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TÉTANO

(Aluna: Sílvia Helena)


DEFINIÇÃO:
• doença infecciosa causada pelo Clostridium tetani, que penetra no
organismo através de ferimentos na pele e cuja toxina age sobre o sistema
nervoso central, provocando contraturas musculares, esp. trismo e
opistótono.
TRANSMISSÃO:
• Ocorre pela introdução dos esporos da bactéria em ferimentos externos, geralmente
perfurantes, contaminados com terra, poeira, fezes de animais ou humanas. Isso porque o
bacilo se encontra no intestino dos animais, especialmente do cavalo e do homem (sem causar
doença) e os esporos podem estar presentes tanto em solos contaminados por fezes ou com
esterco, como na pele ou na poeira das ruas, por exemplo. Queimaduras e tecidos necrosados
também são uma porta de entrada, o que favorece o desenvolvimento da bactéria. Não apenas
pregos e cercas enferrujados podem provocar a doença: a bactéria do tétano pode ser
encontrada nos mais diversos ambientes. Já a transmissão do tétano neonatal, também
chamado de “mal de sete dias”, ocorre pela contaminação do coto umbilical por esporos do
bacilo tetânico, que podem estar presentes em instrumentos sujos utilizados para cortar o
cordão umbilical ou em substâncias pouco higiênicas .
SINAIS E SINTOMAS:
• O tétano é uma infecção aguda e grave, causada pela toxina do bacilo tetânico (Clostridium
tetani), que entra no organismo através de ferimentos ou lesões de pele e não é transmitido de
um indivíduo para o outro. O tétano decorrente de acidentes se manifesta por aumento da
tensão muscular geral. Quando os músculos do pescoço são atingidos, há dificuldade de
deglutição. No caso de contratura muscular generalizada e rigidez muscular progressiva, são
atingidos os músculos reto-abdominais e os do diafragma, o que leva à insuficiência
respiratória. O doente pode sofrer de crises de contraturas, geralmente desencadeadas por
estímulos luminosos, sonoros ou manipulação da pessoa, podendo levar à morte. Já o tétano
neonatal é decorrente da contaminação do cordão umbilical em recém-nascido (criança com
até 28 dias de vida). Neste caso, o sistema nervoso é afetado e o tétano provoca fortes dores,
fazendo com que a criança tenha contrações, chore bastante e sinta dificuldade para mamar.
TRATAMENTO MÉDICO:
• O doente deve ser internado em unidade assistencial apropriada, com
mínimo de ruído, de luminosidade, com temperatura estável e agradável.
Casos graves têm indicação de terapia intensiva, onde existe suporte
técnico necessário ao seu manejo e das complicações, com conseqüente
redução das seqüelas e da letalidade. São de fundamental importância os
cuidados dispensados pela equipe médica e de enfermagem experientes no
atendimento a esse tipo de enfermidade.
TRATAMENTO MÉDICO:
• Eliminação do C. tetani do foco da infecção - a penicilina G cristalina (adultos 200.000
UI/doses, crianças 50.000 a 100.000 UI/Kg/dia) é o antibiótico de escolha, ou o
metronidazol (adultos 500 mg, crianças 7,5 mg), usado como alternativa.
• Debridamento do foco infeccioso – limpar o ferimento suspeito com soro fisiológico ou
água e sabão. Realizar o debridamento, retirando todo o tecido desvitalizado e corpos
estranhos. Após a remoção das condições suspeitas, fazer limpeza com água oxigenada ou
solução anticéptica (álcool a 70%, clorexidina, permanganato de potássio a 1:5. 000).
Ferimentos puntiformes e profundos devem ser abertos em cruz e lavados generosamente
com soluções oxidantes. Não há comprovação de eficácia do uso de penicilina benzatina,
na profilaxia do tétano acidental, nas infecções cutâneas.
TRATAMENTO MÉDICO:
• Os princípios básicos do tratamento do tétano são:
• Sedação do paciente - O relaxamento muscular é o principal objetivo do tratamento do
tétano o qual visa permitir a ventilação, reduzir o estímulo doloroso e evitar a hipertonia
e espasmos. Recomenda-se a administração de benzodiazepínicos e miorrelaxantes.
• Neutralização da toxina tetânica - utiliza-se a imunoglobulina humana antitetânica
(IGHAT) 500 a 5.000UI, somente via IM (devido à existência de conservante) ou, na
indisponibilidade desta, o soro antitetânico (SAT) 10.000 a 20.000UI, IM distribuído em
duas massas musculares diferentes ou via endovenosa EV (diluir em soro glicosado a
5%, com gotejamento lento)
TRATAMENTO FISIOTERÁPICO:
• Tétano é uma doença toxigênica causada pela ação da tetanospamina produzida pelo Clostridium tetani. As
manifestações clínicas podem variar de acordo com o período de incubação e progressão da doença, isto é, existe
tendência a uma piora do prognóstico. O paciente apresenta dores musculares, geralment e a região cervical e o
masseter são inicialmente atingidos podend o causar trismo e rigidez de nuca, com generalização descendent e da
contratura, com períodos de exacerbação do tônus muscula r (espasmo). Quand o o paciente evolui com espasmos
musculare s e comprometimento da função respiratória, é submetido à intubação orotraqueal seguida de
traqueostomia. Devido à longa evolução da doença, alguns cuidados devem ser tomado s a fim de previnir
infecções secundárias tanto de ordem respiratória e urinaria, bem como cutâneas. A fisioterapia é parte integrante
da equipe multidisciplinar e atua na prevenção de úlceras de decúbito, deformidades articulares e ósteo-
musculares através de alongamentos globais e posicionamento no leito; além da prevenção e tratamento de
infecções respiratórias e atelectasias através de manobra s de desobstrução e higiene brônquica. Quant o a
ventilação mecânica, esta requer cuidados específicos pois há alterações na complacência da caixa torácica
devido a rigidez muscula r podend o ocasionar barotrauma e volutrauma.
FONTE BIBLIOGRÁFICA:
• www.revistas.usp.br › fpusp › article 
• http://www.saude.gov.br/artigos/941-saude-de-a-a-z/tetano-acidental/1147
4-tratamento
• https://www.bio.fiocruz.br/index.php/tetano-sintomas-transmissao-e-preve
ncao
TRATAMENTO MÉDICO:
• Medidas gerais de suporte - Internar o paciente, preferencialmente, em quarto individual   com redução
acústica, de luminosidade e temperatura adequada (semelhante à temperatura corporal). De acordo com a
gravidade, interná-lo em Unidade de Terapia Intensiva; instalar oxigênio, aparelhos de aspiração e de
suporte ventilatório;  manipular o paciente somente o necessário; garantir a assistência por equipe
multiprofissional e especializada; realizar punção venosa (profunda ou dissecção de veia); sedar o
paciente antes de qualquer procedimento; manter as vias aéreas permeáveis (se necessário, entubar, para
facilitar a aspiração de secreções); realizar a hidratação adequada; utilizar analgésico para aliviar a dor
ocasionada pela contratura muscular; administrar anti-histamínico antes do SAT (caso haja opção por esse
procedimento); utilizar heparina de baixo peso molecular (5.000UI, 12 em 12 horas, subcutânea), em
pacientes com risco de trombose venosa profunda e em idosos; no paciente sob sedação profunda, mudar
decúbito para prevenção de escaras e notificar o caso ao serviço de vigilância epidemiológica da
secretaria municipal de saúde.

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