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FINAMA

Aluno: Derik Barbosa


Turma: ON2115

1. Os cistos dentígeros e ceratocisto odontogênico eventualmente podem


demonstrar aspectos radiográficos semelhantes, além do aspecto histológico quais
pontos clínicos, radiográficos e manobras diagnósticas podemos lançar mão para
diferencia-los?

Para diferenciar os dois tipos de cistos o cirurgião dentista por considerar:


Características Clínicas: Os ceratocistos odontogênicos tendem a ser maiores que os cistos
dentígeros. Os cistos dentígero podem estar associados a expansão óssea indolor do osso
envolvido e assimetria facial; já o ceratocistos odontogênicos não.
Localização: Os cistos dentígeros são mais comuns na região dos terceiros molares e pré-
molares, enquanto os ceratocistos odontogênicos são mais comuns na região de caninos e
incisivos superiores.
Características Radiográficas: Os cistos dentígero são processos macroscópicos e
histopatologicamente uniloculares ; já os ceratocistos odontogênicos em cistos grandes
podem se apresentar multiloculares.
Forma: Os ceratocistos odontogênicos têm uma forma mais regular e definida, enquanto os
cistos dentais são mais irregulares e frequentemente associados a dentes impactados.
Recidiva: Os ceratocistos odontogênicos têm alta taxa de recidiva, enquanto que nos cistos
dentígero são raras .
Apesar dos aspectos radiográficos semelhantes, existem diferenças clínicas e radiográficas
que podem ser usadas para distinguir essas lesões, além da avaliação histopatológica.

02) Ceratocistos odontogênicos mesmo quando alcançam grandes proporções tendem a


não produzir grandes aumentos de volumes, explique por que isso ocorre?

R: Os ceratocistos odontogênicos, mesmo quando atingem grandes proporções, tendem a


não produzir grandes aumentos de volumes devido às suas paredes fibrosas densas e
espessas, que limitam a sua expansão.
Ele apresenta um crescimento em direção ântero-posterior dentro da cavidade medular do
osso sem gerar expansão óssea.
Em resumo, os ceratocistos odontogênicos tendem a não produzir grandes aumentos de
volumes, mesmo quando atingem grandes proporções, devido à sua parede fibrosa densa e
espessa, que limita a expansão da lesão. Essa característica estrutural pode ser útil para o
diagnóstico e tratamento dessa lesão.

03) Os cistos odontogênicos podem possuir natureza inflamatória, um exemplo clássico


são os cistos radiculares e residuais, comente sobre o ciclo de desenvolvimento dessas
lesões e as diferenças entre si.

R: O cisto radicular se desenvolve enquanto o quadro inflamatório crônico persiste. Na


medida em que ocorre a proliferação epitelial, as células epiteliais centrais sofrem necrose
por falta de nutrientes, formando uma cavidade com conteúdo fluido em seu interior. O
conteúdo proteico do fluido é aumentado conforme as células epiteliais se descamam para
o interior do lúmen cístico. Na tentativa de equilibrar a pressão osmótica, há entrada de
líquido para o lúmen, resultando no crescimento do cisto, que de forma lenta, pressiona e
reabsorve o tecido ósseo circunjacente.
O cisto residual é resultante da proliferação dos restos epiteliais de Malassez em
decorrência de processo inflamatório por necrose pulpar em que houve curetagem
inadequada após exodontia, correspondendo ao terceiro tipo mais comum de cisto
odontogênico. A lesão normalmente é assintomática, podendo assumir dimensões que
levam a expansão de corticais ósseas e consequentes fraturas patológicas. Porém, em
casos raros pode se tornar sintomático, devido a infecção secundária.

As diferenças entre essas duas lesões incluem sua origem e localização. O cisto radicular é
uma lesão que se desenvolve a partir da bainha epitelial de Hertwig e está localizado na
região periapical, enquanto o cisto residual se desenvolve a partir de restos de epitélio
odontogênico deixados após a transmissão do dente e está localizado no osso alveolar.
04) Caso Clínico- Recém nascido sexo feminino apresenta pequenos nódulos com cerca de
2mm em seu maior diâmetro de coloração esbranquiçada em região de rafe palatina. Qual
diagnóstico mais assertivo e quais orientações deverão ser dadas aos pais da criança ?

O diagnóstico mais assertivo para o caso descrito seria o de Pérolas de Epstein, que são
pequenas formações de tecido conjuntivo na região de rafe palatina de recém-nascidos.
Essas formações são comuns e benignas, e geralmente desaparecem naturalmente após
algumas semanas ou meses.
As orientações que devem ser dadas aos pais da criança incluem informar que essa é uma
condição benigna e que não requer tratamento. É importante ressaltar que não é necessário
manipular as Pérolas de Epstein ou tentar removê-las, já que isso pode causar dor e
desconforto à criança e aumentar o risco de infecção.
Os pais também devem ser orientados a manter uma boa higiene bucal da criança, evitando
o uso de chupetas e mamadeiras que podem causar irritação na região das Pérolas de
Epstein. Caso os nódulos apresentem acompanhamento ou sejam acompanhados de outros
médicos, os pais devem buscar orientação médica.

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