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TÉTANO

Profa. Má rcia A . S.
Pereira
DEFIN IÇÃO

• O té tano é definido como uma intoxicaçã o do sistema nervoso central (SNC)


causada pela exotoxina do bacilo anaeró bico Clostridium tetani.

• O té tano é caracterizado por persistente espasmo tô nico, com


violentas
exacerbaçõ es rá pidas.

• Os principais fatores de risco sã o lesõ es com quebra da barreira da


pele propiciando a entrada de sujidade ou presença de tecido
desvitalizado em um indivíduo nã o imunizado adequadamente.
EPIDEMIOLOGIA

• Cerca de um milhã o de casos de té tano ocorrem por ano no mundo,


sugerindo uma incidê ncia de 18 por 100.000 pessoas por ano.

O maior fator associado à endemia do té tano é a


falta de vacinaçã o e a vacinaçã o incompleta na
populaçã o de risco.
EPIDEMIOLOGIA

• O té tano neonatal é responsá vel por cerca de metade dos casos de


té tano em todo o mundo e tem uma mortalidade de 60-90%.

• Há uma grande variaçã o geográ fica na incidê ncia e mortalidade na


forma neonatal da doença, apresentando uma relaçã o inversa entre a
extensã o da imunizaçã o materna e a incidê ncia.
ETIOLOGIA

• O té tano é causado pelo Clostridium tetani, um bacilo anaeró bico,


Gram-positivo, cujo organismo, em sua fase madura, perde os flagelos
e forma um esporo terminal.
• É sensível ao calor e nã o sobrevive na presença de oxigê nio
ETIOLOGIA

• Os esporos sã o resistentes a extremos de temperatura, umidade e


tensã o de oxigê nio, podendo sobreviver indefinidamente. Os esporos
podem ser isolados nas fezes de muitos animais e no solo.

Dessa maneira, qualquer quebra nas


defesas da pele, como, por exemplo,
queimaduras, feridas, mordidas de
animais e humanos e mesmo insetos
pode permitir a inoculaçã o de esporos
ETIOLOGIA

• As portas de entrada mais comuns


• os membros inferiores;
• infecçõ es uterinas pó s-parto e pó s-aborto;
• injeçõ es intramusculares nã o-esté reis

• O té tano també m tem sido relatado apó s injeçõ es intravenosas,


colocaçã o de piercing e infecçõ es crô nicas.
PATOGENIA

Em condiçõ es de anaerobiose em tecidos infectados e necrosados, o


bacilo encontra as condiçõ es ideais para secretar duas toxinas.

 Uma tem a capacidade de causar dano local a tecidos sadios para


otimizar as condiçõ es locais de multiplicaçã o bacteriana.

 A segunda desencadeia a síndrome clínica do té tano.


FISIOPATOLOGIA
M A N I F E STAÇÕ E S CLÍNICAS

• A toxina age na medula espinhal, no tecido cerebral, nos nervos perifé -


ricos, nas junçõ es neuromusculares e diretamente nos mú sculos.

• Os sintomas clínicos iniciam apó s um período mé dio de incubação de


três a dez dias
M A N I F E STAÇÕ E S CLÍNICAS

• No té tano acidental , o tempo de incubaçã o é de 24 a 72 horas, e de


12 a 24 horas, no té tano neonatal.
• Nesse período, observam-se as manifestaçõ es neuroló gicas da toxina
tetâ nica.
• Na forma generalizada, incluindo a forma neonatal, o paciente torna-se
agitado, pode apresentar cefaleia, dores musculares e rigidez
muscular
M A N I F E STAÇÕ E S CLÍNICAS

• O pescoço e a mandíbula sã o afetados precocemente,


• Dificuldade de deglutiçã o, disfagia
• A hipertonia de grupos musculares: espasmo dos mú sculos
faciais, opistó tono, rigidez abdominal em tá bua e rigidez de nuca.
• Espasmos generalizados sem perda de consciê ncia extremamente
dolorosos.
• Comprometimento respirató rio.
M A N I F E STAÇÕ E S CLÍNICAS

• Té tano choro constante, irritabilidade, trismo, rigidez de


Neonatal:
nuca, de tronco e de abdomen, sudorese e taquicardia. Hipertonia
generalizada, opistó tono, contraturas da musculatura intercostal
(dispneia). Contratura da musculatura da mímica com olhos cerrados,
testa pregueada e lá bios em U. Pode haver febre discreta. Os espasmos
ocorrem com estímulos sensoriais ou de forma espontâ nea.
TÉTANO NEO NATAL
• O té tano neonatal (tetanus neonatorum ou “mal de sete dias”)é uma
forma generalizada, secundá ria à contaminaçã o do cordã o umbilical
por cuidados inadequados e ocorre em crianças cujas mã es nã o sã o
imunizadas

• O bebê apresenta dificuldade de sucçã o,


surgindo, apó s, trismo e disfagia.
• Os membros superiores ficam em hiperflexã o,
junto ao tó rax, com as mã os em flexã o forçada.
PROGNÓSTICO

• Relacionado à gravidade da doença, idade do paciente e


complica-
çõ es associadas.

• A porta de entrada é outro fator importante no prognó stico: as


queimaduras, a infecçã o de cordã o umbilical os procedimentos
cirú rgicos, as fraturas, o aborto sé ptico e as injeçõ es intramusculares
estã o associadas a uma menor chance de recuperaçã o.
DIAGNÓST I C O

•O diagnó stico é exclusivamente clínico, sendo que exames


laboratoriais sã o utilizados para excluir outros
diagnó sticos ou
determinar a imunidade.

• Quando mais precoce o diagnostico maior a chance de sobrevida


e de
minimizar as complicaçõ es.
TRATAMENTO

• Manutençã o da via aé rea; •O paciente com té tano


• Neutralizaçã o da toxina; generalizado necessita de
cuidados intensivo devido à
• Controle dos espasmos e
necessidade de anestesia geral
contraturas;
com ventilaçã o mecâ nica
• Controle da disfunçã o prolongada e de medicaçõ es
autonô mica; tituladas
• Nutriçã o.
TRATAMENTO

• MANUTEN Ç Ã O DE VIAS AÉREAS


• O frequente envolvimento da musculatura respirató ria faz mandató ria
a manutençã o de cuidados especiais com a via aé rea pé rvia.

• IDE NT IFIC AÇ ÃO DA PORTA DE ENTRADA


• Devemos localizar a porta de entrada e, se houver indicaçã o cirú rgica,
fazer o desbridamento apó s o controle das contraturas
TRATAMENTO

• A I M U N I Z AÇÃO PASSIVA
• Realizada com a imunoglobulina humana (ou equina), que deve
ser administrada o mais rá pido possível para bloquear a toxina
circulante., por via intramuscular

• I MU NI ZAÇÃO ATIVA
• Em adiçã o à imunizaçã o passiva, a vacinaçã o ativa com o toxó ide
tetâ nico precisa ser administrada a todos os pacientes.
TRATAMENTO

• C O N T RO L E DOS ESPASMOS

• Os benzodiazepínicos sã o os melhores agentes para diminuir a


espasticidade e produzirem relaxamento da musculatura. Os fá rmacos
desse grupo usados sã o diazepam, clonazepam e midazolam.
MEDIDAS G E R A I S

• Cuidados com via aé rea, fisioterapia respirató ria e aspiraçã o


a sã o necessá rios para evitar
traqueal rias,
ventilató regular
como complicaçõ
atelectasiasese pneumonia, principalmente pelo
aumento da produçã o de secreçã o respirató ria que ocorre no té tano.
PROFILAXIA
PROFILAXIA

• Notificaçã o/investigaçã o
• Avaliar cobertura vacinal
• Intensificar vacinaçã o
• Educaçã o em saú de
• Pré -natal
• Vacinaçã o das gestantes
• Parto seguro

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