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A Shantala é uma massagem para bebês que surgiu no Sul da Índia, foi
trazida para o ocidente pelo ginecologista e obstetra francês Frédérick Leboyer
por volta da década de 1970, depois de uma viagem à Índia. O médico ficou
encantado com uma mãe massageando seu bebê. Pesquisou sobre a
massagem que era tradição indiana e batizou a técnica com o nome da mulher
que se chamava Shantala.
Estudos mostram que o método terapêutico pode trazer benefícios
respiratórios, digestivos, imunológicos, relaxantes e analgésicos. A técnica
ajuda a transmitir segurança, amor e conforto aos bebês. Simples de ser feita,
a massagem de toque leve e movimentos suaves é capaz de aliviar cólicas,
regularizar o sono, equilibrar o desenvolvimento psicomotor, acalmar e eliminar
tensões do bebê e integrar pais e filhos.
Pesquisadores da área mostraram que as tensões da infância podem
deixar um resíduo biológico que aparece na meia-idade. No entanto, adultos
que receberam o carinho das mães durante a infância apresentaram uma
melhor saúde geral na meia-idade.
O carinho da mãe permite à criança escapar às vulnerabilidades de estar
sendo criada em baixas condições socioeconômicas, assim esta acaba mais
saudável do que pessoas que passaram a infância em condições melhores.
A Shantala passou a ser oferecida pelo SUS em 2017 como uma das
Práticas Integrativas e Complementares (PICS).
SHANTALA QUANDO COMEÇAR?
A partir do 1° mês de vida do bebê os pais já podem iniciar a massagem
Shantala
INDICAÇÕES DA SHANTALA
A massagem Shantala é indicada para:
Aumentar o vínculo mãe/filho
Relaxar e acalmar a criança
Melhorar o sono do bebê
Eliminar gases
Diminuir cólicas
Melhorar o funcionamento digestivo
Ativar a circulação sanguínea e linfática
Melhorar o alongamento
CONTRAINDICAÇÕES DA SHANTALA
É importante que esta técnica não seja aplicada logo após o bebê ter sido
amamentado, e é interessante aguardar um tempo para a boa digestão da
criança.
Outra dica é se caso o bebê não dormir depois da massagem, procurar
dar um banho na criança, mas apenas para que ele relaxe na água morna, sem
a necessidade de se dar um banho de higiene.
Caso o bebê esteja com algum tipo de mal estar, o melhor é procurar
respeitar e aguardar sua melhora. Procure deixar com que ele descanse, e
nunca acorde o bebê para realizar esta massagem, mesmo que seja em
horários habituais.
A Shantala é contraindicada quando o bebê está gripado, com febre, com a
pele sensível ou esteja dormindo.
O VÍNCULO E O TOQUE
2. OBJETIVO GERAL
3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
4. METODOLOGIA
Técnica trazida da Índia fortalece vínculo entre mãe e bebê em Lapão (BA)
A Shantala é uma massagem para bebês que surgiu no Sul da Índia. A técnica foi difundida no ocidente
pelo médico francês Frederick Leboyer. Estudos mostram que o método terapêutico pode trazer benefícios
respiratórios, digestivos, imunológicos, relaxantes e analgésicos.
O projeto de implantação teve apoio do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e coordenado
pelo Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf) em Lapão (BA). Durante as oficinas de Shantala, é
ensinada a técnica e apresentados os benefícios relacionados a essa prática. As gestantes são orientadas a
levarem bonecas e as mães os bebês para aprenderem na prática.
“No mês de maio, atendemos 55 pessoas. A expectativa é de que por meio das oficinas programadas para
os próximos meses, contabilizando gestantes, mães e filhos seja alcançado um número de 200 pessoas,
podendo ser maior”, conta a fisioterapeuta da equipe Nasf Milena de Almeida, que trabalha no programa.
O recurso é indicado às gestantes e às mães com bebês até os seis meses de idade para contato inicial
com a técnica. Não é recomendável realizar a massagem quando o bebê estiver com dor ou irritado, para
que seja sempre associada a um momento de prazer. Os benefícios são: fortalecimento do vínculo afetivo
do bebê com quem realiza a massagem, auxílio à digestão, alívio de cólicas e fortalecimento do sistema
imunológico do bebê.
Mais PICS
O primeiro passo do município para a oferta de PICS foi a Shantala, porém já está em andamento o
processo de implantação do “Cura Nativa”, que consiste no cultivo de plantas medicinais junto à
comunidade. O projeto será coordenado pelos farmacêuticos da equipe NASF. Além disso, profissionais da
rede estão fazendo curso em auriculoterapia, formação oferecida pelo Ministério da Saúde em parceria
com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), para implantar a prática no município.
“Os bons resultados das PICS no cuidado à saúde dos cidadãos têm estimulado à equipe a buscar
formação e a gestão municipal a investir em novas práticas integrativas. Demos o “pontapé” inicial com as
oficinas de Shantala e pretendemos ampliar o acesso e avançar com a implantação de outras técnicas”,
explica Milena de Almeida.
Curiosidade.
Boas experiências
Na semana que vem, descubra como a Biodança mudou a realidade de Joinville (SC). Histórias como a de
Lapão ocorrem em todo o país. Se no seu município há oferta de osteopatia, musicoterapia, quiropraxia,
Ayurveda, dança circular, acupuntura, Terapia comunitária integrativa ou Yoga, envie sua história para o
e-mail: educomunicacao.dab@gmail.com. Queremos divulgar experiências bem sucedidas para incentivar
outros municípios a investirem na estruturação das PICS, bem como na melhoria da promoção, prevenção
e cuidado da população.
V
Os primeiros momentos são de desconfiança, mas depois, com um pouco de
persistência, o relaxamento dos pequenos compensa. É assim cada reunião do
grupo de Shantala da UBS Parque Edu Chaves, na Zona Norte de São Paulo.
Voltado para crianças de até três anos, as reuniões, chamadas oficialmente de
“Grupo de toque terapêutico – relação mamãe e bebê”, tiveram início este ano.
No grupo, explica a fisioterapeuta Aline Ramos, as mães aprendem a técnica da
Shantala para realizar a massagem nos bebês. Entre os efeitos, está o
fortalecimento do vínculo e a melhora do desenvolvimento das crianças. “A
principal característica que a Shantala trabalha é o vínculo entre a mãe e o bebê,
que às vezes não acontece: a mãe tem medo de tocar na criança, especialmente
quando é o primeiro. Ela não entende a relação entre o corpo do bebê e seu corpo.
Por isso, ela precisa sincronizar tudo isso”.
A Shantala, segundo Aline, é indicada para bebês com mais de um mês de idade.
Se iniciada bem cedo, é maior a chance de as crianças se adaptarem à técnica. Na
UBS Parque Edu Chaves, o grupo, realizado mensalmente, é indicado durante as
consultas e na sala de espera. Foi assim que Laila Macedo, 19, chegou à
atividade. “Conheci hoje e achei muito bom. Pretendo vir sempre”. A pequena
Helena, de dois anos, foi uma das que ficou mais tranquila com a massagem. “No
começo, ela ficou um pouco acanhada, mas depois relaxou”.
De acordo com a fisioterapeuta, o tempo de cada massagem depende da
aceitação do bebê: pode durar de 10 a 25 minutos. “Quanto mais ele recebe a
massagem, mais se acostuma, mais sente o toque e vai se adaptar em relação a
ele. Com o tempo, ele vai entender o toque da mãe, e a mãe vai entendendo os
limites do corpo do bebê, que ela também não conhece”, afirma Aline.
Os resultados da Shantala são percebidos imediatamente, ressalta a
fonoaudióloga Flaviana Vilela: algumas crianças relaxam com maior facilidade,
enquanto outras têm maior resistência. “O legal do grupo aberto é que o vínculo vai
sendo criado aos poucos, mas o resultado a gente sente na relação: de a mãe te
olhar, pensar que nunca tocou o bebê. Ela pensa em fazer uma vez, diz que não
consegue, e nós trabalhamos por que não consegue. Lidamos com a demanda
que vem, que é a demanda real deles”.
Ao final de cada sessão de Shantala, o grupo ainda realiza atividades relacionadas
ao desenvolvimento infantil em diferentes esferas: de linguagem, auditivo, motor,
sensorial, cognitivo e psicossocial. Para isso, são usadas ferramentas lúdicas,
como a contação de história ou brincadeiras.
Enzo Gabriel, de um ano e nove meses, também gostou da Shantala.
Principalmente nos braços e nos pés, analisa a mãe, Dilce Andrade, 32. “Eu não
conhecia a Shantala. Vou começar a fazer em casa, e ele vai se acostumar,
porque ele também não conhecia. Ele se sentiu bem, e eu ainda mais, porque
percebi que ele fica mais calmo”.
O QUE É A SHANTALA?
A Shantala é uma massagem para bebês que surgiu no Sul da Índia. A técnica foi
difundida no ocidente por volta da década de 1970 pelo médico francês Frederick
Leboyer. O médico ficou encantado com uma mãe massageando seu bebê.
Pesquisou sobre a massagem que era tradição e batizou a técnica com o nome da
mulher: Shantala. Estudos mostram que o método terapêutico pode trazer
benefícios respiratórios, digestivos, imunológicos, relaxantes e analgésicos. A
Shantala passou a ser oferecida pelo SUS em 2017 como uma das Práticas
Integrativas e Complementares (PICS).