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Exmo. Sr. Dr.

Juiz de Direito da 2ª Vara Cível da Comarcar de Osasco

Processo nº 1000068-24.2021.8.26.0542

Amanda Moreira Monteiro, já qualificada nos autos, vem, respeitosamente, perante V.


Exa., com fulcro no artigo 223, I do Código de Processo Civil, requerer o que segue.

Haja vista sentença publicada no dia 18/04/2022, iniciou-se o prazo para recurso
daquela decisão. Contabilizado o prazo, extinguir-se-ia aos dias 11 do mês de maio de
2022, porém, infelizmente, dentro desse período, a Autora, que é advogada e atua em
causa própria na presente demanda, contraiu COVID-19, conforme se comprova pelo
exame PCR anexo (Anexo I), datado do dia 27 de abril de 2022.

Inicialmente, o diagnóstico da Autora fora de amigdalite aguda, conforme se


comprova pelo relatório médico (Anexo II), pois os sintomas se resumiam a febre alta,
dor e planas na garganta e dor forte no corpo. Porém, após a confirmação do exame PCR
contido no Anexo I, detectou-se o COVID-19 aos dias 27 de abril de 2022.

Por mais que a Autora estivesse vacinada (Anexo III), o vírus a deixou acamada
e com muita dificuldade de respirar e exercer sua atividade profissional.

Conforme os atestados médicos anexos (Anexo IV), a autora foi afastada de sua
atividade laboral, inicialmente no prazo de onze dias.

Porém no dia 02 de maio de 2022, deu entrada com fortes dores no peito e falta
de ar no Pronto Socorro do Hospital São Luiz no dia 02 de maio de 2022 (Anexo V), a
qual permaneceu em observação dois deu entrada com saturação de nº 92 e recebeu
medicação intravenosa, sendo afastada de suas atividades por mais cinco dias, pois ainda
apresentava sintomas, e PCR positivo, bem como possibilidade de risco cardíaco (Anexo
VI).

Não obstante à situação do COVID-19, aos dias 06 de maio de 2022, ainda com o
vírus positivo, a Autora contraiu cistite, o que também se comprova pelo Anexo VII.
Conforme declaração médica, o vírus costuma atacar o sistema imunológico do paciente
de forma drástica, por isso, surgem diversas doenças possíveis.

Infelizmente, após a vacina, passamos a viver como se o vírus tivesse sido


exterminado, no entanto, não é caso. O vírus permanece ativo, circulando fortemente pelo
mundo inteiro.

Resta evidente que a Autora não possuía qualquer tipo de estrutura para
acompanhar e exercer sua atividade laboral.

Inclusive, a cirurgia de obesidade, juntamente com a vacina, pode ter salvado a


vida da Autora, tendo em vista que ao início da sua análise clínica, se encontrava com
obesidade mórbida, hoje ainda dentro da obesidade grau I, conforme se comprova pelo
aplicativo de acompanhamento do peso do bariátrico (Anexo VIII).

Importante salientar que a Autora atua em causa própria, sem qualquer tipo de
assistência de outro colega, justamente por estar em fase financeira extremamente
dificultosa (razão pela qual requereu gratuidade de justiça), não haveria possibilidade de
substabelecer o ato à Defensoria Pública, que requer agendamento de atendimento
presencial.

Oportuno salientar que, mesmo depois de 20 dias de detecção do COVID-19, os


exames da Autora permanecem positivos, conforme se comprova abaixo.
Sendo assim, não restam dúvidas da necessidade de restituição de prazo,
conclusão apartada pela posição da corte superior no sentido de que a doença do advogado
somente pode constituir justa causa para autorizar a interposição tardia de recurso se,
sendo o único procurador da parte, estiver o advogado totalmente impossibilitado de
exercer a profissão.

Isto posto, com fulcro no artigo 223, I do Novo Código de Processo Civil, requer-
se restituição o prazo para realização do ato processual adequado perante a sentença
proferida.

Nestes termos,

Pede deferimento.

Osasco, 17 de maio de 2022.

Amanda Moreira Monteiro – OAB/RJ 201.983

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