Você está na página 1de 20

Cicatrização das

Feridas operatórias

Clínica Cirúrgica
Professora Mestre Jéssica Bazzan
AVALIAÇÃO DO SITIO CIRURGICO
• Inspeção da aproximação das bordas das feridas
• Integridade das suturas
• Rubor
• Coloração Area ao redor da ferida:
• Calor • Reação ao esparadrapo
• Inchaço • Traumas devido a garroteamento.
• Dor incomum
• Drenagem

2
Intervenções de enfermagem
• Manejo com drenos
• Manejo com curativos

3
Manejo com drenos
• Débitos devem ser anotados
• Quantidade excessiva deve ser avisado ao médico imediatamente.
• Múltiplos drenos similares são numerados e rotulados.

4
Manejo com curativos
• Avaliar a quantidade de drenagem sanguinolenta
• As manchas podem ser desenhados com uma caneta, sendo registrado data e
horário com uma caneta, de modo, que quando a drenagem aumentar possa ser
facilmente observada.
• Quantidades excessivas deve ser avisadas ao médico imediatamente.
• Podem ser realizados reforços nos curativos com gazes e compressas esterilizadas e
registrar.

5
Cicatrização da ferida
• Mecanismos: primeira, segunda e terceira intensão.

• Primeira intensão: O tecido de granulação não fica visível e a


formação da cicatrização é mínima. Faz-se curativo estéril e seco.
Segunda intenção:
• Acontece em feridas infectadas (abcesso).
• Feridas que as bordas não foram aproximadas.
• Drenos e compressas são colocadas são inseridos na cavidade do
abcesso para permitir que a drenagem sai com facilidade.
• Na evolução da ferida tecido de granulação toma conta da onde era o
abcesso. O tecido de granulação são células novas, sensíveis e
sangram com facilidade.
• Também chamado de cicatrização por granulação.
• Curativo estéril umedecidos com SF 0,9% e coberto por curativo
estéril e seco.
Terceira intensão:
• Usada para feridas profundas, que não foram suturadas
anteriormente ou são suturadas posteriormente pois se rompem.
• Cicatriz mais profunda e mais ampla.
• Curativo: envolto com gaze umedecida coberta com gaze seca e
estéril.
Três fases: fase inflamatória; proliferativa e maturação

• INFLAMATÓRIA:
• também chamada de fase exsudativa,
• duração 1-4 dias.
• Eventos: forma-se coágulos de sangue, a ferida fica edemaciada, os
resíduos do tecido lesionado e o coagulo sanguíneo são fagocitados.
Proliferativa:
• Duração 5-20 dias
• Eventos: O colágeno é produzido, forma-se tecido de granulação, aumenta a força
tensional na ferida.

Maturação:
• Também chamada de fase de platô.
• Duração: 21 dias a meses ou até mesmo anos.
• A força intencional aumenta, as fibras de colágeno se reorganizam e retesam para produzir
p tamanho da cicatriz.
Principais fatores que afetam a
cicatrização
Idade do paciente
• Justificativa: quanto mais idoso o paciente, menos elástico os tecidos.
• Intervenções de enfermagem: Manusear suavemente os tecidos.

Hemorragia
• Justificativa: O acumulo de sangue cria espaços mortos, bem como
células mortas, que devem ser removidas. A área transforma-se em um
meio de cultura de organismos.
• Intervenções de enfermagem: Monitorar os sinais vitais, observar o sitio
cirúrgico para a evidencia de sangramento.
Déficits Nutricional
• Justificativa: Pode ocorrer depleção proteico- calórica. A secreção de
insulina pode ser inibida, fazendo com que a glicemia se eleve.
• Intervenção de enfermagem: Monitorar nível glicêmico, atentar para
aceitação da dieta prescrita.
Medicamentos corticoides
• Justificativa: podem mascarar a presença de infecções comprometendo
a resposta inflamatória normal.
• Intervenção de enfermagem: ficar ciente do efeito do medicamento que
o cliente esta recebendo.
Hiperatividade do paciente
• Justificativa: evita a aproximação das bordas da ferida. O repouso
permite a cicatrização.
• Intervenção de enfermagem: Usar medidas para que mantenham as
bordas aproximadas com curativos. Incentivar o repouso do paciente.
Técnica do curativo inadequada
• Muito pequeno: permite a invasão bacteriana.
• Muito apertado: Reduz o suprimento sanguíneo que transporta os
nutrientes.
Trocando o curativo
Motivos:
• Proporcionar um ambiente adequado para a cicatrização da ferida.
• Absorver a drenagem
• Imobilizar ou conter a ferida
• Proteger a ferida e o novo tecido epitelial da ferida.
• Promover hemostasia
• Fornecer conforto mental e físico ao paciente.
Procedimento
• 1°: explicar ao paciente.
• Não realizar na hora das refeições e no horário de visita
• Promover privacidade
• Lavar as mãos antes e depois do curativo
• Remover os esparadrapos e micropore no sentido dos pelos, algodão
com álcool ou SF 0,09% podem ajudar a umedecer.
• Colocar o curativo em um recipiente de descarte adequado.
• Se o paciente for alérgico usar esparadrapo hipoalergênico.
Material para curativo
• Gaze estéril
• Compressa estéril
• Esparadrapo
• Micropore
• SF 0,9%
• Lixo
• Cubarim
• Limpar a ferida com SF 0,9%.
• Realizar o curativo com gaze e compressa no centro da ferida de
forma que cubra toda sua extensão.
• Fixa-lo com esparadrapo ou micropore de modo que não deixe a
ferida com tensão.
• Ensinar o paciente a fazer o próprio curativo.
Referencia
• Smeltzer SC, Bare BG. Brunner & Suddarth: Tratado de Enfermagem
MédicoCirúrgica. 12 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. vol.
I e II

Você também pode gostar