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Na primeira aula dia 07/03 a qual acompanhamos o caso, a égua estava com gesso
no membro pélvico esquerdo, o qual auxiliamos na retirada do mesmo,
posteriormente no dia 07/03 auxiliamos nos curativos e limpeza da ferida sob
orientação dos médicos veterinários residentes do Equine Hospital Veterinário.
DISCUSSÃO
Após 15 dias de cirurgia o gesso foi retirado e observou-se necrose tecidual por
isquemia de metatarso até falange, com consequente desprendimento do casco. De
acordo com Smith (1993) “a isquemia tem profundos efeitos funcionais e
morfológicos sobre o músculo” (pag. 1328). As fibras musculares afetadas perdem a
capacidade de contração após a isquemia e na sequencia ocorrem diversas
alterações nos componentes intracelulares. Tais alterações dependem do tempo de
duração e da extensão da isquemia. Isquemia de breve duração (minutos a horas)
apresentam alterações degenerativas menos graves, tendo melhor capacidade de
regeneração do que os músculos afetados por muitas horas.
A mionecrose observada pode ser explicada pelo que Smith (1993) intitula de
síndrome do esmagamento muscular, que geralmente é causada por traumatismo
acidental agudo, onde há inicialmente uma laceração no músculo, que leva a edema
e inflamação, contribuindo para o aumento das alterações degenerativas do tecido.
Por 4 dias foi realizada limpeza com Clorexidina como método de antissepsia e
debridamento da ferida a fim de retirar tecidos necrosados. Em seguida fez-se uso
de óleo de girassol ozonizado, por sua propriedade germicida e por auxiliar no
processo de regeneração e cicatrização. Por fim, antes do curativo, foi passado
açúcar do tipo cristal, que auxilia o tecido de granulação local, desaparecimento da
secreção purulenta e formação de tecido cicatricial, além de ser antimicrobiano e
inibidor do crescimento de bactérias gram positivas e gram negativas. (Haddad M.C.
e Colaboradoras, 1983)
Após a retirada do gesso, no 4º observou-se que havia apenas uma fina camada de
pele que ligava as falanges ao metatarso. Este tecido foi seccionado, realizando
amputação das falanges e para que a égua pudesse apoiar o membro no chão ao se
locomover, após o curativo foi colocada uma prótese confeccionada de calha de
cano plástico cortado ao meio e acolchoado com algodão, como recomenda
Thomassian (2005).
CONCLUSÃO
O animal citado acima foi submetido a cirurgia de reconstrução óssea, onde obteve
sucesso na cirurgia, porém obteve complicações no seu pós cirúrgico, onde foi
observado a necrose tecidual por isquemia na região metacarpiana e falange. Sendo
assim foi realizado curativos para tratamento da ferida, somado a antibioticoterapia
com Cefalosporina e anti-inflamatório com Firocoxibe. Porém não tivemos uma
conclusão concreta do caso devido o animal ainda estar em tratamento.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HADDAD M.C. e Colaboradoras. Uso do Açúcar nas Feridas Infectadas. Disponível
em:https://www.scielo.br/j/reben/a/HrMTLwQxCxjDYhdhYdZ96Nr/?
format=pdf&lang=pt. Acesso em: 23 de Março de 2023.
MILORI, F.P et al. Placas ósseas confeccionadas a partir de diáfise cortical equina
na osteossíntese femoral em coelhos. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/pvb/a/Ldms6XHd9J6PVNxbN3MQ3pd/?lang=pt#. Acesso em:
23 de Março de 2023.