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Poder Judiciário da União

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS


TERRITÓRIOS

Órgão 7ª Turma Cível

Processo N. AGRAVO DE INSTRUMENTO 0727623-94.2021.8.07.0000

AGRAVANTE(S) GEAP AUTOGESTÃO EM SAÚDE

AGRAVADO(S) CLARICE PEREIRA DE BRITO


Relatora Desembargadora GISLENE PINHEIRO

Acórdão Nº 1380965

EMENTA

AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO A SAÚDE. PLANO DE SAÚDE. TUTELA DE


URGENCIA DEFERIDA NA ORIGEM. REQUISITOS PRESENTES. HOME CARE.
INDICAÇÃO PARA TRATAMENTO. NEGATIVA DE COBERTURA. PONTUAÇÃO. BAIXA
COMPLEXIDADE. RELATÓRIO GEAP. DIFERENTE DO RELATÓRIO MÉDICO.
DILAÇÃO PROBATÓRIA. NECESSIDADE. DECISÃO MANTIDA.

1. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do
direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 1.1. Segundo o Código de Processo
Civil de 2015, em seu art. 300, caput, tanto para a tutela cautelar como para a tutela antecipada
exige-se o convencimento do juiz da existência de elementos que evidenciem a probabilidade do
direito.

2. A probabilidade do direito da parte autora/agravada e o perigo de dano restaram presentes no caso


dos autos, pois o quadro clínico apresentado retrata tratar-se de um idoso, com 85 anos de idade,
detentor de comorbidades (AVC, HAS, depressão, glaucoma, Alzheimer, paralisia de Bell, LPP
Sacral), havendo indicação de home care, com atendimento de profissional técnico em enfermagem
pelo período de 24 (vinte e quatro) horas, para o seu tratamento, visando redução de riscos inerentes a
internação prolongada.

3. Por outro lado, as alegações da parte ré/agravante não se prestam a infirmar o entendimento
materializado pelo Juizo a quo, uma vez que os documentos constantes dos autos são insuficientes para
invalidar a orientação do médico que acompanha o dependente da agravada, cabendo o afirmado ser
submetido à dilação probatória na origem.

4. Ademais, não há qualquer irreversibilidade da medida ou iminente prejuízo à parte ré/agravante,


tendo em vista que na eventual hipótese de improcedência do pedido original, ela poderá cobrar da
parte agravada as despesas realizadas.

5.Recurso conhecido e improvido.

ACÓRDÃO

Acordam os Senhores Desembargadores do(a) 7ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito


Federal e dos Territórios, GISLENE PINHEIRO - Relatora, CRUZ MACEDO - 1º Vogal e FABRÍCIO
FONTOURA BEZERRA - 2º Vogal, sob a Presidência da Senhora Desembargadora LEILA
ARLANCH, em proferir a seguinte decisão: CONHECIDO. DESPROVIDO. UNÂNIME., de acordo
com a ata do julgamento e notas taquigráficas.

Brasília (DF), 27 de Outubro de 2021

Desembargadora GISLENE PINHEIRO


Relatora

RELATÓRIO

Trata-se de Agravo de Instrumento, com pedido liminar, interposto por GEAP AUTOGESTÃO EM
SAÚDE contra decisão interlocutória proferida pelo Juízo de Direito da 3ª Vara Cível da Circunscrição
Judiciária de Brasília que, nos autos da Ação de Conhecimento, com pedido de tutela de urgência
(processo nº 0728091-55.2021.8.07.0001), deferiu o pedido de antecipação dos efeitos de tutelapara
determinar à ré que, no prazo de 5 dias, implemente o home care, com profissional técnico em
enfermagem pelo período de 24h, sete dias na semana, sob pena de multa diária no valor de 2.000,00,
até o limite de R$ 20.000,00.

Em suas razões recursais (id. 28560124), a parte agravante argumenta, em síntese, ausência de perigo
de dano irreparável para a autora, que fundamentasse o deferimento da medida antecipatória. Assevera,
nesse sentido, que a avaliação médica do dependente da Agravada Sr. JOSÉ ASTIR, segundo critérios
da Associação Brasileira das Empresas de Medicina Domiciliar/ABEMID, não se coaduna àquela
constante no relatório médico colacionado aos autos pela Agravada.

Assevera que o Sr. JOSÉ ASTIR já estava sendo acompanhado em Home Care, porém, em média
complexidade, o que corresponde ao acompanhamento com técnico de enfermagem pelo período de 12
horas diárias. No entanto, pontua que após avaliação médica, constatou-se que o Sr. JOSÉ ASTIR não
mais preenchia os critérios para média complexidade, sendo os familiares informados que seriam
iniciados os procedimentos de desmame, para a baixa complexidade, circunstancia que ensejou o
ingresso da demanda originária, para que o dependente da autora fosse acompanhado com técnico de
enfermagem pelo período de 24 horas por dia.

Defende ausência de verossimilhança na alegações, face a ausência de pontuação pela tabela ABEMID,
assim como ausência de previsão no rol da ANS, tecendo arrazoado sobre o tema, asseverando, quanto
ao caso, que a pontuação do Sr. JOSÉ ASTIR alcançou a baixa complexidade, razão pela qual não há
justificativa plausível para a procedência do pleito autoral, uma vez que o relatório médico acostado
aos autos não demonstra especificamente a verdadeira necessidade para que ele seja acompanhado pelo
técnico em enfermagem pelo período de 24 horas por dia.

Assevera que em 11/06/2021 a GEAP realizou visita ao paciente e identificou que ele estava sem
suporte de O2 suplementar, sem a Úlcera de Pressão, nenhum tipo de acesso venoso, sonda ou
traqueostomia, destacando que a avaliação realizada pela GEAP é diversa daquela constante no
relatório médico juntado pela autora.

Discorre sobre a impossibilidade de impôs ao plano de saúde atendimento especializado quando os


cuidados podem ser realizados por membros da família.

Tece argumentos acerca da tutela antecipada e, ao final, diz que não procede a antecipação da tutela
deferida na origem, pedindo a suspensão dos efeitos do decidido, bem como a reforma da decisão
recorrida.

Preparo no id. 28185215.

O pedido liminar foi indeferido (id. 28600878).

Contraminuta apresentada no id. 2938163, pelo desprovimento do recurso.

É o relatório.

VOTOS

A Senhora Desembargadora GISLENE PINHEIRO - Relatora

Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do recurso.

Como relatado, trata-se de Agravo de Instrumento, com pedido liminar, interposto por GEAP
AUTOGESTÃO EM SAÚDE contra decisão interlocutória proferida pelo Juízo de Direito da 3ª Vara
Cível da Circunscrição Judiciária de Brasília que, nos autos da Ação de Conhecimento, com pedido de
tutela de urgência (processo nº 0728091-55.2021.8.07.0001), deferiu o pedido de antecipação dos
efeitos de tutelapara determinar à ré que, no prazo de 5 dias, implemente o home care, com
profissional técnico em enfermagem pelo período de 24h, sete dias na semana, sob pena de multa
diária no valor de 2.000,00, até o limite de R$ 20.000,00.

O cerne da presente controvérsia recursal reside em saber se estão ou não presentes os requisitos
autorizadores da concessão da tutela de urgência vindicada pela parte autora/agravada, referente à
implementação do tratamento médico indicado ao seu dependente, qual seja, o home care,com
atendimento de profissional técnico em enfermagem, pelo período de 24 (vinte e quatro) horas.

Como visto, a seguradora/agravante objetiva suspender a ordem emanada do juízo a quo acerca do
deferimento de home care ao agravado, entendendo que, além da não constatação dos requisitos da
tutela antecipada, a pontuação do Sr. JOSÉ ASTIR alcança a baixa complexidade, razão pela qual não
há justificativa para que ele seja acompanhado pelo técnico em enfermagem pelo período de 24 horas
por dia.

Deve-se compreender que, para o deferimento da tutela provisória de urgência, o artigo 300 do CPC
estabelece que a tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem,
cumulativamente, a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do
processo. Além disso, o diploma processual civil acrescenta no §3º do art. 300 do CPC/15, que “a
tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de
irreversibilidade dos efeitos da decisão”.

A Carta Magna Brasileira, já no artigo 1º, III, elevou como fundamento do Estado Brasileiro a
dignidade da pessoa humana. Ademais, gravou com especial proteção de direito fundamental, no
artigo 5º, a inviolabilidade do direito à vida e, sob a rubrica de direito social, a saúde, cerne da
presente demanda judicial.

Na situação em tela, a parte autora/recorrida buscou, em tutela de urgência, uma ordem judicial para
que a operadora de plano de saúde implementasse, de imediato, o tratamento médico indicado, home
care, com atendimento de profissional técnico em enfermagem, pelo período de 24 (vinte e quatro)
horas.

Conforme pontuei quando da análise do pedido liminar, em que pese os fundamentos externados pela
parte agravante, existe verossimilhança nas alegações exordiais, notadamente no que se refere ao
quadro clínico apresentado pelo dependente da agravada, um idoso, com 85 anos de idade, detentor de
comorbidades (AVC, HAS, depressão, glaucoma, Alzheimer, paralisia de Bell, LPP Sacral - id.
100002003 – processo de origem) e a indicação do home care, com atendimento de profissional
técnico em enfermagem pelo período de 24 (vinte e quatro) horas (id. 100002002, processo de
origem) para o seu tratamento, restando assim demonstrada a probabilidade do direito do agravado.

Igualmente, o perigo do dano está devidamente comprovado, pois o dependente da parte agravada
recebeu alta hospitalar, havendo recomendação médica para no fornecimento do serviço de home care
, visando redução de riscos inerentes a internação prolongada.

Por outro lado, as alegações da agravante de que a pontuação do Sr. JOSÉ ASTIR alcança a baixa
complexidade, não se prestam a infirmar, ao menos nessa fase processual, o entendimento
materializado pelo Juízo a quo, uma vez que os documentos constantes dos autos são insuficientes
para invalidar a orientação do médico que acompanha o dependente da agravada, cabendo o afirmado
ser submetido à dilação probatória na origem.

Do mesmo modo, quanto às alegações da agravante de que a GEAP realizou visita ao paciente e
identificou que ele estava sem suporte de O2 suplementar, sem a Úlcera de Pressão, nenhum tipo de
acesso venoso, sonda ou traqueostomia, destacando que a avaliação realizada pela GEAP é diversa
daquela constante no relatório médico juntado pela parte autora, reforço que, diante do conjunto
probatório de que se tem notícia até o atual momento, como dito, evidencia-se, ao contrário, a
necessidade de manutenção do atendimento domiciliar. Tal conclusão, no entanto, poderá ser
modificada pelo d. juízo de origem, conforme o prosseguimento da instrução probatória pertinente.

Ademais, em relação à agravante não há ainda, qualquer irreversibilidade da medida ou iminente


prejuízo, tendo em vista que na eventual hipótese de improcedência do pedido original, ela poderá
cobrar da parte autora/agravada as despesas realizadas.

Sobre o tema, confira-se precedentes deste e. Tribunal de Justiça:

PROCESSO CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE


FAZER. PLANO DE SAÚDE. INTERNAÇÃO DOMICILIAR. TUTELA DE URGÊNCIA.
REQUISITOS PREENCHIDOS. RECURSO NÃO PROVIDO. 1. A internação domiciliar
(home care) constitui desdobramento do tratamento hospitalar contratualmente previsto
que não pode ser limitado pela operadora do plano de saúde. 2. Presentes os
pressupostos que assim autorizam (artigo 300 do CPC), justifica-se o deferimento do
pedido de tutela de urgência para determinar ao plano de saúde o fornecimento do
tratamento domiciliar prescrito pelo médico, além do fato de que não há falar em
irreversibilidade da medida, na espécie. 3. Recurso não provido. (Acórdão 1359233,
07087643020218070000, Relator: CRUZ MACEDO, 7ª Turma Cível, data de
julgamento: 28/7/2021, publicado no PJe: 9/8/2021. Pág.: Sem Página Cadastrada.)
Grifo nosso

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. TUTELA DE URGÊNCIA. AÇÃO


DE OBRIGAÇÃO DE FAZER. PLANO DE SAÚDE.HOME CARE.PRESCRIÇÃO
MÉDICA.PRESSUPOSTOS DEMONSTRADOS. AGRAVO PROVIDO. 1. Nos termos
do art. 300 do Código de Processo Civil, o juiz pode deferir a tutela de urgência, desde
que evidenciado a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado do
processo. 2. De acordo com a orientação jurisprudencial do STJ, o plano de saúde pode
estabelecer as doenças que terão cobertura, mas não o tipo de tratamento utilizado para
a cura de cada uma, sendo abusiva a cláusula contratual que exclui tratamento
domiciliar quando essencial para garantir a saúde ou a vida do segurado. (AgRgno Ag
1.325.939/DF, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, QUARTA TURMA, julgado em
03/04/2014,DJe09/05/2014). 3. O serviço de "homecare" (internação domiciliar)
constitui desdobramento do tratamento de internação hospitalar contratualmente
previsto e não pode ser limitado pela operadora do plano de saúde. 4. Agravo de
instrumento conhecido e provido. (Acórdão 1345665, 07082091320218070000, Relator:
LEILA ARLANCH, 7ª Turma Cível, data de julgamento: 2/6/2021, publicado no DJE:
30/6/2021. Pág.: Sem Página Cadastrada.) Grifo nosso

CIVIL. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO COMINATÓRIA.


TUTELA DE URGÊNCIA. PLANO DE SAÚDE. HOME CARE. ANS. ROL
EXEMPLIFICATIVO. ASTREINTES. 1.Consoante dicção do artigo 300 do CPC/15, "a
tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo".
2.O rol de coberturas mínimas indicadas pela Agência Nacional de Saúde
Complementar (ANS) é meramente exemplificativo, de modo que se demonstrado pelo
médico a necessidade do tratamento médico, não pode o plano de saúde obstar o direito
da segurada em realizar o procedimento médico indicado pelo profissional habilitado.
3.A multa (astreintes) constitui instrumento legal de coerção utilizável pelo Juiz a
qualquer tempo como medida de apoio apta a conferir efetividade à prestação
jurisdicional. Se a parte cumpre a determinação judicial, a multa não será aplicada, não
havendo que se falar em risco de prejuízo financeiro mediante desembolso de valores
para o seu pagamento. 4.Agravo de instrumento conhecido e não provido. ( Acórdão
1329306, 07476000920208070000, Relator: GETÚLIO DE MORAES OLIVEIRA, 7ª
Turma Cível, data de julgamento: 24/3/2021, publicado no DJE: 12/4/2021. Pág.: Sem
Página Cadastrada.) Grifo nosso

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER. TUTELA DE


URGÊNCIA. INDEFERIDA NA ORIGEM. PLANO DE SAÚDE. TRATAMENTO DE
HOME CARE. NEGATIVA DE COBERTURA. AUSÊNCIA DE PREVISÃO
CONTRATUAL. POSSIBILIDADE DE REVISÃO. RELATÓRIO MÉDICO.
NECESSIDADE DO TRATAMENTO PLEITEADO. EVIDENCIADAS A
PROBABILIDADE DO DIREITO E O PERIGO DE DANO. 1. A discussão dos autos diz
respeito à obrigatoriedade do plano de saúde custear tratamento home care quando, a
despeito da ausência de previsão contratual para a cobertura, existir laudo médico
circunstanciado indicando a medida como necessária. A jurisprudência, com efeito, já se
encontra consolidada no sentido da impossibilidade de ser o tratamento indeferido, a
uma por não caber ao plano de saúde estabelecer qual o tratamento mais adequado à
doença do beneficiário do plano, a duas porque o rol de procedimentos médicos
constantes na lista obrigatória da Agência Nacional de Saúde Suplementar é de caráter
exemplificativo, vale dizer que alude apenas às coberturas mínimas obrigatórias. 2. De
acordo com o artigo 300 do CPC, "a tutela de urgência será concedida quando houver
elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao
resultado útil do processo", requisitos os quais restaram demonstrados pela parte
agravante, haja vista que a requerente/agravante apresenta relatório médico no qual
demonstra necessitar de cuidados especializados de home care em período integral 24
(vinte quatro) horas/dia, além de suporte de fonoaudiologia, fisioterapia, nutrição e
enfermagem. 3. Não há qualquer irreversibilidade da medida ou em iminente prejuízo,
tendo em vista que, na eventual hipótese de improcedência da sentença, ela poderá
cobrar da parte autora as despesas realizadas. 4. Agravo de Instrumento conhecido e
provido. Decisão reformada. (Acórdão 1219268, 07171918420198070000, Relator:
GISLENE PINHEIRO, 7ª Turma Cível, data de julgamento: 27/11/2019, publicado no
DJE: 9/12/2019. Pág.: Sem Página Cadastrada.). Grifo nosso

Dessa forma, confirmando-se presentes os requisitos autorizadores da tutela de urgência deferida a


autora/agravada, bem como constatando-se ausentes argumentos e provas, ao menos no atual
momento processual, aduzidos pela ré/agravante capazes de infirmar o direito do autor, mantenho a
decisão agravada que concedeu o restabelecimento do plano de saúde ao autor/agravado e com o
atendimento home care.

Deste modo, CONHEÇO do recurso e NEGO-LHE PROVIMENTO, mantendo íntegra a decisão


recorrida.

É como voto.

O Senhor Desembargador CRUZ MACEDO - 1º Vogal


Com o relator
O Senhor Desembargador FABRÍCIO FONTOURA BEZERRA - 2º Vogal
Com o relator

DECISÃO

CONHECIDO. DESPROVIDO. UNÂNIME.

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