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PEDIATRIA E
PUERICULTURA
Pediatria
Prefácio da 1ª Edição
É com grande satisfação que apresentamos o Protocolo do Ambulatório de
Puericultura do Hospital Universitário do Oeste do Paraná. Resultado de anos
de prática associado à revisão de literatura, seu principal objetivo é a orientação
de práticas de puericultura desde o período neonatal até a adolescência,
procurando ser uma fonte de consulta para os acadêmicos e médicos que
atendem em serviços de puericultura. Agradecemos especialmente à Nestlé
Nutrition pelo inestimável apoio de contribuição à divulgação deste trabalho.
Prefácio da 2ª Edição
Este não é um protocolo que pretende esgotar toda a puericultura, uma vez
que pela importância e extensão do tema caberia perfeitamente em um livro
de milhares de páginas. Assim, são apresentados tópicos básicos que não
podem ser esquecidos em uma consulta pediátrica de rotina. Seu objetivo de
orientar práticas de puericultura do período neonatal até a adolescência se
manteve, porém uma revisão de literatura foi realizada e novos tópicos foram
acrescentados. Agradecemos aos médicos residentes de pediatria do HUOP
que muito nos motiva e em especial à Nestlé Nutrition pelo incomensurável
estímulo a publicar uma nova edição deste protocolo revista e atualizada.
Tenham todos uma boa leitura.
O Editor
EDITOR CIENTÍFICO
EDITORES ASSOCIADOS
COLABORADORES
CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO
ESTATURA: até 2 anos deve ser medida com a criança deitada. Após os 2
anos, medir em pé.
Estatura normal:
Ao nascimento: em torno de 50 cm.
Primeiro semestre: cresce 15 cm.
Segundo semestre: cresce 10 cm.
1 ano: 75 cm.
Entre 1 e 2 anos: 11 cm.
Dos 2 aos 5 anos: 6 cm/ano.
Dos 5 anos até a pré-puberdade: 5 cm/ano.
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FONTANELAS:
- Anterior: fecha entre 9o e 18o mês.
- Posterior: fecha aos dois meses.
DENTIÇÃO
- Orientar os pais que a perda dos dentes decíduos antes do tempo pode
prejudicar, na criança que está aprendendo a falar, a pronúncia de algumas
palavras. Além disso, a criança poderá se sentir diferente do restante do
grupo de sua faixa etária, podendo causar problema emocional/social.
- 5 a 7 meses: 2 incisivos medianos inferiores; a seguir, 2 incisivos centrais
superiores e depois dois incisivos laterais superiores. No início da erupção
dentária, o lactente pode apresentar alteração do sono, aumento da
salivação, prurido na gengiva e irritabilidade.
- Fim do 1o ano: 6 a 8 dentes (mais 2 incisivos laterais inferiores). Entre 10 e
12 meses, aparece o primeiro molar decíduo.
- 2o ano: 4 primeiros pré-molares, 4 caninos e 4 segundos pré-molares.
- Total: 20 dentes de leite (a dentição se completa até os 30 meses de idade).
- Nota: a dentição pode iniciar aos 4 meses ou próximo aos 12 meses, isto
também é normal.
- 6 a 7 anos: queda dos dentes de leite, com erupção dos dentes definitivos.
O primeiro dente permanente a nascer é o 1º molar, que fica atrás do
último dente de leite. A dentição permanente é completada em torno dos
18 anos, com um total de 32 dentes.
PERÍMETRO CEFÁLICO
A fita métrica deve ser passada pela glabela e pelo ponto mais saliente do occipital.
- RN: 34 a 35 cm.
- 6 meses: 42 a 43 cm.
- 1 ano: 45 a 46 cm.
- PC: cresce 10 cm no 1o ano e mais 10 cm nos 20 anos seguintes.
REFLEXOS PRIMÁRIOS
a) Orais: sucção, busca (4 pontos cardeais - Piper), mordida, deglutição.
b) Manobra do degrau: reação de apoio (placing), retificação do tronco e
marcha reflexa.
c) Preensão palmo-plantar.
d) Reflexo de Moro.
e) Reflexos plantares: reação de defesa plantar, reação de extensão cruzada,
reflexo cutâneo-plantar.
f) Reflexo de encurvamento do tronco (Galant).
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SONO
- O ambiente ideal deve ser silencioso, com pouca luminosidade e
temperatura agradável.
- A criança deve ser colocada em posição segura e confortável, preferindo-se
o decúbito dorsal e nunca o ventral.
- Não usar travesseiros e lençóis devem ser presos na parte inferior do
colchão. Após os 3 meses de idade é aconselhável que a criança durma
em quarto separado do dos pais.
Exame físico
Ausculta cardíaca e pulsos Mínimo de três vezes no primeiro semestre
de vida, repetindo no final do primeiro ano
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Exames laboratoriais
Hemoglobina e hematócrito Uma avaliação entre 6 e 12 meses de
idade em crianças de alto risco (ver
adiante)
Exame de fezes e urina Ausência de comprovação sobre impacto
na saúde
Lipidograma A partir dos 2 anos em crianças com
parentes com história de doença
coronariana antes dos 55 anos de idade
(ver adiante)
1. Alimentação:
Leite ideal: leite materno livre demanda no primeiro mês de vida.
Fórmula Infantil: na falta irreversível de leite materno, recomendar
fórmulas adaptadas para o 1º e 2º semestre (segundo as recomendações
do Codex alimentar). (Ver também página 12)
2. Banho: deve ser dado no mínimo uma vez ao dia, sempre no mesmo horário,
próximo às 12 horas em crianças pequenas e no final da tarde nas crianças
maiores. Antes da queda do coto umbilical pode ser dado o “banho seco”,
inicia-se pela limpeza da face, com a criança vestida, usando bolas de algodão
umedecido em água morna para remover secreções oculares e nasais. Secar
com toalha macia. Depois procede à limpeza das orelhas e cabeça, também
com algodão umedecido. A seguir, retira as roupas da criança, deixando-a
somente com fraldas e procede à limpeza do tronco, braços, pescoço e axilas
com algodão úmido. Secar bem. Limpar o coto umbilical. Vestir as peças
de roupa da parte superior da criança. Retirar a fralda e limpar os genitais,
nádegas, pernas e pés. Secar. Colocar fralda limpa e o restante das roupas.
Usar sabonete neutro. Evitar talcos e soluções anti-sépticas.
A banheira pode ser utilizada após a queda do coto umbilical, deve conter 10 a 15
cm de água em temperatura entre 37º C e 38,5º C, que deve ser experimentada
pela mãe, utilizando a parte interna do antebraço, próximo ao punho.
A partir dos 2 anos os banhos podem ser dados no chuveiro.
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4. Limpeza do coto umbilical: deve ser feita sempre após o banho e a cada troca
de fraldas com cotonete embebido em álcool a 70%, com movimentos
circulares em volta de todo o coto. Não utilizar coberturas com faixas ou
esparadrapo.
9. Peso: o bebê normal ganha 25 gramas/dia, em média 700 g/mês, até o 3o mês.
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a) Queda
- Não deixar o bebê sozinho em lugares altos nem mesmo por instantes.
- Não deixar que uma criança carregue o bebê no colo.
- Cuidado com o carrinho.
b) Queimadura
- Não levar nada quente enquanto carrega o bebê no colo.
- Cuidado com a temperatura do banho.
- Cuidado com cigarros.
c) Sufocação
- Não deixar objetos pequenos ao alcance da criança.
- Não dar alimentos em pedaços duros. Engasgo com mamadeiras ao se
dar leite ou outros líquidos quando o furo do bico é muito grande.
- Sufocação por travesseiros, cobertores e por dormir com adultos,
ou por uso de talco.
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d) Intoxicação
- Cuidado com gotas nasais, remédios para resfriado, xaropes e
inseticidas.
- Medicamentos: doses erradas ou medicamentos de adultos dados pelos
pais ou por crianças maiores.
- Intoxicação por ingestão de tintas dos brinquedos ou das grades do berço
(4o mês).
e) Acidentes de automóvel:
- Andar no banco traseiro: cadeiras especiais.
* Durante o exame físico, fazer exame oftalmológico completo
(ver técnica adiante).
Vitamina A + D:
Lactentes normais: iniciar a partir de um mês de idade, se criança não toma
sol, até o bebê completar 1 ano de idade.
Se o lactente recebe leite materno exclusivo até o sexto mês, não há
necessidade de suplemento vitamínico ou de ferro até esta data.
Opções:
- AD Til R: 2 gotas via oral ao dia.
- Aderogil D 3 R: 4 gotas via oral ao dia.
- Vitaminas A + D Sanval R: 10 gotas via oral ao dia.
- Polivitaminas CEME R: 10 gotas via oral ao dia.
- Rubifort R: 5 gotas via oral ao dia. (disponível nas UBS de Cascavel).
Lactentes prematuros ou de baixo peso: iniciar a partir do 10o dia de vida com:
- Protovit R: 12 gotas via oral ao dia até o bebê completar 1 ano de idade.
Ferro:
Prescrever até os dois anos de idade.
Ferro medicamentoso: 1 mg/Kg/dia.
Lactentes normais:
- Em aleitamento materno exclusivo, nascidos a termo e sem baixo peso ao
nascer: iniciar suplementação aos 6 meses de idade.
- Em uso de fórmulas infantis: lactentes nascidos a termo, adequado para a
idade gestacional (IG) e desmamados precocemente: iniciar suplementação
de ferro aos 4 meses.
- Lactentes nascidos a termo, de peso adequado para a IG, a partir da
introdução de alimentos complementares: 1 a 2 mg/Kg/dia até 2 anos de
idade ou 25 mg de ferro/semana até 18 meses de idade.
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SEGUNDO MÊS
1. Alimentação:
- Leite ideal: aleitamento materno.
- Fórmula Infantil: ver orientação do 1o mês.
Intervalo entre as mamadas: de 3 em 3 horas.
3. Sono: 16 a 20 horas.
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TERCEIRO MÊS
1. Alimentação:
- Leite ideal: aleitamento materno.
- Fórmula Infantil: ver orientação do primeiro mês.
- Intervalo entre as mamadas: 3 em 3 horas.
Alimentação artificial: introduzir progressivamente aos 3 meses suco de
frutas (a fruta da época, ou que tiver maior facilidade de adquirir).
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QUARTO MÊS
1. Alimentação:
Leite ideal: aleitamento materno.
Fórmula Infantil: ver orientação do primeiro mês.
Intervalo entre as mamadas: 4 em 4 horas.
3. Sono: 16 a 20 horas.
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QUINTO MÊS
1. Alimentação
Leite ideal: aleitamento materno exclusivo.
Fórmula Infantil: ver orientação do primeiro mês.
Intervalo entre as mamadas: 4 em 4 horas.
Alimentação artificial: sucos e frutas amassadas. Água nos intervalos se necessário.
3. Sono: 15 a 18 horas.
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SEXTO MÊS
1. Alimentação:
Leite ideal: aleitamento materno. Introduzir a papa de legumes somente no almoço.
Fórmula Infantil: ver consulta do primeiro mês. Introduzir gradativamente
a papa de legumes no almoço para crianças. PAPA: de legumes com caldo
de carne ou vísceras (rim, fígado, miúdo de galinha). Os legumes deverão ser
bem cozidos e podem ser amassados no garfo. Continuar com: sucos e frutas
amassadas. Se a criança aceitar, dar leite após as papas. Introduzir suco de
frutas (laranja, tomate, cenoura, limão, goiaba), gradualmente: 1 colher das de
chá até atingir o mínimo de 50 ml ao dia, uma novidade de cada vez. Deve-se
dar 14 vezes o mesmo suco que é o tempo que o lactente leva para assimilar
o novo alimento (sabor). O suco deve ser dado no intervalo da mamada, de
preferência às 9 horas. Água e chá se for necessário.
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Introduzir ovo cozido, peixe e glúten. Oferecer ovo cozido, começando com ¼
do ovo e aumentando de 2 em 2 dias até um ovo inteiro. Explicar a importância
do ovo. O Açúcar e o sal não devem ser colocados na alimentação
complementar antes de um ano de vida.
3. Sono: 13 a 17 horas.
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Início:
- A partir dos 2 meses: quando lactente em aleitamento materno exclusivo.
- A partir do 1o mês: quando lactente em aleitamento artificial.
Como fazer?
- Envolver o seu dedo indicador numa camada de gaze ou na ponta de
uma fralda limpa e umedecer em água filtrada ou fervida. A seguir, passe
delicadamente pelas laterais internas das bochechas do bebê, pelas
gengivas, sobre a língua e no contorno dos lábios. Para a criança que
toma mamadeira, um reforço: após cada mamada, oferecer-lhe 20 ml de
água numa chuquinha. A água faz uma lavagem bucal.
- Usar somente água filtrada ou fervida para a higiene bucal.
- Primeira escova
a) Iniciar seu uso após o nascimento do primeiro dente.
b) Escova adequada: cabeça pequena e cerdas bem macias. Não usar
creme dental-ver anteriormente. Faça limpeza antes, com água filtrada ou
fervida, após as refeições.
c) Depois do primeiro ano até os 4 anos: pode usar creme dental, porém sem flúor.
d) Técnica: a criança deve ficar em pé ou sentada, de costas para você, com
a cabeça apoiada no seu corpo;
- use a mão esquerda para segurar a boquinha e com os dedos dessa mão
afaste os lábios e as bochechas;
- faça os movimentos com a escova na mão direita;
- sem fazer força, escove todos os dentinhos: a face que mastiga, o lado
que fica virado para a bochecha e a parte de dentro, virada para a língua;
- Os dentes da frente, que formam a parte usada na mastigação, devem ser
escovados com movimentos de vaivém;
- Nos últimos dentes da arcada, voltados para o fundo da boca, faça
movimentos de baixo para cima;
- Use fio dental quando a criança já tiver mais de um dente, para que aos
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- Bons hábitos
- Entre 2 e 3 anos, a criança já poderá ter uma escova na mão para limpar
os dentes. É só para ela ir se acostumando, pois você deverá cuidar da
escovação até seu filho completar 7 anos.
- Afaste as cáries
- Nunca passe açúcar nem mel na chupeta;
- Não dê mamadeira com lipídios açucarados, principalmente à noite (a
produção de saliva, que ajuda a limpar os dentes, se reduz durante o sono);
- Troque o biscoito e a geleia do lanche por frutas como maçã ou vegetais
como a cenoura.
SÉTIMO MÊS
1. Alimentação:
- Leite ideal: aleitamento materno.
- Fórmula Infantil: - fórmula infantil (seguir a orientação que está escrita
na lata).
- Lactente deve continuar tomando sucos de frutas, papinha de legumes no
almoço e jantar.
- Carne picadinha ou desfiada misturada na papinha. Pode ser dado um
pedaço de carne para a criança mastigar (carne de boi ou vísceras de boi
e aves).
- O ovo poderá ser dado misturado em uma das papas do dia. Misturar em
um cantinho da papa e esta porção deve ser dada primeiro de preferência
no almoço. Água e chá nos intervalos se necessário.
3. Sono: 13 a 17 horas.
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Queda:
- Não deixar sozinho em lugares altos.
- Colocar portões nas escadas.
- Baixar o estrado da caminha quando a criança já fica de pé.
- Retirar móveis com arestas duras.
- Colocar portões nas escadas.
Queimadura:
- Não deixar copos com líquidos quentes ao alcance do bebê.
- Não deixe a criança na cozinha enquanto você cuida da refeição.
- Controlar a água do banho.
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Afogamento:
- Nunca deixar o bebê sozinho no banho ou próximo de piscina ou espelhos
d’água.
Envenenamento:
- Não deixar remédios e produtos tóxicos ao alcance do bebê.
Sufocação:
- Nunca deixar objetos pequenos ao alcance das crianças.
- Não dê alimentos em pedaços duros.
- Não colocar cordão de chupeta em torno do pescoço do bebê.
Choque elétrico:
- Usar protetores de tomadas.
Acidentes de automóvel:
- Não segure a criança no colo. Use um contensor infantil de acordo com a
idade.
13. Dentes:
- Continuar com a higiene dentária.
- Suplementação de cálcio: indicada quando a criança tem ingesta de leite
menor que 600 ml/dia.
- Opções:
- Kalyamon B 12 R suspensão oral: 5 ml via oral ao dia.
- Calci – Ped R suspensão oral: 5 ml via oral ao dia.
- Glucal B 12 R: 5 ml via oral ao dia.
- Prescrever no máximo dois vidros.
OITAVO MÊS
1. Alimentação:
- Leite ideal: continuar com aleitamento materno.
- Fórmula Infantil: fórmula infantil (seguir a orientação escrita na lata).
- Continuar com:
Papas de legumes (almoço e jantar), sucos de frutas, frutas, água e chá,
ovo e carne.
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3. Sono: 13 a 15 horas.
13. Dentes:
- Continuar com a higiene dentária.
NONO MÊS
1. Alimentação:
- Leite ideal: aleitamento materno.
- Fórmula Infantil: fórmula infantil (seguir a orientação que está escrita
na lata).
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3. Sono: 13 a 15 horas.
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13. Dentes:
- Continuar com a higiene dentária.
DÉCIMO MÊS
1. Alimentação:
- Leite ideal: aleitamento materno.
- Fórmula Infantil: seguir rotina do uso de fórmula infantil (seguir a
orientação que está escrita na lata).
- Continuar com: papa de legumes (almoço e jantar), sucos de frutas, frutas,
água, chá e carne.
- Papa amassada com garfo; estimular uso de copo e a mastigação. Entre
10 a 12 meses: alimentação da família. Importante avaliar e orientar quanto
a hábitos alimentares saudáveis. O Açúcar e o sal não devem ser colocados
na alimentação complementar antes de um ano de vida.
3. Sono: 13 a 15 horas.
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13. Dentes:
- Continuar com a higiene dentária.
1. Alimentação:
- Leite ideal: aleitamento materno.
- Fórmula Infantil: fórmula infantil (seguir a orientação que está escrita na lata).
- Continuar com: papa de legumes (almoço e jantar), sucos de frutas, água
e chá, ovo e carne.
3. Sono: 13 a 15 horas.
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13. Dentes:
- Continuar com a higiene dentária.
1. Alimentação:
- Aleitamento materno: pode continuar até o 24o mês, porém também pode
iniciar gradativamente o DESMAME, inicialmente substituir uma das mamadas
por fórmula infantil e depois 2 e depois as 3 mamadas.
- Fórmula Infantil: no uso de fórmulas infantis, passar aos poucos o
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3. Sono: 13 a 15 horas.
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Quedas e ferimentos:
- As crianças são muito ativas e curiosas mas não têm noção de perigo.
- Colocar portões nas escadas (embaixo e em cima).
- Instale grades em todas as janelas acima do 1o andar.
- Use pratos e copos de plástico.
- Remova móveis com bordas cortantes.
- Prevenir mordedura de animais.
Sufocação:
- Não dar amendoim, pipoca, goma de mascar, balas escorregadias e duras.
- Nunca deixar a criança brincar com lata de talco.
Afogamento:
- Nunca deixar a criança sozinha na banheira.
- Nunca deixar a criança sozinha perto de espelhos d’água, piscinas
(inclusive as da própria casa) e lagos.
Envenenamento:
- Nunca deixe remédios e produtos tóxicos, inclusive inseticidas, ao alcance
das crianças.
Auto-segurança:
- Não permitir que as crianças brinquem na rua.
- Segurar a mão para atravessar a rua.
- Transportar a criança no banco traseiro do carro e em assentos apropriados.
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SEGUNDO ANO
Desenvolvimento
24 meses: É capaz de correr? Consegue subir e descer escadas segurando-
se no corrimão? É capaz de se expressar com frase de duas palavras?
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Prevenção de acidentes:
- Ver consultas dos 12 meses e dos 18 meses.
PRÉ-ESCOLAR (3 a 5 ANOS)
Desenvolvimento
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2. Retirada da chupeta.
3. Visita ao dentista.
4. Parque infantil, escolinha, centro de educação infantil.
5. Televisão limitada, compatível com a idade.
6. Prevenção de acidentes. Ensinar a nadar mas manter a supervisão.
7. Explicar aos pais que nesta fase a criança tem frequentes infecções
respiratórias virais e que elas devem ser acompanhadas pelo médico
pediatra.
Prevenção de Acidentes
ESCOLAR (6 a 10 ANOS)
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Prevenção de Acidentes
- Sofre muitas influências externas, vigilância insuficiente por parte dos
adultos, desejo de mostrar suas habilidades.
Afogamento: piscina, rio, praia.
Asfixia: menos frequente.
Intoxicação: medicamentos, álcool.
Traumatismos em geral: quedas, cortes, contusões.
Queimaduras: fogo, produtos químicos.
Choque elétrico: eletrodomésticos, tomadas.
Mordeduras de animais: cão doméstico ou errante.
Animais peçonhentos: mais comum em zona rural.
Trânsito: ocupante de veículos, pedestre.
A CONSULTA DO ADOLESCENTE
INTRODUÇÃO
- Durante o seguimento deve ser infundida ao adolescente responsabilidade
crescente sobre sua saúde e que ele tem direito à assistência integral à aúde.
- Aspectos psicológicos e somáticos aparecem muitas vezes interligados-
queixas emocionais terão representação orgânica e vice-versa.
- Muitos adolescentes se fecham em mutismo, falam monossilabicamente
ou se comunicam somente por manifestações extra verbais (gestos e
atitudes).
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Privacidade
- Exame físico do adolescente exige absoluta privacidade.
- Sala de espera ou horário específico para atendimento ao adolescente.
- O Código de Ética Médica recomenda a presença de um acompanhante
durante o exame físico, sobretudo se o paciente for menor de 18 anos.
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Confidencialidade e Sigilo
- Nenhuma informação obtida dos jovens será repassada aos pais ou
responsáveis sem a autorização do adolescente.
- O médico manterá o sigilo respaldado no Código de Ética Médica-art. 74:
“É vedado ao médico revelar sigilo profissional referente a paciente menor
de idade inclusive a seus pais ou responsáveis legais, desde que o menor
tenha capacidade de avaliar seu problema e de conduzir-se por seus
próprios meios para solucioná-lo, salvo quando a não revelação possa
acarretar danos ao paciente.”
- É necessário informar ao adolescente, com muita clareza, o alcance e o
limite do sigilo e da confidencialidade.
Princípio de autonomia
O adolescente reivindica sua posição de indivíduo autônomo, responsável
e capaz de avaliar seus próprios problemas e optar sobre procedimentos
diagnósticos, terapêuticos e profiláticos, assumindo a responsabilidade pelo
seu tratamento. Autonomia: a única pessoa com o direito de escolher o que é
mais conveniente para si mesmo é o próprio adolescente.
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Respeito ao pudor
1. O médico deve reconhecer o adolescente como indivíduo progressivamente
capaz e atendê-lo de forma diferenciada.
2. O médico deve respeitar a individualidade de cada adolescente.
3. O adolescente tem o direito de ser atendido sem a presença dos pais ou
responsáveis no ambiente de consulta, garantindo a confidencialidade.
4. A participação da família é altamente desejável, porém os limites do
envolvimento devem ficar claros para a família e para o jovem.
5. A ausência dos pais ou responsáveis não deve impedir o atendimento
médico do jovem.
6. Situações de risco (gravidez, drogadição, não adesão a tratamentos,
doenças graves, risco à vida ou à saúde de terceiros) e procedimentos de
maior complexidade (biópsias e intervenções cirúrgicas), torna-se
necessária a participação e o consentimento dos pais ou responsáveis.
7. Na quebra de sigilo, o adolescente deve ser informado e receber
justificativas para tal atitude.
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- Dar explicações sobre tudo o que se está fazendo durante o exame físico,
isto ajuda a aliviar a tensão do adolescente.
5. Diagnóstico e tratamento
- O adolescente muitas vezes é poliqueixoso.
- É frequente a elaboração de mais de um diagnóstico, mesclando-se
problemas orgânicos com problemas da esfera psicológica. Exemplo:
vulvovaginite+atraso vacinal+ansiedade; faringite+obesidade+distúrbio
do sono; escoliose+mau aproveitamento escolar; atraso estatural + acne
+ mau relacionamento familiar.
ADOLESCÊNCIA(ASPECTOS DA PUERICULTURA)
10 anos
- Fase de repleção (começa aos 9 anos).
- Medir pressão arterial, avaliar visão e audição; observar escoliose.
- Dieta prudente.
- Cinto de segurança no carro.
- Revisar a vacinação.
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Desenvolvimento
a) Meninas: início da puberdade: botão mamário; depois pêlos pubianos.
b) Meninos: permanecem impúberes (pênis pequeno, um pouco escondido
no tecido gorduroso pré-pubiano).
Educação sexual com participação dos pais.
12 anos
Meninas: estirão; menarca aos 12 anos e meio.
Meninos: ainda em repleção; aumento dos testículos com pênis pequeno.
14 anos
Observar estágio de Tanner.
Suspeitar de puberdade retardada se:
a) sexo masculino: ainda não ocorreu aumento do testículo;
b) sexo feminino: ausência de botão mamário.
Educação sexual: livros, preparar para menarca, polução noturna, masturbação,
ginecomastia, o direito de dizer “não“ ao grupo.
15 anos
Indicar providências se persistir irregularidade menstrual acentuada ou se o
adolescente masculino persistir com ginecomastia acentuada.
Orientação ao adolescente
1. Dieta prudente
2. Atividade física regular, esporte.
3. Bicicleta (usar capacete). Cinto de segurança.
4. Não aceitar carona quando o motorista bebeu, usou drogas ou dirige
imprudentemente.
5. Não aceitar carona de estranhos.
6. Enfatizar o direito de dizer “não“ (e treinar o adolescente como dizer “não“).
7. Discutir contracepção, drogadição e senso de responsabilidade.
Prevenção de Acidentes
- Espírito aventureiro, desafiador, inexperiência, necessidade de auto-afirmação,
conflitos e atitudes de rebeldia.
Afogamento: piscina, rio, praia.
Asfixia: menos frequente.
Intoxicação: álcool, drogas de abuso.
Traumatismos em geral: por armas de fogo ou brancas, quedas, cortes, contusões.
Queimadura: fogo, produtos químicos.
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1. CITOMEGALOVÍRUS
- Manter o aleitamento dos recém-nascidos com idade gestacional maior
que 32 semanas ou a termo;
- Recém-nascidos prematuros, com idade gestacional menor que 32
semanas ou com imunodeficiências por qualquer etiologia, filhos de
nutrizes CMV positivas, devem interromper temporariamente o aleitamento
materno; manter a lactação, com ordenhas regulares da mama;
- Oferecer ao recém-nascido o leite da própria mãe pasteurizado ou leite
humano ordenhado de Banco de Leite Humano (BLH).
2. VARICELA-ZOSTER
- O aleitamento está contra-indicado, temporariamente, quando as lesões
surgem cinco dias antes do parto ou até dois dias depois;
- Isolar o recém-nascido da mãe, no período de risco de infecção;
- Na fase de isolamento, manter a lactação, com ordenhas regulares da mama;
- Oferecer o leite materno ordenhado e pasteurizado ou leite humano do
BLH (quando disponível), por xícara ou copo.
3. HERPES SIMPLES 1 E 2
- A amamentação não deve ser interrompida;
- Nos casos de vesículas herpéticas localizadas na pele da mama, a criança
não deve sugar a mama afetada, enquanto persistirem as lesões;
- As lesões herpéticas devem ser cobertas;
- Orientar a mãe quanto à higiene criteriosa das mãos.
4. RUBÉOLA
- Não há restrição ao aleitamento materno.
- A mãe não precisa ser isolada de seu filho.
5. CAXUMBA
- A nutriz pode amamentar;
- A mãe não precisa ser isolada de seu filho.
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6. SARAMPO
- O aleitamento materno não está contra-indicado;
- Indicar o isolamento respiratório da mãe, durante os primeiros quatro dias
após o início do exantema;
- Alimentar a criança com leite materno ordenhado durante o período de
isolamento. O leite materno ordenhado pode ser dado à criança, porque a
imunoglobulina A secretória começa a ser produzida com 48 horas do
início do exantema da mãe;
- Indicar o uso de imunoglobulina no bebê. A imunoglobulina pode ser
administrada para prevenir ou modificar o curso da doença em uma
pessoa susceptível dentro de seis dias após a exposição, na dose de 0,25
ml/kg, via intramuscular. Em crianças que receberam imunoglobulina, a
vacina contra o sarampo (se não estiver contra-indicada) deve ser
administrada cinco meses após a administração da imunoglobulina, desde
que a criança tenha ao menos 12 meses de idade.
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9. HEPATITES VIRAIS
a) Hepatite A:
- Manter a amamentação;
- Se o parto ocorrer na fase aguda da doença, o recém-nascido deve receber
imunoglobulina humana em dose adequada, conforme prescrição médica.
b) Hepatite B:
- Não contra-indicar a amamentação desde que:
a) aplicada a vacina contra hepatite B, de preferência antes de 12 horas
de vida;
b) aplicada imunoglobulina específica contra hepatite B ou imunoglobulina
“standart”, conforme prescrição médica, também nas primeiras 12 horas de vida.
- Nos casos de mães com hepatite B diagnosticada durante a amamentação
recomenda-se manter a amamentação.
c) Hepatite C:
- Não contra-indicar a amamentação.
- Em casos de carga viral elevada ou lesões mamilares deve-se considerar
a interrupção temporária da amamentação, até a estabilização do quadro
ou cicatrização do trauma mamilar.
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10. TUBERCULOSE
Mãe contagiante ou bacilífera:
- Manter o tratamento da mãe com as drogas contra a tuberculose;
- Amamentar com o uso de máscara (cobrindo o nariz e a boca) até que a
nutriz deixe de ser bacilífera;
- Diminuir o contato próximo com a criança até que a mãe deixe de ser
bacilífera.
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12. MASTITE
- Esvaziamento completo da mama por meio da manutenção da
amamentação e retirada manual do excesso de leite após as mamadas,
como procedimento de maior importância no tratamento;
- Tratamento sintomático da dor com analgésicos, preferencialmente o
ibuprofeno, fármaco compatível com o aleitamento materno;
- A antibioticoterapia está indicada quando a contagem de células e a cultura
da secreção láctea indicar infecção, quadro clínico significativo desde o
início, fissura visível de mamilos ou se os sintomas apresentados não
melhoram após 12 a 24 horas de tratamento com ordenha. Nesses casos,
devem ser prescritos antibióticos que sejam efetivos contra o S. aureus
produtor de beta-lactamase. Em todos os casos, os antibióticos devem
ser utilizados por, no mínimo, 10 a 14 dias, porque os tratamentos mais
curtos apresentam alta incidência de recorrência.
- Tem sido indicado o emprego de compressas frias em substituição
às quentes, destacando-se particularmente o efeito anestésico local das
compressas frias e o risco de queimaduras das compressas quentes. As
compressas frias devem ser usadas em intervalos regulares de até 2 em 2
horas, entre as mamadas, e durante no máximo 10-15 minutos.
- Como medidas de suporte recomenda-se apoio emocional e outras
medidas como repouso e ingestão abundante de líquidos.
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14. MALÁRIA
- Manter a amamentação;
- Uso de drogas antimaláricas não contra-indicam a amamentação;
- Evitar o uso de sulfonamidas no primeiro mês de lactação.
Mastite Amamentar
Malária Amamentar
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2. Cólica do lactente
- Cólica é diagnóstico de exclusão, descartar causas orgânicas mais
comuns de choro.
- Definida pela “ regra de três “: choro por mais de três horas por dia, por
mais de três dias por semana e por mais de três semanas em um lactente
bem alimentado e saudável em outros aspectos.
- A ingestão de sucos ou frutas cítricas e chocolate aumenta a incidência de
cólicas.
- Surge na segunda semana de vida, não interfere no crescimento e não
apresenta efeitos adversos a longo prazo.
- Conduta: restrição de alimentos da dieta da mãe ? como leite de vaca,
amendoim, soja, ovo, morango. Orientar a mãe para uma alimentação
saudável e variada. Medicamentos: sem eficácia comprovada. Opções:
3. Monilíase/Candidíase
a) Oral
- A saliva do recém-nascido é escassa e ácida, o que facilita o aparecimento
da monilíase oral.
- Lesões brancas, bem delimitadas, com aspecto semelhante ao de grumos
de leite coalhado, facilmente removíveis ( mucosa hiperemiada abaixo das
lesões ). Assintomática ou associada à dor, anorexia e perda da gustação.
- Tratamento: Nistatina suspensão oral: 0,5 ml em cada lado da boca de
4/4 ou 6/6 horas por 7 a 10 dias. Opções: Nistatina R, Micostatin R. Casos
resistentes: Daktarin gel R.
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b) Cutânea
- dermatite perineal ( mais comum ), com lesões bem delimitadas de
ulceração e hiperemia, às vezes, coalescentes; dor e ardência presentes.
- Tratamento: higiene local seguida de aplicação de Nistatina creme tópica
ou Cetoconazol creme : 4 vezes ao dia por 10 dias.
- Tratamento:
a) higiene local
b) troca frequente de fraldas
c) banho de sol
d) Óxido de zinco: aplicar após troca de fraldas. Apresentações
comerciais: Hipoglós R, Topiglós R , Babyglós R.
e) Fraldas de pano: na última enxaguada colocar 2 litros de água para 1
colher das de sopa de vinagre.
5. Obstrução nasal
- Se intensa e constante, suspeitar de atresia de coanas, que pode ser
descartada pela passagem de sonda nasal ou pelo fechamento da boca.
- Prescrever:
a) Solução fisiológica nasal – instilar 5 a 10 gotas em cada narina 8 vezes
ao dia ( alguns minutos antes das mamadas ). Opções comerciais:
Sorine infantil R, Salsep R.
6. Granuloma umbilical
- Tumoração avermelhada, úmida e que pode sangrar ao toque, aparece
após a queda do coto umbilical, no fundo da cicatriz umbilical.
- Tratamento: cauterizações sucessivas com Nitrato de Prata R a 2% em
bastão. Orientar a mãe para aplicar o bastão sobre o granuloma durante 1
minuto/dia até cicatrizar todo o granuloma.
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Idade Evento
8 semanas Sorri em resposta
3 meses Bom contato ocular
5 meses Alcança objetos
10 meses Senta sem apoio
12 meses Anda sem apoio
18 meses Diz palavras isoladas com significado
30 meses Fala frases
VACINAÇÃO
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(5) vacina oral rotavírus humano G1P1 [8] (atenuada): Administrar duas
doses seguindo rigorosamente os limites de faixa etária:
primeira dose: 1 mês e 15 dias a 3 meses e 7 dias;
segunda dose: 3 meses e 7 dias a 5 meses e 15 dias.
O intervalo mínimo preconizado entre a primeira e a segunda dose é de 30
dias. Nenhuma criança poderá receber a segunda dose sem ter recebido
a primeira. Se a criança regurgitar, cuspir ou vomitar após a vacinação não
repetir a dose.
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Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal e Minas
Gerais e alguns municípios dos estados do Piauí, Bahia, São Paulo, Paraná,
Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Para informações sobre os municípios
destes estados, buscar as Unidades de Saúde dos mesmos. No momento
da vacinação considerar a situação epidemiológica da doença. Para os
viajantes que se deslocarem para os países em situação epidemiológica de
risco, buscar informações sobre administração da vacina nas embaixadas
dos respectivos países a que se destinam ou na Secretaria de Vigilância em
Saúde do Estado. Administrar a vacina 10 (dez) dias antes da data da viagem.
Administrar reforço a cada dez anos após a data da última dose.
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(3) vacina febre amarela (atenuada): Indicada 1 (uma) dose aos residentes
ou viajantes para as seguintes áreas com recomendação da vacina: estados
do Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Maranhão,
Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal e Minas Gerais e
alguns municípios dos estados do Piauí, Bahia, São Paulo, Paraná, Santa
Catarina e Rio Grande do Sul. Para informações sobre os municípios
destes estados, buscar as Unidades de Saúde dos mesmos. No momento
da vacinação considerar a situação epidemiológica da doença. Para os
viajantes que se deslocarem para os países em situação epidemiológica de
risco, buscar informações sobre administração da vacina nas embaixadas
dos respectivos países a que se destinam ou na Secretaria de Vigilância em
Saúde do Estado. Administrar a vacina 10 (dez) dias antes da data da viagem.
Administrar dose de reforço, a cada dez anos após a data da última dose.
Precaução: A vacina é contra indicada para gestante e mulheres que
estejam amamentando. Nestes casos buscar orientação médica do risco
epidemiológico e da indicação da vacina.
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A reação de uma criança pela morte de um ente querido pode ser muito diferente
da reação das pessoas adultas. As crianças de idade pré-escolar acreditam que
a morte é temporária e reversível; esta crença está reforçada pelos personagens
em desenhos animados que “morrem e revivem” várias vezes. Silenciar sobre a
morte pode acarretar perturbações no desenvolvimento da criança que se tornam
evidentes, sobretudo quando ela passa por certas experiências, como a perda e
o luto. Alguns fatores que podem influenciar no processo de luto e nas reações
da criança são: sua idade, etapa de desenvolvimento, estabilidade psicológica
e emocional e a intensidade dos laços afetivos, além do tipo de comunicação
que se desenvolve dentro da família. As reações mais frequentes da criança
frente à morte são: manifestações somáticas, reações hostis em relação ao morto
por se sentir abandonada por este (sobretudo se foi um dos progenitores que
morreu), reações hostis aos outros, idealização das qualidades do ente perdido,
identificação com ele, pânico decorrente da vivência do desamparo e culpa.
- Até os 5 anos, ela não tem noção da morte como definitiva: associa-se
à separação e percebe-a como temporária e reversível. Bebês e crianças
pequenas que perderam uma pessoa amada sentem pesar e passam por
períodos de luto tal como o adulto. Quatro etapas principais no processo de
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Preparar como?
Como experiência simples - um brinquedo que quebra a necessidade de
abandonar a chupeta, etc. -, as crianças vão aprendendo que tudo tem um
tempo de duração. A idéia de que a vida tem limite pode ser introduzida através
de exemplos reais: a flor colocada no vaso que, depois de seca, é jogada fora;
a folhinha que cai da árvore; a formiguinha que não deve ser pisada.
Isso é importante para que o primeiro contato da criança com a morte não seja
apenas quando alguém da família morre. Porém, diante da morte de uma
pessoa próxima, é melhor falar a verdade sempre.
O que fazer?
- É de extrema importância que o adulto, ao atuar como facilitador no
processo de luto da criança, compartilhe a dor pela perda da pessoa
querida e favoreça a comunicação, buscando amenizar o sofrimento. A
negação da morte por longo período, que serve para evitar as demonstrações
de tristeza, não é saudável e pode resultar em problemas mais severos
no futuro. Uma vez que a criança aceita a morte, é normal que manifeste
sua tristeza. Depois da morte de um dos pais, muitas crianças agem como
se tivessem idade menor (regressão). A criança temporalmente age de
maneira mais infantil. Não se deve obrigar a uma criança assustada a ir
ao velório ou ao enterro, entretanto, se recomenda que se a faça
participar de alguma cerimônia como, por exemplo, rezar uma prece ou
visitar a sepultura. Tratar da morte, com mais naturalidade requer uma
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Lembre-se...
A criança precisa de espaço para a dor e o choro. Isso permite que ela saia
do luto mais facilmente. Chorar e sofrer com ela pode ser ótimo. Deve-se,
porém, deixar claro que a dor é grande, mas passa, e a vida continua de
outro jeito.
A grande maioria das lesões ocorre no sexo masculino (70%) e a idade média
de ocorrência é de 13 anos nos homens e 12,4 nas mulheres. Os estiramentos
musculares e os entorses articulares respondem por cerca de 32% destes
casos, enquanto as fraturas representam 29%, as contusões 19%, escoriações
e lacerações 10%.
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Idade: o início da prática esportiva muito cedo pode não ser benéfico para a
criança. A participação em esportes coletivos normalmente é recomendada
após os 6 anos de idade
13 anos Competitivos
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Mitos
A suplementação com nutrientes essenciais ou suplementos comerciais não
implementa a performance em jovens bem nutridos e fisicamente ativos, embora
alguns suplementos como a creatina e a sobrecarga de carboidratos possam
ter efeitos ergogênicos em certas circunstâncias e em determinados indivíduos.
Introdução
As hiperlipidemias são um grupo de doenças caracterizado pela excessiva
produção ou diminuição do clearence de uma ou mais classes de lipoproteínas
plasmáticas. Há várias evidências da importância da hiperlipidemia para a
ocorrência da aterogênese na criança e no adolescente. Estudos experimentais
mostram, inicialmente, a infiltração de lipídeos e de proteoglicanos na
camada íntima dos vasos e, posteriormente, infiltração de macrófagos e
formação de células espumosas. A presença de hiperlipidemia na gestante
pode determinar a formação de estrias gordurosas vasculares nos fetos. A
dislipidemia pode se iniciar na infância e manter a característica durante o
crescimento e desenvolvimento e é mais frequente em famílias com história de
aterosclerose precoce ou dislipidemia. Esses pacientes apresentam, na vida
adulta, maiores espessuras da camada média e íntima das artérias e mostram
que a dislipidemia isolada na infância pode influir na velocidade de instalação
da aterosclerose.
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Diagnóstico de Dislipidemia
Segundo a I Diretriz Brasileira para a Prevenção da Aterosclerose na Infância
e Adolescência, deve-se solicitar o perfil lipídico para crianças de 2 a 10 anos
de idade quando houver:
• pais ou avós com história de aterosclerose precoce (idade menor que 55 anos);
• pais com valores de colesterol total acima de 240 mg/dl;
• outros fatores de risco, como hipertensão arterial, obesidade, tabagismo
ou dieta rica em gorduras saturadas e/ou ácidos graxos trans;
• uso de drogas ou crianças portadoras de doenças que cursam com
dislipidemia (tabela 2).
• possuam manifestações clínicas de dislipidemias (xantomas, xantelasmas,
arco corneal, dores abdominais recorrentes, pancreatites)
• história familiar desconhecida.
Além das situações anteriormente descritas, todas as crianças devem ter
determinados seus níveis de colesterol total em jejum aos 10 anos de idade.
Para avaliação dos resultados do perfil lipídico, são considerados os valores
de referência descritos na Tabela 1. Usualmente, utiliza-se a fórmula de
Friedewald para o cálculo do LDL colesterol. Em crianças ou adolescentes
com diabetes mellitus ou hipertrigliceridemia (acima de 400 mg/dl), o LDL
colesterol deve ser determinado diretamente.
Fórmula de Friedewald
LDL = CT – (HDL + TG/5)
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Dieta
A profilaxia da hiperlipidemia deve ter início desde o nascimento, com a
recomendação da amamentação do lactente. O leite materno é rico em gorduras
saturadas, porém o perfil lipídico dos adolescentes que foram amamentados
ao seio é melhor que o dos adolescentes alimentados com leite de vaca.
Aparentemente, os níveis mais elevados de colesterol nos amamentados pode
induzir à regulação endógena do metabolismo dos lipídes ao longo da vida. As
crianças amamentadas têm menor possibilidade de ingerir dietas hipercalóricas,
reduzindo o risco de obesidade e de hiperlipidemia. Deve haver orientação
aos lactentes obesos e/ou hiperlipêmicos, porém não é realizada restrição
dietética nos dois primeiros anos de vida, pois a ingestão de gorduras nessa
fase é fundamental para a mielinização do sistema nervoso central.
A partir dos 2 anos de idade, os hiperlipêmicos devem receber orientação
alimentar qualitativamente adequada e com restrição moderada de gorduras, o
que pode determinar diminuição dos níveis de colesterol sérico sem prejuízo do
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Atividade física
Não há consenso sobre a diminuição dos níveis de colesterol total e LDL-
colesterol com a prática esportiva, mas a semelhança das recomendações
para adultos é indicada tanto na prevenção quanto no tratamento coadjuvante
das dislipidemias na criança e no adolescente.
Atualmente, recomenda-se uma hora por dia de atividade física moderada
a intensa para a criança hiperlipêmica. Simultaneamente, deve haver
redução para, no máximo, duas horas/dia de atividades sedentárias, como
televisão, jogos eletrônicos e computador.
Tratamento farmacológico
As indicações de uso de drogas hipolipemiantes em crianças e adolescentes
são as seguintes:
• LDL-colesterol > 160 mg/dl e história familiar de doença coronariana
prematura ou dois ou mais fatores de risco (HDL-colesterol < 35,
tabagismo, hipertensão arterial, obesidade, níveis elevados de lipoproteína A,
homocisteína e proteína C reativa);
• LDL-colesterol > 190 mg/dl;
• LDL-colesterol > 130 mg/dl quando associado à diabetes mellitus, infecção
pelo HIV, síndrome nefrótica e lúpus eritematoso sistêmico.
As drogas disponíveis para utilização em crianças e adolescentes estão
listadas na tabela 3.
Quando são preenchidos os critérios para uso de hipolipemiante, há
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Suspeita de abuso
Outras evidências podem levar a suspeita de que uma criança ou adolescente
possa estar sofrendo alguma forma de abuso, aqui entendido como qualquer
forma de maus-tratos físico, emocional ou sexual - como o aparecimento de:
- Agressividade excessiva;
- Marcas de chupadas e mordidas auto-infligidas;
- Distúrbios de fala e de sono;
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2. Ação
- Procure estabelecer limites.
- Saiba quais programas seus filhos estão assistindo.
- Auxilie na escolha do que eles vão assistir.
3. Outras recomendações
- Recomenda-se não assistir à televisão em plena obscuridade.
- Manter distância do aparelho de 2,5 a 3 metros.
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- Segunda consulta: deve ser realizada 15 dias após a alta para avaliar:
a) integração do bebê na rotina diária do ambiente familiar;
b) revisar, sumariamente, as condições clínicas de alta;
c) ratificar as orientações sobre a postura, estimulação visual e auditiva,
enfatizando os propósitos de um acompanhamento a longo prazo.
Crescimento
* Idade corrigida = idade cronológica – ( 40 semanas – idade gestacional
em semanas )
* O primeiro parâmetro a se recuperar é o perímetro cefálico, seguido pelo
comprimento e depois pelo peso.
* Idade corrigida = idade gestacional – idade cronológica em dias ou
* Idade corrigida = idade gestacional – referencial de 40 semanas (
ex.: prematuro com 32 semanas de idade gestacional e 3 meses de idade
cronológica terá 1 mês de idade corrigida ).
A Idade Gestacional Corrigida ( IGC ) é usada para:
- PC: até 18 meses.
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3. Anemia ferropriva
- Inicia por volta da sexta semana de vida, quando o prematuro já adquiriu a
capacidade de produzir eritropoietina.
- Anemia hipocrômica/microcítica, redução dos reticulócitos e das reservas
de ferro.
- Ferritina sérica: dosar aos 12 meses de IGC.
- Hemoglobina, hematócrito e reticulócitos: aos 3, 6 e 12 meses de IGC.
- Tratamento: ferro elementar na dose de 4 a 6 mg/Kg/dia durante 3 a 6
meses. A normalização da hemoglobina ocorre após seis semanas. Após
esse período, manter a suplementação profilática de ferro até os 2 anos de idade.
Apresentações: Fer in sol R, sulfato ferroso R, Noripurum R, Novofer R.
Situação Recomendação
Lactentes nascidos a termo, de Não indicado
peso adequado para a IG, em
aleitamento materno exclusivo até 6
meses de idade
Lactentes nascidos a termo, de Não indicado
peso adequado para a IG, em uso
de fórmula infantil até 6 meses e a
partir do 6º mês se houver ingestão
mínima de 500 ml de fórmula/dia
Lactentes nascidos a termo, 1 mg/Kg/dia até 2 anos de idade ou
de peso adequado para a IG, a 25 mg de ferro/semana até 18meses
partir da introdução de alimentos de idade
complementares
Prematuro > 1.500g e RN de baixo 2 mg/Kg/dia durante todo o primeiro
peso, a partir do 30º dia de vida ano de vida. Após esse período, 1
mg/Kg/dia até 2 anos de idade
• O Comitê de Nutrição da Academia Americana de Pediatria recomenda as
seguintes doses, mais elevadas no primeiro ano de vida, para RNMBP:
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4. Vitaminas
Suplementação de vitamina D deve iniciar com 7 dias de vida e manter até
2 anos de idade.
Dose: 400 UI a 800 UI/dia. Ver apresentações comerciais na consulta do
primeiro mês do texto de puericultura do RN normal anteriormente.
5. Sequelas neurossensoriais
a) Sequelas visuais: ver técnica de exame oftalmológico do RNPT
anteriormente.
Lembrar que esses pacientes estão sujeitos a alterações da acuidade
visual, principalmente os displásicos; glaucoma relacionado a ROP; erros
de refração; estrabismo, entre outros.
b) Prevenção de surdez: ver triagem auditiva universal de recém-nascidos
anteriormente.
- Acompanhamento audiológico e fonoaudiológico possibilita a melhor
recuperação do desenvolvimento auditivo e de linguagem.
c) acompanhamento neurológico
- Valorizar a opinião dos pais.
- Reações posturais de alerta:
* 3 meses de idade corrigida: predomínio do tônus passivo;
* 6 meses de idade corrigida: hiperextensão (aponta para pior desenvolvimento).
* Teste de Denver II: aplicada por pediatras, abrange setores motor, adaptativo,
pessoal, social e de linguagem. É anormal quando falha em dois ou mais
itens de cada setor.
* Atraso cognitivo pode ser visto nos primeiros 2 anos de vida; na idade
escolar aparecem problemas educacionais, sendo distúrbio de
hiperatividade e déficit de atenção os mais frequentes.
6. Sinais de alerta:
a) crianças que não ganham peso ou que apresentam perda > 10% após
a alta.
b) crianças com aumento do PC proporcionalmente menor do que o do
peso e da estatura; aumento do PC inferior a 1,1/1,5 cm por semana
nos RNs > 1.500g; PC abaixo da curva aos 5 a 6 meses de idade.
c) RNs pré-termo ( PT ) que não apresentam “ catch-up “ expressivo ao
fim do 1º ano de vida.
d) aumento do PC > 1,75 cm por semana.
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OBSERVAÇÕES
1. RECÉM-NASCIDO HOSPITALIZADO deverá ser vacinado com as vacinas
habituais, desde que clinicamente estável. Não usar vacinas de vírus vivos:
pólio oral e rotavírus.
2. PROFISSIONAIS DE SAÚDE E CUIDADORES: todos os funcionários da
Unidade Neonatal, pais e cuidadores devem ser vacinados contra o
influenza e receber uma dose da vacina tríplice acelular do tipo adulto, a
fim de evitar a transmissão da influenza e da coqueluche ao recém-nascido.
3. VACINAÇÃO EM GESTANTES E PUÉRPERAS A imunização da gestante
contra a influenza é uma excelente estratégia na prevenção da doença
em recém-nascidos nos primeiros seis meses de vida, época que ele ainda
não pode receber a vacina. A prevenção do tétano neonatal não deve ser
esquecida, e o momento do puerpério é oportuno para receber as vacinas
contra doenças para as quais a puérpera seja suscetível: hepatite B,
hepatite A, rubéola, sarampo, caxumba, varicela, coqueluche e febre amarela.
COMENTÁRIOS
1. BCG: poucos estudos mostram eventual diminuição da resposta imune ao
BCG em menores de 1.500 g a 2.000 g. Por precaução, aguardar 2.000 g
ou idade de um mês para vacinar.
2. HEPATITE B: os RNs de mães portadoras do vírus B devem receber ao
nascer, além da vacina, imunoglobulina específica para hepatite B (HBIG)
na dose de 0,5 mL via intramuscular até no máximo sete dias de vida.
Devido a menor resposta à vacina em bebês nascidos com idade
gestacional inferior a 33 semanas e/ou com menos de 2.000 g,
desconsidera-se a primeira dose e aplicam-se mais três doses (esquema
0-1-2 e a última dose de seis a 12 meses após a primeira dose). Esquema
da Associação Brasileira de Imunizações (SBIm): aplicar a primeira dose
(dose 0) na maternidade e, posteriormente, as outras duas doses (esquema
0-1-6 meses). Nos recém-nascidos com menos de 33 semanas de gestação
e/ou com menos de 2.000 g de peso ao nascimento, usar o esquema com
quatro doses (esquema 0-1-2-7 meses).
3. PALIVIZUMABE: não se trata de uma vacina, mas de imunobiológico
para imunização passiva com anticorpo monoclonal contra o vírus
sincicial respiratório (VSR), para o RN pré-termo de risco, nos meses de
maior circulação do VSR em nosso país (março a setembro). É altamente
recomendado para prematuros com idade gestacional menor de 28
semanas com até um ano de idade, e para RN com displasia
broncopulmonar e cardiopatas em tratamento clínico nos últimos seis
meses com até dois anos de idade. É recomendado para os demais
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prematuros até o sexto mês de vida, especialmente para aqueles com idade
gestacional de 29 a 32 semanas, ou maiores de 32 semanas que
apresentem dois ou mais fatores de risco: criança institucionalizada,
irmão em idade escolar, poluição ambiental, anomalias congênitas de vias
aéreas e doenças neuromusculares graves. Emprega-se a dose habitual
de 15 mg/kg de peso, em cinco doses mensais consecutivas, aplicadas
por via intramuscular.
4. PNEUMOCÓCICA CONJUGADA: RNs pré-termos e de baixo peso
apresentam maior incidência de doença pneumocócica invasiva, cujo
risco aumenta quanto menor a idade gestacional e o peso ao nascimento.
Iniciar o mais precocemente possível( aos dois meses). Respeitando a
idade cronológica. Três doses: aos 2,4, e 6 meses e um reforço aos 15 meses.
5. INFLUENZA: a indicação rotineira da vacina contra a influenza em lactentes
de seis a 23 meses é reforçada nos prematuros, pois estes apresentam
maior morbidade e mortalidade
nas infecções por esse vírus. Deve-se sempre respeitar a sazonalidade da
doença. Respeitar a idade cronológica. Duas doses a partir dos seis meses
com intervalo de 30 dias entre elas.
6. POLIOMIELITE: devido ao risco teórico de disseminação do vírus vacinal
em população de imunodeprimidos (UTI neonatal, por exemplo), o uso
da vacina oral está contraindicado enquanto o RN permanecer
hospitalizado. Utilizar somente vacina inativada (injetável) em RNs
internados em UTI neonatal.
7. ROTAVÍRUS: por se tratar de vacina de vírus vivos atenuados, a imunização
contra o rotavírus só deve ser realizada após a alta hospitalar, respeitando-
se a idade limite para administração da primeira dose.
8. TRÍPLICE BACTERIANA: a utilização de vacinas acelulares reduz o risco de
apneias e episódios convulsivos pós-aplicação da vacina tríplice
bacteriana. Dar preferência às vacinas acelulares.
DEMAIS VACINAS: o calendário infantil deve ser seguido de acordo com a
idade cronológica.
A resposta imune às demais vacinas pode ser menor, mas em geral atinge
níveis satisfatórios de proteção.
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Consulta x X x x x X x X x x x
ambulatorial
Antropometria x X x x x X x X x x x
US crânio X x X
Mapeamento X x X X x
da retina
Avaliação X X x
Auditiva
RX ossos X X x
longos
Determinação X X x
Ca, P e FA
Hemograma e X X X x
reticulócitos
Ferritina sérica X X x
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TABELAS
PERÍMETRO CEFÁLICO
MENINOS
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MENINAS
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