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RESUMO
Objetivo: verificar o uso dos métodos não farmacológicos no alívio da dor em pacientes
atendidas em um centro de parto normal. Método: estudo quantitativo, descritivo, realizado
com 269 mulheres. As variáveis foram socioeconômicas, obstétricas e sobre o uso dos métodos
não farmacológicos. A análise foi descritiva. Resultados: a média de idade foi 25,8 anos (±5,6),
58,0% se autodeclararam brancas; 33,1% possuíam ensino médio incompleto; 84,0% estavam
em uma união estável; 52,8% possuíam uma renda familiar mensal de até um salário-mínimo;
81,0% das puérperas realizaram mais de seis consultas pré-natal. Quanto ao uso dos métodos
não farmacológicos, 59,9% fizeram uso durante o trabalho de parto. Conclusão: os achados
demonstram que os métodos não farmacológicos ainda necessitam ser mais valorizados pelos
profissionais durante a assistência ao parto e nascimento.
Descritores: Enfermagem obstétrica; Parto humanizado; Dor do parto; Humanização da
assistência
ABSTRACT
Objective: to verify the use of Non-Pharmacological Methods for pain relief in patients attended at
a Normal Delivery Center. Method: this is a quantitative, descriptive study carried out with 269
women. A semi-structured questionnaire was applied with socioeconomic, obstetric and questions
about the use of Non-Pharmacological Methods. Results: it was found that the mothers' age was
25.8 years (±5.6), most were white (self-reported) (58.0%), had incomplete high school (33.1%),
were in a stable union (84.0%) and had a family income receive up to one minimum wage (52.8%),
81.0% of the puerperal women had more than six prenatal consultations. As for the use of non-
pharmacological methods, 59.9% used non-pharmacological methods during labor. Conclusion:
the findings of the present study demonstrate that non-pharmacological methods still need to be
more valued by professionals during delivery and birth care.
Descriptors: Obstetric nursing; Humanizing delivery; Labor pain; Humanization of assistance
1 Complexo de Ensino Superior de Cachoeirinha (CESUCA). Cachoeirinha, Rio Grande do Sul (RS). Brasil (BR). E-mail:
brunadesouza311@gmail.com ORCID: 0000-0002-3882-3403
2 Complexo de Ensino Superior de Cachoeirinha (CESUCA). Cachoeirinha, Rio Grande do Sul (RS). Brasil (BR). E-mail:
maraccicamila@gmail.com ORCID: 0000-0003-4968-2690
3 Complexo de Ensino Superior de Cachoeirinha (CESUCA). Cachoeirinha, Rio Grande do Sul (RS). Brasil (BR). E-mail:
dayane.cicolella@cesuca.edu.br ORCID: 0000-0001-7912-1216
4 Complexo de Ensino Superior de Cachoeirinha (CESUCA). Cachoeirinha, Rio Grande do Sul (RS). Brasil (BR). E-mail:
marcia_dornelles@yahoo.com.br ORCID: 0000-0002-0591-4827
Como citar: Souza B, Maracci C, Ciconella DA, Mariot MDM. Uso de métodos não farmacológicos de alívio
da dor no parto normal. J. nurs. health. 2021;11(2):e2111219428. Disponível em:
https://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/enfermagem/article/view/19428
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RESUMEN
Objetivo: verificar el uso de Métodos No Farmacológicos para el alivio del dolor en pacientes
atendidos en un Centro de Parto Normal. Método: estudio descriptivo, cuantitativo, realizado con
269 mujeres. Se aplicó un cuestionario semiestructurado con preguntas socioeconómicas,
obstétricas y sobre el uso de Métodos No Farmacológicos. Resultados: se encontró que la edad de
las madres era de 25.8 años (±5.6), la mayoría eran blancas (autodeclaradas) (58.0%), tenían una
escuela secundaria incompleta (33.1%), estaban en una unión estable (84.0%) y un ingreso
familiar que recibía hasta un salario mínimo (52.8%), el 81.0% de las mujeres puerperales tuvieron
más de seis consultas prenatales. 59.9% usó métodos no farmacológicos durante el parto.
Conclusión: los hallazgos del presente estudio demuestran que los métodos no farmacológicos aún
deben ser más valorados por los profesionales durante el parto y la atención del parto.
Descriptores: Enfermería obstétrica; Parto humanizado; Dolor de parto; Humanización de la
atención
INTRODUÇÃO
O parto representa o fim de um e conhecer seu papel, sua importância
ciclo e o começo de outro, onde emerge neste momento. Assim, promovendo um
uma nova vida de um ser que menor risco de intervenções
teoricamente passa a ser independente obstétricas.2
do corpo da mulher. Por se tratar de um Na década de 1980, começam
momento único, os profissionais da iniciativas para implementação do
saúde devem estar atentos ao cuidado modelo Centro de Parto Normal (CPN),
integral à mulher e ao bebê, um simples proposto pelo Ministério da Saúde (MS),
toque físico como segurar a mão em um local onde atuariam enfermeiras
momento de dor, transmitindo obstetras, prontamente capacitadas para
confiança a essa parturiente, fornece o atendimento ao parto de baixo risco.
estrutura emocional para que ocorra a Este modelo foi idealizado com o
diminuição do estresse, medo, ansiedade objetivo de reduzir as intervenções e as
e consequentemente a dor no Trabalho cesáreas como prática rotineira,
de Parto (TP). Nesse contexto, cabe garantindo uma assistência ao parto de
ressaltar que o acompanhante escolhido qualidade e com melhor ambiência.3
pela paciente possui impacto para a
melhoria do processo de parturição e O CPN pode estar inserido no
alívio da dor.1 ambiente intra-hospitalar ou peri-
hospitalar. Nos casos em que ele se
A Organização Mundial de Saúde localiza perto da maternidade deve
(OMS), após a publicação da Assistência haver um planejamento alinhado a rede
ao parto normal: um guia prático de apoio hospitalar como referência
preconiza que a parturiente pode ter um caso a paciente necessite de ser
acompanhante de sua escolha, não transferida ou a equipe necessite de
necessariamente o pai do bebê. Segundo suporte. Cabe ressaltar que, o um dos
a OMS, o importante é que nesse principais objetivos do CPN é a busca
momento a paciente se sinta acolhida e por um atendimento com base em
com seu bem-estar preservado. O evidências científicas e adequados à
acompanhante deve ajudar a parturiente
Tabela 2: Motivos pelos quais as parturientes não fizeram uso de MNF para alívio da dor durante o parto.
Alvorada/RS, 2019.
Variável N(%)
Não fizeram uso dos métodos não farmacológicos para alívio da dor 108 (100)
Não foi oferecido 45 (41,7)
Não quiseram utilizar 10 (9,2)
Não deu tempo de utilizarem 38 (35,2)
Não utilizaram por outros motivos 15 (13,9)
Fonte: dados da pesquisa, 2019.
Tabela 3: Tipo de métodos não farmacológicos para alívio da dor utilizados no trabalho de parto.
Alvorada/RS, 2019.
Variável N(%)
Tipo de métodos não farmacológicos para alívio da dor utilizados 161 (100)
Banho de chuveiro 65 (40,6)
Mobilidade materna 23 (14,4)
Técnicas de relaxamento e exercícios respiratórios 26 (16,2)
Massagem 22 (13,1)
Cavalinho 13 (8,1)
Bola suíça 7 (4,4)
Musicoterapia 2 (1,3)
Banqueta 3 (1,9)
Fonte: dados da pesquisa, 2019.