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BACHAREL EM ENFERMAGEM

ESTER FRANCESCHI DA CUNHA


FERNANDA GUEDES ROSEIRA JORGE

AS PICS NO AUXÍLIO DO PARTO


HUMANIZADO

ARARUAMA, RJ
2024

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Sobre as PICs no auxílio do trabalho de parto, pode-se dizer que,
segundo Cavalcanti, et al. (2019), as terapias integrativas e complementares
surgem como potenciais estratégias não farmacológicas, no auxílio do parto
humanizado. Buscam explorar o impacto da gestação de diferentes abordagens,
de forma holística e humanizada, focando na melhoria da experiência do parto,
visando a eficácia e a viabilidade de técnicas de relaxamento como opções de
apoio durante o processo de parto. Considerando as complexidades associadas,
ao manejo da dor ao bem-estar materno-fetal e proporcionando um ambiente
calmo e propício durante o período de gestação, auxiliando a paciente nas
sensações que decorrem o trabalho de parto.

Qual o papel das PICs no parto humanizado?

Segundo GAMA et al., (2023), as PICs podem ser utilizadas como


estratégias de ferramentas que, ao decorrer do trabalho de parto, podem
proporcionar a gestante maior promoção de saúde através de práticas que
permitam o desenvolvimento de uma vida mais saudável, de forma holística e
humanizada. As práticas integrativas e complementares, desempenham o papel
de proporcionar conforto a gestante auxiliando os padrões de estresse e
ansiedade, pois no período de gestação a paciente sofre com inúmeras
alterações hormonais e fisiológicas.

Dessa forma, além de promover uma assistência mais adequada, de


acordo com (Borges, Madeira, Azevedo, 2011), ajuda a minimizar sintomas
físicos e com isso auxiliar no fortalecimento para enfrentar situações que são
vivenciadas no período da gestação como no auxílio da dor. Assim promovendo
o bem-estar e por consequência, proporcionando um vínculo entre o profissional
e o paciente, obtendo uma dinâmica de suporte emocional, social e físico.

Objetivos:

Segundo o Instituto de Medicina Social Hesio Cordeiro (UERJ, 2021


apud, UNIMED, 2024), o parto humanizado consiste na assistência da mulher
em todas as etapas. A humanização do parto refere-se a práticas que priorizam
o bem-estar físico, emocional e psicológico da mãe e do bebê durante o
processo de dar à luz. Isso pode incluir respeitar as escolhas da mãe, permitir
que ela tenha um ambiente confortável e acolhedor durante o parto, encorajar o
contato pele a pele imediato após o nascimento e promover uma abordagem

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menos medicalizada, quando apropriado. Valoriza a experiência única de cada
mulher e reconhece que o parto é um evento natural e não apenas um
procedimento médico. Respeito às escolhas da mulher: A mãe é vista como uma
participante ativa no processo de parto, e suas preferências e decisões são
respeitadas e valorizadas; Ambiente acolhedor: O ambiente onde o parto ocorre
é cuidadosamente preparado para ser calmo, tranquilo e confortável, muitas
vezes com luzes suaves, música relaxante e a presença de pessoas de apoio
escolhidas pela mãe; Equipe de apoio: Uma equipe de profissionais de saúde
treinados em parto humanizado, como obstetras, enfermeiras obstétricas,
doulas e parteiras, está disponível para oferecer suporte contínuo à mãe durante
todo o processo; Minimização de intervenções médicas desnecessárias: O uso
de intervenções médicas, como indução do parto, monitoramento fetal invasivo e
episiotomia, é evitado sempre que possível, permitindo que o parto siga seu
curso natural; Parto ativo: A mãe é encorajada a adotar posições confortáveis e a
se movimentar durante o trabalho de parto, o que pode ajudar a facilitar o
progresso do parto e reduzir o desconforto; Alívio da dor: Métodos de alívio da
dor não farmacológicos, como massagem, banho de água morna, técnicas de
respiração e hipnose, são oferecidos para ajudar a mãe a lidar com a dor do
parto. Em alguns casos, analgesia farmacológica também pode ser
disponibilizada, mas de forma criteriosa e respeitando as preferências da mãe;
Vínculo imediato mãe-bebê: O contato pele a pele entre a mãe e o bebê é
encorajado imediatamente após o nascimento, promovendo a formação de
vínculo e amamentação precoce; Respeito ao tempo do parto: O tempo do parto
é respeitado, permitindo que ele progrida naturalmente, sem pressa, e
reconhecendo que cada mulher e cada parto são únicos.

De acordo com (SANTOS, 2018), as PICs podem proporcionar a


progressão do trabalho de parto pois, “ativam mecanismos que promovem
dilatação cervical e decida do polo fetal, diminuindo o tempo de trabalho de
parto”. Com isso, pode-se relatar a melhora do mal posicionamento fetal, são
técnicas reconfortantes, tranquilizantes e que demonstram apoio contínuo à
mulher, assim restabelecendo o físico e mental no período de gestação,
contribuindo para indução do parto de forma natural.

Segundo (Borges, Madeira, Azevedo, 2011) “As práticas integrativas e


complementares se enquadram na atenção à saúde da mulher ao convergir para

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as propostas de humanização da assistência ao parto e nascimento”. Dessa
forma, relatando as PICs como um processo de assistência na dinâmica da
participação da mulher proporcionando autonomia.

Segundo Cavalcanti, et al,. (2019), as práticas utilizadas no parto podem


ser variadas como massagens, acupuntura e técnicas de relaxamento. Cada
uma delas promovem uma sensação benéfica para a gestante, auxiliando no
conforto, no manejo da dor do parto e durante a gestação, diminuindo o estresse
e a ansiedade.

Para identificar o papel do enfermeiro frente às PICs, deve-se dizer que,


de acordo com (LIMA et al., 2023), “o Conselho Federal de Enfermagem
(COFEN) estabelece as PICS como áreas de atuação do enfermeiro, utilizadas
no cuidado ao paciente numa visão holística do indivíduo”, sendo respaldados
pela resolução n⁰197 de 1997. Os enfermeiros desempenham um papel
importante na integração dessas práticas, reconhecendo sua autonomia, sendo
devidamente capacitado.

Segundo Cavalcanti et al., (2019) na assistência ao parto podem oferecer


a orientação e o suporte adequado às mulheres que desejam explorar essas
opções de cuidado. Proporcionam o auxílio na promoção da humanização do
parto, fornecendo suporte emocional, retirando as dúvidas das gestantes sobre
o processo, integrando informações e orientações a essas mulheres, visando a
assistência no parto, garantindo que as gestantes obtenham os cuidados
centrados em suas escolhas e que suas preferências sejam respeitadas e
apoiadas durante todo o período.

Motivação:

Como observamos em sala de aula, as práticas integrativas e


complementares, possuem um estilo completamente diferente da medicina
tradicional moderna, que desperta a curiosidade e o interesse em seus saberes,
como um método holístico e humanizado pode nos ajudar no auxílio de inúmeras
situações, principalmente em gestantes. O interessante seria pesquisar sobre
esses métodos não farmacológicos e como eles auxiliam no alívio da dor física e
mental no período da gestação. Foi despertado um interesse sobre esse tema
devido as aulas práticas sobre as PICs (acupuntura) que tivemos com o
professor Marcelo Lassala na FAC- UNILAGOS, juntamente com um caso

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familiar de uma prima que teve eclampsia e sofreu muito, principalmente de dor
e quase veio a óbito, então decidimos falar sobre com as PICs ( a acupuntura em
si) pode ajudar nesses casos.

Justificativa:

Segundo Cavalcanti, et al. (2019), as mulheres que recebem as terapias


complementares, podem apresentar uma duração mais curta do trabalho de
parto, menor intensidade da dor percebida e menor necessidade de analgesia
adicional em comparação com aquelas que recebem apenas cuidados padrão.
Isso se dá pelo fator da dor no trabalho de parto obter compilado de interações,
com carácter inibitório e excitatório, que se dá pela dor aguda de parto. A
liberação de hormônios como ocitocina, gera o estímulo de dor e estresse,
porém o corpo humano libera endorfinas endógenas que promovem a sensação
de bem-estar. Quando o corpo presenteia a sensação de medo, estresse,
ansiedade ou desconforto pode ser desenvolvido o aumento do sistema nervoso
autônomo e com isso também acarretar em doenças psicossomáticas por isso, é
importante que principalmente na gravidez, essa mulher obtenha técnicas com o
exato auxílio do enfermeiro, pois a enfermagem consta como um olhar holístico
e humanizado, visando a promoção da saúde, o bem-estar do paciente e
prevenção de doenças agravantes, para que não ocorra complicações
decorrente o período de gestação e atuando para um conforto físico e
psicológico.

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Referências:

LIMA, T. et al. ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NA IMPLEMENTAÇÃO


DAS PICS NO CUIDADO AO PACIENTE: REVISÃO DA LITERATURA. Revista
Interfaces, v. 11, n. 2, 13 ago. 2023.

BORGES, M. R.; MADEIRA, L. M.; MARA, V. As práticas integrativas e


complementares na atenção à saúde da mulher: uma estratégia de
humanização da assistência no Hospital Sofia Feldman. Reme: Revista
Mineira de Enfermagem, v. 15, n. 1, p. 105–113, 2024.

FRANCIELLE DA SILVA GAMA, K. et al. ASSISTÊNCIA DE


ENFERMAGEM NA HUMANIZAÇÃO DO PARTO NORMAL E SUAS
PRÁTICAS INTEGRATIVAS: REVISÃO INTEGRATIVA. Disponível em:
<https://revistaft.com.br/assistencia-de-enfermagem-na-humanizacao-do-parto-
normal-e-suas-praticas-integrativas-revisao-integrativa/> Acesso em: 10 abr.
2024.

CAVALCANTI, A. C. V. et al. Terapias complementares no trabalho de


parto: ensaio clínico randomizado. Revista Gaúcha de Enfermagem, v. 40,
2019.

SANTOS. Práticas integrativas e complementares no trabalho de


parto: Uma revisão integrativa de literatura. Repositorio.ufu.br, 2018.

CAMPINAS, U. O que é parto humanizado e quais são os benefícios?


Veja neste post. Disponível em:
<https://www.unimedcampinas.com.br/blog/viver-com-saude/o-que-e-parto-
humanizado-e-quais-sao-os-beneficios-veja-neste-post.>

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