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Faculdade de Ciências Humanas e Sociais

Giovanna Zollo de Lucca RA: 201507419


Jessica de Souza Lucati RA: 201417434
Jomathan Henrique Santos da Silva RA: 201516649
Luana V. Godoy RA: 201304081
Mariana Strabeli RA: 201513156
Simone Cristina dos Santos RA: 201304122
Vitória Assunção RA: 201400204

Abuso de Substancias Lícitas e Ilícitas na gestação

Orientado por: Angelica Castilho Alonso

São Paulo 2016

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Resumo

Abstract

Resumen

1. INTRODUÇÃO

De acordo com estudos publicados pela ONU (Organização das Nações Unidas),
através do relatório Mundial de Drogas de 2007, é possível notar evidencias de estudos
que mostram o aumento de uso de drogas ilícitas. Desta forma, se constituiu
considerável problema de saúde publica em nosso país (Portela et al, 2013). Já para
Melo et al, 2014, há uma prevalência do uso de drogas, tanto licitas como ilícitas em
todo o mundo, sendo classificado como o fator de problemas de riscos à saúde e foi
constado que, 20% da população já fez uso e há grande predominância no gênero
masculino. Mas, não pode se considerar um padrão, pois a quantidade no gênero
feminino tem aumentado, principalmente quando estão no período fértil variando entre
as idades de 15 a 40 anos, dentre elas 30% das usuárias fizeram consumo antes do 20
anos de idade. Para Kassada et al 2013, além dos prejuízos à saúde, o uso dessas drogas
também geram ocorrências sociais indesejadas, bem como crises familiares e elevada
quantidade de internações hospitalares.

Não se pode estimar que mulheres fizeram ou não utilização no período


gestacional, uma vez que elas não admitem o consumo (Melo et al, 2014). Segundo
Fiorentin e Vargas 2006, 20% das gestantes fazem o uso de drogas, porém não é
possível identificar a intensidade, frequência ou quantidade. Outra questão é o aumento
das gestantes classificadas como usuárias em “consumo moderado”, por se tratar do uso
em situações especificas e de modo eventual como, por exemplo, em festividades.

Até o século XIX, o uso de drogas era uma questão de escolha, a sociedade
caracterizava usuários como pessoas indecentes e pecaminosas. Nesta época, segundo a
Associação Americana para a cura dos Embriagados (The Amerian Association for the
cure of Inebriates) com o apoio de médicos e legisladores, diagnosticavam a
dependência como doença e que adictos deveriam ser tratados como vítimas e não como
criminosos ou pecadores. A dependência foi considerada como doença no século
seguinte, com a formação do movimento de Alcoólicos Anônimos. O DSM-V não

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utiliza o termo “doença” mas “transtorno”. O que é mais, sob os termos “dependência” e
“abuso”. Logo, “a perda de controle” é a premissa fundamental que define a
dependência como doença. Além disso, o uso de substancias licitas e ilicitas é uma
condição multideterminada com influências biológicas, genéticas, psíquicas, ambientais
e culturais (Macedo et al 2014). Uma vez estabelecida como doença, se fez necessário
pesquisar a respeito da herança genética da dependência. Se a origem da dependência
for relacionada ao fator herança, a hipótese de que era uma doença com origem nos
genes. Já a dependência física se sustenta por administração repetida da droga gerando
mudanças fisiológicas permanentes no organismo e denominada como tolerância. No
momento em que a droga é retirada do organismo, considera-se como síndrome de
abstinência. São sintomas que surgem com frequência e de caráter muito aversivos e
para alivio, leva o consumidor em abstinência a fazer o uso de drogas licitas e ilictas
(Garcia & Araujo, 2006).

Para Pereira e Rossato (2015) a gestação é momento singular na vida da mulher,


que envolve mudanças e adaptações e sentimentos relacionados a ganhos e perdas, bem
como alegrias e lutos oriundos do nascimento da criança. Segundo Peccinini (2007)
ocorrem mudanças biológicas, somáticas, psicológicas e sociais que influenciam a
dinâmica psíquica individual. Para Winnicott (1987/1999), ao entrar na etapa final da
gravidez a mãe psiquicamente saudável se prepara para ocupar o estado de realizar a
tarefa especial que é de sua responsabilidade. O estado de identificação com o bebê
permite a mãe empatia pelo filho, de modo a promover suas necessidades básicas,
motivadas por instinto. Essa sensibilidade foi denominada como a Preocupação Materna
Primária. Nesse momento de relacionamento inicial com o filho, a mãe se preocupa em
atender e adaptar-se às suas necessidades, promovendo aspectos importantes para o
desenvolvimento da criança.

No momento de fecundação, o feto já começa a se nutrir e se formar, dependendo


inteiramente da sua mãe, por isso se constitui uma integração entre eles e tornam –se
único organismo. A exemplo do álcool, quando consumido pela gestante, penetra a
barreira da placenta, de modo que, o feto em desenvolvimento receba a mesma
concentração das substancias ingeridas pela mãe (Fiorentin e Vargas 2006). Sem contar
que, a depressão é um dos transtornos prevalente em usuários de substâncias e sua
ocorrência está relacionada a um pior prognóstico no tratamento da drogadição
(Ciribelli et al 2008).

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Segundo Kassada et al 2013, por ter grande prejuízo à saúde, nos Estados Unidos
apenas o uso de cocaína no período gestacional foi considerado crime, sendo que, o uso
de outras drogas licitas e ilícitas não foram consideradas. Por ser um problema evidente
há anos na humanidade, ainda é possível observar que, existem deficiências e
ineficácias no processo de acolhimento aos usuários de drogas, principalmente quando
se conhece o contexto em que o usuário está inserido. Para Fiorentin e Vargas 2006,
houve uma diminuição do consumo de álcool pelas gestantes, mas o índice de mulheres
consumidoras de álcool só aumenta e em consequência disso, tanto mulheres como fetos
estão expostos a essas substancias. Sendo que, ao final da gestação a utilização o índice
de consumo atinge a máxima de 4% de usuárias. Com isso nota-se que as mulheres que
fazem uso frequente desse tipo de drogas, ao entrarem no período gestacional diminuem
ou não consomem drogas. De modo a identificar também fatores de riscos existentes e
disfuncionais, que se tornam fundamental a criação de um plano de ação das equipes de
saúde junto aos indivíduos e familiares inseridos nessa questão (Kassada et al 2013). O
uso de drogas na gestação trata-se de uma problemática da sociedade, principalmente no
que se diz respeito a usuárias gestantes, pois além do comprometimento da própria
saúde também há comprometimento do feto em desenvolvimento (Portela et al, 2013).
Em complemente a essa questão, também identificou-se como um desafio para médicos
e equipe multidisciplinar, incluído o período pré natal. Para melhor apoiar mulheres em
períodos gestacionais, torna se importante investigar o uso de drogas, para capacita-las
também quanto aos malefícios e atitudes necessárias diante dessa situação (Kassada et
al 2013).

Com a perspectiva de aumento do índice de natalidade no país e maior


quantidade de estudos realizados que relatem as consequências causadas à mãe. Foi
possível identificar periódicos que abordam as consequências aos fetos e as crianças,
Por isso a proposta desse estudo é investigar periódicos que identifiquem as
consequências da utilização de drogas licitas e ilícitas nas gestantes.

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OBJETIVO GERAL

O objetivo geral foi realizar uma revisão de literatura das produções científicas
publicadas nas bases de dados Pepsic, Google Academico e SciELO, acessadas pela
Biblioteca Virtual de Saúde, sobre a temática.

Objetivos Específicos
Especificamente, objetivou-se avaliar as seguintes variáveis: tipo de publicação; número
de vocábulos; autoria (única, coautoria, múltipla) e gênero (masculino, feminino,
indefinido); estrutura discursiva dos resumos; tipo de pesquisa; estratégias e tipo de
análise de dados.

2. MÉTODO

2.1 Tipo de Estudo


Trata-se de uma revisão de literatura de estratégia documental para a produção
científica

2.2 Local do Estudo

Esse estudo foi realizado na Universidade São Judas Tadeu, São Paulo, Brasil.

2.3 Procedimentos

Foi realizada uma pesquisa com artigos científicos sobre Abuso de Substancias Lícitas e
Ilícitas na gestação, a partir das Bases Google acadêmico, Pepsic e Sciello e não foram
utilizados limitadores temporais. Dessa forma todo o conteúdo das bases consultadas contendo
as palavras utilizadas para a busca foi contemplado.

2.4 Levantamento de dados

Para o levantamento de dados no presente estudo foram utilizados os seguintes


descritores gestantes; gestação; substâncias; lícitas; ilícitas; álcool, no qual a data do mais velho
2002 até 2015, limitando o idioma Português. Foram incluídos estudos realizados no Brasil e
com seres humanos, contendo textos completos e tema compatível ao pesquisado.

A partir desses critérios forma identificados 902 publicações pelo título. A primeira
seleção foi retirar a duplicidade nas bases de dados, das quais sobraram 789 artigos. Destes a
partir da leitura do título sobraram 110 em seguida foi realizada a leitura do resumo, foram
excluídas aqueles que não abordavam o tema compatível ao pesquisado.

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Sobraram 10 artigos, que foram lidos na integra e excluídos aqueles que não atendiam
ao objetivo.Ao final do levantamento, totalizaram-se 10 artigos científicos. (Figura 1)

Figura 1: Fluxograma sobre os estudos selecionados sobre o tema: Abuso de Substancias Lícitas e
Ilícitas na gestação

2.5 Análise dos Artigos

Após a seleção dos artigos, foi utilizado uma ficha de avaliação de registro atendendo
aos objetivos específicos proposto. Este questionário continha dados pertinentes ao tema,
autoria, resumo, tipo de estudo, tipo de analise estatística e instrumentos de avaliação utilizado
(Apêndice 1)

2.6 Análise Estatística

Os dados foram tabulados no programa Excel e apresentados em formato de tabelas e


gráficos. Foram calculados a frequência e porcentagens bem como aplicado quando possível o
teste qui-quadrado a fimde avaliar a associação ou não entre as variáveis qualitativas.

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4. RESULTADO E DISCUSSÃO

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

6. REFERÊNCIAS
American Psychiatric Association. (2014) . DSM -V: manual diagnóstico e estatístico de transtornos
mentais. 5ª ed. Porto Alegre, RS: Artmed. 992p.

Ciribelli, Elina Barros, Luiz, Andreia Mara Angelo Gonçalves, Gorayeb, Ricardo, Domingos, Neide
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Macedo, Mônica Medeiros Kother, Dockhorn, Carolina Neumann de Barros Falcão, & Kegler,
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Matta, Adriana da, Soares, Lissandra Vieira, & Bizarro, Lisiane. (2011). Atitudes de gestantes e da
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Mesquita, Maria dos Anjos, & Segre, Conceição Aparecida de Mattos. (2009). Freqüência dos
efeitos do álcool no feto e padrão de consumo de bebidas alcoólicas pelas gestantes de

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maternidade pública da cidade de São Paulo. Revista brasileira de crescimento e
desenvolvimento humano, 19(1), 63-77. Recuperado em 08 de abril de 2016, de
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Peccinini, Cesar Augusto; Gomes, Aline Grill; De Nardi, Tatiana & Lopes, Rita Sobreira
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Portela, Graciela Lima Costa, Barros, Lívia Moreira, Frota, Natasha Marques, Landim, Anna Paula
Pequeno, Caetano, Joselany Áfio, & Farias, Francisca Lucélia Ribeiro de. (2013).
Perception of pregnant on consumption of illicit drugs in pregnancy. SMAD. Revista
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https://dx.doi.org/10.1590/S0034-71672007000100014

Winnicott, D. W. (1999). Os bebês e suas mães. São Paulo, SP: Martins Fontes. (Original
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Zanatta, Edinara, & Pereira, Caroline Rubin Rossato. (2015). Ela enxerga em ti o mundo: a
experiência da maternidade pela primeira vez. Temas em Psicologia, 23(4), 959-972.
https://dx.doi.org/10.9788/TP2015.4-12.

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