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AVALIAÇÃO OFICIAL 1
BRUSQUE
2021
GLEICIANE PEREIRRA DOS SANTOS CAVALHEIRO
AVALIAÇÃO OFICIAL 1
BRUSQUE
2021
“A todos os que sofrem e estão sós, daí sempre um
sorriso de alegria. Não lhes proporciones apenas os
vossos cuidados, mas também o vosso coração.”
Segundo Poter (2000), a pele é uma barreira protetora, sendo assim, uma lesão da pele trás
riscos a saúde do paciente, portanto o enfermeiro deve avaliar e monitorar a pele afim de
evitar potenciais riscos e problemas ao paciente, uma vez ocorrida uma ferida ele deve
conhecer todo o processo de cicatrização para poder elaborar intervenções necessárias.
O processo de cicatrização de uma ferida depende do histórico do paciente bem como sua
classificação, que pode ser de várias formas, porém a mais utilizada é quanto a sua evolução,
sendo aguda ou crônica, aguda é quando começa e termina em aproximadamente trinta dias
em ritmo normal de recuperação, caminhando para uma cicatrização em tempo satisfatório.
Crônica são quando as feridas se arrastam por mais de trinta dias, não seguem o que seria
um tempo satisfatório de recuperação, podendo durar anos o tratamento.
Além de que, quando a pele é lesionada inicia uma revitalização da área lesada, chamada de
cicatrização, esse processo fisiológico é composto por quatro fazes, sendo respectivamente
hemostasia, fase inflamatória, fase proliferativa e fase reparadora. Hemostasia, quando os
fatores de coagulação ativam a cascata de coagulação para interromper o sangramento,
geralmente causado em feridas traumáticas. Inflamatória, onde é possível observar edema,
eritema e exsudado, nessa fase as células de defesa do organismo estão reagindo, limpando
a ferida e reparando o tecido. Proliferativa, tem início a epitelização, formando o tecido de
granulação, criados capilares para oxigenar a região afetada. Reparadora, depende da
extensão da ferida, podendo durar meses a anos, sendo essa a fase final, ocorre a
remodelação do tecido cicatricial aumentando a resistência do tecido formado na fase anterior.
Essa cicatrização pode ocorrer de três formas, sendo primeira intenção quando há união
imediata das bordas da ferida; segunda intenção é quando as bordas da ferida não se
aproximam pois houve perda de tecido, é onde cresce o tecido de granulação; terceira
intenção é quando precisa fazer desbridamento, então a ferida é deixada aberta como
segunda intenção, para posteriormente fazer aproximação de bordas.
Todavia, para que essa cicatrização ocorra de forma satisfatória é necessário que o
enfermeiro leve em consideração os inúmeros fatores que interferem nesse processo, como
também escolha adequadamente os curativos e coberturas que atendam melhor esse
paciente.
2. Desenvolvimento
2.1 Classificação da ferida
Como já exposto as feridas podem ser classificadas de várias formas, porém, a partir dos
dados apresentados a ferida do paciente exposto na figura 1 é classificada como ferida
ulcerativa infectada, pela sua localização as feridas ulcerativas apresentam características
de insuficiência venosa ou arterial.
Existem dois tipos gerais de tecidos nas feridas, sendo eles tecido viável e tecido inviável.
Tecido viável é aquele formado no processo de cicatrização da ferida, é o esperado, podendo
ser tecido de granulação, epitelização. Já tecido inviável é aquele onde a reparação celular é
irreversível, ou seja, ouve morte celular, ele oferece risco de infecção dificultando a
cicatrização, pois prolonga a fase inflamatória e reduz a efetividade dos curativos e pomadas,
sendo tecido de necrose de liquefação ou coagulação, também pode ser hipergranulação ou
fibrina.
Na imagem 1 é possível observar tecido inviável, com necrose de liquefação no centro da
ferida, também há um pouco de tecido viável, sendo o tecido de granulação composto por
novos capilares deixando a pele com aspecto vermelho ou rosa, e tecido de epitelização nas
bordas rosadas.
Figura 3: A ferida está bonita, reagindo bem ao tratamento pois apresenta tecido de
granulação e epitelização.
Figura 4: Nas margens tem tecido de epitelização, tecido de granulação no centro e esfacelo.
Figura 6: a ferida cicatrizou, o remodelamento da ferida está na fase final onde o colágeno
deixara a pele mais resistente.
“Que tem relação com a cura de uma enfermidade: meios curativos. Tratamento de uma
doença; o conjunto de meios empregados para a debelar.” (DICIO, 2021)
Curativo é todo procedimento de limpeza e reparação de uma ferida, o curativo ideal deve
promover o conforto físico e psicológico do paciente além de atender o objetivo de tratar a
ferida.
BIONEXT. Como fazer um curativo em feridas causadas por úlceras varicosas. 2017.
Disponível em: http://www.bionext.com.br/2017/07/como-fazer-um-curativo-em-feridas-
causadas-por-ulceras-varicosas/. Acesso em: 11 abr. 2021.
POTTER, Patricia A.; PERRY, Anne G.; STOCKERT, Patricia A.; HALL, Amy
M.. Fundamentos de enfermagem. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. 1568 p.