcer um osso”, é uma
força rotativa, e acontece
quando uma força tende a
girar um osso em torno do
seu eixo longitudinal, estando
uma de suas extremidades
fixas (ou impedida de girar
livremente).
Flexão

Um osso pode ser deformado


devido á força de
curvamento. Quando isso
ocorre, de um lado se
formará uma convexidade
com forças tensivas e do
outro se formará uma
concavidade com forças
compressivas.
MUDANÇAS DEGENERATIVAS ASSOCIADAS AO
ENVELHECIMENTO

A literatura aponta que, por volta dos 21 anos, ocorre um


pico de produção de massa óssea. O envelhecimento promove
uma perda progressiva da densidade óssea com o
processo do envelhecimento.
As trabéculas longitudinais tornam-se mais finas e algumas
são reabsorvidas.
Tem-se também a redução do osso esponjoso e o afinamento
do osso cortical, nesse processo, a massa óssea pode ser
reduzida até 50% da massa trabecular (esponjoso) original e
até 25% da massa cortical (HALL, 2013).
Osteoporose

Perda excessiva de componente mineral e da resistência do


osso, observada na maioria dos indivíduos idosos,
principalmente, mulheres. Cerca de 90% das fraturas, após os
60 anos, relacionam-se à osteoporose.
Estudos demonstram que a atividade física regular tende a
aumentar a mineralização óssea em indivíduos com
osteoporose (HALL, 2013).
Os programas de atividades físicas para esses indivíduos
devem ser feitos com cuidado para minimizar os riscos de
fraturas.
Osteoporose
Causas :
- Produção excessiva de Paratormônio (Glând. Paratireóides)
estimula o aumento do número de osteoclastos.
- Deficiência de vitamina A
desequilibra a atividade de osteoblastos e osteoclastos.
- Carência de vitamina C
prejudica a síntese de colágeno.
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Unidade 2
CONSIDERAÇÕES ESQUELÉTICAS DO MOVIMENTO E DA
COMPOSIÇÃO DO CORPO HUMANO
CONSIDERAÇÕES ESQUELÉTICAS DO MOVIMENTO E
DA COMPOSIÇÃO DO CORPO HUMANO

Sistema articular
Objetivos de Aprendizagem

• Identificar a arquitetura das articulações e a classificação


quanto à forma e ao número de eixos articulares.
conceito

“ O conjunto de
estruturas diretamente
ligadas na união e
proteção de dois
extremos ósseos
adjacentes em seus
pontos de encontro”
Função

➢Movimentos

➢ Manutenção da
Postura

➢ Proteção de Órgãos

➢ Crescimento dos
Ossos Longos

➢ Amortecedor Contra
Choques
CLASSIFICAÇÃO

➢ Quanto à Natureza do Tecido Interposto:

• Fibrosas: Tecido Conjuntivo Fibroso – Quase Imóveis

• Cartilagíneas: Tecido Cartilaginoso – Semimóveis

• Sinoviais: Cavidade Articular e Líquido Sinovial –


Livremente Móveis
CARTILAGÍNEA
FIBROSA SINOVIAL
Sindesmose

Artic. Rádio-ulnar
ARTICULAÇÕES CARTILAGÍNEAS
➢ Sincondrose
➢ Sínfise

Sincondrose Sínfise Sínfise


ARTICULAÇÕES SINOVIAIS

➢ Superfícies Articulares
➢ Cartilagem articular
➢ Cápsula Articular
➢ Ligamentos
➢ Membrana Sinovial
➢ Cavidade Articular
➢ Líquido Sinovial
➢ Disco, Menisco, Orla ou Lábio
ARTICULAÇÕES SINOVIAIS

Classificação:

➢ Quanto ao Número de Superfícies Articulares

•Simples – 2 ossos
• Compostas – mais de 2 ossos
• Complexas – Menisco ou disco articular

➢ Quanto ao Número de Eixos de Movimento

•Não Axial
• Uniaxial
• Biaxial
• Triaxial ou Multiaxial
ARTICULAÇÕES SINOVIAIS

Classificação:

➢ Quanto a Forma Geométrica das Superfícies Articulares

•Plana
• Gínglimo (dobradiça)
• Condilar
• Trocóide (em pivô)
• Elipsóide
• Selar
• Esférica
ARTICULAÇÃO SINOVIAL PLANA

➢ Superfícies Articulares Plana – Ex: Ossos do


Carpo, Tarso
➢ Movimentos de Deslizamentos
➢ Não Axiais
ARTICULAÇÃO SINOVIAL GÍNGLIMO
Superfícies Articulares em forma de segmentos de
um cilindro (carretel) – Ex: Falanges
➢ Movimentos em torno do Eixo Transverso – Flexão
e Extensão
➢ Uniaxial – Eixo maior do cilindro
ARTICULAÇÃO SINOVIAL CONDILAR

Superfícies Articulares em forma de Côndilos – Ex:


Joelho
➢ Movimentos em tornos dos Eixos Transverso e
Longitudinal – Flexão e Extensão e Rotação Interna
e Externa.
➢ Biaxial
ARTICULAÇÃO SINOVIAL TROCÓIDE

Superfícies Articulares Cilíndricas – Ex: Rádio-Ulnar.


➢ Movimentos em torno do Eixo Longitudinal
➢Uniaxial
ARTICULAÇÃO SINOVIAL ELIPSÓIDE

Superfícies Articulares em forma de segmentos de


uma Elípse (Cheio – Vazio) - Ex: Rádiocápica
➢ Movimentos em torno dos Eixos Transverso e
Sagital – Flexão e Extensão e Abdução e Adução.
➢Biaxial
ARTICULAÇÃO SINOVIAL SELAR

Superfícies Articulares em forma de Sela de


Montaria - Ex: Carpometacápica do 1o dedo.
➢ Movimentos em torno dos Eixos Transverso e
Sagital – Flexão e Extensão e Abdução e Adução.
➢Biaxial
ARTICULAÇÃO SINOVIAL ESFÉRICA
Superfícies Articulares em forma de segmentos de
uma Esfera- Ex: Ombro e Quadril.
➢ Movimentos em torno dos Eixos Transverso,
Sagital e Longitudinal – Flexão e Extensão,
Abdução e Adução e Rotação Interna e Externa.
➢Triaxial

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