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Disfunção erétil (DE; antigamente chamada impotência) afeta até 20 milhões de homens.
DE secundária, adquirida mais tarde na vida por um homem que anteriormente era capaz
de alcançar ereҫões
DE primária é rara e quase sempre ocorre por causa de fatores psicológicos ou anormalidades
anatómicas clinicamente óbvias.
DE secundária é mais comum, e > 90% dos casos de têm etiologia orgânica. Vários homens
com DE secundária desenvolvem dificuldades psicológicas secundárias que agravam o
problema.
Sinas e sintomas
Principais sintomas
Doenças vasculares
Distúrbios neurológicos
A causa vascular mais comum é a aterosclerose das artérias cavernosas do pênis, geralmente
provocada por tabagismo, disfunção endotelial e diabetes. A aterosclerose e o envelhecimento
diminuem a capacidade de dilatação dos vasos sanguíneos arteriais e de relaxamento dos
músculos lisos, limitando a quantidade de sangue que entra no pênis . Disfunção endotelial é
uma doença do revestimento endotelial das pequenas arteríolas que reduz a capacidade de
vasodilatação quando necessário para aumentar o fluxo sanguíneo. A disfunção endotelial
parece ser mediada por níveis reduzidos de óxido nítrico e pode resultar de tabagismo,
diabetes e/ou baixos níveis de testosterona.
Avaliação clínica
Nível de testosterona
A avaliação deve incluir história de utilização de drogas (incluindo drogas prescritas e produtos
fitoterápicos) e abuso de álcool, cirurgia e trauma pélvicos, tabagismo, hipertensão, diabetes e
aterosclerose, sintomas de doenças vasculares, hormonais, neurológicas e psicológicas. Deve-
se explorar a satisfação com as relações sexuais, incluindo a avaliação da interação do parceiro
e disfunção sexual da parceira (p. ex., atrofia vulvovaginal, dispareunia, depressão).
É fundamental pesquisar depressão, que nem sempre pode estar aparente. A escala de
depressão de Beck ou, em homens idosos, a escala de depressão geriátrica de Yesavage .
Deve-se suspeitar de causas psicológicas em homens jovens saudáveis com início abrupto de
disfunção erétil, em particular se o início estiver associado a um acontecimento emocional
específico ou se a disfunção ocorrer apenas em determinadas ocasiões. A história de DE com
melhora espontânea também sugere origem psicológica (DE psicogênica). Homens com DE
psicogênica habitualmente apresentam ereções noturnas normais e ereções ao despertar, ao
passo que os homens com DE orgânica geralmente não as apresentam.
Exames
A avaliação laboratorial deve incluir a dosagem do nível de testosterona pela manhã; se o nível
é baixo ou baixo-normal, prolactina e hormônio luteinizante (LH) devem ser medidos. A
avaliação para diabetes oculto, dislipidemias, hiperprolactinemia, doenças tireoideas e
síndrome de Cushing deve ser realizada com base em suspeita clínica.
Doenças orgânicas subjacentes (p. ex., diabetes, adenoma hipofisário secretor de prolactina,
hipogonadismo, doença de Peyronie) exigem tratamento apropriado. Deve-se suspender ou
substituir os fármacos que se relacionam temporalmente com o início da disfunção erétil (DE).
A depressão pode necessitar de tratamento. Para todos os pacientes, tranquilização e
educação (incluindo a parceira do paciente, sempre que possível) são importantes. Os médicos
devem utilizar essa consulta para discutir a modificação comportamental (p. ex., alterações na
dieta e perda ponderal).
Outros efeitos adversos dos inibidores de PDE5 incluem rubor, anormalidades visuais, perda
auditiva, dispepsia e cefaleia. Sildenafila e vardenafila podem causar alteração da percepção
da cor (bruma azul). O uso de tadalafila foi associado a mialgias. Raramente, a neuropatia
óptica isquêmica não arterítica (NAION) foi associada ao uso de inibidores de PDE5, mas uma
relação causal ainda não foi estabelecida. Todos os inibidores de PDE5 devem ser
administrados com cautela e em doses iniciais menores em pacientes em uso de
alfabloqueadores (p. eg., prazozina, terazosina, doxazosina ou tansulosina) por causa do risco
de hipotensão. Os pacientes que tomam um alfabloqueador devem esperar pelo menos 4
horas antes de utilizar um inibidor de PDE5. Raramente, os inibidores da PDE5 causam
priapismo.
Homens que conseguem desenvolver, mas não manter uma ereção, podem utilizar um anel de
constrição para ajudar a manter a ereção; um anel elástico é colocado em torno da base do
pênis ereto, prevenindo a perda precoce da ereção. Homens que não conseguem alcançar uma
ereção podem primeiro utilizar um dispositivo (bomba) de ereção a vácuo que leva o sangue
para o pênis via sução, depois do qual um anel elástico é colocado na base do pênis para
manter a ereção. Ferimento no pênis, insensibilidade na ponta do pênis e falta de
espontaneidade são algumas das contraindicações dessa modalidade. Também é possível
combinar esses dispositivos com terapias de inibidor de PDE5, se necessário.
Pontos-chave
Doenças vasculares, neurológicas, psicológicas e hormonais e, às vezes, o uso de fármacos
podem comprometer o sucesso de ereções satisfatórias.
Medir os níveis de testosterona e considerar outros testes com base nos achados clínicos.