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CERATITES

BACTERIANAS
FATORES DE RISCOS
Trauma corneano
Alterações palpebrais
Cirurgias corneanas prévias
Ceratite herpética em uso de corticóide
Olho seco severo
Conjuntivites bacterianas
Fator de risco principal
Lente de Contato: PRINCIPAL FATOR DE
RISCO ( ENCONTRADO EM 19 A 42%
DOS PACIENTES COM CERATITE
INFECCIOSA)
-L. C. USO PROLONGADO TEM 10 x
MAIS CHANCE DE DESENVOLVER
ULCERA DE CÓRNEA INFECTADA
QUE NAS L.C. DIÁRIAS
Fatores de Risco

Bactérias que penetram na córnea intacta:

Neisseria
Corynebacterium
Listeria
Shigela
Haemophilus
Quadro clínico
• SINTOMAS MAIS COMUNS:
• Dor ocular
• Fotofobia
• BAV de intensidade variável
• sensação de corpo estranho
Quadro clínico
• Deseptelização corneana de dimensões e
localizações variáveis
• Presença de infiltrados estromais de diferentes
padrões, edema estromal
• Bordos não bem delimitados
• Injeção conjuntival perilímbica
• Outros comemorativos: necrose estromal, anéis
imunológicos e hipópio com uveíte anterior
Bactérias mais encontradas
em ceratites:
• De acordo com o Depto de Oftalmologia
da EPM:
• GRAM + : ( S. aureus e epidermidis, S.
pneumoniae
• P. aeruginosa
Staphylococcus aureus
• infiltrado estromal com bordas bem delimitadas
• Coloração amarelo acinzentado
• aspecto cremoso
• evolução: aumento circunferencial e extensão
em profundidade; às vezes evoluiu para
rápida supuração com abscesso denso
• edema em volta da área envolvida
Streptococcus pneumoniae
• infiltrado nas camadas profundas
• dobras radiais de Descemet
• presença de placa inflamatória na superfície
corneana posterior
Pseudomonas aeruginosa

• usuários de LC e imunosuprimidos
• geralmente requer trauma corneano anterior
• rapidamente progressiva , evoluindo para
perfuração
• infiltrado em anel
• extensão para tecidos adjacentes
                                                     

               
Neisseria gonorrhoeae

• Conjuntivite prévia
• Hiperemia conjuntival
• Queomse
• Secreção abundante
• Erosão epitelial presente com infiltração estromal
• rápida necrose c/ perfuração
• endoftalmite
Marcadores de Gravidade:
• Lesões em eixo visual ou com alto risco de
acometimento central
• Ceratites maiores que 2 mm de extensão
• Pacientes imunosuprimidos
• Descementocele
• Ceratites refratarias ao tratamento inicial
• O tratamento está
correto?????
Critérios de boa evolução:
• Nitidez dos bordos da lesão
• Redução da extensão
• Redução da reação de câmara
anterior
• EM 7 DIAS DE TRATAMENTO
EFETIVO NÃO DEVERÁ EXISTIR
BACTÉRIAS VIÁVEIS

• A DURAÇÃO IDEAL DO
TRATAMENTO NÃO É
PADRONIZADA
• Se não for úlcera de
córnea bacteriana, o q
pode ser?????
Diagnóstico Diferencial de
Ceratite Bacteriana
• Fúngica(sinais sugestivos: lesões satélites,
aspecto seco da lesão
• Acanthamoeba (usuários de LC, piscinas,
sintomas desproporcionais aos achados
biomicroscópicos)
• Ceratite estromal herpética
• Úlcera catarral
QUANDO REALIZAR
INVESTIGAÇÃO
LABORATORIAL?
Investigação Laboratorial

• Realizar sempre que possível


• Confirmação da etiologia infecciosa
• Diagnóstico do agente causador
• Documentação para embasar a terapêutica
• Material retirado das bordas da lesão
• SUSPENDER A MEDICAÇÃO TÓPICA
24 A 48 HS ANTES DA COLHEITA
Investigação Laboratorial
• GRAM: Bactérias aeróbias e anaeróbias
• GIEMSA: investigação para Haemophilus, suspeita
de fungos, Acanthamoeba
• Culturas:
• Ágar sangue: aeróbios e facultativos anaeróbios ( exceção:
Haemophilus, Neisseria e Mycobacteria )
• Ágar chocolate: aeróbio e facultativos anaeróbios
Tioglicolato: aeróbios, anaeróbios facultativos e
anaeróbios aerotolerantes
• Ágar sabouraud: fungos
Tratamento
• Terapia específica pós identificação do
agente etiológico
• Terapia inespecífica :
• combinação terapêutica de primeira opção:
• Cefazolina Forte: atividade biocida tanto
sobre cocos Gram positivos quanto bacilos
Gram negativos. Staphylococcus (incluindo
os penicilinases resistentes), Streptococcus,
Meningococcus . Bacilos Gram negativos,
maioria das cepas de E. coli, K.
pneumoniae, P. mirabilis e algumas cepas
de Enterobacter aerogenes
Tobramicina Forte : boa atuação em
bacilos Gram negativos aeróbios e
facultativos, P. aeruginosa
Acinetobacter e Haemophylus. Entre os
cocos Gram positivos, Staphylococcus
sp, em geral, tem boa inibição pelos
aminoglicosídeos.

Vancomicina Forte e Amicacina Forte:


segunda linha
Tratamento- Opção
monoterapeutica:
• Fluoroquinolona : espectro
antimicrobiano que inclui grande parte
dos aeróbios Gram negativos e parte
dos Gram positivos; enterobactérias .
Pseudomonas aeruginosa,
Haemophylus influenzae ;cocos Gram
negativos, como a N. gonorrheae e
meningitidis e Moraxella catarrhalis
Terapêutica Sistêmica

• Não está indicada


• Exceções: envolvimento de esclera
• risco de envolvimento sistêmico,
como infecções meningocócica e
gonocócica
• ceratite bacteriana neonatal
Critérios para modificação
da terapêutica inicial:
• baseado na resposta clínica e resultado
laboratorial
- diminuição da área do infiltrado e do edema
na borda do infiltrado, redução da reação de
câmara anterior, diminuição do tamanho do
hipópio
- aguardar pelo menos 3 DIAS
• reduzir gradativamente os colírios
Corticóide
• QUANDO
ENTRAR???????
CORTICOIDE
Identificação da etiologia bacteriana
resposta satisfatória ao tratamento clínico após o 2o. ou 3o.
Dia
• cuidado com infecções por Pseudomonas
• O uso de corticóide tópico + terapia bactericida efetiva
não interfere a erradicação da bactéria intraestromal
( BADENOCH et al, Arch Ophtahl, 1985; LEIBOWITZ
et al, 1980, Arch Ophthalmol. )
• Corticóide tem pouco, talvez nenhum, efeito direto
direto na reepitelização ( wilhelmus , 1996 )
Corticóide
• Medroxiprogesterona 1% : efeito mínimo
na reparação estromal e síntese de colágeno.
Boa opção quando é necessária a supressão
do processo inflamatório sem se alterar a
reparação do estroma corneal.

• Dexametasona 0,005%
Tratamento Cirúrgico
• Cianoacrilato: retarda o processo de necrose estromal
desepitelizar ( se possível )
injetar o mínimo necessário
• limitação: tamanho da perfuração corneana, que não
deve ultrapassar 3 mm de diâmetro
LC terapêutica
Desvantagens: dificuldade do uso efetivo dos colírios
antibióticos fortes, acúmulo de secreções
• Recobrimento conjuntival: contra indicado na perfuração
• Transplante a quente

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