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Disfunção Erétil

A disfunção erétil é definida como a incapacidade de iniciar ou manter uma


ereção suficiente para uma relação sexual satisfatória. O conceito é amplo e
pode ocorrer por uma dificuldade ou falha no funcionamento de uma ou mais
estruturas envolvidas. A disfunção erétil tem mais de um tipo, pode ela ser
acarretada por uma condição física ou psicológica. Problemas cardiovasculares,
metabólicos, neurológicos, hormonais, cirurgias ou uso de certos medicamentos
ou substâncias podem estar por trás do problema, fatores psicológicos A
ansiedade é a causa emocional que mais bloqueia o mecanismo da ereção. O
homem pode ter medo de falhar mais de uma vez ou se sentir inibido quando se
relaciona com alguém que desperte atenção especial, a falta de controle
ejaculatório também pode ser responsável pelo problema o medo de ejacular
muito rápido, de não dar prazer à parceira e de não conseguir a penetração que
considera ideal cria uma ansiedade tão grande que faz com que ele não consiga
atingir a ereção durante o ato sexual. A disfunção erétil é caracterizada pela
falta de ereção permanente, ou seja, apenas uma falha ocasional não configura
a doença. Segundo o cirurgião vascular dr. José Mário Reis, a principal causa
para o problema é a emocional, responsável por cerca de 70% dos casos. “Os
30% restantes apresentam uma disfunção orgânica que pode ser vascular de
origem arterial, hormonal e, em pequeno número, resultado de alterações na
anatomia do pênis, como ocorre na doença de “Peyronie”.

Envelhecimento
Embora o principal fator da disfunção erétil seja emocional, é comum relacionar
o envelhecimento à impotência. De fato, a taxa de testosterona pode diminuir
na terceira idade, mas não a um nível que exija reposição. Segundo o médico, o
envelhecimento não causa perda de ereção ou desejo sexual, mas varia
conforme a postura de cada um. Um idoso de 90 anos, portanto, pode ter
atividade sexual satisfatória com ereção, caso esteja saudável, otimista e bem-
disposto, pode não acontecer com homens que, apesar de mais jovens, estejam
deprimidos ou doentes. “Sexualidade não tem padrão. Basta lembrar que, em
férias, as pessoas transam mais. Os parceiros não mudaram; mudaram o
ambiente e o perfil da libido. Nessa hora, percebe-se que a sexualidade varia de
instante para instante, de pessoa para pessoa, depende do relacionamento
interpessoal e faz parte da qualidade de vida do ser humano”

Fatores de risco para ter disfunção erétil


Idade: quanto maior a idade, maior a propensão à disfunção erétil. Problemas
emocionais: depressão, ansiedade, medo de desapontar a(o) parceira(o),
problemas de relacionamento e estresse têm reflexo direto no desempenho
sexual.
Abuso de álcool: a embriaguez pode gerar uma inibição tão grande que a ereção
não se sustenta. Além disso, a desidratação resultante do consumo excessivo
também pode atrapalhar a circulação no pênis.
Drogas ilícitas: embora no início a sensação seja de melhora, com o tempo ou o
abuso, substâncias como cocaína, maconha e drogas sintéticas tendem a
prejudicar a ereção e a libido por seus efeitos no cérebro.
Anabolizantes: o uso de esteroides em altas quantidade ou por longos períodos
interfere na produção natural de testosterona.
Medicamentos: alguns remédios podem ter problemas de ereção como efeito
colateral. É o caso de certos tipos de anti-hipertensivos, antipsicóticos,
ansiolíticos e antidepressivos, entre outros.
Cirurgias: procedimentos como cirurgias para retirada da próstata, bem como a
radioterapia pélvica, podem resultar em lesões nos nervos. Os riscos são
variáveis, e muitas vezes o problema é apenas temporário.
Problemas hormonais: o diabetes pode afetar a ereção por alterar o
funcionamento de artérias e nervos; níveis baixos de testosterona
(hipogonadismo), hiperprolactinemia e distúrbios da tireoide também podem
interferir negativamente, e devem ser tratados.
Problemas neurológicos: qualquer doença que afete o cérebro (como
Alzheimer e Parkinson), a medula ou os nervos periféricos pode afetar a função
erétil.
Tabagismo: as substâncias do cigarro prejudicam as artérias e a circulação
sanguínea.
Pressão alta, sedentarismo, obesidade e colesterol alto: os mesmos fatores de
risco para aterosclerose e doenças cardiovasculares são uma ameaça às
ereções, já que gera prejuízos à circulação.

Tipos de disfunção erétil


Orgânica: Mais comum a partir dos 40 anos, envolve uma causa física.
Problemas cardiovasculares, metabólicos, neurológicos, hormonais, cirurgias ou
uso de certos medicamentos ou substâncias são os motivos mais frequentes por
trás do problema
Psicogênica: Quando não há qualquer problema físico que explique a
dificuldade, o que é mais frequente em jovens. O principal responsável por esse
tipo de disfunção erétil é a ansiedade e o medo de falhar. Nesse caso, fatores
psicológicos têm uma consequência física: os picos de adrenalina levam à
contração das estruturas que deveriam estar relaxadas para a válvula que
mantém a ereção funcionar.
Mista: Quando a dificuldade envolve fatores físicos e psicológicos.

Uma das principais diferenças da disfunção erétil psicogênica e orgânica é que,


no primeiro caso, a dificuldade simplesmente desaparece em certas situações.
Por isso uma das primeiras perguntas que o médico vai fazer em caso de
queixas é sobre as ereções não sexuais, como as masturbações ou as ereções
noturnas e
matinais, que ocorrem normalmente. Se nessas situações estiver tudo bem, é
provável que a ansiedade esteja por trás do problema.

Tratamento
O acompanhamento médico é indispensável para a investigação, diagnóstico e
discussão sobre as opções mais indicadas para cada caso.
Inibidores da fosfodiesterase 5 (ou PDE5): a sildenafila (Viagra) foi o primeiro
medicamento dessa classe a ser lançado, mas existem outros, como a tadalafila
(Cialis) e a vardenavila (Levitra). Alguns facilitam a ereção por períodos de cerca
de quatro horas, enquanto outros podem durar até 36 horas. São
contraindicados para homens com dores no peito durante esforço físico e
usuários de remédios para o coração à base de nitratos, pois a interação
medicamentosa pode provocar queda brusca de pressão arterial.
Injeções penianas: se o paciente não responde às pílulas ou não podem utilizá-
las, o tratamento de segunda linha é com drogas injetadas pelo próprio usuário
nos corpos cavernosos do pênis antes do sexo. São utilizadas substâncias como
a fentolamina, a papaverina ou a prostaglandina. A agulha é finíssima e o
procedimento, praticamente indolor.
Bombas de vácuo: são aparelhos que promovem a sucção do pênis e aumentam
a circulação de sangue temporariamente. Hoje seu uso tem sido mais indicado
no processo de reabilitação de pacientes submetidos à cirurgia para câncer de
próstata.
Implantes: se tudo falhar, é sinal de que houve comprometimento definitivo das
estruturas que promovem a a ereção. Nesse caso, os implantes são a melhor
opção. Existem diversas opções disponíveis de próteses penianas (maleáveis ou
semirrígidas, infláveis ou hidráulicas), que são implantadas na câmara erétil do
pênis para dar a sustentação necessária para o sexo sem interferir na
sensibilidade e capacidade de orgasmo. As cirurgias duram aproximadamente
uma hora, com baixos

índices de complicação e altos níveis de satisfação. Por ser um procedimento


irreversível, é a última linha de tratamento.
Terapia: nos casos em que a disfunção erétil é psicogênica ou mista, a terapia
com psicólogo ou psiquiatra especializado em sexualidade é a principal forma
de tratamento.
Mudanças no estilo de vida: prática de atividade física regular, perda de peso,
interrupção do uso de tabaco e drogas ilícitas, bem como moderação no uso de
álcool, são medidas que têm impacto positivo na função erétil e devem ser
sempre estimuladas. Em alguns casos, apenas esse tipo de mudança é suficiente
para resolver o problema.
Tratamento hormonal: indicado apenas nos casos em que a disfunção é causada
por alterações na produção de hormônios.
Mudança de remédio: nos casos em que o problema é causado por
medicamentos de uso contínuo, as substituições, quando possíveis, podem
resolver o problema.
Prevenção
O risco de disfunção erétil pode ser reduzido com a melhora do estilo de vida.
Uma alimentação adequada e atividade física regular podem garantir uma boa
saúde sexual, além de proteger o coração, já que a disfunção erétil e a doença
cardiovascular andam juntas. A disfunção erétil costuma ser um sinal precoce
de doenças cardiovasculares. Homens com o problema têm risco mais alto de
infarto e AVC (acidente vascular cerebral), segundo pesquisas, por isso é
recomendável que uma avaliação cardiológica.

Alimentos afrodisíacos

1. Ginkgo biloba: melhora a circulação de sangue no corpo e nos órgãos

genitais, estimulando a libido;

2. Catuaba: aumenta a circulação de sangue, a energia e a disposição física

e mental, favorecendo o desejo sexual;

3. Pimenta: melhora a circulação e aumenta a temperatura corporal,

favorecendo a libido;

4. Maca peruana: possui propriedades estimulantes e antidepressivas,

melhorando a energia, o desejo e o prazer sexual;

5. Ostras: contém zinco, um mineral que melhora a produção de

testosterona, melhorando a lubrificação e a libido;

6. Mel: é rico em vitaminas do complexo B, que são necessárias para a

produção de hormônios sexuais, aumentando o desejo;

7. Chocolate amargo: promove o prazer e bem-estar, além de melhorar a

dilatação dos vasos sanguíneos, aumentando o desejo sexual;


8. Açafrão: aumenta a sensibilidade na região da pélvis, aumentando a

sensação de prazer;

9. Gengibre: aumenta o fluxo de sangue no corpo e nos órgãos genitais,

estimulando o desejo;

10. Ginseng: melhora a circulação de sangue por todo o corpo, aumentando

o desejo;

11. Morango: rico em vitamina C, potássio e licopeno, compostos que

melhoram o fluxo sanguíneo e estimulam a lubrificação e a libido;

12. Canela: tem propriedades estimulantes e melhora a circulação

sanguínea, aumentando a sensibilidade e favorecendo a libido e o prazer;

13. Castanhas, nozes e amêndoas: são ricas em zinco, que estimula a

circulação e aumentam a lubrificação.

Não existe um período ou quantidade ideal recomendada do consumo desses


alimentos para melhorar o prazer sexual, por isso, para aumentar a libido, pode-
se adicionar um ou mais alimentos com propriedades afrodisíacas diariamente
na alimentação.
Referências Bibliográficas:
Uol
Disfunção erétil: causas, sintomas, tratamentos e outras dúvidas.
De VivaBem, em São Paulo 21/08/2020 04:00h
https://www.uol.com.br/vivabem/faq/disfuncao-eretil-causas-sintomas-
tratamentos-e-outras-duvidas.htm?next=0001H744U235N

Uol – Dralzio
Principal causa da disfunção erétil é emocional
Publicado em: 28 de janeiro de 2019
Revisado em: 24 de fevereiro de 2023
https://drauziovarella.uol.com.br/sexualidade/principal-causa-da-
disfuncao-eretil-e-emocional/

Tua-Saúde

13 alimentos afrodisíacos para aumentar a libido


Revisão clínica:
Tatiana Zanin
Nutricionista
Formada pela Universidade Católica de Santos em 2001, com registro
profissional no CRN-3 nº 15097.
Publicado: junho 2022
https://www.tuasaude.com/alimentos-afrodisiacos/

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