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Prescrição de orientações respiratórias da equipe


de saúde durante o trabalho de parto: um estudo transversal
Ana Eulina de Araújo*
Alexandre Delgado*
Alessandra Boaviagem*
-2018;42(3):
628-641
Saúde,
Mundo
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Andréa Lemos*
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Resumo

A escolha do aconselhamento respiratório durante o parto tem sido controversa. Este estudo teve como objetivo
identificar a prescrição de orientações respiratórias durante o trabalho de parto e avaliar a associação entre a presença
dessas orientações e a satisfação materna. Foi realizado um estudo transversal com 192 puérperas com parto vaginal.
Um questionário e uma escala visual analógica foram utilizados para adquirir as informações socioeconômicas,
identificar as orientações respiratórias recebidas durante o trabalho de parto e a satisfação materna. Foram calculadas
medidas de tendência central, frequências, odds ratio para associações com intervalo de confiança de 95%. A
respiração profunda foi a forma mais indicada (81,25%) e a mais realizada de forma autônoma (15,10%). Orientações
de frequência respiratória rápida e superficial (13,54%) e manobra de Valsalva (93,22%) ainda estavam presentes. As
puérperas que receberam orientações respiratórias no primeiro (OR: 6,28, IC 95% 2,32-16,94) ou no segundo parto
(OR: 4,84, IC95% 1,33 - 17,67) tiveram mais satisfação com o parto. As orientações respiratórias contribuem para
aumentar a satisfação materna no momento do parto.
Palavras-chave: Trabalho de Parto, Respiração, Satisfação pessoal.

INTRODUÇÃO

O trabalho de parto (TP) é comumente associado à início do PT de forma contínua. Essas orientações são
respiratórias
transversal
orientações
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durante
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dor e ansiedade, gerados a partir de uma interação de capazes de produzir efeitos maternos e fetais favoráveis,
fatores fisiológicos, emocionais, subjetivos e sendo uma importante ferramenta para facilitar o
multidimensionais. Esse contexto depende não apenas processo fisiológico do parto6 . Essas diretrizes fazem
da experiência e expectativa única de cada mulher, parte das práticas humanizadas já preconizadas pelo
mas também da assistência prestada no momento do Ministério da Saúde, que visa promover o parto
parto1,2. saudável, com foco na prevenção da morbimortalidade
O descontrole no ciclo respiratório materno gerado materna e perinatal, garantindo a autonomia e satisfação
pela dor visceral durante o PT, assim como os da mulher7 .
comandos respiratórios, podem interferir no desempenho
da gestante durante o processo parturitivo3 . Devido à
resposta neuroendócrina ao estresse gerado e A diminuição dos níveis de ansiedade e controle da
potencializado pela dor e ansiedade, pode ocorrer dor pode ocorrer através do nível de consciência
alcalose respiratória materna e hipocapnia, com materna por meio de frequências e profundidades
aumento do débito cardíaco, aumento da resistência respiratórias adequadas, tornando-a capaz de ajustar a
vascular periférica e da pressão arterial materna, respiração de acordo com a progressão do trabalho de
causando prejuízo na contratilidade e perfusão parto, principalmente durante as contrações. A adoção
uterina4,5. de padrões respiratórios aumenta a oxigenação da mãe
e do bebê, promove o relaxamento, aumenta a confiança
Nesse contexto, orientações respiratórias adequadas e reduz o desconforto, além de proporcionar maior
devem ser oferecidas desde o satisfação no

DOI: 10.15343/0104-7809.20184203628641

* Universidade Federal de Pernambuco - UFPE - Recife (PE), Brasil.


E-mail: andrealemos4@gmail.com
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experiência do parto com benefícios para o neonato8,9. uma escala visual analógica variando de zero a dez,
onde zero é muito satisfeito e dez é total insatisfação10.
Portanto, levantou-se a hipótese de saber quais
orientações respiratórias a equipe de saúde prescreve A análise estatística da amostra foi caracterizada
para gestantes em DP e se essas orientações por medidas de tendência central e foram realizados
aumentam a satisfação materna. Diante do exposto, o os cálculos de frequências para os dados
presente estudo teve como objetivo identificar a socioeconômicos e para os resultados das orientações
presença da prescrição de orientações respiratórias respiratórias. -2018;42(3):
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maternas realizadas pela equipe de saúde durante o Para verificar a associação entre a satisfação puerperal
TP e avaliar a associação entre a presença dessas e a presença das orientações respiratórias no PT
orientações e a satisfação materna. durante o primeiro e segundo partos, foram calculados
os odds ratios (ORs) com intervalo de confiança de
95% utilizando o programa SPSS versão 20.0.

MATERIAIS E MÉTODOS

Trata-se de um estudo transversal envolvendo 192 RESULTADOS

puérperas atendidas em duas maternidades públicas


da cidade do Recife (PE). O cálculo amostral foi obtido Participaram do estudo 192 puérperas com média
por meio do programa Open-epi 3.0, considerando uma de idade de 23,67 + 5,74 anos, 51% eram primíparas,
frequência de eventos (orientação da manobra de mais da metade da amostra relatou ter renda familiar
Valsalva) de 77% a partir de um estudo piloto anterior de 1 a 3 salários mínimos (62,5%) e residia fora da
com 79 mulheres. região metropolitana do Recife (59,37%) (Tabela 1).
Utilizou-se um poder de 90%, um nível de confiança de
99,9% e definiu-se uma amostra de 192 puérperas. O
estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética do Centro de Na análise da participação das mulheres durante o
Saúde da UFPE (CAAE: 26423513.2.0000.5208). pré-natal em grupos de educação em saúde, observou-
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se que poucas mulheres participaram de grupos para


Antes da inclusão, as mulheres foram esclarecidas gestantes (23,95%) e menos da metade recebeu
sobre os objetivos, riscos e benefícios da pesquisa e alguma orientação sobre respiração durante o trabalho
aquelas que desejaram participar assinaram o Termo de parto prematuro (22,39%) (Tabela 2).
de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) ou o No primeiro período do PT, 156 (81,25%) mulheres
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TALE) receberam algum tipo de orientação respiratória. A
para menores de 18 anos. Os critérios de inclusão orientação respiratória mais frequente foi “respiração
incluíram mulheres no puerpério imediato, com idade
profunda” (81,25%), seguida de “sopro” (68,22%).
entre 15 e 40 anos. Foram excluídas mulheres com
diagnóstico médico de transtornos psiquiátricos, com A respiração do filhote (13,54%) e a presença de outros
gestação de feto morto ou prematuro. padrões respiratórios (9,37%) também foram
encontrados, como “respirar fundo e forçar para baixo”
Em forma de entrevista, foi aplicado um questionário e “prender a respiração e empurrar”
desenvolvido para este estudo na entrevista puerperal (Mesa 2).
imediata no Hospital de Clínicas da Universidade Mesmo durante a primeira fase do TP, dos 18,75%
Federal de Pernambuco - H/UFPE, no qual constava a que não receberam orientações respiratórias, mas
identificação, características socioeconômicas e realizaram padrões respiratórios de forma autônoma, o
obstétricas, seguidas de informações sobre a uso de outros padrões respiratórios como “respirar
participação de o grupo no pré-natal e a presença de fundo e forçar para baixo” e “prender a respiração e
orientações respiratórias durante o trabalho de parto e empurrar” ocorreu mais frequentemente, seguido de
sua associação com a satisfação materna. “respiração do filhote” (79,16%) (Tabela 2).

A satisfação materna foi avaliada por No segundo período, 93,22% das mulheres
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relataram ter recebido orientação respiratória. satisfação da puérpera e a presença das


Dos comandos recebidos, o mais frequente foi a orientações respiratórias durante o PT mostraram
Manobra de Valsalva, que é identificada pelas que no primeiro período do parto, as mulheres
frases “Prenda a respiração e força” (85,93%) e que receberam orientação respiratória tiveram
“Prenda a respiração e faça um “cocô”” (63,02%), seis vezes mais chances de estarem satisfeitas
bem como como o comando "respire fundo e com o parto (OR: 6,28, IC 95% 2,32 a 16,94). No
segure" segundo período do PT, as puérperas que
(68,75%). Além disso, também foi identificada a receberam orientações respiratórias tiveram
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presença do comando “respira fundo, soltando o quatro vezes mais chances (OR: 4,84, IC 95%
ar e empurrando” (42,70%) nesse período 1,33 - 17,67) de estarem satisfeitas com seu
(Tabela 2). parto em comparação com aquelas que não
Análise das associações entre os receberam as orientações respiratórias (Tabela 3 ).

Tabela 1 – Caracterização do perfil sociodemográfico e clínico das puérperas com parto


vaginal anterior. Recife, PE. 2016.

Variáveis descritivas Características das puérperas

Anos de idade)

Variação 15 - 40

Média + SD 23,67 + 5,74

Paridade n(%)

primípara 98(51,05%)
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multípara 94(48,95%)

Estado Civil n(%)

Solteiro 147(76,56%)

Casado 28(14,58%)

Divorciado 2 (1,05%)

Viúva 4 (2,9%)

União estável 11(5,72%)

Educação n(%)

1-3 anos de estudo 11(5,72%)

4-7 anos de estudo 64(33,34%)

8-11 anos de estudo 103(53,64%)

Mais de 12 anos de estudos 14(7,30%)

Renda per capita n(%)

<1 MS 65(33,85%)

1 a 3 EM 120 (62,5%)

continua...
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...continuação - Tabela 1

4 a 6 EM 7 (3,65%)

> 7 EM 0 (0%)

Origem n(%)

região metropolitana 78(40,63%) -2018;42(3):


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Outras regiões 114(59,37%)

Ocupação n(%)

Dona de casa 123(64,06%)

Outro 69(35,94%)

Tabela 2 – Frequência das orientações obstétricas e respiratórias dadas às puérperas atendidas


em maternidades públicas da cidade do Recife, PE. 2016.

Variáveis descritivas sim Não

Participação do grupo pré-natal 46 (23,95%) 146 (76,05%)

Diretrizes de respiração pré-natal 43 (22,39%) 149(77,60%)

Orientação respiratória no 1º período 156 (81,25%) 36 (18,75%)


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Respiração profunda 156 (81,25%) 22 (11,45%)

Sopro 131(68,22%) 47 (24,47%)

Respiração do cachorro 26(13,54%) 152 (79,16%)


*Outros 18(9,37%) 159 (82,81%)

Sem orientação respiratória no 1º Período (autônomo) 29 (15,10%) 6 (3,12%)

Respiração profunda 29 (15,10%) 4 (2,08%)

Respiração do cachorro 7 (3,64%) 26 (13,54%)

Segure a respiração e empurre para baixo 6 (3,12%) 28 (14,58%)

Orientação respiratória no 2º período 179 (93,22%) 13 (6,77%)

Respire fundo e prenda a respiração 132 (68,75%) 116 (60,41%)

Respire profundamente liberando o ar e forçando 82 (42,70%) 108 (56,25%)

Comando prestado no período expulsivo

Segure a respiração e força 165 (85,93%) 27 (14,07%)

Prenda a respiração e faça um "cocô" 121(63,02%) 71 (36,98%)

* “Respire fundo e abaixe” e “Segure a respiração e força”;


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Tabela 3 – Associação entre presença de orientações respiratórias e satisfação materna. Recife


EDUCAÇAO FISICA. 2016.

Razão de probabilidade
Puérperas Satisfeito Insatisfeito n Valor P
(OR; IC 95%)
n (%) (%)

Recebeu orientação respiratória no


147 (94,23%) 9 (5,77%) 6,28; 2,32 a 16, 94 0,0003
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632 primeiro período de PT

Não recebeu orientação respiratória no


26 (72,22%) 10 (27,78%)
primeiro período de PT

Recebeu orientação respiratória no


164 (91,62%) 15 (8,38%) 4,84; 1,33 a 17,67 0,0164
segundo período de PT

Não recebeu respiração


9 (69,23%) 4 (30,77%)

* PT: Mão de Obra e Entrega

DISCUSSÃO

No presente estudo, a maioria das mulheres não puerpério com consequente aumento do índice de
fez curso para gestantes e não recebeu nenhuma satisfação materna. Em outro estudo, a respiração
orientação pré-natal sobre respiração para o parto. A profunda foi o tipo de respiração mais lembrado e
respiração profunda foi identificada como o padrão utilizado pelas mulheres no momento do parto13.
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respiratório mais frequente, independentemente de ter
sido aconselhado ou não. Também foi possível No presente estudo, a respiração profunda
observar que as orientações respiratórias do tipo apareceu com maior frequência tanto nas orientações
“respiração filhote” e a manobra de Valsalva ainda fornecidas pelos profissionais quanto na respiração
estavam presentes, mesmo no primeiro período do PT. realizada de forma independente pelas parturientes no
Também houve associação positiva entre a presença primeiro período do PT. A utilização da respiração
de orientações respiratórias no primeiro e segundo profunda para controlar a dor gerada pelo parto ocorre
períodos do PT com o nível de satisfação materna. por meio da regulação autônoma em situações de
ameaça14. Portanto, a mudança no ritmo, frequência
e profundidade da respiração influencia no controle do
A assistência pré-natal é considerada importante sistema autônomo15,16 . A respiração profunda e lenta
para garantir um equilíbrio adequado entre a expectativa promove a restauração do sistema nervoso autônomo
e a experiência da parturiente para maior satisfação por meio de sinais inibitórios, correntes induzidas e
com o trabalho de parto. A demonstração das trechos de hiperpolarização propagados por vias
informações mínimas fornecidas às gestantes influencia -tecido neuronal, que sincroniza os elementos neurais
positivamente a experiência materna no processo de no coração, pulmões, sistema límbico e córtex,
parturição diante das percepções sobre a dor e a contribuindo para o controle dos níveis de ansiedade5,17.
participação ativa no parto11.

Em estudo retrospectivo12 composto por 200 Dentre os diferentes padrões respiratórios utilizados
puérperas, os achados sugeriram que as mulheres no primeiro período do parto, embora amplamente
que receberam informações pré-natais sobre TP aceitos e incentivados, ainda não há evidências
tiveram participação ativa no parto e suficientes sobre
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a mais adequada18 . No entanto, a respiração profunda puxe em 5 minutos (diferença média -5,20, IC 95%:
aparece como um facilitador e padrão comum utilizado -7,78 a -2,62)23. No entanto, alguns estudos também
no parto e foi o mais orientado pelos profissionais deste mostram alterações urodinâmicas de longo prazo, como
estudo. Estudo randomizado19 com 40 puérperas redução do primeiro desejo miccional e da capacidade
vaginais que utilizaram padrões diafragmáticos de vesical e, em casos mais extremos, a ocorrência de
forma lenta e profunda observou redução da intensidade pneumotórax e pneumocárdio24,25.
da dor e aumento da saturação de oxigênio durante e
entre os períodos de contração. Assim, concluíram que No neonato, a manobra de Valsalva -2018;42(3):
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a prática de técnicas respiratórias diminui a sensação pode interferir na gasometria pelo cordão
de dor no primeiro estágio do PT bem como melhora os umbilical onde quanto maior a duração da
níveis de saturação materna. manobra, maior a queda nos valores das
métricas do cordão umbilical e pode estar
associada à redução do O2 cerebral fetal
Por outro lado, a presença de comandos respiratórios 25. Apesar das consequências adversas
inadequados como a hiperventilação através da já demonstradas pelas evidências, a
“respiração do filhote” foi encontrada no estudo durante Manobra de Valsalva ainda é utilizada
o primeiro período de PT, principalmente quando a rotineiramente com alta frequência,
gestante não foi orientada, embora seu uso seja conforme observado no presente estudo.
contraindicado na literatura13,20 . As repercussões As mulheres orientadas para a respiração no
associadas a esse padrão respiratório são importantes, primeiro e segundo estágios do TP tiveram seis e quatro
pois durante o período gestacional a mulher já apresenta vezes mais chances de estarem satisfeitas do que
um padrão de hiperventilação fisiológica, que é aquelas que não estavam. Esse achado pode ser
potencializada no parto pela presença de dor e também justificado pela capacidade dos padrões respiratórios
pela ansiedade materna descontrolada durante o em apoiar o parto sobre os componentes estressores
PT19,21. da dor e da ansiedade, como encontrado em alguns
estudos13,20, permitindo a participação ativa da mulher
por meio do feedback no processo fisiológico do parto25. respiratórias
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A respiração do filhote não deve ser estimulada, É importante ressaltar como limitação da presente
pois gera um padrão respiratório rápido e superficial pesquisa que, por se tratar de um estudo transversal
com conseqüente hiperventilação. com as informações coletadas retrospectivamente, isso
A eliminação excessiva de CO2 materno causa pode interferir nas respostas obtidas. No entanto, esse
hipocapnia tornando o sangue materno mais alcalino. viés foi minimizado com a coleta realizada no puerpério
Com essa elevação do pH há uma maior afinidade do imediato.
O2 pela hemoglobina levando a uma diminuição da
oxigenação tecidual. Assim, esse evento pode interferir
na oxigenação fetal devido à baixa perfusão
placentária20. CONCLUSÃO
Ainda sobre os comandos respiratórios inadequados
identificados na presente pesquisa, observou-se que O presente estudo conclui que independente da
tanto no primeiro período do PT quanto mais orientação pré-natal sobre a respiração durante o
predominantemente no período expulsivo houve a trabalho de parto, a gestante adotará um padrão
presença da Manobra de Valsalva. Caracteriza-se por respiratório no momento do trabalho de parto e a
apneia expiratória prolongada por um período de 10 respiração profunda é o padrão mais utilizado durante
segundos ou mais associada à contração abdominal e esse processo.
diafragmática e o uso desse comando é conhecido
Embora as evidências contraindiquem o uso da
como tração direcionada22. manobra de Valsalva, ela ainda está presente com alta
ocorrência. Além disso, o fornecimento de orientações
Uma revisão sistemática da Cochrane concluiu que a respiratórias foi capaz de promover maior satisfação
tração espontânea comparada à manobra de Valsalva materna no primeiro e segundo período de trabalho de
reduziu a duração do
parto.
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Recebido em março de 2017.


Aprovado em agosto de 2018.
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Prescrição de orientações respiratórias pela


equipe de saúde durante o trabalho de parto:
um estudo de corte transv
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Saúde,
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Alessandra Boaviagem*
Alexandre Delgado* 635
Andréa Lemos*

Resumo

As escolhas de orientações respiratórias durante o parto semper foram controversas. O estudo teve como objetivo
identificar as orientações de orientação durante o parto (TP) e avaliar a associação entre a presença com a
satisfação materna. Estudo de corte transversal com 192 puérperas com parto vaginal. Aplicado-se um recebimento
e mãe para aquisição das informações socioeconômicas recebidas durante o recebimento do TP para a obtenção
de uma escalada visual. Medidas de tendência central e frequências para as associações, bem como as
associações com intervalo de confiança 95%.
A respiração profunda foi mais orientada (81,5%) ea mais realizada de forma boa2 (15,10%). Como respirações do
“cachorrinho” (54%) ea de Valsalva inspiração (3,22%) tipo ainda1re atuais.
As puérperas que receberam orientações respiratórias tanto no primeiro (OR: 6,28; IC95% 2,32- 16,94) como no
segundo (OR: 4,84; IC95% 1,33 - 17,67) período do parto teve maior satisfação com sua parte. O fornecimento de
orientações respiratórias no momento do parto contribui para aumentar a satisfação materna.

Palavras-chave: Trabalho de Parto, Respiração, Satisfação pessoal.

INTRODUÇÃO

O trabalho é comumente associado à perfusão uterina4,5.


ansiedade, gerado a partir de uma interação de Nesse contexto, orientam os responsáveis
fatores fisiológicos, estimulantes, subjetivos e pelo que devem ser TP desde forma contínua.
Elas são preparadas para produzir produtos,
respiratórias
transversal
orientações
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ocorte
pela
um
de
de

multidimensionais.
Esse contexto não depende só da experiência sendo uma importante facilitadora do processo
e espera singular de cada mulher, como fisiológico . Essas orientações são práticas que
também da assistência prestada no momento fazem parte das mulheres com nascimento
da parturição 1,2. saudável, com nascimento saudável, com foco na
O descontrole durante o ciclo não pode prevenção morbimortalidade, pré-natalidade das
funcionar durante o TP materno pela visceral, mulheres, pré-natalidade, autonomia e satisfação
assim como os sistemas preventivos, o interin da mulher .
como o desempenho da gestante durante o
processo parturitivo3 . Devido à resposta
neuroendócrina ao estresse gerado e potencializado
pela hipocapnia e à alcalose respiratória, com A elevação dos níveis de preocupação e o
aumento à resistência vascular periférica e à controle da dor podem ocorrer pelo nível de
pressão arterial materna, ocasionando na conscientização materna, através do nível de
contratilidade e na mãe elevação da profundidade, tornando-a capaz de
ajustar a conscientização materna

DOI: 10.15343/0104-7809.20184203628641

* Universidade Federal de Pernambuco – UFPE – Recife (PE), Brasil.


E-mail: andrealemos4@gmail.com
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de acordo com o andamento do trabalho de parto, um desenvolvido para esta pesquisa no alojamento
principalmente durante as contrações. do Hospital das Clínicas Federal de Pernambuco –
Aprimoramento de aumentos para aumentar a Universidade do Hospital das Clínicas Federal de
melhoria da mãe e o aumento da oxigenação, Pernambuco – H. e a presença das orientações
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promover e reduzir o conforto, fornecendo ainda durante o trabalho de parto e sua associação com
uma melhor satisfação na experiência com o parto a satisfação materna.
com benefícios para o neonato8,9.

636
Nesse sentido, para que todas as precauções
de saúde se prescrevem durante o TP aumentam
a satisfação materna. Diante do exposto, o presente A satisfação materna foi feita através de uma
estudo teve como objetivo identificar a presença da escala visual dez, considerando-se zero como
orientação de orientações materna pela exposição muito satisfeita e dez com insatisfação total.
de saúde durante o TP e a associação de saúde
durante o TP e a associação entre a presença de A análise da amostra de dados socioeconômicos
orientações com a disponibilidade foi dirigida às medidas de tendência central de
frequências para os resultados econômicos e para
os resultados econômicos. Para a associação entre
materno. a satisfação das puérperas e a presença das
orientações inspiradas no TP durante o primeiro
período da parte foi realizada e segundo as razões
MATERIAIS E MÉTODOS de chance (Odds Ratio - OR) com confiança de
95% através do programa SPSS versão 20,0.
Trata-se de um estudo do tipo transversal em
direção a 192 puérperas atendidas em duas
maternidades públicas de Recife (PE). O cálculo
amostral foi realizado através do programa Open-
epi 3.0 considerando uma frequência de evento
RESULTADOS
(orientação de manobra de Valsalva) de 77% a um
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estudo prévio com 79 mulheres. Utilizou se um


poder de 90%, nível de confiança de 99,9% sendo Foram Incluído No Estudo 192 PuéRperas Com
definido uma amostra de 192 puérperas. O estudo Média de Idade de 23.67 + 5,74 Anos, 51% Eram
foi aprovado pelo Comitê de Ética do Centro de Primíparas, Mão da Metade da Amostra Declararam
Saúde da UFPE (CAAE: 26423513.2.0000.5208). Ter UMA Renda Familiar de 1 A 3 Salários Mínimos
(62,5%) E Residiam Fora da região metropolitana
do Recife (59,37%)
Antes da inclusão, as mulheres foram (Tabela1).
esclarecidas aos objetivos, riscos e benefícios da Na análise durante o pré-natal em educação de
quanto e que desejaram participaram do Termo de mulheres durante o pré-natal observou-se que
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) ou o poucas mulheres participaram dos grupos para
Termo de Assentimento Livre e Esclarecido (TALE) gestantes (23,95%) receberam alguma orientação
para as menores de 18 . Considerar-se como parte sobre a respiração durante o pré-parto das mulheres
da inclusão, mulheres no pós vaginal imediatamente, -natal (22,39%) (Tabela 2).
na faixa etária entre 15 a 40 anos. Foram excluídos
as mulheres com diagnóstico médico de transtornos No primeiro período do TP, 156 (81,25%)
psiátricos, com gestação de fetos mortos e pré- mulheres receberam algum tipo de orientação
termo respiratória. A orientação mais profunda inspirada”
foi a “respirar mais profunda” (81,25% do “soprar”)

Em forma de entrevista, foi aplicado em forma (68,22%). Foram também a respiração cachorrinho
de entrevista no puerpério imediato (13,54%) ea presença
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de outros baixos recursos necessários (9,37%) comando “respire fundo e prenda a respiração”
como “respirar fundo e fazer força para força” e (68,75%). Além disso, também foi identificada a
“prender o ar e fazer força” (Tabela 2). presença do comando respirar fundo, soltando o
ar e forçando (42,70%) neste período (Tabela 2).
Ainda durante a primeira fase, das duas direções,
75% não receberam as orientações iniciais, 75% que -2018;42(3):
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não receberam a orientação normal, mas sim, a As mulheres que receberam orientações foram
primeira fase, para a primeira fase, para baixo, para apresentadas durante o primeiro período do parto,
os outros padrões, para a primeira fase, para a primeira as mulheres que receberam orientações durante
637
fase, para a primeira, para os outros padrões, para a o parto e tiveram a maior chance de se sentirem
primeira fase, como "respirar e "prender o e fazer". durante o parto (OR: 6, 28; IC95% 2,32 a 16,94).
4,8 no mais segundo as 4,3333333333331 período
força” da inspiração com maior frequência, seguidamente” (79,6%)
(Tabela 2). de 17,67 anos de idade com seu parto quando
No segundo período de 22% das mulheres3,22% crianças com as crianças que não tiveram aulas
das mulheres. com crianças. (Tabela 3).
Dos comandos recebidos, o a Manobra de
Valsalva, que é identificado através das frases
“Prenda a respiração e força de força
fachada” (85,93%) e “Prenda a respiração e
fachada de “cocô” (63,02) %), assim como o

Tabela 1 – Caracterização do perfil sociodemográfico e clínico das puérperas com parto vaginal
prévio. Recife-PE. 2016.

Variáveis descritivas Características das puérperas

Idade (anos)

Variação 15 - 40

Média + DP 23,67 + 5,74


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Paridade n (%)

Primípara 98(51,05%)

Multipara 94(48,95%)

Estado Civil n (%)


Solteira 147(76,56%)
Casada 28(14,58%)
Divorciada 2(1,05%)

Viúva 4(2,09%)

União Estável 11(5,72%)

Escolaridade n (%)
1-3 anos de estudo 11(5,72%)
4-7 anos de estudos 64(33,34%)
8-11 anos de estudos 103(53,64%)

Mais de 12 anos de estudos 14(7,30%)

continua...
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...continuação - Tabela 1

Renda per capita n (%)

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< 1 SM 65(33,85%)

1 a 3 SM 120(62,5%)

4 a 6 SM 7(3,65%)
638
>7SM 0 (0%)

Procedência n (%)

Região Metropolitana 78(40,63%)

Outras Regiões 114(59,37%)

Ocupação n (%)

Fazer lar 123(64,06%)

Outras 69(35,94%)

Tabela 2 – Frequência das orientações obstétricas e respiratórias das puérperas atendidas em


maternidades públicas da cidade do Recife/PE. 2016.

Variáveis descritivas Sim Não

Participação grupo pré-natal 46 (23,95%) 146 (76,05%)

Orientações sobre respiração no pré-natal 43 (22,39%) 149(77,60%)


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Orientação respiratória no 1° Período 156 (81,25%) 36 (18,75%)

Fundo respiratório 156 (81,25%) 22 (11,45%)

Soprar 131(68,22%) 47 (24,47%)


Respiração cachorrinho 26(13,54%) 152 (79,16%)
*Outros 18(9,37%) 159 (82,81%)
Sem orientação respiratória no 1º Período (autônoma) 29 (15,10%) 6 (3,12%)
Fundo respiratório 29 (15,10%) 4 (2,08%)
Respiração cachorrinho 7 (3,64%) 26 (13,54%)

Prender a respiração e fazer força para baixo 6 (3,12%) 28 (14,58%)


Orientação respiratória no 2°Período 179 (93,22%) 13 (6,77%)
Respirar fundo e prender a respiração 132 (68,75%) 116 (60,41%)
Respirar fundo soltando o ar e fazendo força 82 (42,70%) 108 (56,25%)

Comando adquirido no período expulsivo

Prenda a respiração e faça força 165 (85,93%) 27 (14,07%)


Prenda a respiração e faça força de ”cocô” 121(63,02%) 71 (36,98%)

* “Respirar fundo e fazer força para baixo” e “Prender o ar e fazer força”;


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Tabela 3 – Associação entre a presença das orientações respiratórias com satisfação materna. Recife
- EDUCAÇAO FISICA. 2016.

Satisfeita Não satisfeito Razão de probabilidade


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Puérperas p-valor
n (%) n (%) (OR; IC 95%)

Recebeu orientação respiratória no 639


primeiro período do TP 147 (94,23%) 9 (5,77%) 6,28; 2,32 a 16, 94 0,0003

Não recebeu orientação respiratória


no primeiro período do TP 26 (72,22%) 10 (27,78%)

Recebendo orientação respiratória no


segundo período do TP 164 (91,62%) 15 (8,38%) 4,84; 1,33 a 17,67 0,0164

Não recebeu orientação respiratória


no segundo período do TP 9 (69,23%) 4 (30,77%)

*TP: Trabalho de Parto

DISCUSSÃO

No present study, a maioria das mulheres não pré-natal sobre o TP, tivemos participação ativa
realizou curso para gestantes e não teve no parto e no puerpério com consequente aumento
orientação no pré-natal sobre a respiração para o da taxa de satisfação materna. Em outro estudo,
parto. Foi identificado uma respiração profunda a respiração profunda foi o tipo de respiração mais
como o padrão mais frequente, independentemente registrado e utilizado pelas mulheres no momento
de ter sido orientado ou não. Também foi possível do parto13.
observar que as orientações inspiratórias do tipo No presente estudo, a respiração profunda respiratórias
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“respiraçãochorrinho” e Manobra de Valsalva apareceu em maior frequência nas orientações


ainda podem apresentar presentes, inclusive no fornecidas pelos profissionais como na respiração
primeiro período do período do PT. Houve também realizada de maneira independente pelas
uma associação positiva entre a presença de parturientes no primeiro do TP. O uso da
orientações inspiradas no primeiro e segundo respiração profunda para o controle do estresse
período de TP com o nível de satisfação gerado ocorre pela regulação dor em parte na
ventilação de perigo14. Esta forma, a alteração
materno. no ritmo, a frequência e o sistema de profundidade
A atenção no pré-natal é considerada importante da respiração o controle da respiração profunda e
para a garantia do equilíbrio entre a atenção e a lenta promove o restabelecimento do sistema
experiência da parturiente para uma maior nervoso autonômico neural e não neuro, que
satisfação com o trabalho de parto. Uma sincroniza os elementos neurais no coração,,
demonstração de informações fornecidas às sistema límbico e afetou com o controle dos níveis
pessoas influentes a experiência materna no de ansiedade, 17.
evento da iniciativa da mãe1.

Em um estudo12 retrospectivo, composto por


200 puérperas, achados sugeriam que as mulheres Entre os diversos pacotes planejados utilizados
que receberam informações no no primeiro período, apesar
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de serem bastante aceitos, ainda não possuem da Cochrane concluiu que o puxo espontâneo
provas e incentivos sobre o mais adequado18. comparado com puxo dirigido com a Manobra
No entanto, a respiração profunda aparece de Valsalva diminuiu o tempo de duração do
como um padrão facilitador e comum utilizado puxo em 5.20 (Diferença de média -5.20; IC
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na parturição e foi ele o mais orientado pelos 95%: -7.78 a -2.62)23. Porém, alguns estudos
profissionais dessa pesquisa. Um estudo ocorrem ainda em longo prazo mudanças, como
randomizado19 redução do primeiro desejo miccional e da
com 40 puérperas pós-parto vaginal o qual capacidade vesical, e em mais extremos, a de
640
usaram padrões diafragmáticos de forma e pneumórax e pneumocardio24,25.
observou uma redução da intensidade lenta e
aumento na incidência de oxigênio nos períodos No neonato o puxo direcionado com a
durante e entre as contrações. Assim conclui-se Manobra de Valsalva pode interferir nos gases
que a prática da técnica de diminuição da sanguíneos através do cordão umbilical em
sensibilidade dolorosa no primeiro estágio do que, quanto ao tempo de duração da manobra,
TP assim como melhora os níveis de saturação a queda dos valores gasosos maiores do cordão
materna. umbilical, podem estar associados à elevação
Em contrapartida, a presença dos primeiros de O2 cerebral fetal25 . Das das frequências
eventos, principalmente o período indicado pela utilizadas já demonstradas como observadas,
hiperatividade através da “respiração apesar de ainda não existirem adversários de
cachorrinho” foi encontrado no estudo quando uso frequente, apesar de terem sido utilizados
uma gestante não era orientada principalmente em rotinas com frequência elevada, como
pela literatura13,20. observados, apesar do presente estudo.
As duas mulheres orientadas quanto à
Como as repercussões associadas a este respiração no primeiro e segundo período do
padrão de atenção são hiper importantes, TP tiveram seis e quatro vezes mais mulheres
uma vez que já apresenta o período que não foram respeitadas pelo que foram
gestacional padrão, uma vez que apresenta orientadas. Este recurso pode ser encontrado
um padrão fisiológico de parto pela por meio de alguns componentes encontrados
presença da dor e também pela para ativação , 20 pode haver um feedback ao
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preocupação materna controlada durante o TP19,21.processo fisiológico do parto25. É relevante
O que gera um cachorinho não deve ser como limitação da presente pesquisa que, por
projetado para melhorar uma vez o ajuste rápido se tratar de um estudo de cortes transversais
e o superficial com consequente hiperatividade. com informações colhidas de forma retrospectiva,
A sangue materno mais alcalino. Com essa pode ser relevante nas respostas inteligentes.
possibilidade de pH há uma maior resistência No entanto, esse viés foi minimizado com
ao aumento da oxigenação dos tecidos. Desta uma coleta realizada no puerpério imediato.
forma, este evento pode interferir na oxigenação
fetal pela baixa perfusão placentária20.

Ainda sobre o período do período


Manobrasivo, houve também a presença dos
CONCLUSÃO
primeiros recursos apresentados em primeiro
apropriados identificados no período Manobra,
e mais proeminentemente no período de O presente estudo conclui que no momento
Valsalva. A mesma é um comando à contração de receber a orientação no pré-natal sobre a
desta apneia expiratória prolongada por um respiração durante o parto padrão não padrão,
período de 10 segundos ou mais associada à um momento do trabalho de parto padrão não
utilização e é conhecida como o puxo é o mais utilizado durante o processo padrão.
direcionado22. Uma revisão sistemática Apesar das
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contraindicarem o uso da Manobra de Valsalva, está As respirações respiratórias foram capazes de


ainda se apresenta com uma alta ocorrência. Além aumentar as orientações maternas no primeiro e
disso, o fornecimento de segundo período de trabalho de parto.

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respiratórias
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Recebido em Março de 2017.


Aprovado em agosto de 2018.

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