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TAREFA DE FRATURA

1. O que significa reduzir uma fratura? Quais são os tipos de redução?


Redução é a manipulação dos fragmentos da fratura com a finalidade de alinhá-
los em uma posição compatível com a função e estética.
Tipos: Redução aberta ou cruenta – abre, identifica osso e reduz a fratura sob
visualização direta e redução fechada ou incruenta - por manipulação.

2. Como ocorre o processo de consolidação óssea?


Fase hemorrágica – Se inicia com a ruptura da rede vascular e com acúmulo de
sangue ao redor do foco de fratura, formando o hematoma.
Fase inflamatória – Caracteriza-se pela presença de exsudato serofibroso. Ocorre
a infiltração de leucócitos, monócitos, macrófagos e mastócitos; com objetivo de
remoção do coágulo e dos restos celulares. Ao mesmo tempo os osteoclastos
iniciam a absorção do osso necrótico.
Fase do calo fibroso ou mole– Ocorre intensa atividade dos osteoblastos e
condroblastos. Os osteoblastos depositam componente orgânico não
mineralizado (tecido osteóide) no foco da fratura. Ao mesmo tempo há formação
de tecido cartilaginoso que se prolifera.
Fase do calo ósseo ou duro – Ocorre a mineralização do tecido osteóide. O
tecido ósseo já formado ainda é imaturo.
Fase de remodelagem – Substituição do tecido ósseo imaturo por tecido ósseo
maduro. Neste estágio, ocorre regularidade na distribuição das fibras da matriz,
seguindo as orientações das linhas de força.

3. Quais são as possíveis complicações das fraturas?


Fase aguda: lesões vasculonervosas, hemorragia excessiva, síndrome
compartimental.
Fase intermediária: infecção, perda de redução, falência ou escape do implante.
Fase tardia: não consolidação, consolidação viciosa, refratura, síndrome da dor
complexa regional.

4. Quais as indicações de tratamento conservador?


Fraturas incompletas ou sem desvios
Fraturas fechadas diafisárias e metafisárias nas crianças
Fraturas diafisárias de tíbia do adulto sem desvio
Fraturas de coluna vertebral sem instabilidade ou sem grande achatamento
Fratura de Colles clássica

5. Quais as indicações de tratamento cirúrgico?


Fraturas expostas
Fraturas em que não se consegue redução adequada
Fraturas com atraso de consolidação
Fraturas diafisárias do fêmur, transtrocantéricas ou do colo do fêmur
Fraturas diafisárias de tíbia do adulto com desvio
Fraturas associadas a lesões vasculonervosas
Fraturas intraarticulares com desvio
Fraturas envolvendo a cartilagem de crescimento da criança
Fraturas patológicas em lesões malignas
Fraturas em torno do joelho e tornozelo
6. Quais os efeitos colaterais da imobilização?
Edema, atrofia, rigidez articular e osteopenia/osteoporose.

7. Quais os tipos de estabilidade e suas diferenças?


Estabilidade relativa, tratamento conservador, permite movimentos controlados no
foco de fratura formando uma consolidação secundária por calo ósseo. Estabilidade
absoluta, tratamento cirúrgico, tem ausência de movimentos no foco da fratura
promovendo uma consolidação primária.)

8. Quais são os princípios da osteossíntese?


Tutor – utilização de métodos que garantam o alinhamento e imobilização
adequada dos fragmentos ósseos, com o objetivo de que existam movimentos
controlados no foco de fratura, propiciando a formação do calo ósseo. Ex: hastes
intramedulares, fixadores externos e placas aplicadas em ponte.
Compressão interfragmentária: a compressão entre os fragmentos ósseos é capaz
de promover a consolidação óssea sem a formação de calo ósseo externo. Pré
requisitos para utilizar este princípio: redução anatômica do foco de fratura, bom
aporte vascular nos extremos fraturados e contato perfeito entre as superfícies
dos fragmentos ósseos.

9. Quais as classificações de fraturas expostas e suas diferenças?


Classificação de Gustilo. Grau I, fratura com ferida menor de 1cm, baixa
contaminação. Grau II, ferimento maior que 1cm, discreta lesão de tecidos
moles, com pouca cominuição. Grau III, ferimentos extensos, sinal de
esmagamento, fraturas cominuídas. IIIA, grande contaminação, com cobertura
óssea. IIIB, grande contaminação, necessidade de reconstrução de partes moles.
IIIC, lesão vascular com necessidade de reparo.

10. Quais objetivos do tratamento e como se dá o atendimento pré e intra hospitalar?


Objetiva-se prevenir infecções, restaurar a anatomia e reestabelecer o
funcionamento do membro. Pré-hospitalar, necessita-se realizar a imobilização
da fratura e colocação de curativo estéril. Intra-hospitalar, prevenir
contaminação fazendo desbridamento em centro cirúrgico, alinhar e imobilizar a
fratura e antibioticoterapia.

11. Quais são os critérios para se avaliar a viabilidade muscular?


Deve-se atentar para a contratilidade, a consistência, a coloração e se o músculo
sangra.

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