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Licenciado para - Jonathan Gonçalves Porto - 04675872999 - Protegido por Eduzz.com


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Você acaba de adquirir o Caderno Mapeado Extreme de Língua Portuguesa para o


Concurso de Agente Comercial do Banco do Brasil

Esse material é totalmente focado no certame e aborda os principais pontos dessa


disciplina.

Assim, trabalharemos os assuntos mais importantes para a sua prova com foco na
banca CESGRANRIO e nos concursos anteriores do Banco do Brasil.

Caso tenha qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando seus
questionamentos para o seguinte e-mail: cadernomapeado@gmail.com

Bora pra cima!

Bons estudos

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CONSIDERAÇÕES INICIAIS .......................................................................................................................... 5


COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS ................................................................................... 6
1) COMPREENSÃO DE TEXTOS .................................................................................................................. 6
2) INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS ................................................................................................................ 6
ORTOGRAFIA OFICIAL E ACENTUAÇÃO GRÁFICA ................................................................................ 7
1) TONICIDADE .............................................................................................................................................. 7
2) ACENTUAÇÃO ........................................................................................................................................... 7
2.1) Principais regras de acentuação na língua Portuguesa: .............................................................. 8
2.2) Outras regras: ........................................................................................................................................ 8
3) HÍFEN .......................................................................................................................................................... 9
3.1) Hífen com prefixos ............................................................................................................................... 9
3.2) Hífen entre palavras ........................................................................................................................... 10
3.3) Hífen: mal/bem ................................................................................................................................... 11
3.4) Hífen: não/quase................................................................................................................................. 11
CLASSES DE PALAVRAS ............................................................................................................................. 11
1) EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS ........................................................................................... 11
1.1) Classificação das classes de palavras:............................................................................................. 12
2) COLOCAÇÃO DOS PRONOMES ÁTONOS ......................................................................................... 14
2.1) Colocação de pronomes oblíquos átonos ..................................................................................... 15
USO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE ................................................................................................. 16
1) EMPREGO DO SINAL DE CRASE .......................................................................................................... 16
1.1) Utilizações da crase: ........................................................................................................................... 16
1.2) Não utilizações da crase: ................................................................................................................... 16
1.3) Crase facultativa .................................................................................................................................. 17
SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO ................................................................................................... 17
1) COESÃO TEXTUAL .................................................................................................................................. 17
2) TIPOS DE COESÃO TEXTUAL................................................................................................................ 18
2.1) Coesão referencial .............................................................................................................................. 18
2.2) Coesão por substituição .................................................................................................................... 18
2.3) Coesão por repetição/reiteração (lexical) ..................................................................................... 18
2.4) Coesão sequencial............................................................................................................................... 18

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2.5) Coesão por elipse ................................................................................................................................ 19


2.6) Coesão por Conjunção ....................................................................................................................... 19
3) CONECTORES TEXTUAIS ....................................................................................................................... 19
3.1) Conectores Coordenativos................................................................................................................ 19
3.2) Conectores Subordinativos .............................................................................................................. 20
4) RELAÇÕES DE COORDENAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E ENTRE TERMOS DA ORAÇÃO ................ 20
4.1) Orações Coordenadas Assindéticas: ............................................................................................... 20
4.2) Orações Coordenadas Sindéticas: ................................................................................................... 21
5) RELAÇÕES DE SUBORDINAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E ENTRE TERMOS DA ORAÇÃO .............. 21
5.1) Orações Subordinadas Substantivas .............................................................................................. 21
5.2) Orações Subordinadas Adjetivas..................................................................................................... 22
5.3) Orações Subordinadas Adverbiais .................................................................................................. 22
PONTUAÇÃO ................................................................................................................................................ 23
1) Ponto (.) .................................................................................................................................................... 23
2) Vírgula (,) ................................................................................................................................................. 23
3) Ponto e Vírgula (;) .................................................................................................................................. 23
4) Dois Pontos (:)......................................................................................................................................... 24
5) Ponto de Exclamação (!) ....................................................................................................................... 24
6) Ponto de Interrogação (?) .................................................................................................................... 24
7) Reticências (...) ........................................................................................................................................ 24
8) Aspas (" ") ................................................................................................................................................ 24
9) Parênteses ( ( ) ) ...................................................................................................................................... 24
10) Travessão (—) ....................................................................................................................................... 24
CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL ................................................................................................. 25
1) CONCORDÂNCIA VERBAL .................................................................................................................... 25
2) CONCORDÂNCIA NOMINAL................................................................................................................ 27
REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL .............................................................................................................. 28
1) REGÊNCIA VERBAL ................................................................................................................................. 29
2) REGÊNCIA NOMINAL ............................................................................................................................ 29

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CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Pessoal!

Antes de iniciarmos o estudo da Língua Portuguesa, apresentaremos os assuntos que foram


cobrados no edital do concurso do Banco do Brasil.

ASSUNTOS DO EDITAL

1 - Compreensão de textos.

2 - Ortografia oficial.

3 - Classe e emprego de palavras.

4 - Emprego do acento indicativo de crase.

5 - Sintaxe da oração e do período.

6 - Emprego dos sinais de pontuação.

7 - Concordância verbal e nominal.

8 - Regência verbal e nominal.

9 - Colocação dos pronomes oblíquos átonos (próclise, mesóclise e ênclise).

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COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

1) COMPREENSÃO DE TEXTOS

A compreensão de um texto é a decodificação da mensagem apresentada, ou seja, é a análise


objetiva do que está no explícito no texto.

2) INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

A interpretação de textos compreende a capacidade de chegar a determinadas conclusões, por


meio da conexão de ideias, após realizar a leitura de algum tipo de texto (visual, auditivo, escrito,
oral), de forma a ir além do texto propriamente dito. Neste sentido, a interpretação de texto é algo
subjetivo e que pode variar de leitor para leitor. A seguir exemplifica-se por uma questão:

Hora da questão

(CESGRANRIO, 2022) A palavra destacada está adequada ao contexto da frase, de acordo com o
seu significado dicionarizado, em:

A) A despensa dos alunos ocorreu com maior frequência durante a pandemia da Covid-19 do que
no mês destinado às férias.

B) A explanação do orador foi recebida com descrição pelos estudiosos nos seminários sobre a
globalização.

C) O tráfego internacional de animais silvestres prejudica a conservação das espécies, contribuindo


para aumentar os que estão em extinção.

D) Os deputados devem cumprir completamente o mandato durante o tempo estipulado pela


legislação eleitoral.

E) Várias personalidades apresentam nomes que são grafados com apóstrofe, entre elas o marido
da Princesa Isabel, o Conde d´Eu.

Gabarito: D

Comentário: A alternativa D está correta, pois a palavra mandato foi usada devidamente, com
o sentido de autorização dada a uma pessoa para atuar em nome de outra. A seguir as correções
das alternativas incorretas, com o respectivo significado nos contextos das frases apresentadas:

A) Dispensa: ocorre quando a pessoa está desobrigada a desempenhar determinada função.

B) Discrição: significa agir com cautela, ser reservado.

C) Tráfico: representa uma atividade ilegal.

E) Apóstrofo: é um sinal gráfico utilizado para substituir letras ou palavras.

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ORTOGRAFIA OFICIAL E ACENTUAÇÃO GRÁFICA

1) TONICIDADE

Tonicidade se refere à sílaba que apresenta maior projeção sonora em uma palavra, sendo essa sílaba
chama de tônica ou acentuada.

As sílabas, quando pronunciadas com mais intensidade, classificam-se como tônicas, e quando ditas
de maneira mais sutil, como átonas.

Quanto à tonicidade, as palavras da nossa língua são classificadas em três grupos:

Oxítonas: quando a última sílaba é a tônica;

Paroxítonas: quando a penúltima sílaba é a tônica;

Proparoxítonas: quando a antepenúltima sílaba é a tônica.

Para efeito de conhecimento complementar, segue a distribuição percentual da quantidade de


palavras na língua portuguesa, conforme a tonicidade:

Palavras da língua portuguesa (USP, 2017)

1%

12%
25%

62%
Oxítonas
Paróxitonas
Proparóxitona
Monossílabos

2) ACENTUAÇÃO

A acentuação consiste na colocação de acento ortográfico para indicar a pronúncia de uma vogal ou
marcar a sílaba tônica de uma palavra. Os acentos gráficos da língua portuguesa são:

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Acento agudo (´);

Acento grave (`);

Acento circunflexo (^).

Fique atento! O til (~) não se trata de acento, é um sinal.

2.1) Principais regras de acentuação na língua Portuguesa:

Regra 1: Todas as proparoxítonas são acentuadas (ex.: exército, árvore, ácaro);

Regra 2: Acentuam-se as oxítonas terminadas em: A, E, O, EM seguidas ou não de S (ns) - (ex.:


após, cafés, jiló, armazéns);

Regra 3: NÃO se acentuam as paroxítonas terminadas em: A, E, O, EM seguidas ou não de S (ns)


- (ex.: cadeira, parede, quadro, itens, polens, himens).

Fique atento! Paroxítonas terminadas em ditongo são acentuadas (ex.: bactéria, série,
necessário).

Ademais outras regras acerca da acentuação gráfica:

2.2) Outras regras:

Regra 1: Acentuam-se os monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o” seguidas ou não de
S (ex.: chás, fé, só);

Obs.: Os monossílabos átonos, como: “me”, “te”, “se”, “lhe”, “o”, “a”, “os”, “as”, e as preposições como
“de” e “com” NÃO são acentuados.

Regra 2: Acentuam-se os ditongos abertos EU, EI, OI, quando estiverem em posição oxítona. (ex.:
chapéu, pastéis, herói).

Regra 3: Acentuam-se as vogais I e U, quando forem a segunda vogal de um hiato (ex.: saúde,
país).

Regra 4: Com o novo acordo ortográfico as palavras com o acento diferencial que pertencem às
classes gramaticais distintas têm o acento retirado, entretanto, as palavras que pertencem às classes
gramaticais iguais têm o acento mantido:

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Retirados Mantidos

Para Tem/Têm

Pelo Vem/Vêm

Pera Pode/Pôde

Polo Por/Pôr

Regra 5: NÃO são acentuadas palavras com vogais redobradas (ex.: voo, veem, leem, enjoo).

Regra 6: NÃO são acentuadas as vogais “I” e “U”, quando formam hiato e são seguidos de M, N,
NH, R ou Z. (ex.: juiz, ruim, ruir, constituinte, rainha).

3) HÍFEN

O hífen é um sinal em forma de um pequeno traço horizontal (-), e tem como função:

Unir elementos de palavras compostas;

Separar sílabas em final de linha;

Marcar ligações enclíticas e mesoclíticas (colocações de pronomes).

3.1) Hífen com prefixos

Prefixos: são elementos que formam palavras a partir de um morfema


que antecede o radical, alterando o sentido básico da palavra.

Regra 1: Utiliza-se o HÍFEN na hipótese de Prefixo (terminado em r, b ou vogais) somado com


uma palavra que inicia com a letra H (ex.: Anti-histamínico, super-homem, sub-hepático).

Tome nota: A palavra sub-humano admite as duas formas, pois o novo acordo trouxe como
possibilidade o uso da forma subumano em que se exclui o H e unem-se as duas palavras.

Regra 2: Utiliza-se o HÍFEN na hipótese de Prefixo terminado em vogal + palavra base em que
as vogais são iguais (ex.: micro-ondas, anti-inflamatório), mas se as vogais são diferentes, NÃO se
usa o hífen (ex.: autoescola).

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Exceção: Tal regra não se aplica aos prefixos “-co”, “-pro”, “-re”, mesmo que a segunda palavra
comece com a mesma vogal que termina o prefixo, NÃO se usa o hífen (ex.: coocupar,
preenchimento, reescrever)

Regra 3: Utiliza-se o HÍFEN na hipótese de Prefixo terminado em consoante + palavra base em


que as consoantes são iguais (ex.: inter-racial, super-revista, sub-brigadeiro), mas se as consoantes
são diferentes, NÃO se usa o hífen (ex.: supermercado).

Exceção: A palavra “Sub-raça”, apesar de haver consoantes diferentes, utiliza-se o HÍFEN, porque o
B com o R forma uma nova sonoridade, o que prejudicaria a escrita da palavra.

Regra 4: Utiliza-se o HÍFEN para os Prefixos sem, além, ex, sota, soto, aquém, recém, pós, pré,
pró, vice, independentemente do que vier na palavra base (ex.: pré-história, vice-presidente, ex-
namorado).

Regra 5: NÃO se utiliza o HÍFEN quando o segundo elemento começa com s ou r; nesse caso,
duplicam-se as consoantes (ex.: antirreligioso, minissaia, ultrassom).

Exceção: Tal regra não se aplica aos prefixos “hiper”, “inter” e “super”, nestes casos deve-se utilizar
o HÍFEN (ex.: hiper-realista, super-racional, inter-racial)

Regra 6: Utiliza-se o HÍFEN quando o primeiro elemento terminado em “m” ou “n” e o segundo
elemento começa com vogais, “h”, “m” ou “n” (ex.: pan-americano, pan-hispânico, circum-meridiano,
circum-navegação).

Regra 7: Utiliza-se o HÍFEN com sufixo de origem tupi, quando a pronúncia exige (ex.: capim-
açu, amoré-guaçu, anajá-mirim).

3.2) Hífen entre palavras

O hífen pode ser utilizado entre duas palavras a fim de modificar o sentido de ambas, tem-se como
exemplo:

A palavra sexta se refere a um numeral ordinário, e a palavra feira é um substantivo. Ao unir ambas
as palavras com hífen e formar sexta-feira, perde-se tanto a ideia do numeral quanto a ideia do
substantivo feira, e passa a haver um sentido novo, que é o dia da semana.

Outro exemplo, se trata da palavra mesa que é um substantivo e a palavra redonda que é um
adjetivo. Ao unir ambas as palavras com hífen e formar mesa-redonda, perde-se tanto a ideia do
substantivo e objeto, quanto a ideia do adjetivo e formato, e passa a haver um novo significado à
palavra, que é o debate.

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3.3) Hífen: mal/bem

MAL: emprega-se o hífen quando a palavra a seguir for iniciada por vogal, H ou L. (ex.: mal-estar;
mal-humorado; mal-limpo; malcriação; malcheiroso)

BEM: emprega-se o hífen (ex.: bem-aventurado, bem-estar, bem-vindo, bem-casado, bem-nascido).

Exceção 1: as palavras benfazer, benquerer e bendizer (estão empregados verbos no infinitivo),


porém são formas alternativas, sendo facultativo.

Exceção 2: outras palavras com “bem” que já eram grafadas sem hífen, e continuam sendo, são:
benfazejo, benfeitor, benquerença, benquerente, benquisto, benfeito, benquerer e benquerido.

Exceção 3: quando o prefixo bem ou mal não formar uma unidade semântica com a palavra
seguinte não caberá hífen (ex.: em “Ele foi bem educado pelos avós”, não há hífen porque “bem”
não forma com a palavra seguinte uma unidade semântica. O que temos é um advérbio (bem)
modificando um verbo/particípio (educada).

3.4) Hífen: não/quase

Sempre dispensam o hífen (ex.: quase crime, quase nada, não cumprimento, não engajado).

CLASSES DE PALAVRAS

1) EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS

A classe de palavras se divide em variáveis e invariáveis. Logo, podem se alterar em gênero


(masculino e feminino), número (singular e plural) e grau (aumentativo e diminutivo, comparativo e
superlativo). E os verbos variam em: tempo (presente, pretérito e futuro), modo (indicativo,
subjuntivo e imperativo) e voz (ativa, passiva e reflexiva), conforme demonstrado a seguir:

CLASSE CONCEITO/FUNÇÃO FLEXÕES

Substantivo Nomear os seres em geral, ações, Variável: gênero, número e grau


aspectos emocionais e psicológicos,
fenômenos, lugares, qualidades, e etc.

Verbo São ações, estados ou fenômenos da Variável: modo, tempo, número,


natureza pessoa e voz

Adjetivo São as características dos substantivos Variável: gênero, número e grau

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Pronome Relação das pessoas do discurso Variáveis: gênero, número,


pessoa e caso

Artigo Vem antes do substantivo e serve para o Variável: gênero e número


especificar ou generalizar

Numeral Indica posição ou número de elementos Variável: gênero, número e grau


(alguns)

Preposição Liga dois elementos da oração Invaríavel

Conjunção Liga dois termos ou duas orações de Invaríavel


mesmo valor gramatical

Interjeição Exprime emoções e sentimentos Invaríavel

Advérbio Exprime circustâncias de tempo, modo, Variável: grau (alguns)


intensidade, etc.

1.1) Classificação das classes de palavras:

a) Substantivos:

Comuns: nomeiam algo na sua generalidade (ex.: bola).

Próprios: nomeiam algo específico (ex.: Brasil).

Simples: formados por um radical (ex.: sol).

Compostos: formados por dois ou mais radicais (ex.: guarda-chuva).

Primitivos: NÃO são formados por outra palavra (ex.: casa).

Derivados: são formados por outra palavra (ex.: casebre).

Concretos: nomeiam seres reais ou imaginários (ex.: cachorro).

Abstratos: nomeiam qualidades, sentimentos, estrados ou ações (ex.: felicidade).

Coletivos: nomeiam seres que pertencem ao mesmo conjunto (ex.: alcateia).

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b) Verbos:

Regulares: conjugados de acordo com um paradigma. Isso quer dizer que existe um modelo de
terminação seguido pelos verbos, sem que haja alteração no seu radical (ex.: canto, cantei, cantarei).

Irregulares: não obedecem um modelo de conjugação, e tanto o radical como a terminação do


verbo pode ser alterados (ex.: sei, soube, saberei).

Defetivos: não são conjugados em todas as pessoas, tempos ou modos, ou seja, quando não
têm conjugação completa (ex.: abolir - eu ***, tu aboles, ele abole).

Abundantes: têm particípio duplo, ou seja, quando apresentam uma forma de conjugação
regular e uma irregular (ex.: secado/seco, entregado/entregue).

c) Adjetivos:

Primitivos: NÃO são formados por derivação de outra palavra (ex.: rosa, mal).

Derivados: formados por derivação de outra palavra (ex.: rosado, maldoso).

Simples: formados por um radical (ex.: verde).

Compostos: formados por dois ou mais radicais (ex.: verde-esmeralda).

Pátrios: caracterizam algo conforme sua origem (ex.: mineiro, holandês).

d) Pronomes:

Pessoais: indicam as pessoas do discurso e dividem-se em: do caso reto (eu, tu, ele/ela(s), nós,
vós); do caso oblíquo (átonos: me, te, o/a(s), se, lhe(s), nos, vos); tônicos (mim, ti, ele/ela(s), si, nós,
vós).; de tratamento (Vossa Majestade, Vossa Senhoria)).

Possessivos: indicam posse (meu(s), minha(s), teu(s), tua(s), seu(s), sua(s), nosso/a(s), vosso/a(s)).

Demonstrativos: indicam as posições dos seres (este(s), esta(s), isto, esse(s), essa(s), isso,
aquele(s), aquela(s), aquilo).

Relativos: se referem a um termo anterior e dividem-se em variáveis (o qual, os quais, a qual, as


quais, cujo(s), cuja(s), quanto(s), quantas) e invariáveis (que, quem, quando, como, onde).

Indefinidos: se referem de forma imprecisa à terceira pessoa do discurso dividem-se em variáveis


(o qual, os quais, a qual, as quais, cujo(s), cuja(s), quanto(s), quantas) e invariáveis (que, quem,
quando, como, onde).

Interrogativos: utilizados em interrogações diretas ou indiretas (que, quem, qual, quais,


quanto/a(s)).

e) Artigos:

Definidos: especifica ou particulariza algo (o, a, os, as).

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Indefinidos: generaliza algo (um, uma, uns, umas).

f) Numerais:

Cardinais: indicam quantidade determinada de seres (ex.: um, dois).

Ordinais: indicam posição relativa de um ou mais seres numa sequência (ex.: primeiro, segundo).

Multiplicativos: indicam o número de vezes em que o ser é multiplicado (ex.: duplo, triplo).

Fracionários: indicam em quantas partes se divide uma quantidade (ex.: meio, terço).

g) Preposições:

Essenciais: só atuam como preposição (ex.: Não o vejo desde o último inverno).

Acidentais: pertencem a outras classes gramaticais, mas assumem o papel de preposição em


determinado contexto (ex.: A conta só pode ser fechada mediante entrega dos documentos)

h) Conjunções:

Coordenativas: Unem termos semelhantes ou orações independentes (ex.: Já passei, portanto


posso falar).

Subordinativas: Unem orações dependentes de outras (ex.: Se ele for, eu vou).

i) Interjeições:

São classificadas em advertência (Cuidado!), alegria (Uhu!), alívio (Ufa!), ânimo (Vamos!), apelo
(Socorro!), chamamento (Psiu!), desejo (Tomara!), dor (Ai!), espanto (Nossa!), satisfação (Oba!),
saudação (Oi!), silêncio (Psiu!).

j) Advérbios:

São classificados em lugar (aqui), tempo (sempre), modo (bem), afirmação (realmente), negação
(não), intensidade (muito), dúvida (talvez), entre outros.

2) COLOCAÇÃO DOS PRONOMES ÁTONOS

Pronomes oblíquos átonos ou pronome pessoal oblíquo átono são pronomes que indicam pessoas
e funcionam nas orações como objeto direto, objeto indireto ou complemento nominal.

Pelo fato de serem pronunciados com menos força são átonos, sendo assim chamados de pronomes
oblíquos átonos.

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Os pronomes oblíquos podem ter funções sintáticas de complemento verbal (objeto direto ou
indireto) ou complemento nominal, e assim são divididos e classificados:

Pronomes Função Exemplos

me, te, nos, de objeto direto ou de objeto Deu-me os parabéns.


vos indireto
Isto não vos pertence.

Já te chamei várias vezes.

Conhece-nos?

o, a, os, as apenas de objeto direto Foi ele quem o (os) convidou.

Não a (as) chamei.

lhe e lhes apenas de objeto indireto Atirem-lhe a bola!

Eu disse-lhes a verdade.

se de objeto direto ou de objeto Ela penteou-se.

indireto, mas é sempre usado


Ele olhou-se no espelho.
na voz reflexiva

2.1) Colocação de pronomes oblíquos átonos

Os pronomes oblíquos átonos podem assumir as seguintes posições com relação ao verbo:

Próclise - quando o pronome é colocado antes do verbo. (ex.: Não me fale isso!).

É usada quando a oração contém: palavras que expressam negação (não, ninguém), pronomes
relativos (que, quem), indefinidos (alguém, tudo) e demonstrativos (este, essa), advérbios (muito, ali),
conjunções subordinativas (embora, conforme).

Mesóclise - quando o pronome é colocado no meio do verbo. (ex.: Contar-te-ei uma história).

É usada com verbos que estejam no futuro do presente ou no futuro do pretérito (contarei, contaria).

Ênclise - quando o pronome é colocado depois do verbo. (ex.: Falaram-te algo?).

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USO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE

A crase é assinalada pelo acento grave (`), e serve para evitar a repetição (a + a) nas situações em
que precisamos utilizar “a”, com a função de artigo, juntamente com “a”, com a função de preposição
(a + a = à).

1) EMPREGO DO SINAL DE CRASE

1.1) Utilizações da crase:

a) Antes de palavras femininas. (ex.: Fui à escola).

b) Quando acompanham verbos que indicam destino (ir, voltar, vir). (ex.: Vou à padaria).

c) Nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas. (ex.: À medida que o tempo passa as amizades
aumentam).

d) Antes dos Pronomes demonstrativos aquilo, aquela, aquele. (ex.: No verão, voltamos àquela
praia).

e) Antes da locução "à moda de" quando ela estiver subentendida. (ex.: Dribla à (moda de) Pelé).

f) Na indicação das horas. (ex.: Termino meu trabalho às cinco horas da tarde).

g) Antes de numeral cardinal que indicam as horas exatas (ex.: Saio da escola às 12h30).

1.2) Não utilizações da crase:

a) Horas exatas quando acompanhadas de preposições (para, desde, após, perante, com), não se
utiliza a crase (ex.: Ficamos na reunião desde as 12h);

b) Entre palavras repetidas (ex.: dia a dia, frente a frente, cara a cara, gota a gota, ponta a ponta).

c) Antes de palavras masculinas (ex.: Jorge tem um carro a álcool).

d) Antes de verbos que não indiquem destino (ex.: Estava disposto a salvar a menina)

e) Antes de pronomes pessoais do caso reto e do caso oblíquo (ex.: Falamos a ela sobre o ocorrido)

f) Antes dos pronomes demonstrativos isso, esse, este, esta, essa (ex.: Era a isso que nos referíamos.)

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1.3) Crase facultativa

a) Depois da preposição “até” (ex.: fui até à praça, ou fui até a praça).

b) Antes de nomes próprio femininos (ex.: entrega à Lara, ou entrega a Lara).

c) Antes de pronomes possessivos (ex.: Mandou presentes de natal à sua família, ou mandou
presentes de natal a sua família).

Ressalta-se que não se usa crase antes da maior parte dos pronomes

Tome nota!

Macete para identificar se há crase nos verbos de destino:


“Vou a, volto da, crase há! Vou a, volto de, crase pra quê?”

Vou à Europa, volto da Europa


Vou a Roma, volto de Roma

SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO

A sintaxe é o ramo da gramática que estuda a estrutura da frase, analisando as funções que as
palavras desempenham numa oração e as relações que estabelecem entre si. A sintaxe estuda
também as relações existentes entre as diversas orações que formam um período.

1) COESÃO TEXTUAL

Coesão textual é o mecanismo linguístico que permite uma conexão lógico-semântica entre trechos
de um texto.

Assegura a ligação entre palavras e frases, interligando as diferentes partes de um texto por meio
de conjunções, preposições, advérbios ou locuções adverbiais.

É notada ao verificar que as frases e os parágrafos estão amarrados no texto, de forma que um
elemento é sequencial ao outro, ocasionando a transição das ideias presentes no texto.

Importante ainda diferenciar coesão textual de coerência textual. Em suma, a coesão se trata da
estrutura e organização de um texto. Logo, todas as suas partes devem estar interligadas por meio
de elementos conectivos. De outro lado, a coerência refere-se ao encadeamento lógico de ideias e
ao sentido interno e externo ao texto.

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2) TIPOS DE COESÃO TEXTUAL

2.1) Coesão referencial

É uma das mais usadas e consiste na menção de anáforas (refere-se aos termos já citados no texto)
e catáforas (refere-se aos termos que serão citados na sequência do texto);

Anuncia ou retoma as frases, sequências e palavras presentes em um texto, por meio de termos
conectivos (pronomes pessoais, possessivos, demonstrativos ou expressões adverbiais de lugar);

Evita o uso de diversas repetições no mesmo texto usando um termo para fazer referência a outro.
Reitera algo que já foi dito antes, substituindo uma palavra por outra que possui com ela alguma
relação semântica.

2.2) Coesão por substituição

Consiste na substituição de uma palavra por outra ou por uma locução adverbial;

Emprega palavras e expressões que retomam termos por meio da anáfora, conforme outros tipos
de coesão;

Acontece ao passo que substantivos, verbos, períodos ou trechos de textos são substituídos por
conectivos ou expressões que resumem ou fazem menção ao que já foi dito.

2.3) Coesão por repetição/reiteração (lexical)

Ocorre quando um termo é substituído por outro dentro do texto.

Estabelece uma relação de sinonímia, antonímia, hiponímia ou hiperonímia, por meio de sinônimos,
pronomes, heterônimos ou hipônimos, que estabelecem uma corrente de sentido fazendo remissão
às mesmas ideias por meio de diferentes termos;

Usa palavras ou expressões análogas para substituir termos já utilizados e para identificar e nomear
elementos textuais que já forma citados;

É essencial para manutenção da unidade temática do texto que necessita de uma carga de
redundância;

Constrói uma cadeia de sentidos fazendo remissão das mesmas ideias através diferentes expressões.

2.4) Coesão sequencial

Faz uso de conjunções, conectivos e expressões que dão sequência aos assuntos, estabelecendo uma
continuidade em relação ao que já foi dito;

Usa expressões como: diante do exposto, a partir dessas considerações, embora, logo, com o fim de,
diante desse quadro, em vista disso, tudo o que foi dito, esse quadro, por conseguinte, caso, entre
outras;

Dá sequência ao texto por meio das relações semânticas que ligam as orações.

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2.5) Coesão por elipse

Ocorre quando há a omissão de algumas palavras sem que o entendimento das ideias da oração
seja comprometido;

Consiste na supressão de elementos que são facilmente identificados ou que já tenham sido
mencionados no texto;

A omissão dos termos acontece, geralmente, com a substituição por uma vírgula, que pode ser usada
em lugar de um pronome, um verbo, nomes e frases inteiras.

2.6) Coesão por Conjunção

Estabelece relação entre os elementos do texto através de conjunções.

3) CONECTORES TEXTUAIS

Conectores textuais são palavras ou locuções empregadas para ligar ou articular ideias, expressas
em palavras ou orações:

3.1) Conectores Coordenativos

RELAÇÃO DE SENTIDO CONECTORES

ADIÇÃO e, nem, não só, mas/como, ou

ADVERSIDADE mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, e

ALTERNATIVA ou, ou ... ou, ora ... ora, quer... quer, seja .... seja

CONCLUSÃO logo, portanto, por conseguinte, destarte/ dessarte, então, pois

EXPLICAÇÃO que, pois, porque, porquanto

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3.2) Conectores Subordinativos

RELAÇÃO DE SENTIDO CONECTORES

CAUSA pois, porque, porquanto, visto que, já que, uma vez que, na
medida em que, como, por + infinitivo

COMPARAÇÃO como, mais/menos... que/ do que, tanto... quanto

CONCESSÃO embora, conquanto, posto que, mesmo que, ainda que, não
obstante, apesar de, malgrado

CONDIÇÃO se, caso, desde que, contato que, a menos que, a não ser que

CONFORMIDADE como, conforme, segundo, consoante

CONSEQUÊNCIA tão/tanto... que, de modo que, de maneira que

FINALIDADE para que, a fim de que, para + infinitivo, a fim de + infinitivo

PROPORCIONALIDADE à medida que, à proporção que, quanto mais... mais

TEMPO quando, enquanto, desde que/quando, ao + infinitivo

4) RELAÇÕES DE COORDENAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E ENTRE TERMOS DA ORAÇÃO

A frase, oração e período são compostos por coordenação quando têm orações equivalentes, mas
sem dependência uma da outra. São sintaticamente independentes e são classificadas em dois tipos:

4.1) Orações Coordenadas Assindéticas:

São caracterizadas pelo período composto justaposto, ou seja, NÃO são ligadas através de nenhum
conectivo. (ex.: Chegamos na praia, nadamos, jogamos, comemos).

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4.2) Orações Coordenadas Sindéticas:

São caracterizadas pelo período composto ligado através de uma conjunção ou locução
coordenativa. Assim, dependendo dos conectivos presentes nas orações, elas são classificadas em:
aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas, conforme ilustrado na tabela a seguir:

Classificação Função Conectivos Exemplo

Aditiva transmite uma ideia de e, nem, não só, mas também, Chegamos à praia e
adição, soma mas ainda, como, assim, etc. nadamos.

Adversativa transmite uma ideia de e, mas, contudo, todavia, Trabalha, mas nunca
oposição ou de entretanto, porém, no entanto, guarda dinheiro.
contraste. ainda, assim, senão, etc

Alternativa enfatiza uma escolha ou, ou … ou; ora … ora; quer … Ora gosta de
dentre as opções quer; seja … seja, etc. vestidos, ora gosta
existentes de sapatos.

Conclusiva expressam conclusões logo, portanto, por fim, por São adolescentes,
conseguinte, pois, então, logo irão namorar.
consequentemente, etc.

Explicativa expressam uma isto é, ou seja, a saber, na Descemos do carro,


explicação sobre algo verdade, porque, que, pois, etc. porque o trânsito
que foi referido estava parado.
anteriormente

5) RELAÇÕES DE SUBORDINAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E ENTRE TERMOS DA ORAÇÃO

As orações subordinadas são aquelas que exercem função sintática sobre outras, ou seja, a oração
que subordina ou depende da outra.

A depender da função que desempenham, os tipos de oração subordinada


são substantivas, adjetivas ou adverbiais.

5.1) Orações Subordinadas Substantivas

São aquelas que exercem função de substantivo.

São classificadas em: Subjetiva, Predicativa, Completiva Nominal, Objetiva Direta, Objetiva Indireta e
Apositiva:

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Classificação Função Exemplo

Subjetiva Sujeito É provável que ela venha jantar.

Predicativa Predicativo do Meu desejo era que me dessem um presente.

sujeito

Completiva Nominal Complemento Temos necessidade de que nos apoiem.

nominal

Objetiva Direta Objeto direto Nós desejamos que sua vida seja boa.

Objetiva Indireta Objeto indireto Recordo-me de que tu me amavas.

Apositiva Aposto Desejo-te uma coisa: que tenhas muita sorte.

5.2) Orações Subordinadas Adjetivas

São aquelas que exercem função de adjetivo. São classificadas em:

a) Explicativa - Destaca um detalhe do termo antecedente. Exemplo: A África, que é o terceiro maior
continente, tem um alto índice de pobreza.

b) Restritiva - Restringe a significação de seu antecedente. Exemplo: As pessoas que são alegres
vivem melhor.

5.3) Orações Subordinadas Adverbiais

São aquelas que exercem função de advérbio. São classificadas em:

a) Causal - Exprime a causa. Exemplo: Já que está nevando ficaremos em casa.

b) Comparativa - Estabelece comparação entre a oração principal e a oração subordinada. Exemplo:


Maria era mais estudiosa que sua irmã.

c) Concessiva - Indica permissão (concessão) entre as orações. Exemplo: Alguns se retiraram da


reunião apesar de não terem terminado a exposição.

d) Condicional - Exprime condição. Exemplo: Você fará uma boa prova desde que se esforce.

e) Conformativa - Exprime concordância. Exemplo: Realizamos nosso projeto conforme as


especificações da biblioteca.

f) Consecutiva - exprime a consequência referente a oração principal. Exemplo: Gritei tanto, que
fiquei sem voz.

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g) Final - Exprime finalidade. Exemplo: Todos trabalham para que possam vencer.

h) Temporal - Indica circunstância de tempo. Exemplo: Fico feliz sempre que vou visitar minha mãe.

i) Proporcional - Exprime proporção entre as orações: principal e subordinada. Exemplo: À medida


que o tempo passa, a chuva aumenta.

PONTUAÇÃO

Sinais de Pontuação são sinais gráficos que contribuem para a coerência e a coesão de textos, bem
como têm a função de desempenhar questões de ordem estilística.

São eles e suas respectivas funções:

1) Ponto (.)

É utilizado para terminar a ideia ou discurso e indicar o final de um período. (ex.: Eu dormi muito
hoje.)

Ainda, utilizado nas abreviações (ex.: Sr. Bernardo, lamentamos informar que o seu voo foi
cancelado.)

2) Vírgula (,)

Indica uma pausa no discurso (ex.: Chorei tanto, que fiquei sem ar).

Separa termos com a mesma função sintática (ex.: Vou precisar de correr, pular, agachar e deitar).

Separa o aposto (ex.: Maria, professora do turno da noite, falou sobre as provas finais).

Separa o vocativo (ex.: Desta maneira, João, não posso mais ficar com você).

Obs.: Sua utilização é tão importante que pode mudar o significado quando não utilizada ou
utilizada de modo incorreto

3) Ponto e Vírgula (;)

Separa várias orações dentro de uma mesma frase. (ex.: Os homens, que ganham pouco,
reclamam; as mulheres, que não lucram, reclamam também).

Separa uma relação de elementos. (ex.: Os conteúdos do livro são: Biologia; Botânica; Zoologia).

Obs.: É um sinal que muitas vezes gera confusão nos leitores, já que ora representa uma pausa mais
longa que a vírgula e ora mais breve que o ponto.

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4) Dois Pontos (:)

É utilizado antes de uma explicação, para:

Introduzir uma fala (ex.: Michael explicou: — Não devemos pisar na grama do vizinho).

Iniciar uma enumeração. (ex.: Naquela disciplina, as quatro operações essenciais são: adição,
subtração, multiplicação e divisão).

5) Ponto de Exclamação (!)

É utilizado para exclamar. Assim, é colocado em frases que denotam sentimentos como surpresa,
desejo, susto, ordem, entusiasmo, espanto. (ex.: Que legal! Cala a boca!)

6) Ponto de Interrogação (?)

É utilizado para interrogar, perguntar. (ex.: Quer ir namorar comigo?).

7) Reticências (...)

Suprime palavras, textos. (ex.: Ana gosta de comprar ouro, prata, bronze...

Indica que o sentido vai muito mais além do que está expresso na frase. (ex.: Comprei um carro
novo, o motor é ótimo, já o painel ....)

8) Aspas (" ")

Enfatiza palavras ou expressões (ex.: Insatisfeito com o resultado da prova, se sentia "o pior”).

Delimita citações de obras. (ex.: Descartes: “Penso, logo existo”) Brás Cubas dedica suas memórias
a um verme: "Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver dedico como saudosa
lembrança estas memórias póstumas.").

9) Parênteses ( ( ) )

Isola explicações (ex.: Correu às pressas (como sempre) e esqueceu a marmita na mesa.

Acrescenta informação acessória. (ex.: Cheguei ao hotel cansada, esperei (no sofá da entrada) e
adormeci).

10) Travessão (—)

Indica os diálogos do texto no início de frases diretas. (ex.: Perguntei: — Onde é o ponto de
troca?)

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Substitui os parênteses ou dupla vírgula. (ex.: Isaura - funcionária da loja de roupas - aconselhou-
me que fizesse assim).

CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL

A concordância verbal e nominal é a relação que garante que as palavras concordem umas com as
outras.

1) CONCORDÂNCIA VERBAL

A concordância verbal se pauta na ideia de que os verbos concordem com os sujeitos.

De tal forma é necessário respeitar as relações de número e pessoa entre verbo e sujeito, a seguir
algumas regras:

Regra 1: Concordância de sujeito composto antes do verbo

Quando o sujeito é composto e vem antes do verbo, esse verbo deve estar sempre no plural. (ex.:
Pedro e Lúcia conversaram até de madrugada).

Regra 2: Concordância de sujeito composto depois do verbo

Quando o sujeito composto vem depois do verbo, o verbo pode ficar tanto no plural como pode
concordar com o sujeito mais próximo (ex.: Discursaram coordenador e professores/ Discursou
coordenador e professores).

Regra 3: Concordância de sujeito formado por pessoas gramaticais diferentes

Quando o sujeito é composto, mas as pessoas gramaticais são diferentes, o verbo deve ficar no
plural. No entanto, ele concordará com a pessoa que, a nível gramatical, tem prioridade.

Ou seja, a 1.ª pessoa (eu, nós) tem prioridade em relação à 2.ª (tu, vós) e a 2.ª tem prioridade em
relação à 3.ª (ele, eles). (ex.: Nós, vós e eles vamos ao encontro).

Regras Especiais

a) Expressão “Mais de um”: o verbo concorda com o núcleo do sujeito. (ex.: Mais de um senador
será candidato à reeleição).

b) Expressões partitivas (uma parte de, a metade de, uma porção de etc.):

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O verbo concorda com o núcleo do sujeito ou com o seu especificante, quando o núcleo do
sujeito estiver no singular e o especificante do núcleo estiver no plural. (ex.: Uma parte das mulheres
reclamou/reclamaram da festa).

O verbo concorda com o núcleo do sujeito e com o seu especificante, quando ambos estiverem
no singular. (ex.: A maioria da torcida torce por nossos amigos).

c) Quantidades aproximadas: o verbo concorda com o núcleo do sujeito. (ex.: cerca de 10 pessoas
falaram os prisioneiros).

d) SE = partícula apassivadora: o verbo concorda com o sujeito. (ex.: solicitaram-se os


documentos).

e) Sujeito = QUE (pronome relativo): “que” é um pronome neutro que tem função de sujeito, logo
o verbo concorda com o pronome relativo. (ex.: Os moradores que reclamaram são novos aqui).

f) Sujeito = QUEM (pronome relativo): “quem” não é um pronome neutro e tem embutida a
terceira pessoa do singular, tendo mais uma possibilidade de concordância. Quando o “quem” é
antecedido de um pronome pessoal do caso reto, também é possível fazer a concordância com ele.
(ex.: Fomos nós quem fez/fizemos a comida).

g) Sujeito com numerais percentuais e fracionários:

O verbo concorda com o percentual ou com o especificante. (ex.: 10% de todo o montante serão
dados/será doado àquela instituição).

Na fração, o verbo concorda com o numerador ou com o especificante. (ex.: 1/3 dos dentistas
está/estão em greve).

i) Verbos impessoais: verbo sempre no singular. (ex.: Há uma cadeira vaga na sala).

j) Verbo SER, quando:

O sujeito é um dos pronomes o, isto, isso, aquilo, tudo: o verbo ser concorda com o
predicativo. (ex.: Tudo era felicidade quando morava na roça).

O predicativo for um pronome pessoal: o verbo concorda com este pronome pessoal. (ex.: O
presente que comprei hoje é para você).

O sujeito for nome de pessoa ou pronome pessoal: o verbo ser concordará com o sujeito. (ex.:
Paola é a aluna mais aplicada da sala).

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O sujeito for uma expressão numérica que dá ideia de conjunto: o verbo ficará no singular.
(ex.: Quatro horas é pouco tempo para fazer as provas de vestibular).

A oração se iniciar com os pronomes interrogativos (Que, Quem): o verbo concorda com o
sujeito. (ex.: Quem é a pessoa que consegue fazer justiça com as próprias mãos?).

A oração indicar o dia do mês: o verbo concorda no singular ou no plural, dependerá da


intenção. (ex.: Hoje é (dia) 14 de agosto. (dia específico) / Hoje são 14 de agosto. (dias decorridos
até a data)).

2) CONCORDÂNCIA NOMINAL

A concordância nominal impõe que os substantivos concordem com adjetivos, artigos, numerais e
pronomes. Diante disso, é necessário respeitar as relações de gênero e número entre substantivos,
adjetivos, artigos, numerais e pronomes. A seguir algumas regras:

Regra 1: Concordância entre substantivo e mais do que um adjetivo

Quando há mais do que um adjetivo para um substantivo, há duas formas de concordar:

Colocar o artigo ANTES do último adjetivo. (ex.: A língua francesa e a italiana são encantadoras).

Colocar o substantivo e o artigo que o acompanha no plural. (ex.: As línguas francesa e italiana
são encantadoras).

Regra 2: Concordância entre substantivos e um adjetivo

Quando há mais do que um substantivo e apenas um adjetivo, há duas formas de concordar:

Se o adjetivo vem ANTES dos substantivos, o adjetivo concorda com o substantivo mais próximo.
(ex.: Lindo filho e bebê)

Se o adjetivo vem DEPOIS dos substantivos, o adjetivo concorda com o substantivo mais próximo
ou com todos os substantivos. (ex.: Pronúncia e vocabulário perfeito. Vocabulário e pronúncia
perfeitos).

Regras Especiais

a) Concordância entre números ordinais:

Quando há números ordinais ANTES do substantivo, este pode ser usado tanto no singular como
plural. (ex.: A primeira e a terceira sala / A segunda e a terceira salas).

Quando há números ordinais DEPOIS do substantivo, este pode ser usado tanto no singular
como plural. (ex.: As salas segunda e terceira / Os lugares primeiro e segundo).

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b) Anexo/em anexo:

A palavra "anexo" concorda em gênero e número com o substantivo. (ex.: Segue anexo o
documento/Segue anexa a fatura).

Porém, a expressão "em anexo" não varia. (ex.: Segue em anexo o documento/ Segue em anexo
a fatura).

c) Bastante(s)

Quando tem a função de adjetivo, a palavra "bastante" concorda em gênero e número com o
substantivo. (ex.: Recebemos bastantes ligações).

Quando tem a função de advérbio, a palavra "bastante" não varia. (ex.: Eles dançam bastante
bem/ Fomos bastante amigos)

d) Meio

Quando tem a função de adjetivo, a palavra "meio" concorda em gênero e número com o
substantivo. (ex.: Atrasado, tomou meio copo de leite e saiu correndo/ Atrasado, tomou meia xícara
de leite e saiu correndo).

Quando tem a função de advérbio, a palavra "meio" não varia. (ex.: Ele é meio doido/ Ela é meio
doida).

e) Menos: A palavra "menos" não varia. (ex.: Hoje, tenho menos alunos/ Hoje, tenho menos alunas).

f) É proibido, é bom, é necessário: Estas expressões não variam, exceto que sejam acompanhadas
por determinantes que as modifiquem. (ex.: É proibido entrada/ É proibida a entrada; Verdura é
bom/ A verdura é boa; Paciência é necessário/ A paciência é necessária).

REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL

Entende-se por regência à relação estabelecida, na oração, entre um termo regente e um termo
regido.

A regência pode ser classificada em regência verbal ou regência nominal, de acordo com a natureza
do termo regente:

Na regência verbal o termo regente é um verbo, e o termos regidos são: objeto e objeto indireto.

Na regência nominal o termo regente é um nome., e o termo regido é um complemento nominal.

O termo regente depende do termo regido. O sentido do termo regente permanece incompleto sem
a presença do termo regido.

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1) REGÊNCIA VERBAL

Se o verbo regente for transitivo direto, o termo regido será um objeto direto (não preposicionado).
(ex.: Bebeu o vinho.)

Se o verbo regente for transitivo indireto, o termo regido será um objeto indireto
(preposicionado). (ex.: Desobedeceu aos avós).

Quando a regência verbal é estabelecida por meio de uma preposição, as mais utilizadas são: a, de,
com, em, para, por, sobre. (ex.: agradar a / trocar por / alertar sobre).

2) REGÊNCIA NOMINAL

O nome que atua como termo regente pode ser um substantivo, um adjetivo ou um advérbio. O
complemento nominal, que atua como termo regido, pode ser um substantivo, um pronome ou um
numeral. (ex.: acessível a todos/ mau para a saúde/ ansioso por férias).

A regência nominal é estabelecida por meio de uma preposição, sendo a, de, com, em, para, por as
preposições mais utilizadas (ex.: livre de/ pronto para/ descontente com).

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