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Clínica Cirúrgica
1. ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL | SEMANA 01
1.1 Definição
Dilatação patológica e permanente da aorta, com diâmetro >1,5 vez o diâmetro AP
esperado para o segmento.
1.2 Epidemiologia
Homens fumantes, sexo masculino 4 a 6x maior.
1.3 Etiologia
Surgem da doença aterosclerótica, a aterosclerose da íntima acompanha o AAA.
Alterações nas metaloproteínas do tecido podem diminuir a integridade da parede
arterial.
Tabagismo
DM protege contra o crescimento e o aumento da AAA
1.5 Fisiopatologia
Histologicamente, há obliteração de colágeno e elastina nos meios e nas camadas
média adventícia, perda de células musculares lisas com consequente afilamento
gradual da parede medial, infiltração de linfócitos e macrófagos e neovascularização.
Existem 4 mecanismos relevantes para o desenvolvimento do AAA.
1.5.1 Degradação proteolítica do tecido conjuntivo da parede abdominal
Atividade desproporcional da enzima proteolítica na parede da aorta pode promover
degradação de proteínas da matriz estrutural (por exemplo, elastina e colágeno).
1.5.2 Inflamação e respostas imunes
Uma extensa infiltração transmural por macrófagos e linfócitos está presente na
histologia do aneurisma, e essas células podem liberar uma cascata de citocinas que
ativam subsequentemente muitas proteases.
1.5.3 Estresse biomecânico sobre a parede
Níveis de elastina e a relação colágeno/elastina diminuem progressivamente no
sentido distal da aorta. A diminuição da elastina está associada à dilatação da aorta, e
a degradação do colágeno predispõe à ruptura.
1.5.4 Genética Molecular
O AAA apresenta herdabilidade significativa.
1.7 Classificação
1.7.1 Congênita
Embora a degeneração medial ocorra naturalmente com a idade, é acelerada em
pacientes com válvulas aórticas bicúspides e síndrome de Marfan.
1.7.2 Infecciosa
Staphylococcus e Salmonella.
1.7.3 Inflamatória
Acúmulo anormal de citocinas e macrófagos no tecido doente. Ocorre fibrose
perianeurismática, espessamento das paredes e aderências densas.
1.8 Diagnóstico
1.8.1 Rastreamento
Homens com 65 anos, rastreamento com uma única USG é recomendada para
homens de 65 a 75 anos que já fumaram, rastreamento seletivo (com base em fatores
de risco, idade avançada e parente de 1 grau com AAA) em homens de 65 a 75 que
nunca fumaram.
1.8.2 Exame Físico
Abdômen pode ser palpado em busca de massa abdominal pulsátil e sensibilidade
abdominal.
Avaliação da presença de aneurisma das artérias periféricas (femoral e poplítea).
Palpação dos AAA é melhor vista em magros e com aneurismas >5cm.
Aneurisma roto = tríade → dor abdominal e/ou dorsalgia, massa abdominal pulsátil e
hipotensão.
1.8.3 Exames de Imagem
USG - definitivo, dilatação da aorta abdominal >1,5 vezes.
Após o diagnóstico - exames adicionais como angiotomografia ou angiografia por
RNM são usados para mapeamento anatômico para ajudar no planejamento
cirúrgico.
VHS e PCR elevados - possível AAA inflamatório. Teste para leucocitose e anemia
relativa no hemograma com hemoculturas positivas é indicativo de AAA infeccioso.
Risco de ruptura incluem taxa de expansão do AAA, aumento da espessura do trombo
intraluminal, rigidez de parede, tensão de parede e intensidade máxima de estresse
na parede do AAA.
1.9 Tratamento
Ruptura de aneurisma necessita de reparo urgente. Para pacientes sintomáticos o
reparo é indicado independentemente do diâmetro.
AAA assintomático é um achado incidental, deve-se dar preferência a vigilância em
relação ao reparo até que o risco teórico de ruptura seja superior ao risco estimado
de mortalidade operatória.
Reparo em AAA assintomático (>5,5cm em homens, e >5,0cm em mulheres)
AAA roto = dor abdominal e/ou dorsalgia, massa pulsátil e hipotensão = ressuscitação
imediata e avaliação cirúrgica.
Monitoramento: infra-justarrenais medindo 4.0 a 5.4 cm por USG/TC devem ser
monitoradas a cada 6 a 12 meses. Menor do que 4.0 USG a cada 2 a 3 anos
O EVAR envolve a colocação endoluminal transfemoral de uma endoprótese coberta
dentro da aorta, isolando assim a parede do aneurisma de pressões sistêmicas,
evitando a ruptura e permitindo o encolhimento do saco. O endoenxerto pode ser
implantado por via percutânea com dispositivos comuns ou depois de expor as
artérias femorais cirurgicamente
Intervenção: crescimento >0,5 em 6 meses ou >1 cm/ano, sintomáticos,
comorbidades, >5,5cm.
1.2.2 Etiologia
O fluxo sanguíneo regional local comprometido é uma característica comum e a
causa mais comum é a arteriogênica (excluindo diabetes):
Vascular/arteriogênica - 40%
Diabetes – 30%
Medicamentos - 15%
Cirurgia pélvica/radiação/trauma - 6%
Neurogênica - 5%
Endócrina - 3%
O câncer de próstata e os consequentes tratamentos de cirurgia ou radioterapia têm
sido a principal fonte de D.E. ao longo das últimas décadas.
1.2.3 Epidemiologia
>40 anos
1.2.5 Fisiopatologia
A ereção peniana depende de um processo intracelular complexo que resulta no
relaxamento do músculo liso cavernoso, aumento do fluxo sanguíneo sinusoidal e
oclusão do fluxo venoso, seguidos por rigidez:
1. Óxido nítrico é liberado nas fibras pré-sinápticas do nervo cavernoso e células
endoteliais, e é responsável por iniciar e manter o relaxamento das células do
músculo liso vascular.
2. A difusão do óxido nítrico na fenda sináptica ativa a guanilato ciclase.
3. A guanosina trifosfato é convertida em monofosfato de guanosina cíclico (GMP
cíclico), desencadeando o sequestro de Ca^2+ intracelular no retículo
endoplasmático.
4. O relaxamento do músculo liso ocorre conforme os níveis de Ca^2+ sistólico
diminuem.
5. A fosfodiesterase-5 converte o GMP cíclico em guanosina 5'-monofosfato,
permitindo que os níveis de Ca^2+ se normalizem.
6. A estimulação adrenérgica provoca a vasoconstrição e a detumescência.
1.2.7 Diagnóstico
1.2.7.1 História
Perguntas quanto ao momento de início do problema e a qualidade da ereção,
necessário distinguir entre a capacidade de obter e de manter uma ereção, presença
de ereções matinais e capacidade de obter ereção na masturbação. Outros aspectos
como libido, sensibilidade, presença de disfunções
1.2.7.2 Questionário
Aborda todos os domínios da disfunção sexual masculina (DE, função orgástica,
desejo sexual, ejaculação, coito e satisfação geral).
1.2.7.3 Exame Físico
Identificar distúrbios cardíacos, vasculares, neurológicos e hormonais;
Analisar testículo, bolsa escrotal, pênis.
1.2.7.4 Laboratório
Glicemia de jejum;
Hemoglobina glicada;
Perfil lipídico em jejum e TSH;
Testosterona sérica, se baixo FSH, LH e prolactina.
1.2.8 Tratamento
A terapia específica para DE envolve farmacoterapia, dispositivos externos e terapia
cirúrgica. Intervenções psicossociais, como psicoterapia individual e/ou de casal,
podem melhorar a função erétil.
O medicamento é administrado por via oral (inibidores de fosfodiesterase-5 [PDE-5])
ou localmente (compostos vasoativos) por injeção peniana ou supositório intrauretral.
Pode-se empregar dispositivos de constrição a vácuo e, em alguns casos, realiza-se
o implante de prótese.
1.2.8.1 Tratamento Farmacológico (PDE5)
Sildenafila, Vardenafila, Tadalafila, Avanafila
Recomenda-se aguardar a falha do tratamento após >4 tentativas com um inibidor de
PDE5 antes da troca para outro agente
1.2.8.2 Contraindicações do PDE-5
Uso concomitante de nitratos orgânicos; deve-se enfatizar para os pacientes que a
coadministração de nitratos é contraindicada fora de um ambiente médico
monitorado;
Doença cardiovascular grave e obstrução da via de saída do ventrículo esquerdo;
Infarto do miocárdio nos 90 dias anteriores ○ Angina instável ou angina coital;
Classe II ou superior da New York Heart Association nos últimos 6 meses;
Arritmias não controladas ○ Hipotensão (pressão arterial [PA] 170/100 mmHg);
Acidente vascular cerebral (AVC) nos 6 meses anteriores;
Distúrbios retinianos degenerativos hereditários conhecidos, incluindo retinite
pigmentosa;
Tendência para desenvolver priapismo;
Recomenda-se cuidado com o uso concomitante de alfa bloqueadores, já que a
hipotensão ortostática pode estar associada ao uso concomitante de inibidores de
PDE5; recomenda-se um intervalo entre as doses >4 horas.
1.2.8.3 Tratamento Cirúrgico
Deve ser realizado se falha no tratamento clínico.
1.3.2 Etiologia
Interrupção do fluxo urinário pelo bloqueio ou estreitamento de alguma parte do trato
urinário.
Causas comuns incluem nefrolitíase, hiperplasia prostática benigna, câncer de
próstata e tumores vesicais.
Outras causas menos comuns incluem obstrução da junção ureteropélvica,
cistocele, hérnia vesical para o interior do canal inguinal, lesão iatrogênica durante
cirurgia ginecológica (iatrogênica) e malignidade pélvica.
1.3.2.1 Correções Clínicas
Unilateral - nefrolitíase
Bilateral - HPB
Medicamentos – anticolinérgicos
1.3.3 Epidemiologia
Uropatia obstrutiva unilateral é mais comumente decorrente de cálculos ureterais.
A idade de pico de incidência é observada em adultos de 40 a 50 anos.
Em grupos de idade avançada, a obstrução urinária é comum em homens devido a
hiperplasia prostática benigna ou neoplasia maligna.
1.3.5 Fisiopatologia
Uropatia obstrutiva, independentemente da causa específica:
1. Pode acarretar pressão retrógrada renal ao impedir o fluxo urinário.
2. Pode resultar na diminuição do fluxo sanguíneo renal, taxa de filtração
glomerular reduzida e up-regulation do sistema renina-angiotensina.
3. Pode causar atrofia e apoptose dos túbulos renais e fibrose intersticial com
infiltração dos espaços intersticiais por macrófagos.
4. Podem causar a diminuição da reabsorção de solutos e água, incapacidade de
concentração da urina e excreção deficiente de hidrogênio e potássio. Se não
for tratada, a nefropatia obstrutiva pode causar danos renais irreversíveis.
5. Pode causar fibrose tubulointersticial, atrofia tubular e inflamação intersticial
1.3.7 Classificação
1.3.7.1 Casos Unilaterais
São mais comumente causados por distúrbios renais, ureterais, retroperitoneais ou
de porções da bexiga.
1.3.7.2 Casos Bilaterais
Geralmente são decorrentes de distúrbios vesicais, da próstata e da uretra ou de
malignidades pélvicas.
Menos comumente, casos bilaterais decorrentes de ocorrência simultânea de causas
unilaterais de obstrução nos dois lados.
1.3.7.3 Causas Extrínsecas
Incluem massas retroperitoneais e câncer oriundo de órgãos adjacentes.
1.3.7.4 Causas Intrínsecas
Incluem cálculos renais, tumores e hiperplasia prostática benigna.
1.3.7.5 Retenção Urinária Aguda
Dor, abdômen inferior distendido e tenso, incapacidade de urinar por muitas horas.
USG
Volume vesical >300ml é indicativo de retenção
Volume pós miccional até 300ml indicativo de retenção
Sintomas do TUI – sugere HPB
Noctúria
Polaciúria
Urgência e fluxo fraco/intermitente
Trauma, IST ou intervenção uretral – estenose uretral.
1.3.7.6 Cólica Renal
Dor unilateral ou flanco – Urolitíase.
Sensibilidade no flanco, náuseas e incapacidade de permanecer deitado
Diagnóstico
Pielograma por TC sem contraste
TC abdômen/pelve com ou sem contraste
Alternativa a TC > USG por Doppler dos rins, bexiga e retroperitônio.
1.3.7.7 Sintomas Infecciosos
Febre + dor no flanco – descartar obstrução e infecção
Diagnóstico
Perfil metabólico, hemograma e urina.
Solicitar urocultura e duas hemoculturas, administrar antimicrobiano amplo
espectro.
USG e/ou TC sem contraste em pielonefrite que não melhora em 24/48 horas,
com doença urológica e sintomas de cólica renal.
Sepse
Febre/hipotermia
Leucocitose/leucopenia
Taquicardia/taquipneia
SOFA – 2 de 3
FR >=22
ECG <15
PAS <=100
1.3.8 Diagnóstico
1.3.8.1 Exames Iniciais
Tira reagente para exame de urina/urocultura
USG Renal e de Vias Urinárias
1.3.8.2 Outros exames
Urocultura
Hemocultura
TC de abdome sem contraste – padrão-ouro
Urografia excretora por RNM
1.3.9 Tratamento
1.3.9.1 Obstrução com evidência de infecção
Desobstrução – stent uretral ou tubo de nefrostomia
1.3.9.2 Obstrução decorrente de cálculos ureterais
Cálculos <5 mm: manejo conservador
Cálculos >10 mm e cálculos persistentes >4-6 semanas: remoção ativa do cálculo
(litotripsia)
1.3.9.3 Obstrução unilateral não decorrente de cálculos
Endoprótese ureteral ou quando CI nefrostomia
1.3.9.4 Obstrução bilateral não decorrente de cálculos
Alfabloqueador caso HPB seja a causa
1.3.9.5 Tratamento Inicial
Hidratação IV
Analgesia (AINEs IV/Opioides)
Bloqueadores alfa – tansulosina
1.3.13 Fluxograma
1.4.2 Etiologia
Escherichia coli é a causa de 85% a 90% das infecções do trato urinário (ITUs)
pediátricas.
Proteus mirabilis pode ser encontrado em 30% dos meninos com cistite não
complicada.
Staphylococcus saprophyticus é encontrado em adolescentes de ambos os sexos
com infecção do trato urinário (ITU) aguda.
Staphylococcus aureus é a causa mais comum de abscesso renal.
1.4.3 Epidemiologia
Meninos incircuncisos no primeiro ano de vida têm incidência >8 vezes maior que
meninos circuncisos ou meninas.
Meninas brancas com febre >39.0 °C, sem outra possível origem de infecção, têm uma
prevalência de ITU de 30%.
1.4.5 Fisiopatologia
A infecção ascendente para a bexiga é o mecanismo causador da maioria dos
episódios de cistite.
Nos casos em que existe refluxo vesicoureteral pode ocorrer acometimento do TSS
(pielonefrite) causando danos e cicatrização renal.
É mais provável a ocorrência de infecção bacteriana vesical se existirem
anormalidades no esvaziamento vesical (bexiga neurogênica, uropatia obstrutiva,
corpos estranhos alojados, refluxo vesicoureteral e constipação crônica), impedindo
a eliminação completa de bactérias da bexiga.
1.4.7 Classificação
1.4.7.1 ITU Inferior
Polaciúria, urgência miccional, disúria, dor e sensibilidade suprapúbica.
1.4.7.2 ITU Superior
Aparência doente e/ou febre alta, idosos (dor no flanco e sensibilidade no ângulo
costovertebral), irritabilidade e vômitos.
1.4.8 Diagnóstico
Tira reagente para exame de urina, microscopia da urina, urocultura, hemocultura,
urocultura para fungo, USG renal, cintilografia, cistouretrografia miccional, TC
abdominal, RNM abdominal.
1.4.8.1 Critérios
Urina suprapúbica >1000 unidades;
Urina cateterizada >10.000 unidades;
Urina de coleta limpa >100.000 unidades (meninas) e >1.000 (meninos).
1.4.9 Tratamento
1.4.9.1 ITU Não Complicada
Pacientes com <=6 semanas consiste em internação e avaliação de sepse/meningite
e ATB empírico IV com ampicilina e gentamicina.
Pacientes instáveis com >6 semanas: tratamento com ceftriaxona parenteral ou
cefotaxima.
Pacientes estáveis >6 semanas - tratamento oral com uma cefalosporina de 3a
geração (amoxicilina/ácido clavulânico ou sulfametoxazol/trimetoprima).
Tratamento de 7 a 10 dias.
1.4.9.2 ITU Complicada
Terapia parenteral de clindamicina e cefepima.
2 a 4 semanas.
1.4.9.3 ITU Recorrente
2 ou mais episódios de pielonefrite aguda; ou
1 episódio de pielonefrite aguda, associado a pelo menos um episódio de pielonefrite;
ou
3 ou mais episódios de cistite.
1.5.2 Etiologia
Anormalidades funcionais nas veias dos MMII;
Anormalidades geralmente é refluxo, mas pode ser obstrução crônica ou uma
combinação dos dois;
Ocorre em até 50% das pessoas dentro de 5 a 10 anos após um episódio de TVP.
1.5.3 Fatores de Risco
Aumento da idade
Histórico familiar
Profissão ortostática
Tabagismo
TVP
Sexo feminino
Multiparidade
1.5.6 Diagnóstico
1.5.6.1 Exames Solicitados
USG duplex - identifica locais de obstrução e refluxo valvar
Flebografia ascendente - identifica o local e o nível da obstrução, como presença e
localização de colaterais
TC e venografia por RNM - detalhes anatômicos
1.5.6.2 Escala de Gravidade Clínica Venosa
cada característica recebe uma nota: 0 (nenhuma, 1 (leve), 2 (moderada) ou 3 (grave).
Dor, edema, hiperpigmentação, induração, úlceras ativas, sem cicatrização por mais
de 12 meses, meias.
1.5.7 Tratamento
1.5.7.1 Farmacoterapia
Alterações eczematosas na pele e dermatite de estase leve - hidratação da pele
Úlceras venosas - pentoxifilina e a fração flavonóica purificada (FFPM) para
cicatrização
1.5.7.2 Procedimentos Invasivos
Refluxo venoso superficial: safenectomia
Terapia endovenosa a laser ou a ablação por radiofrequência da veia safena magna
Escleroterapia por espuma
Angioplastia ilíaca percutânea e colocação de stent - obstrução da veia ilíaca
1.6.5 Classificação
CEAP
1.6.6 Diagnóstico
1.6.6.1 Anamnese
Deve ser questionado sobre histórico de intervenções prévias nas veias, história de
trauma, TVP, ulcerações ou sangramento das varicosidades.
1.6.6.2 Exame Físico
Palpação em busca de irregularidades e saliências consistentes com veias varicosas,
Deve-se observar extensão, tamanho, localização, e alterações de pele como
deposição de hemossiderina, lipodermatoesclerose, áreas de ulceração ativa ou
curada.
1.6.6.3 Exames
USG duplex e avaliação por Doppler para diagnosticar insuficiência venosa, avaliando
a função valvar em vários segmentos das veias tronculares, como varicosidades.
USG modo B é usado para descartar TVP e obstrução persistente no sistema venoso.
1.6.7 Tratamento
Ablação endovenosa, escleroterapia com espuma, flebectomia e cirurgia por via
aberta;
Meias de compressão.
1.7.2 Epidemiologia
⅔ apresentam-se como TVP isolada, e ⅓ com embolia pulmonar
Incidência aumenta com a idade para ambos os sexos.
1.7.3 Etiologia
3 fatores que causam a maioria das TVPs: lesões nos vasos, estase venosa e ativação
do sistema de coagulação (tríade de Virchow).
Apresentam um fator desencadeante que causa a coagulação sanguínea (cirurgia
que ativa a coagulação, imobilidade prolongada que causa estase ou medicações ou
doenças (CA, Síndrome antifosfolipídica)
Suscetibilidade é mediada geneticamente - mutação fator V de Leiden, tipo
sanguíneo não O aumentam o risco.
1.7.5 Fisiopatologia
Os coágulos se desenvolvem no sistema venoso profundo e começa a se formar
acima ou abaixo de uma valva venosa (geralmente se resolvem sozinhos):
1. Quando ocorre a propagação de um trombo ele se expande e cresce em direção
proximal, ocupando o lúmen da veia;
2. Os trombos começam a ser dissolvidos pelo sistema fibrinolítico do corpo assim
que o coágulo começa a se formar;
3. Os níveis de produtos de metabolização da fibrina de ligação cruzada,
especialmente D-dímero aparecem no sangue após o início da formação do
coágulo.
1.7.7.4 Distal
TVP nas três principais veias da panturrilha (tibial posterior, tibial anterior, peroneal)
abaixo da poplítea, e os coágulos nos ramos do gastrocnêmio e sóleo.
1.7.8 Diagnóstico
1.7.8.1 Exame Físico
Edema pode ser avaliado medindo a circunferência do MI 10 cm abaixo da
tuberosidade tibial, se diferença >3cm do membro assintomático aumenta o risco de
TVP;
Pode haver edema e veias superficiais colaterais dilatadas no lado afetado,
sensibilidade ao longo do caminho das veias profundas (compressão da panturrilha
posterior, compressão da fossa poplítea, e ao longo da coxa anterior interna a partir
da virilha até o canal adutor);
Flegmasia cerulea dolens - edema, dor, isquemia
1.7.8.2 Confirmação
Documentação de um coágulo sanguíneo em um vaso profundo na perna, pelve ou
veia cava por um estudo de imagem (USG dupplex, ou estudo com contraste -
venografia ou TC).
1.7.8.3 Nível D-dímero
Indicado para todos com Wells <2.
Se coágulo agudo, D-dímero estará aumentado mas não é específico (normalmente
descarta TVP).
1.7.8.4 USG Dupplex Venosa
Wells <2 com D-dímero elevado
Para descartar TVP – 1 USG de todo MI, ou 2 DUS negativas.
1.7.8.5 Suspeita de Embolia Pulmonar
Deve ser considerado se houver sinais clínicos ou sintomas que levantam a
possibilidade de EP, e comprometimento cardiopulmonar importante (hipotensão,
síncope, IC, hipóxia).
1.7.8.6 Diagnóstico de EP
Angiotomografia pulmonar de sequência rápida, cintilografia de ventilação/Perfusão
pulmonar.
1.7.9 Tratamento
1.7.9.1 Anticoagulação
É apenas dado se o trombo se propagar durante USG em série:
Impedir a propagação/progressão do trombo
Reduzir o risco de EP
Reduzir o risco de TVP recorrente
1.7.9.2 Fases da Terapia
Iniciação (5-21 s)
Tratamento (3m)
Prolongada (>3m)
1.7.9.3 Escolha do Medicamento
Preferências anticoagulantes orais diretos - dabigatrana, rivaroxabana, apixabana ou
edoxaban), antagonista da vitamina K - varfarina; HBPM.
Se paciente com risco de sangramento - HNF IV.
1.8.3 Etiologia
1.8.3.1 Insônia Comportamental
Dificuldade em iniciar ou manter o sono, necessitam de intervenção dos cuidadores.
1.8.3.2 Distúrbio de associação do início do sono
Distúrbio de associação do início do sono. Associação do adormecimento a um
estímulo específico dos cuidadores, gerando-se uma incapacidade de acalmar-se
para dormir.
1.8.3.3 Transtorno de Conduta
Criança teste os limites de seus pais para comportamentos aceitáveis. Há
ultrapassagem dos limites impostos pelos pais, com subsequente dificuldade de
reversão.
Criança sem limites e que despreza os pais realiza o adiamento e procrastinação para
postergar a ida para a cama.
1.8.3.4 Síndrome do atraso das fases do sono
Desencadeada em parte pelas mudanças estruturais no cérebro.
Ocorre em adolescentes, gera atraso nas fases do sono, principalmente quando não
é estímulo para regular o ciclo circadiano, atrasando as fases do sono, com adoção
de um ritmo circadiano >24 horas.
O seu desenvolvimento está associado a combinação de má higiene do sono com
pressões externas (trabalhos escolares, distrações no quarto, uso de mídias
eletrônicas, atividades sociais, esportes), que atrasam o início do sono.
Pode originar-se da sensibilidade aumentada à exposição à luz no fim do dia, há
também uma associação com diferenças nos genes do relógio biológico.
Resultando em um sono insuficiente, que é compensado no final de semana
dormindo até tarde, com atraso da fase circadiana.
1.8.3.5 Apneia Obstrutiva do Sono (AOS)
Colapso das veias aéreas superiores durante a inspiração enquanto a criança dorme.
É uma doença multifatorial:
Interação das dimensões craniofaciais
Hipoplasia maxilar
Retrognatia
Micrognatia
Síndromes Congênitas associadas à craniossinostose
Esses fatores reduzem a abertura da via aérea superior e diminuem o seu
calibre.
Tecidos moles aumentados
Primariamente adenoides e amígdalas.
Macroglossia
Inflamação dos tecidos moles
Refluxo gastroesofágico
Rinite alérgica
Exposição a irritantes – por exemplo fumaça de tabaco no ambiente.
Deposição de gordura no pescoço
Como ocorre na obesidade.
Baixo tônus muscular basal
Alterações no tônus muscular induzidas por:
Álcool
Medicamentos
Doenças genéticas – Síndrome de Down
1.8.4 Fisiopatologia
Centro Respiratórios (Tronco Encefálico)
1. Músculos da Respiração
2. Inspiração
3. Ar sendo sugado para dentro das vias aéreas superiores e inferiores
4. Sono
5. Aumento do tônus muscular e do calibre da via aérea
6. AOS
7. Diminuição do fluxo aéreo (pode parar completamente):
De acordo com a duração e as consequências associadas, os eventos
podem ser classificados em:
Ronco primário
Despertar relacionado ao esforço respiratório
Hipopneias ou apneias
Dependendo do grau de obstrução presente
Diagnóstico de ronco primário
Síndrome da resistência das vias aéreas superiores
Hipoventilação obstrutiva crônica
Apneia Obstrutiva do Sono
Leve
Moderada
Grave
1.8.8 Tratamento
1.8.8.1 Apneia Obstrutiva do Sono
Adenotonsilectomia – tratamento de primeira linha.
Pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP):
Caso AOS persistente após Adenotonsilectomia
Cirurgia não viável
Exige
Abordagem multidisciplinar
Acompanhamento de perto – boa observação e adesão
Budesonida Intranasal
Anormalidade estruturais
Cirurgia craniofacial – maxilar ou mandibular.
1.8.8.2 Insônia Comportamental da Infância
Mudanças comportamentais – manter a rotina de sono noturno.
Manter a criança por tempo adequado na cama.
Melhorar a higiene do sono.
Concordância entre as atitudes dos cuidadores.
1.8.8.3 Distúrbios de Associações do Início do Sono
Extinção
Colocar a criança acordada na cama, fechar a porta e deixa-la chorar até dormir.
Extinção modificada
Colocar a criança acordada na cama e verifica-la em tempos pré-determinados.
Extinção com presença dos pais
Colocar a criança acordada na cama
Um dos cuidadores fica em uma cadeira de costas viradas para a criança
Não acalmar a criança até ela dormir
Rotinas pré-sono graduais com rituais positivos
A criança é colocada na cama mais tarde que o normal enquanto cumpre rituais
positivos
Despertares programados
A criança é acordada em intervalos fixos para impedir os próprios padrões de
despertar.
1.8.8.4 Transtorno de Conduta
Educação sobre a natureza do problema
Dependente da idade da criança
Envolvimento ativo da criança na modificação do comportamento de sono
Uso de uma cancela ou duas
Dependendo da habilidade da criança de escalá-la
Protocolo de extinção modificado
1.8.8.5 Síndrome do Atraso das Fases do Sono
Envolve a adesão de uma rotina regular:
Dias da semana
Fins de semana
Ano letiva
Feriados
Ênfase especial nos horários de acordar
Exposição a luzes fortes pela manhã
Hora de acordar – hora que o indivíduo sai da cama
Educação sobre higiene do sono adequada:
Redução da exposição à luzes fortes 2 horas antes de dormir
Eliminar o consumo de cafeína 8 horas antes de ir dormir
Remover mídias eletrônicas do quarto
Televisão
Videogames
Celulares
Evitar adormecer com fone de ouvido
Remover os animais de estimação do quarto
Manter o quarto
Escuro
Silencioso
Temperatura ambiente
Redirecionamento da Fase Circadiana
Cronoterapia – atrasar o sono em incrementos de 3 horas por 24 horas
Utilização de Melatonina
Narcolepsia
Cochilos frequentes e agendados
Utilização de medicamentos
Estimulantes
Metilfenidato
Modafinila
Dexanfetamina
Cataplexia
Clomipramina
Imipramina
Protriptilina
Venlafaxina
Fluoxetina
Oxibato de sódio
1.12 CRIPTORQUIDIA | SEMANA 06
1.12.1 Definição
Criptorquidia ou testículo não descido ocorre quando um ou ambos testículos não
estão dentro do saco escrotal.
1.12.2 Epidemiologia
2/3 dos casos são unilaterais.
1.12.4 Fisiopatologia
Migração incompleta do testículo durante a embriogênese da posição retroperitoneal
original próxima aos rins até sua posição final no escroto.
Isso ocorre em ambas as fases androgênio-dependente e androgênio independente.
1.12.5 Classificação
1.12.5.1 Testículo não descido, palpável >6 meses
Testículo retrátil – pode ser puxado para dentro do escroto e permanecer após
liberação da tração.
Testículo com criptorquidia – não pode ser puxado para dentro do escroto ou retorna
para a posição após ser puxado.
1.12.5.2 Testículo unilateralmente não palpável
Não é possível localizar o testículo.
1.12.5.3 Testículos bilateralmente não palpáveis
Associado à pênis normal
Associado a um micropênis ou hipospádia – encaminhar para pesquisa de distúrbio
do desenvolvimento sexual.
1.12.6 Diagnóstico
1.12.6.1 Exame Físico de Rotina
Deve ser feito em posição supina. Avaliar presença ou ausência dos testículos,
posição e tamanho de cada testículo, presença de escroto assimétrico ou hipoplásico
e qualquer cicatriz cirúrgica na região inguinal ou escrotal.
Deve incluir:
Inspeção local do meato uretral (procurando por hipospádia)
Avaliação do comprimento do pênis menor que 2 desvios padrão abaixo do normal
(micropênis)
Exame de características sexuais secundárias/sinais puberais para pacientes
apresentando criptorquidia em uma idade mais avançada
1.12.6.2 Exame de Imagem
Não é recomendado.
1.12.6.3 Exploração Cirúrgica
Deve ser feita para todos os testículos não palpáveis unilaterais ou bilaterais
(laparoscopia diagnóstica).
1.12.6.4 Teste de Estimulação por HCG
Teste de estimulação por HCG – não demonstra aumento da testosterona no plasma
após estimulação quando os testículos estão ausentes.
1.12.6.5 Cariotipagem
Avaliar transtorno do desenvolvimento sexual.
1.12.7 Tratamento
Colocação cirúrgica do testículo na porção dependente do escroto, ideal entre 12 a
18 meses de idade.
1.12.7.1 Testículo não descido
Palpável unilateral ou bilateral – orquidopexia para os testículos que não descerem
até 6 meses de idade.
Não palpável unilateral – exame para localizar o testículo, se for palpável
orquidopexia, se não palpável realizar abordagem aberta ou laparoscópica.
Testículo não palpável bilateralmente – encaminhamento para avaliação
endocrinológica e/ou genética para investigação bioquímica e do cariótipo para
distúrbio do desenvolvimento sexual.
1.13.2 Etiologia
Deformidade de badalo de sino é o defeito mais comum
Trauma
1.13.4 Fisiopatologia
Normalmente, o testículo passa pelo canal inguinal coberto por uma camada de
peritônio. Essa camada, a túnica vaginal, prende-se naturalmente à parede posterior,
na parte inferior e na região superior do testículo.
Se as duas fixações da túnica vaginal ocorrerem na parte superior do testículo, a
deformidade se desenvolverá em badalo de sino, o que aumenta a probabilidade de
torção porque o testículo se move livremente dentro da túnica.
Número de rotações, que pode variar de 180° a 720°, e a duração da isquemia
determinam o grau de viabilidade do tecido.
Se o tratamento for iniciado até 4 a 6 horas após o início dos sintomas, os testículos
provavelmente permanecerão viáveis.
Se os testículos continuarem torcidos por mais de 10 a 12 horas, provavelmente
haverá isquemia e dano irreversível ao testículo.
Após 12 horas, muito provavelmente terá ocorrido necrose.
1.13.5 Quadro Clínico
Dor testicular, náuseas e vômitos.
Dor aguda que surge e desaparece ou intermitente, não há alívio da dor com a
elevação do escroto.
Inchaço ou edema
Eritema escrotal
Hidrocele reativa
Testículo alto
Posição horizontal
Reflexo cremastérico ausente
Febre
Polaciúria
Edema escrotal e descoloração semelhante a casos de hematoma escrotal.
Dor escrotal unilateral
O testículo não sensível tem uma posição normal com um nódulo sensível na parte
superior que aparece como um “sinal do ponto azul” quando iluminado.
1.13.6 Classificação
1.13.6.1 Torção Intravaginal
É o tipo mais comum, ocorre pela fixação anormal alta da túnica vaginal ao cordão
espermático, que permite a rotação do testículo dentro da bolsa.
1.13.6.2 Torção Extravaginal
Raro, ocorre durante o período perinatal quando o testículo desce e gira em torno do
cordão espermático antes de fixar-se a parede escrotal posterior.
1.13.6.3 Mesórquio Longo
É uma faixa densa de tecido conjuntivo que fixa os ductos eferentes do epidídimo à
parede posterolateral dos testículos.
Quando alongado, pode permitir que os testículos se torçam, e o epidídimo
permaneça fixo.
1.13.7 Diagnóstico
Sintomas que duram menos de 4 a 6 horas tem maior probabilidade de manter a
viabilidade testicular. Se >48 horas há má recuperação testicular.
1.13.7.1 Exame Físico
Exame físico abdominal.
1.13.7.2 Exame Genital
Sensibilidade exacerbada na palpação, pode estar mais alto que o assintomático.
Reflexo cremastérico obtido tocando-se a parte interna da coxa do lado afetado com
elevação testicular subsequente, pode estar ausente nos casos de torção.
Uma apresentação mais tardia revelaria eritema e edema escrotal, e uma Hidrocele
reativa poderia desenvolver-se.
A melhora ou alívio clínico após a distorção manual da torção testicular é altamente
sugestiva do diagnóstico de torção.
Se sugestivo de torção testicular, deve ser realizada a avaliação e exploração cirúrgica
imediata.
1.13.7.3 Exames de Imagem
USG – presença de torção testicular ou identificar outras etiologias
Sinal do redemoinho em tempo real (aparência de espiral do cordão espermático
a partir da torção) é um sinal de torção testicular parcial ou completa.
USG Doppler
Exames de sangue e urina
Cintilografia
Distingue torção testicular de outras causas não cirúrgicas de escroto agudo.
Hemograma, PCR ou urinálise
1.13.8 Tratamento
Orquiectomia (remoção de um ou dois testículos) ou orquidopexia (fixação do
testículo na bolsa escrotal), depende da extensão do dano no tecido testicular.
Durante a fixação, o testículo contralateral é fixo na parede posterior para evitar a
torção bilateral assíncrona.
Distorção manual – rotação do testículo D no sentido anti-horário e do esquerdo no
sentido horário, gira-se o testículo afetado como se fosse abrir um livro – “livro aberto”.
1.14.3 Fisiopatologia
A retração do prepúcio atrás da glande (na presença de prepúcio fimótico) causa
constrição da glande distal pelo anel fimótico.
Causa ingurgitamento vascular, pois os fluxos linfáticos e venosos do anel constritor
estão prejudicados.
Isso resulta em edema secundário.
As consequências são comprometimento vascular adicional, pois o fluxo arterial está
prejudicado, é possível isquemia do pênis distal ao anel fimótico.
Pode-se observar necrose da glande. Em outros casos, a pele da glande se torna
espessa e seca, causando a forma crônica da parafimose.
1.14.5 Diagnóstico
No exame físico, a glande está aumentada e congestionada com um colar de
prepúcio edematoso.
Uma faixa constritiva de tecido pode ser observada diretamente atrás da cabeça do
pênis.
O restante da haste peniana não apresenta nada digno de nota.
Áreas escuras, ou a presença de uma glande não maleável, são preocupações quanto
à presença de necrose precoce.
Em crianças, a parafimose pode se apresentar como obstrução urinária aguda.
1.14.6 Tratamento
O primeiro método de tratamento envolve a manipulação do pênis para reduzir o
edema e para realocar o prepúcio por cima da glande. É administrado analgésico.
Aplica-se gelo, compressão ou um agente osmótico após a anestesia.
Compressão:
A glande edematosa e o prepúcio deve ser comprimido até que se observe
melhora no edema.
Agente Osmótico:
Essa técnica se baseia no princípio de que o líquido flui contrário a um
gradiente de concentração.
Neste caso o líquido hipotônico no pênis flui para o agente hipertônico
no lado externo da pele.
O agente mais comumente usado é o açúcar glanulado fino, em
quantidades abundantes.
1.14.6.1 Punção
Perfuração do prepúcio em vários locais (técnica de Dundee) permite exsudação do
fluido edematoso e redução no edema.
1.14.6.2 Redução cirúrgica seguida por circuncisão
Reservada para pacientes cujas tentativas conservadoras de redução não foram
bem-sucedidas.
Com cirurgia e necrose – cirurgia de emergência
Tipo agudo sem isquemia e necrose – manipulação, punção, hialuronidase, redução
cirúrgica seguida de circuncisão.
Tipo crônico sem isquemia e necrose – redução cirúrgica seguida por circuncisão.
1.15.2 Etiologia
Embolia, trombose, trauma, dissecção, vasculites, causas hematológicas,
ergotismo/medicações, neoplasias invasivas.
Maior parte causado por aterosclerose.
1.15.3 Epidemiologia
Idade >40 anos
Prevalência em negros
Distribuição igualitária entre os sexos
Fracos:
PCR elevado, hiper-homocisteinemia, vasculite/condições inflamatórias,
fibrodisplasia arterial.
1.15.5 Fisiopatologia
Baseia-se em danos, inflamação e defeitos estruturais dos vasos sanguíneos.
Associa-se fortemente à: aterosclerose, doenças degenerativas, doenças displásicas,
inflamação vascular e trombose, além de tromboembolismo.
Outros fatores incluem:
Falta de condicionamento físico, alterações metabólicas como acúmulo de
acilcarnitinas e adenosina difosfato (ADP), síntese insuficiente de fosfocreatina e
lesão de músculo esquelético caracterizada por perda de fibra muscular.
1.15.7 Classificação
1.15.7.1 Estágios de Fontaine
Estágio I – assintomático
Estágio IIa – claudicação leve
Estágio IIb – claudicação moderada a grave
Estágio III – dor isquêmica em repouso
Estágio IV – ulceração ou gangrena
1.15.7.2 Categorias de Rutherford
Grau 0, categoria 0 – assintomático
Grau I, categoria 1 – claudicação leve
Grau I, categoria 2 – claudicação moderada
Grau I, categoria 3 – claudicação grave
Grau II, categoria 4 – dor isquêmica em repouso
Grau III, categoria 5 – pequena perda tecidual
Grau IV, categoria 6 – grande perda tecidual
1.15.7.3 Assintomática
Ausência de sintomas de claudicação na perna.
1.15.7.4 Claudicação
Fluxo sanguíneo inadequado durante exercícios, causando fadiga, desconforto ou
dor.
1.15.7.5 Isquemia crítica de membro
Compromete o fluxo sanguíneo do membro, causando dor em repouso. Os pacientes
podem desenvolver úlceras ou gangrena.
1.15.7.6 Isquemia aguda de membro
Uma súbita redução na perfusão do membro que ameaça a viabilidade do mesmo.
Associado com os “6 Ps”:
Dor (pain)
Paralisia
Parestesia
Ausência de pulso
Palidez
Poiquilotermia
1.15.8 Diagnóstico
1.15.8.1 ITB
É realizado por meio de medicação da pressão sistólica das artérias braquiais
esquerda e direita, da pressão da artéria dorsal do pé e das artérias tibiais posteriores
esquerda e direita.
O ITB é calculado pelo valor mais alto da pressão da artéria dorsal do pé e da artéria
tibial posterior, dividido pelo valor mais alto da pressão de pulso arterial braquial dos
braços esquerdo e direito.
Valor da pena/valor do MSD = Índice
0,9 a 1,09 – normal
<0,9 – isquemia
0,41 a 0,9 – DAP leve a moderada
<0,4 – grave
>1,4 artérias calcificadas anormais
Se o ITB for anormal e os sintomas justificarem uma revascularização, o próximo
exame a orientar a decisão terapêutica é a ultrassonografia duplex das artérias do
membro inferior.
1.15.8.2 Exame de Pressão Segmentar
Capaz de determinar o local e a magnitude da estenose (>20 mmHg entre os
segmentos adjacentes).
1.15.8.3 Outros exames utilizados
RVP – registro de volume de pulso
USG Doppler de ondas contínuas
ITB com exercícios
Angiografia por cateter
Angiotomografia
Angiografia por RNM
Arteriografia – padrão ouro, indicada quando dor em repouso, com ou sem lesões
tróficas.
1.15.9 Tratamento
1.15.9.1 Tratamento Geral
Modificação dos fatores de risco, manejo de PA, lipídios, diabetes e abandonar o
tabagismo.
Terapia antiagregante plaquetária para todos os pacientes.
1.15.9.2 Isquemia Aguda do Membro
É uma emergência, tratada com anticoagulação sistêmica e analgesia.
Membro não viável
Perda tecidual, dano nervoso e perda sensorial – amputação.
Membro viável
Revascularização
Terapia trombolítica por cateter
Extração mecânica do trombo ou trombo-aspiração
Trombectomia cirúrgica, by-pass e/ou reparo arterial
1.15.9.3 Claudicação limitante do estilo de vida
Tratamento sintomático com cilostazol ou naftidrofurila.
1.15.9.4 Revascularização – Indicações de Cirurgia
Pacientes com claudicação que limite o estilo de vida que continuam a ter sintomas
limitadores apesar do exercício e medicação;
Pacientes com sintomas de isquemia crítica de membro (dor isquêmica em repouso,
gangrena e feridas/úlceras que não cicatrizam);
Paciente com isquemia aguda de membro (súbita redução na perfusão do membro
com ameaça a viabilidade tecidual).
1.15.9.5 Pacientes que não tem indicação de cirurgia
Mudanças de hábito de vida, como cessação do tabagismo;
Controle de distúrbios metabólicos;
Exercícios supervisionados;
Terapia farmacológica com cilostazol, estatinas e antiagregantes plaquetários.
1.16.2 Etiologia
Hiperglicemia (complicações microvasculares), outros fatores (HAS, obesidade e
tabagismo), triglicérides, idade, duração do diabetes, altura, IMC.
1.16.3 Epidemiologia
A neuropatia diabética (ND) é a complicação mais comum do diabetes.
A ND é a principal causa de ulcerações e problemas relacionados ao pé diabético.
A neuropatia de fibras finas pode ser mais grave na diabetes autoimune latente do
adulto (LADA).
1.16.5 Fisiopatologia
Fatores metabólicos e vasculares estão envolvidos.
No tecido nervoso, este padrão de distúrbios metabólicos e vasculares prejudica
a função mitocondrial e o suporte neurotrófico, além de mediar a lesão dos
neurônios e células de Schwann, culminando em dano progressivo e na perda de
fibras nervosas periféricas, além de prejudicar as funções sensitivas.
O principal efeito da diabetes é sobre as fibras nervosas finas delta A e C não
mielinizadas ou pouco mielinizadas que modulam a função autonômica e a
percepção térmica e de dor.
A neuropatia de fibras finas pode afetar uma ferida em cicatrização e, portanto, causar
a ulceração dos pés. De fato, a perda de fibras finas pode ocorrer antes do
desenvolvimento da ulceração dos pés.
1.16.7 Classificação
1.16.7.1 Neuropatia Difusa
Polineuropatia sensório-motora simétrica distal – mais comum
Primariamente neuropatia de fibras finas
Primeiramente neuropatias de fibras largas
Neuropatia mista de fibras finas e largas
Neuropatia autonômica
1.16.7.2 Mononeuropatia
Nervo craniano ou periférico isolado (por exemplo, NC III, ulnar, mediano, femoral,
peroneal)
Mononeurite múltipla
1.16.7.3 Radiculopatia ou polirradiculopatia
Neuropatia radiculoplexica (também chamada polirradiculopatia lombossacral ou
amiotrofia motora proximal)
Radiculopatia torácica
1.16.7.4 Neuropatia Periférica Diabética Típica
Uma polineuropatia sensório-motora crônica, simétrica e dependente do
comprimento (nervos mais longos afetados primeiro nos segmentos mais distais). →
É a mais comum neuropatia periférica diabética.
1.16.7.5 Neuropatia Periférica Diabética Atípica
Pode se desenvolver a qualquer momento durante a evolução do diabetes mellitus
de um paciente.
O início dos sintomas pode ser agudo, subagudo ou crônico, mas a evolução
geralmente é monofásica ou flutuante ao longo do tempo, com tendência a
envolver preferencialmente as fibras nervosas finas sensoriais e autonômicas.
Acometimento sensitivomotor e autônomo difuso, não ocorrendo perda de um
setor específico antes de outro.
1.16.8 Diagnóstico
1.16.8.1 Exame Físico Neurológico
Exame físico neurológico pode revelar perda sensorial distal simétrica, com redução
ou ausência dos reflexos aquileus.
Sensibilidade térmica e dolorosa são as primeiras a perder.
1.16.8.2 Exames Laboratoriais
Os exames laboratoriais básicos incluem:
Glicemia em Jejum
Hemoglobina Glicada (HbA1C)
Teste Oral de Tolerância à Glicose (em pacientes não diabéticos)
Hormônio Estimulante da Tireoide (TSH)
Vitamina B12
Ureia sérica
Eletroforese de imunoglobulinas
Velocidade de Hemossedimentação (VHS)
1.16.8.3 Biópsia de pele
É uma técnica validada para determinar a densidade das fibras nervosas
intraepidérmicas e pode ser considerada para o diagnóstico de ND, particularmente
da neuropatia de fibras finas.
1.16.9 Tratamento
1.16.9.1 Mecanismos Patogênicos Subjacentes
O primeiro é o mais desafiador; o único método demonstrado disponível é o controle
glicêmico rígido em pacientes com diabetes do tipo 1.
1.16.9.2 Alívio dos Sintomas
Abrange inúmeras abordagens sintomáticas.
Geralmente são recomendadas terapias sintomáticas específicas, pois elas podem
melhorar a qualidade de vida do paciente.
Controle glicêmico, cuidado com os pés.
Tratamento da dor na neuropatia inicial:
Pregabalina, Duloxetina, Gabapentina, Antidepressivos, Opioides, Capsaicina
Tópica.
Estimulação elétrica transcutânea do nervo (TENS)
Estimulação elétrica percutânea do nervo (PENS)
Acupuntura
Estimulação da medula
1.16.9.3 Diabetes
DM 2 – Rastrear ao diagnóstico
DM 1 – Rastrear 5 anos após
1.17.2 Etiologia
A maioria das úlceras do pé diabético é causada por trauma repetitivo sofrido durante
a atividade em um pé estruturalmente anormal e insensível.
As úlceras atuam como porta de entrada para infecções bacterianas.
Prevenir e/ou curar úlceras ajuda a prevenir infecções e, assim, minimiza o risco de
perda de membros.
1.17.4 Fisiopatologia
Alterações microangiopáticas são responsáveis por perpetuar a infecção e ausência
de cicatrização de úlceras.
1.17.5 Classificação
1.17.5.1 Neuropático
Perda progressiva da sensibilidade (formigamento, queimação).
1.17.5.2 Vascular
Vascular – isquêmico (claudicação intermitente, pulsos ausentes ou diminuídos,
frialdade, rarefação de pelos, onicodistrofia).
1.17.5.3 Misto
Neurovascular ou neuroisquêmico.
1.17.6 Diagnóstico
1.17.6.1 Clínico
Úlcera, dor, febre ou calafrios, mal estar, eritema, anorexia, edema nos pés, tornozelo
ou panturrilha, pulsos pediosos ausentes, flutuação.
1.17.6.2 Exame Físico
Presença de úlceras, sinais de infecção, neuropatia sensorial, presença de pulsos e
sensibilidade vibratória/reflexos/dor.
Úlceras neuropáticas - se localizam preferencialmente nas cabeças metatarsais,
sesamoide medial e base do quinto metatarsal.
1.17.6.3 Exames Laboratoriais
Hemograma
Glicemia
cultura microbiológica,
Taxa de sedimentação de eritrócitos
PCR
FR
1.17.6.4 Exames de Imagem
Radiografia
Angiografia
RNM
Angiografia por TC
1.17.7 Tratamento
1.17.7.1 Tratamento das Feridas
Úlceras rasas sem complicação → sulfadiazina de prata 1%
1.17.7.2 Tratamento Geral
Orientações sobre cuidados gerais dos pés
Antibióticoterapia
Drenagem
1.17.7.3 Debridamento
Conduta inicial nas pulseiras perfurantes plantares + ATB + cuidados
1.17.7.4 Bypass Cirúrgico
Quando há ausência de pulsos palpáveis.
1.17.7.5 Amputação Adjunta
Indicado se falência do tratamento clínico e debridamento; ou em caso de infecção
necrotizante + instabilidade hemodinâmica
1.17.7.6 Enxerto Femoropoplíteo
Casos que vai além da alteração microangiopatia, com doença aterosclerótica com
comprometimento do fluxo vascular (macroangiopatia).
1.9.2 Epidemiologia
Ocorre em crianças <1 ano de idade, principalmente 5-7 meses.
1.9.3 Etiologia
Hiperplasia das placas de Peyer e do tecido linfoide na parede intestinal, proveniente
de infecção viral prévia.
Esses linfonodos aumentados podem agir como o ponto inicial da intussuscepção
idiopática.
Pontos iniciais patológicos - anormalidades anatômicas do intestino, como pólipos
luminais, tumores malignos (como linfoma) e lesões em massa benignas.
1.9.5 Fisiopatologia
A intussuscepção é a invaginação de uma porção do intestino (o intussuscepto) no
lúmen do intestino imediatamente adjacente a ele (o intussuscipiente).
1. O mesentério é arrastado ao longo da parede intestinal proximal para dentro
do lúmen distal, resultando na obstrução do retorno venoso.
2. O resultado é edema, sangramento da mucosa e aumento da pressão.
3. Se o fluxo arterial ficar comprometido, poderá haver isquemia, necrose e
perfuração.
A intussuscepção ileocolônica (prolapso do íleo terminal para dentro do cólon
proximal) é a localização anatômica mais comum de ocorrência de intussuscepção,
seguida por íleo-ileal e colocolônica.
1.9.7 Diagnóstico
1.9.7.1 Exame Físico
Exame físico abdominal, pode gerar achados de:
Massa abdominal palpável
Distensão abdominal
Peritonismo (em alguns casos)
1.9.7.2 Exames de Imagem
Se paciente estável, deve realizar USG:
A presença de uma massa de 3 a 5 cm profunda na parede abdominal ao lado
direito, com aparência característica ultrassonográfica de rosca, é diagnóstica de
intussuscepção.
O achado de um sinal do alvo (sinal em formato de olho de boi, sinal da rosca, sinal
de rosqueamento crescente e sinal dos anéis concêntricos múltiplos):
É característico da intussuscepção em radiografia abdominal simples ou TC.
A radiografia abdominal simples pode estar normal, embora ocasionalmente seja
possível observar uma obstrução intestinal parcial.
Outros sinais sugestivos incluem:
A presença de massa de tecidos moles
Um quadrante inferior direito vazio
Ar em um apêndice deslocado
Sinais de uma obstrução no intestino delgado
Enema por contraste (ar ou reagente de contraste), é contraindicado na presença de
ar livre intra-abdominal.
Enemas com líquido ou ar continuam sendo os testes diagnósticos mais
específicos e sensíveis, capazes de identificar a extensão do processo.
O sinal da mola espiralada é a aparência das dobras de mucosa edematosado
intussuscepto delineada pelo material de contraste
1.9.8 Tratamento
1.9.8.1 Objetivo
O objetivo é a correção da hipovolemia e das anormalidades eletrolíticas e, em
seguida, a redução urgente. A redução pode ser obtida com enema com contraste (ar
ou líquido de contraste) ou por cirurgia.
1.9.8.2 Tratamento Primário
O tratamento primário é sempre por enema com contraste (gás ou líquido), a menos
que haja sinais de peritonite indicando a necessidade de cirurgia imediata.
Contraindicações absolutas:
Peritonite, perfuração e choque hipovolêmico.
Contraindicações relativas:
Sintomas prolongados
Achados de ultrassonografia de isquemia intestinal ou coleção de fluídos
Evidência acentuada de obstrução intestinal (p. ex. distensão abdominal,
sinais no estudo de imagem)
Esse procedimento requer certa cooperação de crianças mais velhas, que
podem não tolerar o desconforto que ele gera.
Ressuscitação fluídica
Antibióticoterapia
1.9.8.3 Redução Cirúrgica
Na presença de peritonite, recomendam-se apoio cirúrgico e ressuscitação
imediatas.
Deve-se avaliar a presença de ar livre intra-abdominal nas radiografias abdominais
simples.
Os pacientes com contraindicações para a redução por enema com contraste devem
se submeter a uma avaliação cirúrgica urgente.
A redução cirúrgica tem sido realizada com sucesso por meio de laparoscopia.
1.10.2 Epidemiologia
A maioria dos pacientes apresentam sintomas no período neonatal, até 1 ano de
idade.
Meninos são mais afetados.
Pode apresentar anomalia congênita associada, a Síndrome de Down é comum.
1.10.3 Etiologia
Deleção no braço longo do cromossomo 10.
1.10.5 Classificação
1.10.5.1 Típico (Retossigmoide)
O segmento aganglionar inclui o reto e a maior parte do cólon sigmoide (70 a 80%
dos casos).
1.10.5.2 Segmento Longo
A porção aganglionar pode se estender até qualquer nível entre a flexão hepática e o
cólon descendente (15% a 25% dos casos).
1.10.5.3 Aganglionose Colônica Total
Uma doença extremamente grave na qual o cólon inteiro é aganglionar,
frequentemente incluindo um comprimento variável do íleo terminal (1 a 5% dos
casos).
A doença intestinal total (cólon e intestino delgado) geralmente é letal e ocorre em
<1% dos casos.
1.10.5.4 Aganglionose ultracurta ou segmento curto
Não há consenso quanto à existência deste subtipo.
Ele é frequentemente mal interpretado como constipação funcional crônica.
1.10.6 Fisiopatologia
1.10.6.1 Ausência de células ganglionares, nervos hipertróficos somado ao
aumento da acetilcolinesterase
A coloração de patologia demonstra um aumento significativo do número de fibras
nervosas hipertróficas (>40 microns), que ficam localizadas na:
Muscular da mucosa, na lâmina própria e na submucosa.
Aumento da atividade da acetilcolinesterase.
1.10.6.2 Falha no desenvolvimento do tecido derivado da crista neural
Pode haver uma parada da migração craniocaudal das células ganglionares
neuroentéricas da crista neural para o TGI superior. Isso causa a falta de células
ganglionares no:
Plexo mioentérico de Aurbach, no plexo de Henle e de Meissner.
1.10.6.3 Ausência dos gânglios
A ausência dos gânglios pode produzir contrações descoordenadas no intestino
afetado, podendo gerar:
Espasmos, ausência do peristaltismo propulsar e contração maciça do segmento
aganglionar, em associação com a falta do relaxamento do intestino e espasmo do
esfíncter interno.
O resultado é a obstrução colônica funcional parcial ou total.
1.10.8 Diagnóstico
1.10.8.1 Exames por Imagem
Radiografia:
Presença de níveis hidroaéreos
Ausência de ar na pelve interior
Se não houver evidência de cólon distendido, a ocorrência dessa doença é
improvável.
Enema com contraste:
Teste diagnóstico de rastreamento inicial mais valioso. É feito se a radiografia
sugerir obstrução e/ou clínica for altamente sugestiva: zona de transição.
A imagem característica de um colón descendente dilatado, seguido
distalmente por um retossigmoide não dilatado.
Biópsia retal:
Diagnóstico definitivo:
Ausência de células ganglionares
Nervos não mielinizados espessados
1.10.9 Tratamento
1.10.9.1 Neonatos com doença típica (retossigmoide) ou de segmento longo
Irrigação e depois cirurgia definitiva.
Se apresentar enterocolite, as irrigações são feitas de modo mais agressivo:
Fluidoterapia IV + Antibioticoterapia
1.10.9.2 Aganglionose Colônica
Colectomia total, ileorretoanastomose e ileostomia protetora.
1.10.9.3 Derivação Intestinal
Colostomia ou ileostomia, é necessário quando a criança estiver com enterocolite
intratável ou distensão abdominal sem resposta clínica a irrigações.
1.10.9.4 Cirurgia Definitiva
Procedimento cirúrgico primário definitivo transanal isolado ou laparoscópico sem
uma colostomia prévia.
1.10.9.5 Aganglionose Colônica Total
Em alguns casos, a irrigação não funciona, devido a dificuldade de alcançar o intestino
delgado dilatado.
Inicialmente, é necessário colectomia total, ileorretoanastomose e ileostomia
protetora.
1.10.9.6 Estoma
Raramente necessária, usado para enterocolite intratável ou distensão abdominal
sem resposta clínica a irrigações.
A ileostomia ou colostomia transversa direita é uma boa opção.
Tipos:
Colostomia transversa direita ou ileostomia.
Colostomia de nivelamento – nível que as células ganglionares estão presentes.
1.11.2 Epidemiologia
4x maior nos meninos
Mais comum em bebês alimentados na mamadeira
1.11.3 Etiologia
Hiperacidez resultante de uma distensão antral com alimentação e hipertrofia do
piloro decorrente de contrações repetidas.
Inervação neural deficiente do músculo pilórico exerça alguma influência.
Ausência de células intestinais de Cajal.
Deficiência de óxido nítrico sintase – diminuição do relaxamento do músculo liso.
1.11.5 Fisiopatologia
1. Vômitos prolongados
2. Perda de eletrólitos e água causa alcalose metabólica hipoclorêmica e hipocalêmica.
3. A hipovolemia resulta em aumento da aldosterona e a subsequente reabsorção renal
de sódio e água.
4. Perda paradoxal de íons de hidrogênio.
Há uma piora da alcalose pela absorção renal de bicarbonato.
Também foram observadas flutuações de íons de potássio, houve relatos de hipo e
hipercalemia (que podem ser relacionadas à hemólise).
A gravidade da hipovolemia e das anormalidades eletrolíticas é diretamente
proporcional à extensão dos sintomas anterior à apresentação.
A hiperbilirrubinemia indireta foi observada em 2 a 5% das crianças, decorrente de um
déficit na atividade da glicuroniltransferase.
1.11.7 Diagnóstico
1.11.7.1 Exame Físico
Palpação de uma massa abdominal superior em formato de oliva
Músculo pilórico hipertrofiado, pode ser apalpada no epigástrio e no QSD.
O exame é auxiliado pela inserção de um tubo orogástrico para descompressão
gástrica.
1.11.7.2 Exames Laboratoriais
Perfil eletrolítico:
Hipocalemia
Hipocloremia
Alcalose metabólica como resultado dos vômitos prolongados
1.11.7.3 Exames por Imagem
USG – espessura do músculo pilórico >4 mm e canal pilórico >17 mm.
Também permite um exame físico em tempo real da função do canal pilórico.
Os pacientes apresentarão fluxo anormal e peristaltismo.
Estudo de contraste do TGI superior – fino feixe de contraste como resultado de um
piloro estreitado.
1.11.8 Tratamento
Ressuscitação fluídica.
Piloromiotomia – separação longitudinal extramucosa do músculo pilórico.
1.18.2 Epidemiologia
Homens >45 anos
1.18.3 Etiologia
Mudanças nas alterações hormonais relacionadas a idade
Desequilíbrio de androgênio/estrogênio
Alterações nas interações estroma-epitélio prostáticas com o envelhecimento
Aumento nos números de célula-tronco prostáticas
1.18.4 Fisiopatologia
1. Aumento da conversão da testosterona I
2. DHT + Aumento dos receptores alfa-adrenérgicos
3. Aumento da sensibilidade da glândula a DHT
4. Aumento do crescimento das fibras musculares
5. Formação de nódulos
6. Compressão extrínseca da uretra (mecânica)
7. Nódulos/funcional
8. Hipertrofia do detrusor
1.18.6 Diagnóstico
1.18.6.1 Anamnese
Fator de Risco
Idade >45
Tabagismo
História Familiar
Alopécia Androgênica
Etnia não asiática
Síndrome Metabólica
Medicamentos
Descartar uso de:
Diuréticos
Anticolinérgicos
Alfa-adrenérgicos
Clínica
Escore Internacional de Sintomas Prostáticos
0-7 Leve
8-19 Moderado
20-35 Grave
1.18.6.2 Exame Físico
Toque Retal
Avaliar tônus do esfíncter anal
Estimar o tamanho da próstata
Avaliar nódulos da próstata ou massas retais
1.18.6.3 Exames Complementares
Urina 1
Ureia e creatinina
PSA
Contraindicado p/ 75
Não deve ser usado p/ rastreamento de CA
Urofluxometria
Um baixo pico de fluxo urinário, que pode ser causado devido a:
Obstrução Infravesical
Subatividade do músculo detrusor
Bexiga não totalmente cheia
USG/TC
Não é recomendada
Exceto se o paciente apresentar
Retenção crônica
ITU/Hematúria recorrente
Insuficiência Renal
Urolitíase
História de Cirurgia de Trato Urinário
Método de escolha para avaliar
Volume residual pós-miccional (RPM)
1.18.7 Tratamento
1.18.7.1 Sintomático sem incômodo (Geralmente 0-7)
Orientações
Evitar
Líquido após o jantar
Diuréticos
Medicamentos que aumentam a retenção urinária
Limitar
Ingestão de bebidas com cafeína
Vigilância Ativa
Avaliação Anual
1.18.7.2 Sintomático com incômodo sem indicação cirúrgica
Betabloqueador – próstata menor
Inibidor 5-alfaredutase – próstata maior
Alfabloqueador
1.18.7.3 Sintomático com incômodo com indicação cirúrgica
Prostectomia
Recomendada para pacientes que são bons candidatos à cirurgia e tem próstata
significativamente aumentada.
Ressecção Transuretral de Próstata (RTUP)
Padrão com o qual todas as demais terapias são comparadas
Procedimento cirúrgico padrão
Homens com tamanho de próstata menor que 80 gramas
Sintomas urinários inferiores incômodos devido à Hiperplasia Prostática
Benigna (HPB)
1.19.2 Epidemiologia
Segundo tipo de câncer mais comum
Quinta principal causa de mortalidade por câncer entre homens do mundo todo
1.19.3 Etiologia
Dieta com alto teor de gordura
Fatores genéticos
História familiar
Influência hormonal
1.19.4 Fisiopatologia
1. Proliferação celular dos ductos e glândulas
2. Alterações citológicas que mimetizam a neoplasia
3. Neoplasia Intraepitelial Prostática (NIP)
4. Disseminação pela superfície capsular da glândula, podendo invadir:
Vesículas seminais
Tecido periprostático
Há consequente invasão do colo vesical
1.19.7 Diagnósticos
Doença localizada, assintomática
1.19.7.1 Doença Localmente Avançada
Obstrução Infravesical – sintoma mais frequente
Hematúria
Infecção
Sintomas irritativos
1.19.7.2 Doença Avançada
Linfonodomegalia
Edema de MMII
Metástase Óssea
Dor óssea
Paralisia
1.19.7.3 Exames Laboratoriais Iniciais
Hemograma Completo
Testes de Função Hepática
Função Renal
Níveis de testosterona
1.19.7.4 Biópsia
Recomendações:
Alteração do Exame de Toque
Alteração do PSA
PSA (Antígeno Prostático Específico)
Idade
40-49 2,5
50-59 3,5
60-69 4,5
70-79 6,5
Velocidade
Até 0,75 mg/mL
Densidade
10% do tamanho
Deve ser guiada por USG.
1.19.7.5 Score de Gleason
>6 – mais indiferenciado – alto risco
<6 – mais diferenciado – baixo risco
1.19.7.6 Estadiamento TNM
1.19.8 Tratamento
1.19.8.1 Terapia Definitiva
Prostectomia
Radioterapia
Crioterapia
Braquiterapia
1.19.8.2 Terapia Sistêmica
Privação de Androgênio
1.20.2 Epidemiologia
¼ de todas as neoplasias de cabeça e pescoço, a maioria das quais afetam as pregas
vocais verdadeiras.
Homem 4:1 mulher
Risco >10 para fumantes que fumam há 40 anos ou mais de 20 cigarros por dia.
1.20.3 Etiologia
Tabagismo + Etilismo
A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) pode ser mais prevalente em pessoas
com câncer laríngeo, pois pode haver refluxo biliar alcalino em pacientes aclorídricos
que foram submetidos a gastrectomia.
Os pacientes podem ter uma história distante de radioterapia no pescoço, e vínculos
genéticos são possíveis.
A displasia das pregas vocais também parece estar implicada no desenvolvimento do
câncer laríngeo.
1.20.4 Classificação
1.20.4.1 Tumor Primário (T)
TX: tumor primário não pode ser avaliado
Tis: carcinoma in situ
1.20.4.2 Supraglote
T1: tumor limitado a 1 sublocalização da supraglote com mobilidade normal das
pregas vocais.
T2: o tumor invade a mucosa de >1 sublocalização adjacente à supraglote, glote ou
região externa à supraglote (por exemplo, mucosa da base da língua, valécula, parede
medial do seio piriforme) sem fixação da laringe.
T3: tumor limitado à laringe com fixação das pregas vocais e/ou invasão do seguinte:
Área pós-cricoide, tecido pré-epiglótico, espaço paraglótico, e/ou córtex interno
da cartilagem tireoide.
T4: moderadamente avançado ou muito avançado
T4a: doença local moderadamente avançada. O tumor invade através do córtex
externo da cartilagem tireoide e/ou invade os tecidos além da laringe (por
exemplo, traqueia, tecidos moles do pescoço, incluindo o músculo extrínseco
profundo da língua, músculos infra-hioides, tireoide ou esôfago).
T4b: doença local muito avançada. O tumor invade o espaço pré-vertebral, envolve
a artéria carótida ou invade as estruturas mediastinais.
1.20.4.3 Glote
T1: tumor limitado às pregas vocais (pode envolver comissura posterior ou anterior)
com mobilidade normal.
T1a: limitado a 1 prega vocal
T1b: envolve ambas as pregas vocais
T2: o tumor se estende à supraglote e/ou glote, e/ou mobilidade reduzida das pregas
vocais.
T3: o tumor limitado à laringe com fixação das pregas vocais e/ou invasão do espaço
paraglótico e/ou do córtex interno da cartilagem tireoide.
T4: moderadamente avançado ou muito avançado.
T4a: doença local moderadamente avançada. O tumor invade através do córtex
externo da cartilagem tireoide e/ou invade os tecidos além da laringe (por
exemplo, traqueia, cartilagem cricoide, tecidos moles do pescoço, incluindo o
músculo extrínseco profundo da língua, músculos infra-hoides, tireoide ou
esôfago).
T4b: doença local muito avançada. O tumor invade o espaço pré-vertebral, envolve
a artéria carótida ou invade as estruturas mediastinais.
1.20.4.4 Subglote
T1: tumor limitado à subglote.
T2: o tumor estende-se às pregas vocais com mobilidade normal ou reduzida das
pregas vocais.
T3: tumor limitado à laringe com fixação das pregas vocais e/ou invasão do espaço
paraglótico e/ou do córtex interno da cartilagem tireoide.
T4: moderadamente avançado ou muito avançado.
T4a: doença local moderadamente avançada. O tumor invade através da
cartilagem tireoide ou cricoide e/ou invade os tecidos além da laringe (por
exemplo, traqueia, tecidos moles do pescoço, incluindo o músculo extrínseco
profundo da língua, músculos infra-hioides, tireoide ou esôfago)
T4b: doença local muito avançada. O tumor invade o espaço pré-vertebral, envolve a
artéria carótida ou invade as estruturas mediastinais.
1.20.4.5 Linfonodos Regionais – N Clínicos
NX: os linfonodos regionais não podem ser avaliados.
N0: sem metástases linfonodais regionais
N1: metástase em um único linfonodo ipsilateral, <= 3 cm na maior dimensão e
extensão extranodal (ENE) (-)
N2:
N2a: metástases em um único linfonodo ipsilateral >3 cm, mas <= 6 cm na maior
dimensão e NE(-)
N2b: metástase em múltiplos linfonodos ipsilaterais, nenhum >6 cm na maior
dimensão e ENE (-)
N2c: metástase em linfonodos bilaterais ou contralaterais, nenhum >6 cm na maior
dimensão e ENE (-)
N3:
N3a: metástase em um linfonodo >6 cm na maior dimensão e ENE(-)
N3b: metástase em qualquer um dos linfonodos com ENE (+) clinicamente
evidente.
1.20.4.6 Linfonodos
NX: os linfonodos regionais não podem ser avaliados.
N0: sem metástases linfonodais regionais
N1: metástase em um único linfonodo ipsilateral, <= 3 cm na maior dimensão e
extensão extranodal (ENE) (-)
N2:
N2a: metástase em um único linfonodo ipsilateral, <= 3 cm na maior dimensão e
ENE (+); ou metástase em um único linfonodo ipsilateral >3 cm, mas <= 6 cm em
sua maior dimensão e ENE (-)
N2b: metástase em múltiplos linfonodos ipsilaterais, nenhum >6 cm na maior
dimensão e ENE (-).
N2c: metástase em linfonodos bilaterais ou contralaterais, nenhum >6 cm na maior
dimensão e ENE (-).
N3:
N3a: metástase em um linfonodo >6 cm na maior dimensão e ENE (-)
N3b: metástase em um único linfonodo ipsilateral, 3 cm em sua maior dimensão e
ENE (+); ou vários linfonodos ipsilaterais, contralaterais ou bilaterais, qualquer um
com ENE (+), ou um único linfonodo contralateral de qualquer tamanho e ENE (+).
Metástase à distância (M):
cM0: ausência de metástases à distância (ou seja, fora da região da cabeça e do
pescoço)
cM1: metástases à distância presentes.
pM1: metástases à distância, confirmadas microscopicamente.
1.20.5 Fatores de Risco
Tabagismo, alcoolismo, DRGE e refluxo biliar, radioterapia prévia no pescoço, história
de displasia das pregas vocais, história familiar e HPV.
1.20.6 Fisiopatologia
O câncer laríngeo surge do acúmulo progressivo de alterações genéticas que levam
à seleção de uma população clonal de células transformadas.
As neoplasias de cabeça e pescoço (incluindo o câncer laríngeo) podem demandar
mais alterações genéticas no seu desenvolvimento que outros tumores sólidos, o que
explica, assim, o período frequentemente longo (20 a 25 anos) de latência após
exposição inicial à toxina.
A carcinogênese é induzida por danos, mutações e aduções do ácido
desoxirribonucleico (DNA).
O carcinoma de células escamosas de laringe pode assemelhar-se a uma
irregularidade mucosa, eritroplasia ou leucoplasia.
1.20.8 Diagnóstico
1.20.8.1 Exame Físico
voz arquejante e rouca ou uma condição afônica, caquexia, perda de peso e
sofrimento generalizado são sinais da doença avançada
1.20.8.2 Exames Laboratoriais
Aspiração por agulha fina (AAF) - pacientes com massa cervical palpável
1.20.8.3 Exames de Imagem
TC do pescoço com contraste, deve ser realizado antes da biópsia, para limitar o fator
de confundimento do edema após biópsia.
TC do tórax com contraste
AAF da massa cervical
Laringoscopia com fibra óptica flexível
PET/TC
Endoscopia flexível - identifica áreas de leucoplasia, eritroplasia, ulceração, massa,
necrose ou sangramento
Videoestroboscopia rígida de laringe - movimento vibratório das pregas
1.20.9 Tratamento
É orientado pelo estádio tumor-nodo-metástase (TNM).
As modalidades incluem ressecção cirúrgica, radioterapia, quimioterapia ou
qualquer combinação dessas modalidades.
As metas da terapia são erradicas o câncer com preservação do órgão.
A fonoterapia é apropriada após cirurgia, radioterapia, quimiorradioterapia ou
qualquer combinação dessas modalidades.
1.21.2 Distensões
1.21.2.1 Definição
Força de tensão excessiva aplicada no músculo – leva ao estiramento das microfibras
consequentemente a uma ruptura próxima da junção musculotendínea.
1.21.2.2 Quadro Clínico
Afeta músculos superficiais entre as articulações
Mais comuns:
Reto femoral
Semitendinoso
Gastrocnêmico
Geralmente relacionado a exercícios excêntricos.
Sensação de fisgada ou puxão do músculo ao realizar movimentos.
Pode surgir dor intensa que impede movimentos, hematoma local, inchaço e calor,
fraqueza muscular, dificuldade de movimentar.
A distensão com ruptura completa produz uma fenda pronunciada no contorno
normal do músculo, com massa sob a pele no local onde as porções rompidas se
separaram.
1.21.2.3 Classificação
Hematoma intramuscular
Sangramento na bainha do músculo, resultando em dor e inchaço local.
Hematoma intermuscular
Sangramentos intermusculares, dor menor, inchaço mais difuso
1.21.2.4 Tratamento
Gelo, sintomáticos.
1.21.3 Contusões
1.21.3.1 Definição
Causa secundária a um trauma direto levando a inflamação local e imediata.
Não afeta ossos e ligamentos, afeta apenas partes moles.
Ocorre quando o músculo se submete a uma força de compressão repentina, como
um golpe ou queda.
MMII
Quadríceps e gastrocnêmico.
1.21.3.2 Diagnóstico
Exame Físico:
Edema localizado
Tensão aumentada no tecido ao redor
Defeito visível ou palpável
Equimose ou hematoma
Teste da Função:
Contração contra resistência:
Dor local, impotência funcional.
1.21.3.3 Tratamento
PRICE
1.21.4 Luxações
1.21.4.1 Definição
Deslocamento anormal das superfícies articulares, deixam de estar em contato.
Traumatismo por golpes indiretos de movimentos articulares violentos.
1.21.4.2 Tipos mais comuns
Luxação glenoumeral – mais comum
Quadro Clínico
Incapacidade de mover o membro
Exame Físico
Realizar exame físico locomotor e neurológico.
Exame de Imagem
Radiografia
Tratamento
Tipoia, encaminhar para ortopedista.
Redução
Cinesioterapia
Fortalecimento da musculatura
Luxação do cotovelo – 2º mais comum
Classificada de acordo com a posição da ulna em relação ao úmero.
Quadro Clínico
Dor
Limitação
Edema
Equimose
Deformidade
1.21.5 Fraturas
1.21.5.1 Definição
Descontinuidade do tecido ósseo.
1.21.5.2 Classificação
Traço
Fechadas
Expostas
1.21.5.3 Quadro Clínico
Dor imediata após o trauma, que acentua ao movimento ou compressão
Desvio, crepitações, edema, hematoma, impotência funcional
1.21.5.4 Diagnóstico
Radiografia
Excluir síndrome compartimental
1.21.5.5 Tratamento
Não exposta: analgesia e imobilização
Exposta: alinhamento do membro sem redução, CC (desbridamento e irrigação)
Cirurgia dentro de 6 horas