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Revisão Clínica Médica de

Grandes Animais
Professor Luan Ricci Silva

luan.silva@bh.universo.edu.br

• Revisão da anatomofisiologia do pé – articulação


metacarpofalangeana p/ distal
• Dígitos desenvolvidos e funcionais III e IV (medial e lateral)
• Apresenta três falanges e três sesamoides
• Dígitos rudimentares (sobre unhas) II e V

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• Perdas Econômicas
• Custo do tratamento
• Queda na produção
• Descarte do leite
• Queda do escore corporal
• Problemas reprodutivos
• Descarte precoce do animal
• Rebanho leiteiro – claudicação abaixo de 10%
• Ausência de padronização na terminologia

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Claudicação de apoio
• Manifesta-se em superfície dura e plana
• Animal sente dor ao apoiar o membro no chão
• Encurta a fase de apoio do membro acometido
• Leva rapidamente o membro íntegro para frente jogando o peso para
este membro para aliviar o membro acometido
• Aparenta que o passo do membro manco está encurtado para trás
• Virando o animal sobre o membro manco o distúrbio locomotor se
acentua

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Influência Ambiente e Manejo
• Piso de concreto
• Modifica o andar do animal – estimula crescimento da unha lateral
• Condições ideais de conforto
• Pasto 10 a 14h deitado, menor pressão sobre cascos
• Mais ruminação, maior salivação, maior poder tamponante
• Presença de cantos vivos / quinas
• Quinas, pedregulhos + Amolecimento do casco (umidade + erros alimentares) =Lesão
• Acúmulo de dejetos (fezes e urina)
• pH alcalino – erosão do casco
• Cimento úmido – abrasão excessiva
• Fatores infecciosos

Hiperplasia da Pele Interdigital


• Tiloma, Limax, Gabarro, Calo Intergitial
• Afastamento ou abertura exagerada das unhas
• Enfraquecimento dos ligamentos interdigitais cruzados – hereditário

• Etiologia
• Irritação crônica do espaço interdigital
• Traumas decorrentes a anomalias de aprumos
• Dermatites interdigitais brandas
• Sequelas de necrobaciloses do espaço interdigital
• Fezes e Urina

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• Sinais clínicos
• Claudicação, odor, ferimentos, neoformação tecidual
• Míiases

• Tratamento:
• Casos simples – sem ferimentos e infecções – corte curativo
• Lesões extensas - remoção cirúrgica e posterior curativo

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Dermatite Digital e Interdigital
• É a ulceração (ferida) superficial, circunscrita, localizada geralmente
na pele em região plantar da quartela, entre os talões, em contato
direto com a coroa
• Causa
• Bactérias e é doença contagiosa
• Baixa higiene, alta umidade, presença de matéria orgânica

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• Sinais clínicos
• Grau de claudicação varia de leve a grave, de acordo com o tamanho da ferida
• Tratamento
• Corte curativo dos cascos, limpeza local da ferida, aplicação de tetraciclina
local

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• Sinais clínicos
• Grau de claudicação varia de leve a grave, de acordo com o tamanho da ferida
• Na fase inicial é muito leve, conforme progride aumenta de forma intensa
• Lesões nas comissuras dorsais e palmares/plantares
• Destruição da produção de queratina do bulbo do casco – Erosão dos talões
• Tratamento
• Corte curativo dos cascos, limpeza local da ferida, aplicação de tetraciclina
local
• Sulfametazina + sulfato de cobre + bandagem de troca diária

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Erosão dos talões


• Lesão comum em vacas leiteiras idosas
• Consiste na destruição da epiderme bulbar (fissuras)
• Bactéria: Dichelobacter nodosus e Fusobacterium necrophorum
• Considerada o estágio 2 da dermatite interdigital
• Exposição a agentes – corrosão da queratina – Inibição da síntese de queratina no
cório coronário - Erosão
• De forma associada, o estresse metabólico de final da gestação e início de
lactação também favorecem o índice de Erosão

• Sinais clínicos
• Mesmos da dermatite interdigital
• Tratamento
• Casqueamento
• Sulfa em pó + sulfato de cobre
• Cloridrato de oxitetraciclina em pó + Bandagem

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Pododermatite circunscrita
• Sinônimos – úlcera de sola, úlcera de Rusterhols
• Definida como lesão de sola específica na junção da sola com o bulbo
do casco
• Etiopatogenia
• Associada a laminite subclínica – destruição do corium solear
• Animais pesados + umidade e piso áspero
• 3 estágios:
• Pontos hemorrágicos cobertos com tecido queratinizado
• Úlcera de sola
• Úlcera + lesões internas
• Tratamento: Casqueamento, debridamento da ferida, Limpeza, Taco,
Bandagem protetora.

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Abscesso de sola
• Inflamação supurada, difusa ou localizada
• Provoca claudicação moderada a severa
• Causas
• Penetração de corpo ou qualquer outro material contaminante
• Sintomas
• Claudicação dependente do local, extensão e profundidade
• Abscesso na pinça causa mais claudicação que no talão

• Tratamento – o mesmo da úlcera de sola

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Flegmão Interdigital – Paranício
• Necrobacilose interdigital, pododermatite infecciosa, Footroot,
podridão dos cascos ou frieira
• Infecção necrótica que acomete a pele do espaço interdigital
• Aparece em animais em pastoreio, e estabulados em cama com palha
• Causa
• Bactérias e traumatismos
• Fusobacterium necrofurum – exotoxina hemolítica – celulite
• Há sinergia com outras bactérias: Dichelobacter nodosus, Staphylococcus sp,
Escherichia coli, Spirochaetas

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• Sinais clínicos
• Nas primeiras 12h dor, eritrema, calor e tumefação da pele interdigital
• Após 24h a 36h Aumento de claudicação e dor, febre, queda na produção,
aumento de volume na região do boleto
• Após 48h a 72h: Fissuras e necrose no espaço interdigital, exudato fétido
• Posteriormente: Artrite séptica, tenossinovite séptica, destruição do estojo
córneo

• Tratamento
• Administração local de antibióticos (tetraciclina)
• Administração de antibiótico sistêmico – penicilina, tetraciclinas,
cefalosporinas - sulfamidas

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Artrite Interfalangeana distal séptica
• Exógena
• Abscesso subsolear, flegmão interdigital
• Endógena
• Mastite, metrite, pneumonia, enterite (Actinomyces pyogenes, Staphylococcus sp;
Escherichia coli; Salmonella sp; Fusobacterium necrophurum)
• Tratamento médico
• Antibioticoterapia sistêmica
• AINES
• Antibiose
• Tratamento cirúrgico
• Drenagem articular (técnica do fresamento)
• Artrodese
• Amputação de dígito
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Doença da linha branca


• Degeneração Fibrosa – pode levar a penetração de dejetos e corpos
estranhos
• Sequelas
• Abscesso
• Artrite séptica
• Tenossinovite séptica
• Tratamento
• Debridamento / drenagem
• Remoção da parede do casco

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Laminite Bovina
• Sinônimos:
• Pododermatite Asséptica Difusa, Degenração Laminar Aguda
• Definição
• Distúrbio na microcirculação digital que resulta em isquemia e degeneração das
lâminas dérmicas
• Etiologia multifatorial
• Aumento da relação com claudicação (60% das lesões podais)
• Nutrição é o principal
• Aumento no consumo de concentrados (carboidratos)
• Baixa ingestão de volumoso
• Fibras vegetais de tamanho pequeno
• Micotoxinas na ração

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• Acidose Ruminal e Laminite

• Morte de bactérias gram – (produção de endotoxinas)


• Liberação dos mediadores do processo inflamatório
• Vasoconstrição (abertura de shunts, formação de microtrombos)
• Redução da perfusão capilar nas lâminas dérmicas
• Isquemia e hipóxia nas células queratógenas
• Inibição da síntese normal do casco
• Degeneração laminar

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• Laminite Aguda

• Associada a grandes alterações sistêmicas – endotoxemia digestória


• Anorexia, decúbito
• Alteração da postura corporal
• Claudicação
• Pulso digital
• Aumento da temperatura na muralha dos cascos e hiperemia borda
coronariana

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• Subclínica / Crônica
• Sinais não são evidentes
• Manifestações de lesões podais secundárias:
• Hemorragia de sola
• Úlcera de sola
• Sola dupla
• Erosão dos talões
• Doença da linha branca
• Fissuras ou rachaduras
• Deformação do estojo córneo

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• Tratamento da Laminite
• Aguda
• Combater a enfermidade digestória e a endotoxemia
• Fluidoterapia e desequilíbrio eletrolítico
• Controle da dor – AINES
• Flunixin meglumine 1,1mg/kg IV SID
• Fenilbutazona 4,4 a 8,8mg/kg IV ou IM 72h em 72h
• Antihistamínicos – prometazina 1,1mg/kg IV
• Cama macia
• Tratamento de lesões associadas, correção de estojo córneo.

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Dermovilite
• Definição
• Infecção que acarreta necrose da ranilha
• Etiologia
• Urinas e fezes
• Fusobacterium necrophorum
• Spherophorus necrophorus
• Exercícios
• Cascos contraídos
• Tratamento
• Retirada do tecido, higiene, anti-séptico, higiene de baia, bandagem

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Abscesso Agudo do Casco


• Etiopatogenia
• Contaminação bacteriana -> infecção da lâmina sensitiva -> material
purulento -> pressão -> dor -> claudicação
• Diagnóstico
• Claudicação repentina
• Aumento de temperatura da muralha
• Pulso digital cheio
• Edema distal de membro
• Raio-X
• Tratamento:
• Retirada da ferradura, inspeção cuidadosa, exame com a pinça, lavagem,
bandagem

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Abscesso Crônico do Casco
• Diagnóstico
• Exame clínico
• Raio-X
• Tratamento
• Drenagem
• Debridamento dos tecidos acometidos
• Curetagem da falange distal
• Período de tratamento
• Prognóstico

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Síndrome no Navicular – Podotrocleose


• Teoria da bursite
• Concussão entre tendão e osso -> bursite -> rarefação óssea com alterações
na superfície flexora
• Associados a quartela vertical, patas pequenas, porte grande, talões curtos,
pinças longas
• Trombose e isquemia
• Trombose das artérias digitais -> necrose isquêmica do osso -> aumenta
osteoporose dos forames (lesão em pirulito) -> claudicação

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Síndrome no Navicular – Podotrocleose
• Remodelação óssea
• Consequência de um aumento na remodelação óssea causada por uma
pressão alterada no TFDP no osso e aumento na carga na face palmar

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Laminite
• Etiopatogenia
• Microtrombose induzida por endotoxinas
• Alteração da dinâmica vascular
• “shutting” e EDRF (endothelium-derived relaxing factor)
• Vasoconstrição, edema, e ativação da enzima lamelar de destruição da
membrana basal
• MB (epiderme do casco X tecido conectivo da falange distal)
• O “link” não é bem esclarecido
• Endotoxinas – 85% dos equinos apresentam Laminite (Stashak, 2005)

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Laminite
• Fatores predisponentes

• Processos inflamatórios localizados nos sistemas


• Digestório
• Respiratório
• Reprodutivo
• Músculo Esquelético
• Reações alérgicas
• Estrógenos
• Altas doses corticosteroides

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Laminite Aguda
• Sinais clínicos – claudicação
• Claudicação segundo Obel
• Grau 1: repouso, troca o apoio constantemente
• Ao trote encurta o passo
• Grau 2: A passo se move voluntariamente porém, passos encurtados.
• Dificuldade para se elevar o membro do solo
• Grau 3: Reluta se locomover
• Não permite tirar membro do solo
• Grau 4: Não se locomove. Precisa ser forçado

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Laminite
• Apresentação clínica
• Crônica
• Fase inicial
• Fase ativa
• Fase estável

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Laminite – Tratamento
• Emergência
• Impedir o desenvolvimento da enfermidade -> combater a causa
• Reduzir a dor
• Melhorar a perfusão digital
• Prevenir a rotação da falange distal
• Combater a endotoxemia -> fluidoterapia e antibioticoterapia
• AINES
• Vasodilatadores
• Acepromazina
• Isoxsuprine 1,2mg/kg BID VO
• Nitroglicerina 2% - 20 a 60mg/kg/dia

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Laminite – Tratamento
• Anticoagulantes
• Aspirina 10 a 20mg/kg
• Heparina 40 a 80UI/kg IV ou SC TID

• Suporte para Ranilha/sola


• Casqueamento/Ferrageamento

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Doenças caracterizadas por tufos de pêlos
• Dermatofilose

• Etiologia
• Dermatophilus congolensis
• Actinomiceto (bactéria)

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Dermatofilose
• Etiologia

• Relacionada à umidade crônica (chuvas)


• Infecta a base dos pelos
• Ação irritativa
• Forma secreção serosa e crosta
• Quando puxa o pelo sai a crosta junto
• Muito comum na época das chuvas

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Dermatofilose
• Sintomas
• Pêlos duros e em tufos
• Pêlos + crosta = “pincel”
• Não pruriginosa
• Pêlos agrupam-se em tufos, ao removê-los vê-se a derme – área
avermelhada e formam-se crostas
• Sem prurido mas é dolorido

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Dermatofilose
• Tratamento
• Tópico
• Shampoo de clorexidine 2% durante 7 dias nas lesões e depois 2x por
semana
• Iodo povidine (PVPI tópico)
• Nitrofurazona tópica
• Rifocina tópica

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Dermatofitose
• Etiologia
• Trichophyton equinum
• Microsporum gypseum

• Zoonose
• Transmite de um animal para o outro ou para o homem por contato
direto ou indireto
• Em uma semana as lesões são visíveis e espalham pelo corpo

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Dermatofitose
• Etiologia
• Fatores predisponentes:
• Superpopulação
• Má nutrição
• Estresse
• Umidade crônica (transpiração)
• Má higiene
• Fungos multiplicam-se na base dos pelos, quebrando-os
• Fungos não invadem a pele – alimentam-se de serosidades da pele e
pelos
• Secreção serosa
• Inflamação leve – pode ter um pouco de coceira
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Dermatofitose
• Sintomas
• Pápulas incialmente
• Lesões eritematosas (avermelhadas)
• Alopecia – lesões arredondadas
• Descamação
• Geralmente sem prurido
• Lesões planas, alopecia sem prurido, sem crostas

• Às vezes há secreção serosa e formam crostras


• Se espalha pelo corpo

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Dermatofitose
• Diagnóstico
• Raspado de pele
• Cultura de pelos e escamas

• Tratamento – cicatriza espontaneamente em 1 a 6 meses

• Sistêmico
• Itraconazol 5 a 10mg/kg PO durante 15 dias ($$$)

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Dermatofitose
• Tratamento
• Local
• Iodo povidine (PVPI tópico)
• Shampoos antifúngicos (cetoconazol)
• Cal suforada

• Fórmula para dermatofitose:


• Iodo metalóide – 10g
• Ácido acetilsalicílico – 20g
• Ácido benzóico – 30g
• Álcool 70% – 1000ml

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Habronemose Cutânea
• Ciclo Biológico
• Estômago equino
• Fêmeas de habronema depositam ovos larvados
• Saem nas fezes – eclosão dos ovos
• Larvas de habronema ingeridas por larvas das moscas
• Larva de mosca torna-se mosca
• Larvas de habronema ficam na probócida das moscas

• Normalmente o equino ingere as larvas que alojam-se em estômago e


continua o ciclo

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Habronemose Cutânea
• Forma cutânea:
• Mosca deposita larvas de habronema nas feridas ou comissura
palpebral interna
• Larvas penetram a pele
• Animais podem responder com reação alérgica às larvas –
especialmente se já teve habronemose gástrica
• Formação do granuloma
• Recidivas anuais – verão

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Habronemose Cutânea
• Forma cutânea:
• Tecido cicatricial, irrigado, bordos irregulares, superfície irregular,
secreção sero-hemorrágica
• Lesões granulomatosas na face – ducto lacrimal
• Lesões granulomatosas no prepúcio
• Lesões granulomatosas nos membros
• Lesões solitárias ou múltiplas
• Grânulos calcificados – 1mm – larvas atacadas pelo Sistema Imune –
grânulos branco-amarelados
• Sazonal

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Habronemose Cutânea
• Tratamento
• Sistêmico
• Matar larva do habronema – vermifugação
• Ivermectina – 1x por semana durante 4 semanas
• 0,2mg/kg PO (equalan) ou IM (Ivomec 1ml/50kg de PV)

• Diminuir a reação granulomatosa


• Glicocorticóides – dexametasona 0,1 – 0,01mg/kg – cuidado com
laminite
• AINE – flunixin meglumine, fenilbutazona, etc
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Habronemose Cutânea
• Tratamento
• Local
• Remoção do tecido granulomatoso
• Limpeza diária
• Pomada cicatrizante / epitelizante

• Albocresil (humana, Vulketan, Bandvet


• Bandagem compressiva quando nos membros
• Troca dos curativos!

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Pitiose
• Etiologia
• Pythium insidiosum;
• Outros fungos – ficomicose
• Basidiobolus sp, Conidiobolus sp
• Vive em plantas aquáticas, madeiras em água

• Ambiente quente – entre 30ºC e 40ºC


• Umidade

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Pitiose
• Etiologia
• Equino – quimiotático para o fungo
• Se aproveita de lesões pré-existentes;
• Penetra e provoca inflamação – Tecido de Granulação

• Regiões alagadiças
• Áreas pantanosas tropicais e subtropicais
• Pantanal (5% dos animais)

• Verão – Temperatura elevada + chuvas

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Pitiose
• Sintomas

• Lesões
• Porção distal dos membros
• Região ventral do abdômen
• Região ventral do tórax
• Região ventral do pescoço e cabeça

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Pitiose
• Sintomas
• Evolução rápida
• Inicialmente causa edema focal
• Massa de tecido de granulação
• Ulceração
• Superfície irregular
• Secreção serosanguinolenta ou hemorrágica – “sanguessugas”
• Focos necróticos amarelo acinzentados – “kunkers”

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Pitiose
• Sintomas
• Formação circular
• Pode atingir 50cm de diâmetro
• Odor fétido característico
• Prurido intenso – auto-mutilação
• Geralmente lesão única
• Pele e subcutâneo
• Pode atingir ossos, linfonodos, olhos, artérias e sistema respiratório e
digestivo

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20 dias após procedimento

45 dias após procedimento

30 dias após procedimento

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Pitiose
• Tratamento
• Local
• Excisão cirúrgica – retirar o máximo de tecido afetado e as bordas da pele
• Cauterização

• Sistêmico
• Iodeto de potássio 67mg/kg PO SID, durante 30 dias
• Iodeto de potássio 40 a 60g / animal, até involução da ferida – excelente!

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Pitiose
• Tratamento
• Aplicação tópica de antigúngicos
• Anfotericina B (humana) + DMSO (10ml)
ou
• Iodo (PVPI tópico)

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Pitiose
• Tratamento
• Sistêmico
• Anfotericina B – 8mg/kg IV SID durante 30 dias (tratamento caro)
• Iodeto de sódio – 40mg/kg IV SID 7 dias + 40mg/kg PO SID até
cicatrização
• Cetoconazol, miconazol, fluconazol, etc

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Pitiose
• Tratamento
• Decúbito lateral ou posição quadrupedal
• Anestesia Geral Intravenosa
• Sedação e anestesia Local
• Contenção dos membros
• Limpeza da ferida
• Antissepsia, garroteamento, excisão cirúrgica, termocauterização

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Papilomatose Bovina
• Classificação das formas clínicas de papilomatose de acordo com
aspecto das lesões cutâneas
• Forma fungiforme
• Bezerros / animais jovens
• Acomete região de cabeça, pescoço e barbela
• Papiloma facilmente arrancado
• Provoca sangramento local

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Papilomatose Bovina
• Forma filiforme
• Espalhada por todo corpo do animal
• Regiões de perna e abdômen e úbere mais afetadas
• Papiloma de difícil arrancamento
• Animais adultos

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Papilomatose Bovina
• Forma plana
• Acomete o úbere e tetos
• Pode ser destacado com certa facilidade
• Animais adultos

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Papilomatose Bovina
• Papiloma de mucosa

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Papilomatose Bovina
• Inter-relações entre papilomatose e hematúria enzoótica dos bovinos
• Samambaia (Pteridium aquilinum) Ptaquilosídeo
• Bovinos
• Efeito acumulativo
• Esôfago
• Carcinoma - caraguatá
• Vesícula urinária
• Hematúria
• Cistite

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Papilomatose Bovina
• Procedimentos para tratamento
• Isolamento dos animais acometidos
• Arrancamento dos papilomas
• Retirada de todas as massas
• Acaba com aspecto horripilante do animal
• Diminui possibilidade de transmissão

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Fotossensibilização
• Pele
• Acúmulo de substâncias fotodinâmicas (fluorescentes)
• Transtorno na formação de pigmentos
• Primária – Ingestão de Agente fotodinâmico
• Secundário – Hepatógeno – Acúmulo de Filoeritrina
• Incidência dos raios solares
• Liberação de energia na pele
• Queimaduras
• Lesões na pele nas regiões não pigmentadas – Dermatite Solar

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Fotossensibilização
• Primária – Ingestão do Agente Fotodinâmico
• Presença de pigmento fluorescente na planta
• Absorção pela mucosa intestinal
• Pele
• Acúmulo de substâncias fotodinâmicas
• Incidência dos raios solares
• Dermatite Solar

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Fotossensibilização
• Fotossensibilização Secundária – Hepatógena
• Patogenia
• Clorofila
• Rúmen – desdobramento pelos protozoários
• Filoeritrina
• Absorvida pelo intestino
• Fígado
• Acúmulo de filoeritrina na pele – pigmento fluorescente fotodinâmico

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Fotossensibilização
• Substâncias Hepatotóxicas
• Micotoxinas
• Aspergillus sp; Fusarium sp; Pithomyces chartarum
• Plantas
• Senecio, Crotalaria, Lantana, etc
• Micotoxina: Phitomyces Chartarum
• Pasto de Brachiaria decumbens
• Esporos do fungo Phitomyces chartarum
• Esporidesmina – toxina hepatotóxica
• Pericolangite e colestase
• Aumento de filoeritrina nos tecidos
• Dermatite solar

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Fotossensibilização
• Duas correntes de pesquisas:
• Presença do fungo Phitomyces chartarum na braquiária – produtor da
Esporodesmina

• Atribui os efeitos tóxicos às saponinas esteroidais litogênicas


presentes na braquiária (formação de cristais no sistema biliar)

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Fotossensibilização
• Sintomas
• Fase Inicial
• Sinais de doença Hepática:
• Queda de produção leiteira
• Anorexia
• Atonia Ruminal
• Icterícia
• Bilirrubinúria (urina colocação amarronzada)
• Fezes enegrecidas, em pequena quantidade

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Fotossensibilização
• Fase Tardia (após 15 dias)
• Sinais de fotossensibilização
• Mumificação da pele – aspecto coriáceo
• Desprendimento de pedaços da pele
• Feridas abertas
• Feridas mal cheirosas

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Fotossensibilização - Tratamento
• Manter o animal em estábulo – Longe do sol
• Limpeza das feridas
• Pomadas antiinflamatórias
• Pomadas com óxico de zinco
• Prevenção de miíases
• Medicação de proteção hepática
• Glicose
• Metionina
• Complexo B
• Cálcio

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