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1. INTRODUÇÃO
Uma Unidade Básica de Saúde (UBS) é uma unidade de atenção primária à
saúde, que é a porta de entrada para o sistema público de saúde , onde são
responsáveis pelo atendimento médico básico, preventivo e curativo da população,
com uma equipe de profissionais de saúde que inclui médicos, enfermeiros, técnicos
de enfermagem, dentistas, entre outros.
A Atenção Básica é considerada atualmente como o primeiro nível de atenção
em saúde descrita por um conjunto de atividades de saúde, na esfera individual e
coletiva, que engloba a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o
diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a manutenção da
saúde com o propósito de apresentar uma atenção completa que provoque
positivamente na situação de saúde das coletividades.
A Atenção Básica à Saúde (UBS) é prestada pelas equipes de Atenção
Básica, pelos Núcleos de Apoio as equipes de Saúde da Família e pelas equipes
dos Consultórios na rua. Em conjunto todas realizam a atenção de uma população
inerente que está em uma gleba definida. Reconhecem, portanto, a responsabilidade
sanitária e o cuidado para com estas pessoas, e trabalham conforme a população
existente no território em que vivem estes cidadãos. A Atenção Básica sendo assim
deverá ser o meio preferencial dos usuários com o SUS, sabendo que o mesmo é a
principal porta de entrada das redes de atenção à saúde.
As Unidades Básicas de Saúde (UBS) são o local primordial de atuação das
equipes de Atenção Básica. O objetivo da atenção básica ou atenção primária em
saúde é orientar sobre a prevenção de doenças, dar desfeche aos possíveis casos
de agravos e encaminhar os mais graves para níveis de atendimento superiores em
complexidade. Sendo assim é possível afirmar que a atenção básica trabalha como
um filtro que é capaz de organizar o fluxo dos serviços nas redes de saúde, sendo
eles dos mais simples aos mais complexos.
Nas Unidades Básicas de Saúde, são realizados atendimentos básicos e
gratuitos em Clínica Geral, Enfermagem e Odontologia. Dentre os principais serviços
oferecidos destacam-se por ser realizados em maior demanda: Consultas de
enfermagem, consultas médicas, injeções, curativos, vacinas, coleta de exames
laboratoriais quando necessário tratamento odontológico, encaminhamentos para
especialidades quando indispensável e fornecimento de medicação básica. Em
suma a atenção primária é constituída pelas unidades básicas de saúde (UBS) e
equipes de atenção básica, enquanto o nível intermediário de atenção fica a cargo
do Serviço do Atendimento Móvel a Urgência.
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2. RELATO DAS AÇÕES DESENVOLVIDAS


2.1 Pré-natal
O acompanhamento pré-natal engloba o acolhimento das necessidades da
gestante, companheiro e familiares quando relacionados à gravidez, parto e
puerpério.

Deverão ser esclarecidas queixas e dúvidas, criando um ambiente empático e


receptivo, que motive a adesão ao programa e acompanhamento das consultas e
ações educativas. Sugere-se que a atenção pré-natal de baixo risco possa ser
realizada pelo médico e pela enfermeira, de forma compartilhada, intercalando e/ou
dividindo as ações, complementado por atuação de agente de saúde e outros
profissionais conforme o caso exigir. A assistência de enfermagem as gestantes se
iniciam com o Beta HCG confirmado. O enfermeiro é o principal responsável no
acompanhamento de gestante de baixo risco, realizando consultas mensais até a 28°
semana, consultas quinzenais entre a 28° e a 36° semana e consultas semanais
entre a 36° e 41° semana onde serão identificadas quaisquer anormalidades que
possam acarretar danos materno e fetal.
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2.2 Puericultura
A puericultura foi um momento muito enriquecedor, que contribuiu bastante
para minha trajetória de acadêmica, pois passamos a enxergar a realidade,
presenciar e viver um pouco de cada momento.
A consulta acontece a cada mês e é realizada com o enfermeiro da unidade,
para avaliar e acompanhar o crescimento e desenvolvimento da criança. Nelas são
usados os métodos propedêuticos: inspeção, palpação, percussão e ausculta.
Através disso o profissional pode detectar e tratar doenças precocemente.
É importante, ao realizar a consulta, observar fatores de risco e
vulnerabilidade da criança e sempre realizar orientações ao responsável, quanto a
nutrição adequada, imunização e higiene, pois a puericultura é uma prática que
consiste na promoção e proteção da saúde da criança.
2.3 Sala de vacina
O Programa Nacional de Imunização (PNI) sugere que as atividades
realizadas em sala de vacina sejam executadas por profissionais de enfermagem
capacitados para o manuseio, conservação e administração das vacinas. O
enfermeiro é o responsável pela supervisão das atividades que são dispostas na
sala de vacina e pela educação permanente da equipe estabelecida através da
Resolução nº 302 de 2005 pelo Conselho Federal de Enfermagem (COFEN),
orientando quanto a efeitos adversos pós administração de determinadas vacinas.
Foi realizado avaliação das cadernetas da gestante da criança, do adulto e do idoso,
visita domiciliar para administração de vacinas quando necessário, educação em
saúde, atualização das cadernetas em atraso e cuidados relacionados a
manutenção das vacinas.
2.4 Visita domiciliar
A visita domiciliar é realizada por uma equipe multidisciplinar com indicações
precisas, realizando acompanhamento de doentes crônicos e acamados.
Na unidade as visitas são agendadas pelo ACS de cada área. É realizada
com cada profissional de acordo com a necessidade de cada paciente.
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No acompanhamento da puérpera, as visitas são feitas com médico,


enfermeira e ACS, para avaliar a mãe e o bebê e orientar em relação aos cuidados
com o RN e o período do puerpério.
2.5 Curativo
Em relação ao curativo, vivenciei a prática juntamente com a enfermeira da
UBS, onde observei e pratiquei várias técnicas, tendo na maioria das vezes a
assistência ao paciente com lesão por pressão.
Um ponto importante foi a questão do acolhimento e humanização; que é um
processo necessário e importante no contexto da evolução da saúde do paciente.
Sendo o curativo uma proteção de lesão contra ação de agentes externos,
físicos, mecânicos ou biológicos, pude aprender como realizá-lo, avaliando o
ferimento e orientando ao familiar do paciente como cuidar diariamente em casa.
2.6 Citológico
O exame de citologia é um pouco desconfortável, mas é necessário que a
mulher esteja em dia com o resultado. Antes que o enfermeiro comece a fazer a
citologia é importante a orientação sobre o procedimento.
Durante o período em que passei na UBS, tive a oportunidade de realizar
citologia e avaliar o colo uterino de forma visível. No decorrer da coleta é importante
que a mulher esteja relaxada, para facilitar a coleta.
Após a realização do exame a amostra será enviada para análise.

3. AUTOAVALIAÇÃO DO PROCESSO DE APRENDIZAGEM

Diante da experiência de estágio pode-se compreender com mais clareza, as


diferentes atuações do enfermeiro em uma UBS , onde foi possível observar a
grande importância da primeira porta de entrada do sistema único de saúde
(SUS) .Onde percebe-se o quanto é importante e valiosa para um acadêmico
vivenciar toda a rotina de uma UBS, adquirindo conhecimentos e observando as
coisas boas que levamos para nossa vida profissional.
É um momento cheio de medo e insegurança, um misto de sentimentos, mas
é lá que nos tornamos um profissional e nos emponderamos como um verdadeiro
enfermeiro da unidade.
É muito importante a coragem que as enfermeiras passam para o acadêmico,
nos dando força e nos incentivando a fazer os procedimentos, nos ensinando a
executar com técnicas corretas. Isso nos faz saber que somos inteligentes e fortes o
suficente para a profissão que escolhemos . O estágio não é fácil, mas é prazeroso,
voltamos cheios de conhecimentos que ninguém jamais conseguirá tirar.
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4.CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do exposto, no relatório em questão pode-se observar a relevância da
enfermagem no processo de prevenção, proteção e promoção à saúde, relacionada
presença deste profissional em uma unidade básica de saúde, evidenciado pelo
sucesso de problemáticas solucionadas. Durante o estágio pude tirar minhas
dúvidas e aplicar na prática o que havia aprendido, executando com coragem e
segurança cada procedimento ,conhecendo novas pessoas , me relacionando bem
com a equipe e no ambiente de trabalho.

Por tanto este relatório é de extrema importância por contribuir com a


percepção do enfermeiro onde o mesmo é imprescindível no exercício de sua
profissão, não abstendo da procura de especializações e capacitações, pois
rotineiramente os desafios sempre surgirão e será necessário ter visão crítica e
autonomia. Sendo assim, compete ao profissional de nível superior de enfermagem
estabelecer planos e metas assistenciais, de gerência, de participação no processo
da construção da territorialização e cadastramento das famílias, buscando
desenvolver ações de cuidado à população, participando de maneira integrativa no
que diz respeito ao acolhimento, realizando busca ativa de casos, notificando e
investigando casos que possam surgir, realizando reuniões com toda equipe os
incentivando também a participar de modo a manter um serviço de qualidade. Logo, a
experiência foi de extrema importância contribuindo para o desenvolvimento
profissional e pessoal.
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5.REFERÊNCIAS

ALMEIDA, J. R. DE; VIANINI, M. C. DOS S.; SILVA, D. M.; MENEGHIN, R. A.;


SOUZA, G. DE; RESENDE, M. A. O enfermeiro frente às práticas integrativas e
complementares em saúde na estratégia de saúde da família. Revista Eletrônica
Acervo Saúde, n. 18, p. e77, 10 dez. 2018.

BRASIL. 6 BVS Atenção Primária em Saúde – Traduzindo o conhecimento cientifíco


para a prática dos cuidados em saúde/ Quais as atribuições específicas dos
profissionais do programa saúde da família? - Núcleo de Telessaúde Rio Grande do
Sul | 10 ago 2009 | ID: sof-2240 Disponível em: Acesso em: 23 nov. 2022

Brasil. Ministério da Saúde. Caderno do gestor do PSE / Ministério da Saúde,


Ministério da Educação. – Brasília : Ministério da Saúde, 2015. 68 p. : il. ISBN 978-
85-334-2233-9 1. Saúde na Escola. 2. Promoção em Saúde. 3. Programa Saúde
na Escola (PSE). I. Ministério da Educação. II. Título. CDU 614:37

GOMES, E. S; ANSELMO, M. E. O; FILHO, W. D. L. - AS REUNiÕES DE EQUIPE


COMO ELEMENTO FUNDAMENTAL NA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO - Rev.
Bras Enferm , Brasília, v. 53, n. 3, p. 472-480, Jul/set 20007
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6. ANEXO

Primeiro dia de Estágio Ultimo dia de Estágio

Orientações Sobre Tuberculose


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Outubro Rosa

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