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BACHAREL EM ENFERMAGEM

ESTER FRANCESCHI DA CUNHA


FERNANDA GUEDES ROSEIRA JORGE

RESUMO TCC I
PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES (PICs)
NO AUXILIO DO PARTO

ARARUAMA, RJ
2024

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ESTER FRANCESCHI DA CUNHA
FERNANDA GUEDES ROSEIRA JORGE

RESUMO TCC I
PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES (PICs)
NO AUXILIO DO PARTO

Disciplina: Trabalho de Conclusão de Curso I


Docente: Marcelo Lassala

ARARUAMA, RJ
2024
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.......................................................................4
2. TERAPIAS COMPLEMENTARES..........................................4
3. TERAPIAS COMPLEMENTARES NO PARTO......................5
4. AUXÍLIO NO PARTO..............................................................6
5. PRATICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES............6
6. PICS.......................................................................................7
7. MÉTODOS COMPLEMENTARES.........................................8
8. CONCLUSÃO.........................................................................8
9. REFERÊNCIAS......................................................................9

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De acordo com Gama et al. (2020), humanização do parto põe a mulher como
o centro do processo de parto, respeitando suas preferências, necessidades e
retirando suas dúvidas. Os enfermeiros que dão todo o auxílio na promoção da
humanização do parto, fornecem suporte emocional, informação e assistência para as
mulheres durante o trabalho de parto e no parto, é essencial garantir que todas as
mulheres tenham acesso a cuidados de enfermagem centrados e que suas escolhas
e preferências sejam respeitadas e apoiadas durante o processo de parto.

De acordo com Alves. (2015) As mulheres que recebem cuidados de


enfermagem centrados na mulher durante o parto, podem experimentar taxas mais
baixas de intervenções médicas desnecessárias, maior satisfação com a experiência
do parto e melhores resultados neonatais. Da mesma forma, as mulheres que utilizam
práticas integrativas durante o trabalho de parto podem relatar níveis mais baixos de
dor e ansiedade, bem como uma sensação aumentada de controle sobre o processo
de parto.

De acordo com Cavalcanti et al., (2019) As intervenções não farmacológicas,


têm sido cada vez mais utilizadas para promover o conforto e o bem-estar durante o
trabalho de parto. Os enfermeiros desempenham um papel importante na integração
dessas práticas na assistência ao parto, oferecendo orientação e suporte às mulheres
que desejam explorar essas opções de cuidado. Em um breve resumo pode-se dizer
que, sobre terapias complementares no trabalho de parto, buscam explorar o impacto
de diferentes abordagens, na gestão da dor e na melhoria da experiência do parto,
visando a eficácia e a viabilidade como opções de apoio durante o processo de parto,
considerando as complexidades associadas ao manejo da dor e ao bem-estar
materno durante esse período.

O trabalho de parto é caracterizado por contrações uterinas dolorosas, assim


como alterações hormonais, e de experiências emocionais. Gerenciar a dor de forma
eficaz durante o trabalho de parto é essencial, não apenas para o conforto físico da
mãe, mas também para promover resultados positivos para o bebê. Assim, as terapias
complementares surgem como potenciais estratégias não farmacológicas para aliviar
a dor e melhorar a experiência do parto.

As terapias complementares incluem:

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Massagem: A aplicação de técnicas de massagem durante o trabalho de parto
pode ajudar a aliviar a tensão muscular, promover o relaxamento e reduzir a
percepção da dor. A massagem pode ser administrada por profissionais treinados ou
parceiros de apoio.

Acupuntura: Agulhas finas em pontos específicos do corpo para estimular os


canais de energia e promover o equilíbrio energético. Durante o trabalho de parto, a
acupuntura pode ser utilizada para aliviar a dor, promover o relaxamento e facilitar o
progresso do trabalho de parto.

Técnicas de relaxamento: incluem variedades como respiração profunda,


visualização guiada, musicoterapia, yoga, meditação, banho de aspersão, entre
outros, que induzem um estado de calma e relaxamento. Essas técnicas podem
também promover um ambiente propício para o parto.

Algumas mulheres que recebem as terapias complementares podem


apresentar uma duração mais curta do trabalho de parto, menor intensidade da dor
percebida e menor necessidade de analgesia adicional em comparação com aquelas
que recebem apenas cuidados padrão.

Isso se dá pelo fator da dor no trabalho de parto obter compilado de interações,


com carácter inibitório e excitatório, que se dá pela dor aguda de parto. A liberação de
hormônios como ocitocina, gera o estímulo de dor e estresse, porém o corpo humano
libera endorfinas endógenas que promovem a sensação de bem-estar. Quando o
corpo presenteia a sensação de medo, estresse, ansiedade ou desconforto pode ser
desenvolvido o aumento do sistema nervoso autônomo e com isso também acarretar
doenças que são psicossomáticas por isso, é importante que principalmente na
gravidez, essa mulher obtenha técnicas com o exato auxílio do enfermeiro para que
não ocorra complicações decorrente do psicológico afetado. A gestação é um período
que as gestantes geram muitas expectativas, proporcionando emoções, tensões,
atitudes, experiências e a espera pelo desconhecido tende a provocar transformações
em sua vida, gerando medo e incertezas (POSSATI AB, et al., 2017). Para que tudo
ocorra com tranquilidade, o apoio familiar durante a gravidez é imprescindível para o
binômio mãe e bebê, uma vez que, os sentimentos de risco a saúde estão presentes.
Quando o apoio é eficaz, a mulher fica mais tranquila para as futuras mudanças, sem

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sofrimentos, exigindo menos intervenções médicas, tornando o processo mais
prazeroso e saudável (LARA SRG, 2020).

A forma como a gestante é acolhida em sua família, causará diversos sintomas


e respostas durante esse período frágil e de transformação. O tratamento do marido
para com a gestante contribui para aceitar ou rejeitar sua gravidez e como ela irá
vivenciar as modificações deste processo. Acompanhar a mulher durante o trabalho
de parto é uma oportunidade para vivenciar o momento mais esperado pela família, o
nascimento do bebê. O apoio recebido neste momento ajuda a mulher a lidar com os
sentimentos provocados durante essa fase do parto, trazendo sensações de
segurança e apoio, assim se sentindo acompanhada pelos profissionais de saúde e
pela família, contribuindo de forma positiva no momento do parto, amamentação,
aceitação da gestante com o bebê e responsabilidades impostas pelo pós-parto
(AVANZI SA, et al., 2019).

Em 2004 o Departamento de Atenção Básica do SUS realizou um diagnóstico


territorial e notou a existência das PICS nas comunidades brasileiras. Assim, a Política
Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) foi criada em 03 de maio
de 2006 por meio da Portaria nº 971, e objetiva a prevenção de danos e promoção e
recuperação da saúde, por intermédio da atenção básica, colaborando para a
ampliação do sistema sendo ofertado PICS de qualidade e eficácia aos usuários,
estimula medidas alternativas que contribuem para a racionalização das ações em
saúde, estimulam participação social e dos gestores em prol de políticas de saúde
responsáveis que atendem de modo particular a necessidade de cada população
(BRASIL, 2011a; 2015).

No início foram ofertadas cinco PICS no SUS: acupuntura, homeopatia,


fitoterapia, antroposófica e termalismo, nas Unidades Básicas de Saúde da Família
(UBSF’s). Estas práticas foram oferecidas de acordo com as particularidades de cada
município e em diferentes níveis de complexidade (BORGES; MADEIRA; AZEVEDO,
2011; BRASIL, 2011a; 2015).

Em 2017 foram incorporadas nas Unidades Básicas de Saúde e UBSF’s mais


14 PICS, são elas: arteterapia, ayurveda, biodança, dança circular, meditação,
musicoterapia, naturopatia, osteopatia, quiropraxia, reflexoterapia, Reik, shantala,

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terapia comunitária integrativa e yoga. Essas práticas buscam uma assistência
individualizada, onde o indivíduo pode promover ou recuperar sua saúde por meio da
medicina alternativa (BRASIL, 2011a;2018b).

E em março deste ano, foram implantadas no SUS mais 10 PICS: apiterapia,


geoterapia, aromaterapia, hipnoterapia, bioenergética, imposição das mãos,
constelação familiar, ozonoterapia, cromoterapia e florais. Atualmente é
disponibilizado, por meio do SUS, em todo território nacional 29 PICS, o que torna o
Brasil líder mundial em oferecer esse tipo de serviço na Atenção Básica à Saúde
(BRASIL, 2018b).

O Brasil se tornou campeão nas taxas de cesariana mundialmente, por esses


motivos órgãos federativos se propuseram reformular a assistência ao parto no país.
Em 2009 foi criado o Plano de Qualificação de Maternidades (PQM) que visava a
segurança e humanização nas maternidades por meio de experiência coletiva.

A OMS incentiva que os partos de risco habitual devem ser acompanhados por
EO, pelas habilidades desses profissionais e pela possibilidade de diminuir o uso de
intervenções como episiotomia e indicações de cesariana. Aponta ainda que os EO’s
favorecem um parto fisiológico, por meio do acolhimento, escuta ativa, utilização das
PICS como medidas de conforto e manejo da dor. Sendo eles capacitados para
realizarem ausculta fetal e verificar a dilatação cervical, além de perceber e intervir
nas alterações que fogem da normalidade no momento do parto e encaminhar as
gestantes que necessitam de atendimento especializado, possibilitando intervenções
desnecessárias e propiciando um atendimento seguro, o que reduz as taxas de
morbimortalidade materna e infantil (OMS, 1996; BRASIL, 2014).

A gestação faz parte do ciclo da vida e do desenvolvimento humano, sendo


uma experiência única e individual de cada mulher. Historicamente foram várias as
medidas de cuidado a saúde, adotadas pelo Governo Federal e pelo Ministério da
Saúde, desde 1920, quando a saúde materno-infantil foi institucionalizada. (SOUZA,
HORTA, 2017). Sabe-se que durante o trabalho de parto o nível de dor equivale à
intensidade e frequência das contrações uterinas, existindo intervenções terapêuticas
disponíveis que podem auxiliar na assistência ao parto no intuito de reduzir a
percepção da dor neste momento tão singular. (CAVALCANTI, 2019).

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Sabe-se que a utilização de métodos complementares visa tornar o parto o
mais natural possível e reduzir o número de intervenções, administrações
medicamentosas e cesarianas desnecessárias. (GALLO, 2018; Whitburn et al, 2019.)
Para isso “os profissionais de saúde devem refletir sobre como suas próprias crenças
e valores influenciam a sua atitude em lidar com a dor do parto e garantir que os seus
cuidados apoiem a escolha da mulher” (BRASIL, 2017, pg.17).

Para possibilitar que práticas integrativas e Complementares em Saúde (PICS),


fossem institucionalizadas no Sistema Único de Saúde (SUS), foi aprovada a Política
Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC), através da
Portaria GM/MS no 971, de 3 de maio de 2006. Atualmente pode ser disponibilizado,
por meio do SUS, e em todo território nacional 29 PICS. (BRASIL a; BRASIL b, 2018).

Descritores: Terapias Complementares; Parto; Gravidez; Saúde da Mulher.

Descriptors: Complementary Therapies; Childbirth; Pregnancy; Women's


Health. METODOLOGIA

Para realização do presente estudo foi utilizado o método de pesquisa


bibliográfica no qual consiste na análise das bibliografias. Na seleção dos artigos foi
utilizada a base de dados o Scientific Eletronic Library Online (SciELO) e terminologias
encontradas nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS). Os termos “Terapias
integrativas”, “Parto”, “Gestação” e “Gravidez” foram referentes na busca dos artigos.
Os critérios de inclusão foram: artigos na íntegra relacionados com o tema, publicados
nos últimos 5 anos. Em um primeiro momento, encontrou-se um total de 21 artigos.
Após a aplicabilidade dos critérios de inclusão, permaneceram 15.

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Referências:

ARAÚJO, W. B. X. de; et. al. Influência das práticas integrativas e


complementares durante o trabalho de parto: uma revisão integrativa. Revista
Eletrônica Acervo Enfermagem, v. 13, p. e7749, 20 ago. 2021.

CAVALCANTI, A. C. V. et al. Terapias complementares no trabalho de parto:


ensaio clínico randomizado. Revista Gaúcha de Enfermagem, v. 40, 2019.

ALVES, C. C. (2015). Humanização do parto a partir de métodos não


farmacológicos para o alívio da dor: relato de experiência. SANARE - Revista De
Políticas Públicas, 14. Recuperado de
https://sanare.emnuvens.com.br/sanare/article/view/870

FRANCIELLE DA SILVA GAMA, K. et al. Assistência de enfermagem na


humanização do parto normal e suas
práticas integrativas: revisão integrativa. Disponível em:
<https://revistaft.com.br/assistencia-de-enfermagem-na humanizacao-do-parto-
normal-e-suas-praticas-integrativas-revisao-integrativa/>. Acesso em: mar.
10/03/2024.

SANTOS. Práticas integrativas e complementares no trabalho de parto: Uma revisão


integrativa de literatura. Repositorio.ufu.br, 2018. Disponível em:
https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/24023. Acesso em: 10/03/2024

WEBER, W. L. et. Al. Contribuições das práticas integrativas e complementares


na gestação e trabalho de parto: uma revisão de bibliográfica. Salão do
Conhecimento, [S. l.], v. 6, n. 6, 2020. Disponível em:
https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/salaoconhecimento/article/view/18
345. Acesso em: 10 mar. 2024.

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