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Departamento de Medicina
Gabrielli Lisboa
Juan Carvalho
Lara Faria
Lucas Barroso
Maity Kosiura
Poços de Caldas
2022
Nome do(s) Autor(es) do
Artigo Gabirielli Lisboa
Juan Carvalho
Lara Faria
Lucas Barroso
Maity Kosiura
Poços de Caldas
2022
Resumo
Este estudo teve como objetivo investigar as relações entre as doenças fetais e o consumo de
drogas lícitas e ilícitas durante a gravidez. Adotou-se o método do relato de experiência, a
partir do trabalho na Unidade Básica de Saúde (UBS) Parque Esperança I Poços de Caldas,
com o acompanhamento da preceptora Kayane. A falta de informações relacionadas ao tema é
um dos principais impasses para a promoção da saúde. Há um importante índice que relaciona
o consumo de drogas durante a gestação com má formação fetal do embrião, geralmente
levando a comorbidades que acompanharam o indivíduo até o final da sua vida ou em casos
mais extremos levando até mesmo a morte.
Descritores: gravidez, drogas, risco.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 5
1.1. Problema 6
1.2. Hipótese(s) 6
1.3. Objetivo(s) 6
1.3.1 Objetivo(s) Geral(is)
1.3.2 Objetivos Específicos
1.4. Justificativa 6
2. METODOLOGIA 7
3. RESULTADOS 8
4. DISCUSSÃO 16
REFERÊNCIAS 20
APÊNDICE 20
ANEXOS 21
1. INTRODUÇÃO
Gravidez é uma nova fase para mulher, pois além de se cuidar terá que cuidar de
outro ser que se desenvolverá dentro de seu corpo. É o mais lindo momento em que uma
mulher pode-se passar, além do parto. E ter os devidos cuidados é necessário para que seja
uma gestação tranquila, desse modo preocupando-se com a saúde de si mesma de seu futuro
bebê.
Drogas, álcool e fumo podem prejudicar o feto. O estudo transversal da Revista
Gaúcha de Enfermagem foi realizado em 326 puérperas no Hospital Geral de Fortaleza entre
2006 e 2007 para avaliar o uso de drogas, álcool e tabaco durante a gravidez e o potencial
teratogênico associado a diferentes características populacionais. Foram incluídas puérperas
que tiveram o parto no local do estudo e excluídas as puérperas que não internaram o filho. O
estado civil solteiro é considerado fator de risco para exposição a maior risco teratogênico.
Outras variáveis sociodemográficas e a qualidade do pré-natal não se associaram ao risco de
exposição teratogênica (ROCHA, R. S. et al. Consumo de medicamentos, álcool e fumo na
gestação e avaliação dos riscos teratogênicos. Revista Gaúcha de Enfermagem, v. 34, n. 2, p.
37–45, jun. 2013).
Visto análise apresentada, é de extrema importância que a mulher passe por uma
gestação tranquila e saudável e isso pode ser proporcionado por duas vias, tanto das pessoas
ao seu redor em relação à grávida, estabelecendo um ambiente propício para o andamento
correto do caso, e também, quanto à mãe em relação ao seu filho, podendo fazer isso cuidado
diretamente da sua saúde que influencia na do bebê, sob essa ótica, é esperado que uma
relação saudável não inclui o uso de substâncias ilícitas ou lícitas, tendo isso como um grande
problema para saúde de ambos.
Conjecturou-se que o uso de drogas durante a gestação se dá pela descrença quanto
às informações apresentadas em relação aos riscos que podem causar, a condição
socioeconômica também pode vir a influenciar e também o fato de que, tendo gestações
anteriores com os mesmos problemas, a criança não nasceu com nenhum problema
visivelmente detectável.
Tendo em vista que o uso de drogas na gestação traz problemas para a formação
fetal, o grupo, por meio desse artigo, busca conscientizar e alertar a população das mazelas
que essa má rotina traz para a população de grávidas.
1.1. Problema
1.2. Hipóteses
● A falta de apoio familiar durante essa fase da vida de uma mulher pode vir a afetar o
psicológico, gerando um sentimento de solidão, fazendo com que procurem conforto
em situações que podem trazer grande riscos ao seu bebê, como o uso de drogas.
● A instabilidade financeira limita o acesso às informações, com isso, a gestante não
sabe quais atitudes suas podem ser prejudiciais a criança.
● A baixa adesão ao pré- natal traz graves consequências, uma vez que, é fundamental
para o desenvolvimento saudável do bebê e redução dos riscos para a mãe.
1.3. Objetivos
● Conscientizar quanto aos riscos que o consumo de drogas no geral podem trazer a uma
mulher gestante.
● Promoção ao pré-natal.
● Papel do médico de família na abordagem de uma gestante usuária de drogas.
● Detalhar os efeitos que drogas ilícitas e o álcool podem ter na saúde do bebê e da
gestante.
1.4 Justificativa
● O uso de drogas, álcool ou fumo durante a gestação é um problema muito sério, porém
que muitas pessoas, incluindo as próprias, não dão atenção suficiente para as
consequências que estão por vir, já que não afeta somente a gestante, mas também o
seu bebê que está se desenvolvendo.
● Haja vista que a prevalência do uso dessas substâncias é consideravelmente alta e a
tendência é só aumentar, faz-se necessária a conscientização de tais consequências,
porque, muitas das vezes a gestante não tem conhecimento das mesmas, ou acha que
“só um pouquinho” não faz mal, por isso é necessária.
● Portanto, com essa conscientização o resultado esperado é que a taxa de uso dessas
substâncias diminua, e aumente a importância de um período de gestação saudável,
com acompanhamentos profissionais, um bom pré-natal e com toda ajuda que for
necessário para a paciente.
2. METODOLOGIA
2.2 Procedimentos
O presente estudo foi realizado pelo grupo de alunos da disciplina de Introdução à
Pesquisa Médica I, do primeiro período do curso de Medicina, da Pontifícia Universidade
Católica de Minas Gerais, campus Poços de Caldas
Orientados pela preceptora Dra. Kayane Ridolfi Carvalho, contou com observação
participativa por parte dos alunos na PSF Parque Esperança I. A médica, enfermeira-chefe
Renata Rennó Avelar e os demais membros da equipe de saúde, possibilitaram acesso ao
sistema E-sus e aos registros da unidade de pacientes registrados na Plataforma E-sus através
do Ministério da Saúde, a fim de fornecer todo suporte educacional necessário para a
produção do estudo. Também foi analisado o registro de prontuários da paciente em
específico, a fim de se obter um resultado concreto.
3. RESULTADOS
3.1 Referencial Teórico
Ainda assim, mesmo a gestação sendo um dos momentos mais especiais na vida de
uma mulher e de sua família, há uma enorme adesão destas substâncias por algumas que
ignoram as exigências por cuidados com seus hábitos e estilo de vida, extremamente
necessários nesta fase.
As drogas são substâncias que causam malefícios ao ser humano, entre eles a
dependência e alterações de consciência.
Por exemplo, no Brasil existe a falsa noção de que o consumo de cerveja preta
durante a gestação pode aumentar a produção de leite, isso faz com que as gestantes caiam em
um falso padrão em busca de melhora para a alimentação do bebê. É importante informá-las
sobre os mitos que existem e ressaltar os malefícios do consumo de álcool. O aumento do
leite se dá pela demanda de consumo do bebê, pois a mãe está preparada para produzir até 2
vezes a quantidade de leite que o filho precisa.
O bom diagnóstico consiste em uma análise precisa e fácil de ser realizada após o
período neonatal, quando também se associam o retardo mental e o déficit de crescimento.
A associação entre o consumo de álcool por parte da mãe durante a gravidez, resulta
no pobre desenvolvimento neurocomportamental nas crianças afetadas. Estas podem exibir
frequentemente déficits cognitivos e de atenção, elevados níveis de hiperatividade, problemas
de autorregulação, problemas motores e dificuldades de linguagem expressiva. São
identificados, também, problemas de aprendizagem e de memória, os quais tendem a persistir
na vida adulta, além da persistente perturbação manifestada em diferentes doenças psíquicas.
Outro fator que chama atenção nas pessoas diagnosticadas com SAF são as alterações
nas capacidades de socialização ou comunicação na idade prevista. Essas revelam
funcionamento social mal adaptativo que se evidencia pela falha em ponderar as
consequências dos seus atos, falta de resposta a pistas sociais apropriadas, falta de amizades
recíprocas, isolamento social, labilidade emocional, comportamentos de “bullying” e períodos
de elevada ansiedade e infelicidade.
Assim, os resultados revelaram que as crianças expostas ao álcool têm elevado risco
de desenvolverem desordem psiquiátrica major.
3.1.1.2. Tratamento
De forma ideal, as mulheres que planejam engravidar, devem parar de beber o mais
cedo possível. O risco mais elevado para o feto em desenvolvimento ocorre no 1o trimestre,
no entanto, beber, mesmo em estágios avançados da gravidez, poderá causar problemas
graves.
3.1.1.3. Prognóstico
O uso de drogas durante a gravidez, causa sérias consequências para o binômio mãe
e recém-nascido, tornando de suma importância o diagnóstico precoce dessas alterações,
através de anamneses nas consultas de planejamento familiar e pré-natal.
A maconha, é a droga ilícita mais usada por gestantes. Já o uso de cocaína vem
aumentando anualmente, sendo que 15 a 17% dos usuários de cocaína são mulheres em idade
fértil, o que, consequentemente pode acarretar aumento da prevalência do uso dessa droga
durante a gravidez (WOULDES TA, et al., 2019; CEMBRANELLI E, 2012).
Os riscos maternos mais usuais são associados ao modo e frequência em que ela é
utilizada, assim como sua capacidade de dependência que, quando comparada às demais
drogas ilícitas, tem uma porcentagem menor de risco de adicção.
Tal droga atua no feto, atravessando a placenta, o que pode ser associada a restrição
de crescimento fetal, descolamento prematuro de placenta, ruptura prematura de membrana,
morte fetal e nascimento prematuro, principalmente causadas em gestantes que fazem uso
síncrono de cocaína e crack.
3.1.4. Consequências do uso de cocaína e crack na gravidez
Tem-se que 21% dos usuários de crack são mulheres e há relatos que, infelizmente,
esse número vem aumentando.
4. DISCUSSÃO
É de conhecimento geral que a gravidez é de fato um divisor de águas na vida de
uma mulher, fase em que não apenas o seu corpo está mudando, mas também o seu
psicológico. Os cuidados que devem ser tomados em momentos como esse são diversos, e
faz-se necessário a discussão dos mesmos. Costuma-se dividir a gestação em três trimestres,
cada um deles apresentando características específicas, o primeiro vai até a décima terceira
semana e marca o momento de adaptação física e emocional, é normal que nessa primeira fase
ocorra negação ou o saber não lidar com a situação, é então de extrema importância o apoio
de uma rede familiar já nesse estágio inicial. As mudanças físicas já passam a serem
evidentes, os seios aumentam e a mulher pode sentir mais sono, mais fome, enjoos e até a
ficar mais cansada do que o normal. Vale ainda ressaltar que, nesse momento, a mãe já deve
estar realizando suas consultas pré-natais. É o começo de nove meses de mudança, quase não
perceptíveis nesse primeiro momento, mas que já estão acontecendo. Com apenas quatro
semanas o bebê já tem o tamanho de um grão de arroz e seu coração já está batendo. Ao final
da oitava semana, já estão se formando os dedos, as mãos, as orelhas e os órgãos internos. Ele
está do tamanho de uma ervilha. De 9 a 12 semanas o rosto já está quase todo formado e os
olhos já têm as pálpebras. Inicia-se o funcionamento do cérebro e já se formou o cordão
umbilical, que liga o bebê à placenta. Ao final do terceiro mês o coração já pode ser ouvido
durante a consulta de pré-natal.
O segundo trimestre de gestação vai da décima quarta a vigésima sexta semana e é
marcado pelas alterações corporais e emotividade da gestante. Os primeiros movimentos do
bebê já podem ser sentidos e a gravidez já é visível, com o crescimento da barriga e alterações
nos seios e nos quadris. Entre treze e quatorze semanas iniciam-se os movimentos
respiratórios e das mãozinhas. Entre décima quinta e décima sexta o bebê já tem cílios e
sobrancelhas, seus movimentos começam a ser percebidos e seu coração bate muito mais
rápido do que o da mãe. Entre décima sétima e décima oitava semanas ele pode medir de 17
cm a 20 cm e pesar de 200 gramas a 250 gramas. Já consegue sugar, engolir e piscar. Ele pode
soluçar, o que é normal. Entre vigésima e vigésima quarta semanas ele mede em torno de 26
cm e seu peso médio é de 500 gramas. Os movimentos ficam mais intensos e a mãe pode
percebê-los muito bem.
O terceiro e último trimestre vai da vigésima sétima semana até o fim da gravidez e é
o momento em que mãe e bebê estão se preparando para uma grande mudança. Como o corpo
da mãe está se preparando para o parto e para acolher o bebê que vai chegar, o útero pode
ficar contraído por instantes e também pode sair pelos mamilos um líquido amarelado,
chamado colostro, rico em proteínas e anticorpos que vão alimentar o bebê nos primeiros dias
de vida. Nos últimos três meses da gestação, a maioria dos bebês se coloca de cabeça para
baixo. Ele tem o próprio ritmo de dormir e acordar e começa a dar sinais de querer nascer,
com o surgimento das primeiras contrações. De vinte e sete a trinta semanas ele pode pesar 1
kg e medir cerca de 32 cm. Já percebe a luz fora do útero, abre e fecha os olhos. Escuta e
identifica vários sons, como vozes e músicas, e pode se assustar com barulhos altos e
repentinos. Com trinta e duas semanas já pesa 2 kg. Sua pele fica coberta por um tipo de
creme branco, o vérnix, que traz proteção e o ajudará a se deslizar pelo canal do parto. Ele já
está todo formado, mas não está maduro. O ideal é esperar pelo parto, com uma gravidez
ocorrendo normalmente, sem complicações.
Com tudo acontecendo, fica evidente a necessidade da boa saúde da mulher que está
gerando uma outra vida dentro dela, e é preciso estar ciente da conexão direta mãe e filho que
uma gravidez tem, uma gestação saudável com certeza não estaria incluso o consumo de
drogas, e os problemas desses serão claramente citados nesse artigo.
O termo ‘droga’ é empregado, de acordo com a Organização Mundial de Saúde
(OMS) como sendo qualquer substância que não é produzida pelo organismo, tendo
propriedade de atuar diretamente no sistema nervoso, provocando alterações de
funcionamento (Denarc, 2020).
Um fator importante a ser destacado em relação às drogas, tanto as lícitas, como o
álcool, o tabaco e os fármacos, quanto as ilícitas, como a maconha, a cocaína e o crack, por
exemplo, é que podem gerar uma dependência química, ou seja, o indivíduo pode vir a
desenvolver comportamentos compulsivos em relação ao consumo de determinadas
substâncias (Sotili & Zanini, 2019).
Portanto, faz-se imperativa a atuação do profissional de saúde nessas mulheres
gestantes que são dependentes ou que possuem histórico de uso de drogas, para que riscos
sejam evitados.
Revisando literaturas diversas, pode ser citado aqui as principais drogas utilizadas
por gestantes, dentre elas, tabaco, etanol, maconha, cocaína e crack, são os meios mais
utilizados. Os autores destacam que o uso destes na gravidez acarreta muitos danos para o
feto. De acordo com algumas pesquisas, o tabaco é a segunda droga de maior utilização pelos
jovens, destaca-se esse fator a facilidade do acesso ao produto além dos grandes estímulos
para o indivíduo tornar-se dependente, muitos, desconhecem os prejuízos causados à saúde
dos fumantes. O uso do tabaco já vem de décadas, e isto tornou-se aceitável pela maior parte
da sociedade. Hoje, enfrentar o tabagismo feminino compreende um desafio para a Saúde
Pública no Brasil. Todavia, é preciso que este fenômeno seja entendido a nível mundial para
que possam ocorrer intervenções locais através de estratégias adequadas (BRASIL, 2010).
Durante a gestação, o consumo do tabaco pode trazer diversas consequências tanto para
mulher quanto para o feto. Nesta situação, pode ocorrer o surgimento da placenta previa,
aborto espontâneo, hemorragia materna, parto prematuro, diversas complicações durante o
parto, recém-nascido com baixo peso e morte fetal (MAIA; PEREIRA; ALCANTARA,
2016). Outra droga bastante utilizada pelo fácil acesso é o etanol. Este tipo, pode
comprometer gravemente o funcionamento do organismo, podendo ter consequências
irreversíveis. Após a ingestão do álcool, a substância é digerida no estômago e absorvida no
intestino, após esse processo, a corrente sanguínea vai levar as moléculas para o cérebro.
Vários casos de SAF (Síndrome do Alcoolismo Fetal) são registrados no Brasil, mas seu
número apresenta-se muito maior, outra vez que a quantidade de subnotificações são
exacerbadas. Quando consumido álcool durante a gestação, essa substância ultrapassa a
barreira placentária e faz com que o feto se exponha às mesmas concentrações do sangue da
mãe. Todavia, a exposição do feto torna-se maior graças ao seu metabolismo e eliminação ser
mais lenta, fazendo com que o líquido amniótico fique com esta substância. Os autores
também destacam o uso abusivo do etanol na gravidez ao elevado índice de aborto e também
a fatores que comprometem o parto, como o risco de infecção, hipertonia uterina,
deslocamento prematuro de placenta, líquido amniótico com presença de mecônio e o parto
prematuro. Estes fatores colaboram para o risco de vida fetal e causam complicações na vida
do recém-nascido (MOTTA; LINHARES, 2016). Dentre as variáveis, destaca-se também o
consumo da maconha, onde os pesquisadores afirmam que esta é a mais utilizada pelas
gestantes dependentes. Nos seus principais efeitos, incluem-se: rebaixamento da memória,
sensação de relaxamento e euforia, perda da inibição e alterações de percepção do tempo e
espaço. Outros sistemas também podem ser afetados, como a vasodilatação, aumento gradual
da frequência cardíaca, hiperemia conjuntival e aumento do apetite. O uso da maconha na
gravidez, pode provocar no feto o mau desenvolvimento do tubo neural do RN e já existem
pesquisas que associam este fator ao desenvolvimento de anencefalias (FERREIRA; SILVA,
2016).
5. CONCLUSÃO
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